Kurosuna no Amakusa
黒砂コトミネ
Abria seus olhos lentamente após uma longa noite de sono. Seus ombros doíam, assim como todas as juntas de seu corpo, por conta do treinamento feito no dia anterior. O fato de dormir no chão também não o ajudava nesse quesito, então levantava-se com certo pesar, apoiando-se sobre seus braços. Ao lado de si, estava a cama de sua imperatriz, que ainda dormia calmamente. Não conseguiria ficar ali parado esperando-a acordar, e nem mesmo tinha vontade de priva-la de seus sonhos, por isso tomou uma decisão individualista. Se moveu até uma escrivaninha em uma das laterais do quarto, e em uma folha de papel escreveu o seguinte recado: "Saí para treinar e conhecer um pouco o lugar, voltarei à noite! Amakusa." — E deixo-a sobre a mesa no centro do quarto.

Após tal feito, retirou-se silenciosamente do quarto, saindo pela porta que ligava aos corredores do restaurante.

Considerações:

Washuu Semiramis
アッシリアの女帝
Despertou ainda cedo, mas não o suficiente. Ainda deitada sobre a cama, encoberta a lençóis os olhos abriam-se tentando se adaptar a luz local, que estava radiante pois as cortinas do quarto estavam todas abertas —— Amakusa-kun feche as cortinas, por favor —— ordenou, numa voz sexy de sono que apenas uma mulher clamada como imperatriz poderia ter. No entanto, não houve resposta, ninguém obedeceu a sua ordem ou disse algo.

Levantou sua coluna rapidamente, um pouco furiosa —— Amakusa! —— gritou, em meio à ação. Percebeu que ali ele não estava, e sentiu, naquele momento, algo que já não sentia há anos, um sentimento de total solidão. Repetiu sua ultima palavra dita em voz alta –— Amakusa? —— mas dessa vez elas soaram como um questionamento, acompanhado de um desejo de ouvir a voz de seu servo, sentia-se tão só sem sua presença.

Retirou-se da cama, expondo o bonito corpo com traços únicos cobertos apenas as delicadas partes intimam de cor preta bordadas com alguns traços interessantes, estava seminua, mas quem poderia apreciar aquela beleza? Sem Amakusa, estaria sozinha, com uma vontade enorme de senti-lo, de se envolver com ele, estaria em seu período fértil, e a sede por um desejo carnal estava a afetar seus sentimentos.

Sentou-se na mesa, lendo seu recado —— Somente a noite?! —— indagou um pouco chateada, vestindo um macacão preto que costumava utilizar normalmente, feito inteiramente de um decido próprio de Assyria bastante aconchegante que permitia as guerreiras lutarem sem nenhuma limitação no próprio corpo. Retirou-se dali, partindo para algum lugar, não sentia fome alguma, sentia apenas desejo e raiva, precisava aliviar-se um pouco.

Considerações:

Kurosuna no Amakusa
黒砂コトミネ
Após alguns treinamentos, Amakusa voltava à noite para o restaurante que hospedava ele e sua senhora. O rapaz galgou pelos corredores inferiores do local em busca de um quarto específico. — Semiramis-sama!? — disse, batendo à porta de madeira solicitando sua entrada. Ao ser respondido apenas pelo silêncio do local, empurrou a porta com força moderada e adentrou o quarto, vendo que sua imperatriz havia saído.

O recado que tinha deixado estava revirado, mostrando que Semiramis estava ciente de sua saída. A cama ainda desarrumada, mostrava que a imperatriz havia saído com pressa. — Não faça nada estúpido... — sussurrou à si mesmo, preocupado com sua imperatriz. Não poderia sair daquele local naquele momento, teria que esperar a volta de sua senhora e acreditar que estava bem. Os carniceiros estavam livres à noite, e Amakusa não podia se dar ao luxo de falecer.

Considerações:

Kurosuna no Amakusa
黒砂コトミネ
Amakusa se torturava enquanto esperava pelo retorno de sua senhora. — Já fazem horas... — resmungava, preocupado. Há muitos minutos começara uma caminhada desnecessária pelo cômodo, trilhando seus passos em direções aleatórias do quarto, enquanto se torturava com pensamentos de preocupação. — Semiramis-sama... — continuava.

Os últimos dias do nukenin foram repletos de treinamento e conhecimento, visto que habitava uma terra nunca antes vista pelo povo Assyriano. Com isso, teve a brilhante ideia de continuar seu treinamento, que o ajudaria não só com a evolução de seu porte físico como também com a distração de sua mente daquele assunto inacabado. — Volte logo, Semiramis-sama! — despediu-se daquelas memórias, retirando seu manto vermelho e lançando-o em cima da cama presente no quarto.

O restante de seu traje superior também foi tirado e teve o mesmo destino que seu manto de areia, ficando apenas com sua calça preta desbotada. O rapaz abriu espaço no quarto movendo alguns móveis para as extremidades do quarto, e lançou-se ao chão para começar seus exercícios. — Algumas flexões para começar — sussurrou para si mesmo, simultaneamente ao inicio de sua atividade física. Apoiava seu corpo com seus dois braços firmes, assim como ambas suas pernas, assumindo uma posição de prancha, e iniciara o movimento que moldaria seus músculos.

Embora parecesse, Amakusa não treinava sua força física, mas sim sua resistência, visando manter-se em esforço por um tempo maior. Seu cansaço aumentava gradativamente, mas não deixava que isso o afetasse, tentando sempre ultrapassar seus limites, ignorando a fadiga de seu corpo. — Doze, Treze, Quatorze... — mantinha uma conta para ter controle de seu limite, para que assim pudesse superar da próxima vez que se exercitar. — Dezessete! — cansou-se completamente, caindo ao chão com o fraquejar de seus membros.

Descansou por alguns minutos enquanto mantinha uma respiração ofegante. Quando viu-se pronto para continuar, começaria uma nova serie de exercício, porém quebraria a linha paralela de atividade e faria algo novo, pouco menos cansativo. Rolou uma vez para o lado e voltou à mesma posição que estava anteriormente, sorrindo por alguns segundos. — Você odiaria me ver agora, Semiramis-sama! — mentalizou sua imperatriz, buscando suporte para que começasse aquele treinamento.

Posicionou-se da mesma forma que anteriormente, porém com algumas poucas divergências. Manteve seus antebraços no chão, apoiando-se por eles, enquanto suas pernas adotavam a mesma posição. Faria um exercício chamado de ponte, que visa melhorar a estabilidade do corpo e a resistência dos membros. Mesmo que não soubesse daquilo imediatamente, sabia que era uma posição que o ajudaria nisso, e então, deu inicio à sua contagem. — Um, dois, três, quatro... — contava cada segundo que permanecia naquela posição, no começo parecia uma tarefa fácil, porém aos poucos seus músculos se contraíam e se cansavam, fazendo com que a posição se tornasse uma tortura. — Dez, onze, doze, treze... — eventualmente viera a queda, mostrando-o sua fraqueza.

Percebeu que aquilo não era para ele, e voltou a se vestir. Um pouco se suor escorria por sua testa, talvez um banho fosse ideal.

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Washuu Semiramis
アッシリアの女帝
Uma ultima chance seria dada a Amakusa, retornando a seus aposentos e ali não encontrando a ninguém e nem nada, mas não desistindo, deitando-se sobre a cama e enrolando-se nos lençóis, aguardando o momento em que seu servo teria prometido sua volta.

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Kurosuna no Amakusa
黒砂コトミネ
Amakusa acordava depois de algum tempo ainda no telhado alheio, próximo do restaurante que a pouco saíra. Seu pescoço não mais ardia e a mulher que o confrontara não mais se fazia presente. — O que foi isso? — se perguntava, levantando-se aos poucos e checando se todos os seus utensílios permaneciam intactos.

Após a breve checagem, resolvera voltar para seu quarto. A noite não era ideal para que procurasse por sua imperatriz, deveria ceder ao tempo e esperar onde lhe era seguro. — Semiramis-sama!! — gritou, surpreso. Via sua imperatriz deitada na cama que outrora deitou, enrolada na coberta que outrora utilizou. Uma lágrima solicitava saída, porém o rapaz a impedia. — Perdoe-me por sair sem lhe avisar devidamente, eu não deveria... Perdoe-me! — se curvara à mulher, deixando-se à mercê de seu bel prazer. Durante sua reverência, duas marcas podiam ser vistas em seu ombro esquerdo, dois pequenos furos que coloriam vossos arredores em carmesim.

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Washuu Semiramis
アッシリアの女帝
As pálpebras cansadas já estavam a se fechar, praticamente adormecendo para finalmente descansar como era de merecido, no entanto a voz rugiu por todas as quatro paredes daquele quarto, o tom de inferioridade que apenas Amakusa exalava quando se referia a sua imperatriz. Por dentro um sorriso se fez, mas por fora apenas uma expressão de indiferença tomou seu rosto —— Não grite. —— disse baixo, repreendendo-o, com uma voz de sono, fingindo mais do que o necessário.

—— Suas desculpas não serão necessárias, eu sei viver sem você, sabia?! —— repreendeu novamente, tentando, de alguma forma, demostrar sua superioridade diante ao motivo de sua saudade —— Mas me diga, o que lhe fez sumir por tanto tempo? Onde esteve? O que descobriu? Conte-me tudo, já me fez perder o sono mesmo. —— ordenou Semiramis, não para realmente saber o que aconteceu, e sim para ouvir sua delicada voz soar entre seus ouvidos. Era estranho, mas teria o coração terroso da realeza amolecido? Transmutando-se em areia? Tentou, em vão, afastar os pensamentos de saudade, mas mesmo que tentasse, ele estava ali, diante dela, e não se afastaria se não fosse por meio de ordens, e Semiramis também não demostraria coragem o suficiente para afasta-lo, pois mesmo sem admitir, desejava mais que tudo sua companhia.

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Kurosuna no Amakusa
黒砂コトミネ
Como esperado, o retorno de Amakusa não era repleto de alegria, somente do grande mau humor de sua senhora. — Peço perdão por perturba-la — continuou curvado, ainda esperando qualquer ordem de Semiramis, que dizia ao rapaz que suas desculpas eram desnecessárias. — Então me retirare- — antes que pudesse completar sua frase -que pensara ser o desejo de sua imperatriz- seus ouvidos eram abarrotados de questões, seguidas por uma justificativa no mínimo precária.

— Com sua licença, minha senhora — Amakusa então voltou a sua postura normal, se aproximando de Semiramis e solicitando permissão para sentar-se na mesma cama que ela se encontrava, se lhe fosse concedida, sentaria-se ao seu lado e contaria as histórias que carregava consigo, do contrário, permaneceria em pé à frente da cama, fitando os olhos de sua senhora. — Conheci um plebeu atrevido que ousou questionar vossa autoridade, aprendi a utilizar armas básicas de forma pouco mais ágil e descobri uma biblioteca pública pouco utilizada. Esse povo parece não dar a mínima para a educação, Semiramis-sama! — começava contando os primeiros acontecimentos de seus dias, que ainda não tivera dito à sua companheira.

— Conheci também alguns outros ghouls, que tentaram se alimentar de minha carne mais que uma vez... — engolia um pouco da saliva presente em sua boca, demonstrando seu pavor ao relembrar-se daqueles momentos. — E quando voltei para casa e não encontrei sua presença, ou nem mesmo um recado... — interrompeu suas falas, trocando de assunto rapidamente. — A senhora viu meu recado? — e então voltara ao assunto principal. — ...Eu saí por aquela porta e me deparei com uma ameaça, que me atacou aqui e me fez dormir. — apontara primeiramente para a porta do quarto, e logo em seguida para os furos feitos em seu traje, exatamente no mesmo local que sentira a queimação anterior.

— Quando acordei, a poucos minutos atrás, eu apenas quis voltar para cá, alguma coisa me dizia que eu deveria voltar... Foi aí que encontrei você, e perdi o meu fôlego com tamanho alívio! — terminara os contos de seu dia, e agora apenas restava ouvir as palavras de sua imperatriz.

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Washuu Semiramis
アッシリアの女帝
As palavras de Amakusa soaram como uma faca afiada no peito de sua imperatriz, não por lhe ofenderem, mas sim pela quebra na confiança da imperatriz para com os infiéis ali presente. Abraçou-lhe com força, sem muitos motivos para fazer aquilo, mas como uma forma de dizer, sem nenhuma necessidade de palavras, que estaria ali, que queria ele bem, e temia por sua vida —— Os traidores de Assyria pagarão, perdoe-me, mas dessa vez que falhou com você foi eu, que, como sua imperatriz, lhe jurei tomar as melhores decisões que não apenas me protegessem, mas que protegessem também ao meu povo, e você Amakusa-kun, você é meu povo. —— disse Semiramis, soltando os braços que envolviam Amakusa e se afastando um pouco.

Levantou-se da cama e, delicadamente, como uma imperatriz, andou até uma pequena janela do seu quarto, encarando a delicadeza do brilho da lua e das estrelas e então soando em um tom calmo e acolhedor —— Alguns não compreende sua fidelidade a mim, e minha soberba para com eles. Eu compreendo isso perfeitamente, a cultura de Assyria é o que lhe fez um enorme império, é o que lhe se manter em meio a todas as desgraças que vieram a ocorrer, no entanto, caímos, perdemos junto aquela guerra nossos status, e hoje eu vejo isso claramente, não sou de fato uma imperatriz para o mundo Amakusa-kun, sou apenas uma criminosa que abandou ao seu vilarejo de abrigo, Iwagakure. Se aqui tentaram lhe atacar, não é seguro nos mantemos aqui, julgo necessário que partimos de imediato, para qualquer lugar, sem rumo algum, apenas com a presença um do outro buscando se realocar em qualquer que seja a cidadela que achemos por ai, não apenas se escondendo de Iwa, mas também nos abrigando dos inimigos de Assyria. Nossas vidas são importantes, junto a elas está o futuro de Assyria, a única forma viva de restabelecer nosso império, então Amakusa-kun, me prometa que não morrerá? Me prometa que viverá até os últimos dias de minha vida? Onde estaremos um ao lado do outro, com nossa pelagem envelhecida e enrugada, você me servindo do mais saboroso vinho enquanto assisto a ascensão de um novo imperador, meu próprio filho, diante da imensidão do exercito de Assyria, promete-me Amakusa? —— disse a imperatriz, dando uma leve respirada após o fim do grandioso discurso, se seu servo julgasse suficiente as suas palavras, preparar-se-ia para a partida.

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Kurosuna no Amakusa
黒砂コトミネ
Com a finalização de sua fala, um ato imprevisível assolou o silêncio daquela noite, onde Amakusa se confortava nos braços quentes e delicados de sua maior inspiração. —— Semiramis-sama... —— sussurrou ao ouvido de sua imperatriz, enquanto a lágrima anteriormente contida escorria involuntariamente pelo seu rosto, até se hospedar no ombro de sua senhora. Aquele simples ato de afeto trazia consigo memórias a muito esquecidas, onde o garoto se via acompanhado por uma donzela elegante, que na época, não era nada mais que sua amiga. Lembrava-se também de seu povo, de sua casa e de sua amada família, tudo aquilo sempre esteve ali, ao alcance de seus braços, porém mesmo assim, inalcançável.

—— Você não falhou comigo, Semiramis-sama! Eu que fui fraco, eu sinto muito... —— era expulso dos braços de sua imperatriz, que se movia tranquilamente até a única janela do quarto que se hospedavam. Amakusa não a seguia com seus olhos, permanecendo-se de costas à posição atual da mulher, com sua cabeça abaixada. —— Eu prometo que ficarei forte, Semiramis-sama! Eu nunca mais vou perder, eu juro! Eu estarei presente nos momentos mais felizes de sua vida, tanto no nascimento quanto no crescimento, e até mesmo na coroação do seu filho. Eu prometo que jamais sairei do seu lado! —— sua voz falhava aos poucos, tornando-se moderadamente rouca. Lágrimas jorravam incessavelmente por seus olhos, que escorriam até encontrarem seu fim no chão polido do quarto.

O rapaz se sentia culpado pela repentina saída do vilarejo; saída esta que ambos estavam fadados a enfrentar, até que conseguissem erguer novamente Assyria. Apesar de sentir-se culpado por tudo, concordaria com sua imperatriz, e estava mais do que pronto para voltar a seguir suas ordens e seus passos.

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Washuu Semiramis
アッシリアの女帝
Uma decisão em meio a contratos teria sido formada, a qual de que ainda naquela noite os dois jovens deixariam de vez a cidadela que habitavam, enquanto a imperatriz julgava sua fraqueza que a vida de seu servo tivesse sofrido ameaças de morte, ele considerava que a culpa era dele próprio, por ser fraco e inferior e não conseguir se defender sozinho. No entanto, a verdadeira culpa habitava no coração dos dois, que não se permitiram em nenhum momento se entregar inteiramente um ao outro, mas aquilo estaria a mudar ali, não inteiramente, mas o primeiro passo de uma estrada florida seria dado.

—— Não diga nada. —— ordenou Semiramis, com uma voz suave, aproximando-se através das costas de Amakusa e lhe envolvendo com seus braços, derrubando-o até que seu rosto ficasse de cara com seus seios, cobertos apenas por uma lingerie preta feita de um tecido próprio, e bordada de forma a favorecer Semiramis. Recuou um pouco, fazendo com que os rostos se encontrassem e, com uma rápida troca de olhares, um beijo de cabeça para baixo fosse dado. A imperatriz passou por cima da cama e sentou-se sobre o colo de seu servo, colocando seus delicados dedos sobre o rosto do garoto enquanto os corpos se aqueciam um grudado ao outro.

Continuariam, de uma forma até mesmo violenta, com seu servo sempre subjugados a seus desejos e ordens, no entanto, no primeiro momento, profanado seria o corpo da imperial pela primeira vez, lhe fazendo gemer junto aos deuses, provando do melhor dos pecados humanos, saciando seu desejo humano. No fim, quando estivessem finalmente finalizados aquela noite de amor, Semiramis apenas se levantaria e tomaria um breve banho, arrumando suas malas com o que teria para arrumar e se retirando —— Vamos logo. —— diria, gaguejando um pouco, e andando com uma certa dificuldade em direção a saída daquela cidade.

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Kurosuna no Amakusa
黒砂コトミネ
Não era novo para o rapaz Assyriano aceitar a culpa e ser punido por suas ações, jamais tivera olhado para trás e pensado demais em suas escolhas, mas esta era a primeira vez que se arrependia amargamente de seu ser, rejeitava completamente a sua fraqueza, que escorria por seus olhos e faziam-se presentes em seu rosto. Esfregou seu pulso contra o rosto, secando as lágrimas com o tecido negro de sua manga longa. Seus olhos detinham um moderado tom de vermelho, a cor que representava a sua culpa.

A hora de sua punição havia chegado, e aceitaria-a de bom grado após a ordem de silêncio decretada por sua imperatriz. Suas lágrimas se secaram completamente, suas pálpebras semi-abertas não lutavam nem um pouco para demonstrar o mínimo de animação. —— Semiramis-sama!? —— o rapaz era empurrado para trás e seu rosto confrontava o busto de sua senhora. Quebrara a ordem imposta por esta, embora no momento, não havia percebido. Quando seu rosto começou a ser influenciado por aquele momento, recebendo um rubor suave, Semiramis se moveu e os seus olhares se cruzaram por um pequeno instante, antes do beijo acontecer.

Amakusa então sentia uma sensação que a muito tempo pensara ter perdido, muito além da mais pura felicidade que movia seus músculos naquele instante. Mesmo que por um único momento, ele estava de volta à sua infância, junto de sua parceira amada, que era predestinada a ser a imperatriz de um grande império. Tinha a impressão de que seu peito de contraía, por conta do alto ritmo cardíaco que seu coração começava, aproveitava cada momento daquele beijo não muito programado, que pouco a pouco evoluía para algo mais profundo.

Ações seguintes tornaram-se controladamente violentas, uma união que fazia com que os dois esquecessem completamente toda e qualquer atividade que teriam que fazer, que não fosse o que estavam a fazer naquela cama desarrumada. Amakusa obedecia todas as ordens dadas naqueles momentos, se esforçando em cada movimento, cada estocada, cada beijo, cada desejo. Em nenhum momento deixou de seguir ordens impostas, mas em todo instante esbanjou um sincero sorriso em seu rosto.

Na finalização daquele ato, Semiramis se retiraria para um banho, enquanto deixava o rapaz sozinho com sua mente. Torturava-se pensando no que acabara de acontecer, enquanto recolhia suas roupas jogadas pelo chão e vestia-as imediatamente. O que acabara de fazer? Teria pecado? Abusado de sua senhora? Seus pensamentos apenas tiveram fim quando a ordem seguinte fora dada. —— Sim senhora —— concordou, retirando-se logo atrás de sua imperatriz.

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