Era uma manhã tranquila, um clima ameno de 24º graus e contendo algumas ligeiras brisas de vento. Os trabalhadores já estavam montando suas barracas no centro da vila, a patrulha shinobi perto das extremidades da aldeia estavam mais fortes devido ao último ataque e as crianças como Kaein estavam despertando para mais um dia dentro da vila. O que cada um deles faria? Seria da conta deles, mas pelo que se sabe o protagonista desta história teria uma semana cheia de evolução e aprendizado.

A biblioteca da vila, o primeiro destino de Yui, já estava aberta. Shiba, a bibliotecária, limpava algumas prateleiras e tinha intenção de ir limpar algumas mesas usadas para estudo. A mulher, uma kunoichi já aposentada, amava seu trabalho afinal poderia contribuir de alguma forma para o crescimento das próximas gerações. Tirando a presença de Shiba o local estava completamente vazio, o que poderia ser uma surpresa.

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Ainda era muito cedo quando a pequena garota já mexia-se impaciente na cama. Aquela noite em específico parecia ter sido difícil para ela e, tal qual seria sempre que tivesse algum tipo de planejamento antecedente - Yui não se dava bem com curiosidade e, em meio aos cobertores, era visível apenas algumas mechas de seu cabelo esverdeado, além de sua própria voz, em tons baixos, de um gemido.

— Eu precisava ter dormido melhor — Reclamou, suspirando.
— Mas acho que já esteja de bom tamanho — Continuou, simplesmente sentando-se na cama.

Aos poucos, levantava-se, levantando os braços o mais espaçadamente possível, espreguiçando-se. Seu braço direito, por ter dormindo parte da noite em cima deste, formigava e até mesmo deu uma leve estrelada quando o fizera se movimentar, mas logo em seguida, oque deixou-a mais inquieta, fora a dificuldade em enxergar seu arredor. Sua visão havia ficado um tanto quanto ruim, mas... desde quando? De qualquer jeito, apenas bocejará, enquanto encaminhava-se para a porta a esquerda - o toilet.

Quando finalmente tivesse acabado tudo oque, de fato, fosse necessário e, obviamente, aproveitaria este tempo também, para vestir-se de maneira propícia, daria continuidade aos planejamentos anteriormente feitos. O primeiro passo era, basicamente, estudar um pouco, já que indiferente de ter saído ou não da academia shinobi, ela sabia que não era nenhum tipo de prodígio - deveria ao menos se esforçar para conseguir algum poder.

A passos lentos, ele guiou-se pelas ruas. De relance, vira oque parecia uma grande patrulha a fazer seu próprio trabalho. Era estranho ver aquilo tão movimentado pela manhã, mas de qualquer jeito, não era problema dela e certamente, não queria problemas para si. Ao menos não por enquanto. E, sem mais delongas, após algum tempo de caminhada, ao horizonte, era visível a biblioteca - um prédio de arquitetura um tanto quanto bonita. Yui havia aproveitado aquela hora da manhã, dando preferência ao lugar, de maneira que, era provável que não tivesse tantas pessoas por ali, caso do contrário, seus estudos poderiam ser dificultados com a presença de alguma criança irritante.

Ao entrar pela porta, observou também, uma única mulher. Talvez a bibliotecária? Ou uma responsável pela limpeza? Ao menos por enquanto, parecia não ser interessante a nada, aquela informação.

Sem mais delongas, guiou-se pela biblioteca. Buscava, inicialmente, alguma forma de placa, ou informação suficientemente precisa para que pudesse encontrar livros base do estilo genjutsu, e caso tudo ocorresse bem, amontoaria uma pequena quantidade, posicionando-os um acima do outro. Talvez quatro ou cinco, de tamanho mediano, levantando-os por baixo, com suas duas mãos pequenas. Sim, ela não era muito forte e não tinha nenhuma resistência natural, mas eram apenas livros. Deveria conseguir... mas vai saber. Seguindo um caminho semelhante ao que fizera para chegar até o corredor das ilusões, voltaria neste, para que pudesse usar alguma cadeira e mesa do próprio lugar para estudar, inicialmente, prestando atenção nos lugares já limpos e vagos, afinal, não queria acabar sendo expulsa dali.

Posicionando-os ao lado, ela sentou-se, suspirando e puxando o primeiro daqueles livros.

Com as primeiras páginas devoradas, - não literalmente - Yui perceberá que parte do conceito do Genjutsu era semelhante ao Ninjutsu, requerendo geralmente, uso de chakra em pequenas à grandes quantidades, além dos próprios selos de mão, para controlar este, mas com funcionalidade totalmente diferenciado, afinal, seus usos baseavam-se na criação de ilusões, de alguma forma, manipulando o chakra e seu fluxo a partir do cérebro do afetado. " Perturbação de sentidos? " Pensativa, continuou guiando-se pelas letras infinitas do livro. O fato é que, quanto mais lia, mais era presumível o quão o estilo diferenciava-se do restante dos estilos. Era um estilo inteligente, silencioso, mas ao mesmo tempo, uma faca de dois gumes. O fato de não conseguir ferir o inimigo fisicamente era perigoso de muitas formas diferentes, mas a quantidade de usos diferenciados da técnica, desde a imagens falsas, dor psicológica, desmaio e, em casos mais específicos, até o controle e lavagem cerebral. Aquilo, de fato, era possível?

Um ponto específico também, do estilo, seria seu ponto forte que, da mesma forma, pode torna-lo mortal, seria seu ponto de ignição para a quebra de um da maneira mais simplificada possível; a atenção. Desde criar uma ilusão perfeita ao ponto de enganar o cérebro humano totalmente, a até mesmo, ter atenção o suficiente para perceber determinados pontos de fuga, pontos errados numa ilusão e, destruí-la por simplesmente percebe-la. Outras informações pareciam satisfatória ao ver de Yui - aparentemente, humanos não eram os únicos capazes de cair naqueles truques. Mamíferos e vertebrados com estrutura prosencéfala eram tão vulneráveis quanto, no entanto, insetos por não possuírem tal estrutura, pareciam invulneráveis. " Isso é um problema " Imaginou, enquanto continuaria seus estudos.

Além disso, haviam outras formas de combate-lo, desde o uso de chakra interno, genjutsu no kai, a até meios externos, como cooperação de terceiros, dores e obstrução da visão do próprio usuário, em casos específicos, mas tal qual haviam formas de quebra-lo, haviam formas de fortalece-lo e, com sua atenção atraída para tal, Yui continuou sua leitura dentre os livros escolhidos.

Considerações:

A jovem Kunoichi se mostrava inteligente, honrando sua patente - ou até mais do que isso - aprendeu sobre a arte que já tinha certa noção e evoluiu seu conceito sobre genjutsu. Mas e agora? Aproveitando-se do fato de estar na biblioteca Yui poderia estudar sobre mais coisas como um pouco da história de sua vila e acontecimentos atuais. Shiba observou que a genin era a única pessoa, além da própria, que estava ali. A bibliotecária abriu um sorriso enorme e vou na direção na garota —— bom dia menininha, tudo bom? —— a indagação era amistosa e simpática —— posso te ajudar em alguma coisa? Qualquer coisa! —— Shiba se mostrava de prontidão para atender à qualquer pedido de Kaien.

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O silêncio mantivera-se por mais algum tempo enquanto Yui, concentrada naquela pequena quantidade inicial de livros que lera, não perceberia a aproximação da senhorita bibliotecária, assustando-se inicialmente por ter um contato visual tão abrupto.

— Que susto! — Sorriu, levando sua mão direita até o peito esquerdo e, assim como o esperado, seu coração parecia um pouco mais acelerado do que anteriormente, fazendo-a abrir um curto sorriso e, por resposta, olhar diretamente nos olhos daquela moça. Ela parecia um tanto quanto simpática a primeira vista.
— Bom dia, Senhorita — Respondeu, cumprimentando-a respeitosamente.
— Me ajudar? — Perguntou-se retoricamente, enquanto seus olhos, por instinto, mexeram-se para cima. — Oh sim
— Em algum tempo, pretendo realizar uma série de missões e, como tal, busco informações sobre a geografia da própria vila e, talvez, algum tipo de mapa mundi — Respondeu-a, enquanto tentava ser o máximo detalhista possível.
— Seria interessante também, aprender um pouco da história de nossa vila — Continuou, levantando seu dedo indicador.

Estranhamente, Yui empolgava-se ao adquirir informações e, todos aqueles livros, aquela infinidade, parecia um tanto quanto... maravilhosa à ela. Bastava uma espécie de guia para aquela viagem mental e, acredite ou não, a moça havia chegado em uma ótima hora. Como resposta a todos aqueles pedidos, esta apenas sorriu atenciosamente, enquanto acariciava levemente os cabelos da garota, bagunçando-os levemente.

— Entendi! Eu acho que... — Continuou, andando em direção à uma pequena estante de livros.
— Oh sim! Eu tenho sim — Com as mãos passando entre os pergaminhos e livros, retirou uma pequena folha surrada, de coloração desbotada.
— Acho que deve ser o último — Seguindo agora, para outro lado.

Ela mantivera-se a procurar por mais alguns momentos, trazendo a garota curiosa, um total de dois pergaminhos e um grande livro, posicionando-os de acordo e, para que pudesse dar espaço o suficiente para o livro ser aberto por completo. Ela deu tapinhas naquela capa empoeirada, oque fizera subir um pouco de poeira arenosa, fazendo a pequena menininha espirrar, colocando suas mãos sobre boca e nariz. — Desculpe-me criança — Disse a moça, enquanto parecia procurar algo para mostra-la. — Aqui! Este é nosso livro histórico, com algumas informações desde o primeiro ano, após a grande guerra. Pode ser útil para você.

— Quanto estes dois pergaminhos, são mapas auto-explicativos. O da esquerda, sendo o mapa mundi. — Disse ela, abrindo o da direita.
— E este, o de nossa vila.
— Veja que há algumas marcações representando entradas, o gabinete de nosso Tsuchikage — Sua explicação continuaria por mais alguns instantes, dando a entender que possuía grande domínio quanto ao assunto e, aproveitando daquilo, Yui decidiu realizar algumas perguntas um tanto quanto úteis para sua pesquisa por fora.
— Entendi. Mas e quanto ao nosso Tsuchikage?
— Uzumaki Shoto-dono?
— Ele é uma pessoa ótima, pelo que ouvi, mas não tenho muitas informações que posso disponibilizar sobre ele
— Entendi. Ele parece ser bem novo, certo?
— Sim, pelo que eu ouvi, foi o Tsuchikage mais novo entre toda a história
— E quanto ao clã dele? Uzumaki? Acho que já ouvi esse nome...
— Oh sim, aparentemente ele é praticamente uma lenda viva. O clã dele é o mesmo de alguns dos grandes nomes históricos. Um clã tão forte que superou até mesmo o tempo!
— I-incrível
— Nós não temos informações quanto ao Clã... Não que eu possa te mostrar. Mas se algum dia, achar um livro sobre, caso queira, te avisarei, tá bom?
— Perfeito, Senhorita! Obrigado por tudo!

Agora, de volta ao silêncio, a garota mantivera-se a estudar, dando inicialmente, mais atenção a história de Iwagakure. O fato é que, poucas informações úteis pareciam vazadas naquele livro e, de alguma forma, algo parecia encoberto. De qualquer forma, parecia que não havia sido uma perda de tempo toda aquela leitura, seguindo agora, para a tentativa de entender um pouco mais daquela geografia, interna e externa. Haviam países, como o da água, pedra, fogo, e assim como outros grandes vilarejos. Mas, dentre eles, apenas mais duas, além da própria Iwagakure, pareciam chamativos. Konohagakure e Kumogakure.

De toda forma, a informação era precária sobre os vilarejos. Haviam pontos específicos históricos, além de portos e afins. De toda forma, seria interessante manter aquilo em mente, se algum dia tivesse a possibilidade de viajar para longe. Com o fim da leitura geral, bastou a garota organizar os livros em questão em suas devidas prateleiras, enquanto buscava, talvez, algo a mais para ler naquele dia de tanta calmaria. Era um dia positivo de muitas formas diferentes e, quando finalmente estava prestes a guardar todos os livros de ilusões, acabou por encontrar um título entre outros milhares que a chamou atenção.

Domínio Psicológico...

Mais uma vez sentada e com o livro em mãos, decidiu dar uma chance a leitura daquele livro baseado em psicologia. De fato, ela desejava entender um pouco mais sobre a psique dos humanos de forma geral e, aquilo, de alguma forma, poderia ajuda-la, não só para entender-se como pessoa e seus objetivos, como entender aos outros. Além do que, entender ainda mais sobre a mente de alguém, significaria que suas ilusões podiam ser mais úteis ainda.

Seu primeiro capítulo havia cerca de trinta e cinco páginas, tendo como principal objetivo, iniciar o leitor na proposta de como entender a mente humana. Muito era explicado de foram geral, e dicas a todo instante eram a principal forma de demonstrar o quão coerente aquilo parecia. "observe-se" Pensou, atraída pelo assunto. De alguma forma, aquele livro parecia fazê-la observar seu próprio psique. Na verdade, era extremamente necessário fazê-lo, pois, para entender os outros, seria necessário, se entender. O porque de toda a necessidade em re-fazer o sistema shinobi? Havia algo de errado com aquilo? Porque ela fazia aquilo? Porque tinha aquele sonho?

Inicialmente, caso fosse perguntada, suas respostas seriam fracas, ou sem motivação. " Porque eu quero " ou " Porque é necessário ", mas entender-se como pessoa e, entender seu próprio sonho, fizera-a desenvolver ainda mais aquela motivação, aquela necessidade de mudanças. Antes mesmo de dar início naquele livro, ela lera sobre a história de sua vila e, como tal, observará a quantidade de guerras que outras pessoas foram submetidas. Aquelas guerras causaram a extinção de muitas famílias, clãs, e a maior parte das motivações por de trás das guerras, seriam um domínio. Os mais fortes queriam ter todos aos seus pés. Os mais fracos, queriam defender-se, forçando simples civis a lutarem. Uma luta desigual, idiota. Depois de ter plena certeza do quão errado era isto, para ela, a resposta de seu porque, parecia bem mais profunda. " A humanidade anseia por submissão, serem controlados. Necessitamos de algo superior, como um Rei, um Deus. Algo que nos guie " e, tal qual, ela deseja tornar-se isso. Um sonho pequeno que tornou-se muito maior ao se entender.

Spoiler:

O estudo da garota começava. A leitura avida, como fez anteriormente, devorava conhecimento e descobria coisas sobre sua vila e seu sistema governamental atual. Mas Yui não queria parar só aí, ela foi além e começou a estudar sobre a mente humana e o domínio psicológico para certamente influenciar seus genjutsus posteriormente. Algumas horas já haviam se passado desde que ela chegou.

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Dando continuidade a leitura anterior, Yui devorava página pós página, dando a entender o quão o assunto havia pregado-a e, mesmo depois de horas naquele mesmo lugar, não parecia inquieta. " Observe os outros " A frase que o novo capítulo se referia, seria o tema abrangente das próximas vinte ou mais páginas e, parte do descrito naquela obra, levava-a a pensar o quão não o fazia. Geralmente, a garota estava bem mais preocupada em fazer qualquer outra coisa do que observar seus arredores e, em específico, pessoas. Muito do que faziam, podia significar toda uma piramide não literal, de sua própria mente, decodificada.

Andar, falar e, até mesmo seus gestos. Cada pessoa era única de alguma forma e, era exatamente essa coisa que a garota deveria buscar inicialmente. Mas quem observaria inicialmente num lugar tão vazio? " A senhora, talvez " Pensou, levando seus olhos para longe do livro e, mirando o balcão do lugar.

Haviam passado-se algumas horas e, de forma geral, as únicas coisas que mudaram fora o posicionamento da bibliotecária. Ela havia conseguido limpar o interior do lugar e, agora, sentada, fazia o mesmo que a menininha - como ela mesmo chamou-a. Seu livro, ao observar com certa dificuldade, devido sua visão prejudicada, parecia ser um tipo de romance apimentado. Sua feição estava corada e, usava um óculos de descanso com cordinhas. Era imaginável que, aquele tipo de obra fosse uma continuação, dando a entender que esta, acompanhava e era uma leitora avida do estilo. Eram informações curtas de mais para, literalmente, poder dizer que havia aprendido algo da senhora e, como resposta, decidiu seguir até ela e, tentar, naturalmente, puxar alguma conversa fiada.

Spoiler:

 

Yui poderia ser uma menina inteligente e, de certa forma, uma kunoichi promissora. Mas para saber até onde suas habilidades iriam - se estimulando ao máximo para progredir - teria de testá-las. Teoria e prática são duas coisas diferentes. Pessoas já estavam rodeando o lugar, diferente do começo da manhã, um "estudo de campo" poderia ser feito sem problema algum.

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Ao levantar-se, Yui percebeu que a movimentação por ali havia aumentado muito mais do que pensava. " Isso é bom " Imaginou, com um curto sorriso, andando em direção a mesma velha de antes.

— Com licença? — Tentou chamar atenção da senhorita de antes, mais uma vez.
— Oh, ola menininha! Ainda está aqui? — Respondeu, afastando o livro a sua frente.
— Sim. Eu queria te perguntar mais algumas coisas, tudo bem? — Com grande atenção, a garota tentava ler cada um dos gestos e facetas da mulher. Seus olhos um pouco distantes, pareciam mostrar que sua atenção quanto aquele livro, tinha sido cortada. Não só isso, seu sorriso levemente sem-graça, revelava muito, até mesmo sobre a leitura que fazia-a.
— Fique a vontade! Eu conheço essa biblioteca como a palma de minha mão
— Era exatamente sobre isto que queria conversar! — Abriu um pouco mais seu sorriso.
— A quanto tempo trabalha aqui? — Perguntou, sendo um tanto quanto direta. Ela esperava ver a partir desta, algum tipo de mudança brusca, mas obtivera apenas um sorriso verdadeiro. Que estranho.
— Trabalho aqui desde meus treze anos de idade. Minha mãe era a dona, então, eu só segui seu caminho
— É feliz? Você tinha outros sonhos? — Mais uma vez, ela observou certa satisfação. Aparentemente, havia sido um caminho que a mulher não queria ter de fazê-lo, mas de alguma forma, fora o caminho certo para ela.
— Sinceramente? Sou a pessoa mais feliz de Iwagakure. Pode não parecer, mas de alguma forma, ficar nesse lugar, ajudar pessoas, ver pessoas e ler. Tudo isso torna minha vida interessante. E sim, eu queria ter feito muito mais coisa, antes de trabalhar por aqui. Queria ser uma Kunoichi, como você e, talvez, uma Tsuchikage! Mas, eu faço tudo isso, quando leio e escrevo. É incrível oque um lápis e uma folha pode te proporcionar
— Oh, entendi — Um ponto específico daquela senhorita era o quão aberta era, de forma geral e, o quão fácil era lê-la. Expressões, gestos, forma tão natural como falava. Sua verdade podia, de fato, ter saído pela boca, mas transparecia igualitariamente por cada parte de seu corpo. — Era só isto mesmo, fiquei curiosa! Obrigada! — Finalizou, sorrindo alegremente para a moça.

Tendo algumas de suas dúvidas cessadas, ela voltou ao livro, enquanto ao mesmo tempo, observava alguém para que pudesse dar continuidade aquela pesquisa em campo.

Spoiler:

 

A prática já estava acontecendo. Todavia Yui tinha que perceber, o domínio psicológico se tratava não apenas de conhecer a mentalidade humana como também sobre a manipulação. Conseguir convencer uma pessoa de que a sua verdade era a única verdade possível também era um trabalho para quem quisesse aprender o domínio em seu estado mais puro. Afinal, como o nome diz, domínio também significa supremacia; qual seria a forma que ela encontraria para se dar bem em relação ao seu aprendizado?

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Ao voltar para o mesmo livro de antes, a garota sentou-se, lendo por mais algum tempo, sendo o suficiente para acabar o próximo capítulo. Ao ver inicial da garota, domínio psicológico baseava-se em entender por completo a mente de um humano, o porque de sua existência, o porque de fazer determinada coisa, e o quão isto era exposto a cada respiração e gesto. O aprendizado quanto aquilo era, no mínimo, suficiente para aquele instante. Mas, a sequência, mostrou-a que ainda faltava muito a aprender sobre aquele assunto. " Supremacia " Lera o próximo título. Era estranho imaginar que algo tão simples, contida numa palavra, podia significar tanta coisa e, antes mesmo de acabar a primeira página, ela perceberá que sua visão quanto o próprio domínio psicológico, estava errôneo.

Não baseava-se somente em entender, mas em controlar, talvez de maneira indireta, ou diretamente, fazendo-o devorar sua própria ideia e, torna-la sua. Na verdade, essa era a base de tudo que ela acreditava desde muito pequena. Sabia que, não podia fazer tudo sozinha, não da forma que estava, fraca e indefesa, sem nenhuma habilidade naturalmente desenvolvida em artes ninjas. Mas um simples pensamento podia ser bem mais forte do que qualquer coisa, ideia era a coisa mais forte da humanidade, afinal, não há nenhuma forma de domina-la ou extingui-la. Um corpo humano, morreria em algum instante, até por motivos naturais, mas a ideia, seguiria em frente, se bem executada por todos.

" Oh sim " Pensou, enquanto simplesmente voltaria a relaxar, deixando seu corpo mais leve. A leitura continuou brevemente e, de alguma forma, cada letra exposta por ali, a forma como era exposta as ideias centralizadas do autor. " Ele demonstra sua forma de ideia, expondo-a abertamente e simplesmente forçando um entendimento Sua testa levemente franziu, enquanto ela levara sua mão em direção ao queixo. " Genial " Era impressionante a vista de Yui como aquilo obtinha sentido a cada linha. O porque de ter aprendido tudo anteriormente? Entender uma pessoa, significaria entender seus objetivos, o porque de ter estes objetivos e, como fazê-lo obter um novo objetivo. Uma nova ideia.

A necessidade de avaliar uma pessoa era a mesma de controla-la.

" Motivação, identidade, emoção como medo e raiva podem gerar controle "

Spoiler:

 

Yui já sabia com o que estava lidando, mas... e agora? A menina deveria levantar, respirar e botar em prática a arte da dominação. Sentir através de sua voz o que poderia controlar ou manipular para atingir seu prazer. Testar todo o conhecimento que havia adquirido observando aquelas pessoas e o modo com que elas agiam. A genin, neste momento, poderia ter mais conhecimento que até mesmo um ninja de maior patente. Seria ela o futuro de uma vila amaldiçoada como Iwagakure?

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@Kaein Yui

" Em casos atípicos, você poderia formar a idealização ao alvo do controle que, os objetivos adquiridos por ele, seriam apenas seus desejos mais obscuros. Um controle pleno, seria um controle sem informações visuais que a pessoa está sendo controlada "

— Entendi — Sussurrou, finalizando aquele parágrafo. Yui sentia-se calma, talvez um pouco animada com todos aqueles novos aprendizados em um período de tempo tão curto, mas ainda sim, sabia que, como anteriormente, deveria tentar um controle pleno a partir de alguma pessoa naquele lugar, usando das próprias técnicas demonstradas e comentadas durante aquele capítulo. A biblioteca, que antes estava vazia, agora encontrava-se repleta. Em alguns corredores, haviam crianças que brincavam em silêncio, pintavam, enquanto em outros, pessoas como a garota, que desejavam ter algum tipo de aprendizado - encontrar alguém para conversar, com certeza, não era desafio algum.

Mas, aparentemente, o próprio viera até ela. Depois de alguns segundos, enquanto olhava por seus arredores, a garota não notara a aproximação de um rapaz de idade similar. Tinha cabelo de coloração negra, e olhos tão normais quanto - um rapaz extremamente comum. Em sua mão, um livro normal, educativo de física, talvez algum tipo de estudante da área? De qualquer forma, sua aproximação viera com um pedido estranho, já que haviam muitas outras cadeiras pelo lugar.

— Boa tarde, posso me sentar com você?
— Claro — Respondeu-o respeitosamente e, alegremente, forçando um pequeno sorriso.

O rapaz abriu o livro logo em seguida, dedilhando as páginas. Parecia procurar algo em específico, mas seu olho geralmente decaía um pouco, suspirava e, em seguida, movia-os em direção à garota, mas assim que percebera o mesmo interesse da garota quanto a ele, olhando-o, ele simplesmente corou e parou-a de olhar por breves momentos.

— Você é bem bonita e simpática, oque faz aqui? — Perguntou, visando tentar puxar alguma conversa. Para Yui, estava óbvio que ele tinha algum tipo de interesse em sua beleza, mas acima disso, era engraçado o quanto aquilo havia tornado-se óbvio. Talvez devido a leitura e experiência adquirida anteriormente, mas de qualquer jeito, ela decidiu dar um pouco de corda a conversa.
— Obrigada! Estou lendo alguns livros, me preparando para alguns estudos e, talvez, me tornar uma chunnin, mais a frente
— I-Incrível. É uma Kunoichi? — Perguntou, enquanto tentava encontrar a bandana da garota. Como resposta ela simplesmente levantou seu braço, mostrando a dita cujo amarrada neste.
— Sim, a algumas semanas, apenas — Com um sorriso, continuou. — E você? Parece ter a mesma idade que eu. Não se tornou um ninja?
— N-não, não sou nem um pouco habilidoso com chakra nem com nada do gênero. Quero apenas ser um inventor famoso, alguém que crie tecnologias. A humanidade decaiu muito de anos para cá, por conta de todas estas guerras, mal tivemos algum tipo de avanço.
— Eu que o diga. Sou uma Kunoichi, mas sou extremamente pacifista. Não pretendo guerrear nem nada do gênero, mesmo porquê, não sou nem um pouco forte ou hábil
— Então porque se tornou uma ninja?
— Meus objetivos são muitos e, dentre eles, acabar com esse sistema shinobi, e para isto, preciso me tornar forte — Tentou mostrar parte de sua ideia inicial.
— Historicamente, toda essa história de sistema shinobi só trouxe atrasos a nós, seres humanos e, você pode muito bem ler o mesmo livro que li, sobre a nossa Iwagakure — Com uma breve pausa, entregou ao rapaz, o livro histórico anteriormente lido.
— Tivemos uma guerra antes de tudo isso. Algo grande o suficiente a ponto de ser apagado da história e forçar nossos antepassados a se juntarem para re-erguer nossa vila. Não creio que Iwagakure seja de total vítima nessa história, muito menos que todos nossos Tsuchikages sejam como o atual, tão pacifista — Com grande maestria, tentava levar a conversa para onde queria. — Ao menos por enquanto
— Isto é verdade. 1DG. Oque isso significa? — Perguntou, um pouco em dúvida.
— Um ano depois da Guerra — Respondi — E digo mais, não sabemos quando outra dessa grande guerra acontecerá, mas antes disso, quero ser forte o suficiente a ponto de impedi-la — Gesticulando, ela tentou mostrar seu ponto de vista.
— Quero poder simplesmente unificar nossa pátria, nosso país. Não haverá vilarejos, nem guerras. Eu busco a paz total! — Sorriu, e embora, grande parte fosse sua verdade, ela tinha alguns planos um pouco mais... Diferenciados não expostos. — Precisamos de mais pessoas como eu, que desejam mudanças e, mais pessoas como você, que desejam avanços — Finalizou.

Spoiler:

 

Yui conseguia convencer o garoto de seus ideais, e sua última frase era a responsável por filtrar a atenção do jovem totalmente para si. Mesmo assim, faltava algo. Contara a história de sua vida, mas seria isso o suficiente para o aprendizado do conteúdo daquele livro? Teria que influencia-lo, aproveitar a chance visto que se encontrava preso na teia que teceu com sua própria história. - Você é fascinante. - Deixara escapar, fitando os olhos da garota, esperando que depois daquilo ela manifestasse mais alguma fala inesperada.

Encontrava-se sem falas, visto que se aproximara de alguém com ideais muito maiores que si mesmo.

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@Kaein Yui

— Obrigada! — Respondeu ao elogio com um curto sorriso em seu rosto e os olhos levemente fechados. " Falta algo. Mas de alguma forma, ele parece estar bem mais atiçado a me ouvir " Perdida em pensamentos, ela continuava a tentar encontrar a resposta para suas dúvidas. Oque faltava para conseguir ter um domínio pleno do psique alheio? Havia dado-lhe um ideal e, de certa forma, ele havia acatado a tudo. Persuasão era bem mais complexo do que parecia.

— E você também é extremamente fascinante, um intelectual com tão pouca idade! — Tentou recuperar o mesmo fio. A conversa ainda não podia ser interrompida.
— Mas acho que, no mundo atual, tudo se baseia em ninjas — Expôs mais uma vez sua ideia quanto aquilo. — E se deseja, de fato, ter algum conhecimento... Talvez seja melhor conciliar as duas áreas, não? — E, de fato, se o rapaz quisesse ser um grande inventor, seria necessário aprender e controlar um pouco de chakra, se não, somente iria ser ultrapassado por alguém melhor, em algum momento. As coisas são assim e sempre serão.
— É que, definitivamente, eu não sou nenhum tipo de prodígio...
— E você acha que eu sou? Quase nenhum de nós é e, sinceramente, eu mal posso usar meu chakra e molda-lo — Continuou.
— E exatamente por isso que eu estudo tanto
— Talvez eu pense — E antes que pudesse completar sua frase, Yui voltou a conversar.
— Sem dúvidas, você se tornará alguém reconhecido, então faça!
— Caso, de fato consiga algo além das suas expectativas, significará muito e ainda, poderemos estar juntos, liderando a humanidade a algo bem melhor! — Sorriu, demonstrando toda sua perseverança.

Spoiler:

 

O pequeno inventor havia ido ali apenas para cantar uma garota, pensando que teria o prazer de apreciar um pequeno fruto de relação e logo em seguida ir embora. Porém, as coisas não iam da forma que esperava, acabava sendo persuadido à garota e concentrava-se inteiramente no que tinha a dizer. Abriu seu coração à ela contando seus desejos, enquanto ouvia-a fazer o mesmo. Com tudo o que acontecia, o clima gentil da conversa acabava com as últimas palavras da genin da pedra, que o confrontava sobre se tornar um ninja.

Não levou os conselhos para o lado ruim, na verdade até os aceitou de bom grado, visto que havia se tornado complacente à garota, invejando seus ideais. - Com certeza farei! Nos encontraremos no topo, liderando esse mundo distorcido lado a lado! - O garoto levantou-se exibindo um joinha com sua mão destra. - Começarei agora mesmo! Vou pegar alguns livros sobre artes ninjas e essas coisas de chakra! - E então deu as costas, deixando Yui novamente sozinha, acompanhada apenas por sua imaginação e pelo livro que tinha em mãos.

Os ensinamentos da obra pareciam promissores, havia encorajado uma pessoa com mais de anos de vida à mudar completamente o destino de sua carreira. Agora com o livro lido e com seus conhecimentos postos a prática, bastaria pensar o que faria do restante de seu dia.

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@Kaein Yui

E então, finalmente havia obtido êxito naquela tentativa estranha de persuasão. De fato, havia sido um tanto quanto difícil influenciar o rapaz, mas, o que ganhara em troca estava bem além de ter exposto um ideal; havia conseguido experiência naquele tipo de ocorrência. Óbvio, todo caso era um caso e, sinceramente, ela não esperava que tudo seria tão fácil quanto aquilo - na verdade, esperava que não fosse, caso possível. Ainda sentada, voltaria seu olhar para o livro a sua frente, suspirando. " Ainda falta algumas páginas e, então, poderei fazer outras coisas " E, levando sua mão até ele, visualizou mais algumas partes de seu conteúdo.

O aprendizado ainda não havia chegado ao fim e, para falar a verdade, era provável que, mesmo depois da leitura total do livro em questão, faltasse muito a aprender. Bastava o tempo ensinar, assim como as próprias experiências futuras da garota. Algum tempo passou, suficiente ao ponto do sol esconder-se parcialmente dentre as nuvens. Yui havia conseguido acabar a leitura e, consequentemente, apenas decidiu guardar os que havia pego anteriormente. Quando acabasse, mais uma vez voltaria na mesma senhorita, a bibliotecária.

— Vou indo, bom fim de expediente, Senhorita! — Sorriu.
— Muito obrigado por tudo! — Finalizou, agradecendo.

Spoiler:

 

A finalização do livro era alcançada por parte de Yui, porém seria aquelas informações suficientes para amenizar sua sede por conhecimento? Parecia que sim. Após horas na biblioteca do vilarejo, a garota caminhou para o exterior do local, despedindo-se da carismática bibliotecária. Saindo do edifício, encontrou-se novamente no centro do vilarejo. De relance, conseguia visualizar parte do quartel general à distância, uma estrutura de grande porte moldada completamente com rochas antigas. Talvez a visão da construção despertasse alguma vontade de completar algumas missões para conseguir uma melhor economia no vilarejo, e ainda ajudaria-a a conseguir fama no mundo ninja. Tal decisão estava completamente em suas mãos, apenas ela poderia ditar quais seriam seus próximos passos.

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@Kaein Yui

Com o fim anunciado em seus estudos, bastava a garota passar pela mesma porta que adentraria anteriormente e, sair em direção ao centro comercial da vila em questão. Suas pernas doíam levemente, embora não fosse exatamente algo sério - provavelmente ficar sentada o dia todo, numa mesma posição, não era o mais positivo a ser feito, indiferente da situação. Sorrirá com a situação, de fato, era engraçado, estar com as solas de seus pés formigando, e enquanto andaria de maneira controlada, até que pudesse se ver livre das dores citadas.

A passos lentos, caminhava dentre as lojas. Grande parte destas, ainda mantinham-se abertas, com uma grande quantidade de pessoas por ali, alimentando-se. Talvez não fosse hora para isto, obviamente, mas de qualquer forma, a clientela por aqueles lados era um tanto quanto assídua.

E, ainda com a visão plena em seu horizonte, perceberia o quartel general próximo, a leste de onde estava. " Se não me engano, é lá que posso fazer algum tipo de missão... " Pensou, enquanto bocejava. De fato, ela não tinha muita experiência e, fazer uma de ranking avançado seria impossível em sua atual situação, mas de qualquer jeito, era no mínimo divertido pensar em sair daquela rotina grotesca que havia se submetido. Na verdade, ela precisava de um pouco de ação para que pudesse sentir seu coração bater. " Nada além do meu próprio poder, claro " Sorrirá, enquanto simplesmente decidirá seguir até o lugar em questão.

Suas pernas já haviam parado de doer, fazendo-a apressar levemente os passos que dava. Seguirá por pouco tempo, dentre as ruas e algumas casas e estabelecimentos, em direção ao lugar citado. Quando finalmente pudera observar o lugar do lado de fora, impressionou-se com sua aparência. Parecia bem construído, e tratado-o, talvez, anualmente? Não que importasse, de forma geral. Atentada ao horário, decidirá simplesmente ser rápida o suficiente para que não precisasse ficar muito tempo a noite, na rua, e decidirá por entrar de uma vez por todas no quartel.

Empurrando a porta a frente, adentrará o lugar. Indo até algum tipo de balcão, decidiu perguntar a alguém responsável por ali, como poderia realizar uma missão e quais poderia realizar. — Boa tarde, o senhor poderia me explicar o funcionamento por aqui? — Perguntou, sendo o mais direta possível, obviamente.

Um homem debruçava-se sobre o balcão do grande saguão. Seu rosto não emitia nenhuma emoção a não ser pura sonolência. Alguns outros ninjas uniformizados conversavam ao canto esquerdo, próximo de um quadro com avisos. — Boa tarde. — Respondeu o chunin, desviando seu olhar ao relógio preso em seu pulso. — Ah!? O que fazemos aqui? Temos uma prisão e cuidamos da entrega de algumas missões para ninjas de rank inferior. — Explicou, intercalando suas palavras com um bocejar forçado. — Quer requisitar alguma missão? Pelo visto você é uma genin ainda... Qual o seu nome? — O homem notava a graduação da ninja por conta de sua inexperiência e falta de informações. Seguiria procurando o nome da garota por um amontoado de papeis, checando se a garota era realmente uma ninja.

— Aqui, fica a vontade — Entregou à garota uma pasta com diversos pedidos formalmente escritos, cada um representando uma missão diferente que estava pendente. — Pedidos de missões chegam o tempo todo, e tem uma porrada acumulada visto que os genin dessa vila tão tudo virando vagabundo. — Resmungou, voltando a debruçar-se sobre o balcão. Deixaria que Yui folheasse os pedidos de missões e, caso quisesse, eventualmente escolher alguma para realizar. Estaria disposto a responder qualquer pergunta, mesmo que seu estado atual mostrasse o contrário.

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@Kaein Yui

— Yui. Kaein Yui — Apresentou-se, forçando um curto sorriso. Observar todos aqueles traços do homem, deixava evidente o quanto não queria estar ali, não por tanto tempo e, ainda, como algum tipo de trabalho remunerado. De qualquer forma, o mesmo apenas entregaria à garota um caderno de tamanho mediano. Havia folhas separadas, algumas marcadas de maneira mais visível, com cores chamativas, enquanto outras - provavelmente por não serem tão importantes - eram sobrepostas de maneira um tanto quanto mal organizada.

Com sua atenção naquela infinidade de tarefas, ela decidiu oque queria e, inicialmente, deveria apenas partir.

— Obrigado — Despediu-se com uma reverência curta, enquanto anotava as informações quanto a missão em questão, seguindo para fora do lugar pela mesma porta que havia entrado. Mais uma vez do lado de fora, observará o pequeno mapa que levava consigo quanto a tarefa. Havia estudado a pouco sobre a geografia, tanto da vila, quanto de seus arredores, consequentemente, dificuldade não teria em encontrar o tal acampamento médico. Com o sol se pondo, aos poucos, o frio chegava, felizmente, ela vestia-se de maneira coesa quanto ao tempo.

Apertava o passo, de fato, em direção à entrada da vila. Queria poder chegar no lugar da missão antes do escurecer e, para tal, seria necessário um mínimo de esforço óbvio. Quando finalmente estava de frente aos grandes portões, uma dupla de homens a abordaram. Suas vestes seriam o suficiente para apresenta-los, assim como suas bandanas expostas a partir da testa. Eram guardas e, para evitar qualquer tipo de problema, Yui apresentou-lhes a missão que faria, tendo uma conclusão satisfatória quanto aquilo e, também, podendo seguir em frente, para fora da vila.

Em muito tempo, era aquela, a primeira vez que dava passos por fora de Iwagakure. Muito ainda não havia mudado, pedras e mais pedras, além de alguns caminhos subsequentes que poderia seguir. Visando o caminho menor, ela pulara de pedra em pedra, visando o corte de um caminho. " Se eu não me engano, o acampamento seria por aqui perto... " Pensou, mantendo sua atenção aos arredores. Fumaça poderia ser útil, afinal, com a noite que chegava, aquele tipo de coisa poderia significar fogo.

Seu conhecimento geográfico rendeu-lhe mais um êxito, encontrando facilmente e de maneira eficiente, o acampamento. Havia um total de sete barracas, junto à uma maior e possivelmente mais importante. Visou descer das pedras superiores que locomovia-se, tentando não ter uma má impressão inicial de nenhuma daquelas pessoas. Andaria levemente em direção ao fogo, apresentando o conteúdo informativo da missão ao que se disponibilizasse para que, consequentemente, apresente-se.

— Boa noite, sou Kaein Yui — Mais uma vez, abaixando a cabeça respeitosamente, a garota tomou frente a conversa. Uma das médicas, possivelmente a responsável por toda a pesquisa por ali, que ainda segurava o informativo, deu continuidade a conversa, apresentando cada membro do grupo formado por treze pessoas, embora, a maioria destas, acabasse no esquecimento mental da garota.
— Como já mencionamos, a alguns dias atrás, sofremos um ataque. Não sei se eram mercenários ou shinobis de vilas inimigas, mas eles levaram alguns equipamentos e ingredientes de produção. — Citou.
— Desde então, felizmente, não aconteceu mais nada. Mas em todo caso, acredito que ter alguém habilidoso ao nosso lado, deixa todos menos apreensivos. — Com um sorriso amigável, continuou a explicar.
— É provável que não nos encontremos numa situação de risco, mas de forma geral, precisará ficar conosco até de manhã. Além de buscar um outro ingrediente. A Flor Púrpura.
— De fato, são duas missões distintas, mas pagaremos por cada uma delas. — Avisou.

Com o seguir da conversa, Yui fora convidada a sentar-se junto ao restante do pessoal, continuando por ali até determinada hora. Felizmente, fora apresentada também a um colchão inflável, oque fizera seguir deitada pelo restante da noite, ainda que não acabasse por dormir devido a empolgação de, talvez, enfrentar algum tipo de inimigo. Ao menos por aquela noite, nada aconteceria e, com o nascer do sol, parte das pessoas ali, tinham tarefas, inclusive a kunoichi. Com sua chegada ali e, durante a conversa com a representante dos médicos, mais um informativo era disposto a ela, com algumas fotos e informações derivadas de determinada planta.

Aparentemente, o ingrediente só poderia ser encontrado em lugares montanhosos, um pouco distante dali e, seria necessário um total de sete da dita cujo. Preparando-se, Yui decidiu ter o máximo de informações possíveis da alvo, visando não demorar-se na busca para que pudesse finalmente voltar para casa. Havia passado-se uma noite inteira e, como tal, dormir tinha revigorado-a, sentindo-se mais energética. Talvez o fato de ter dormido ao ar-livre fazia aquilo, não com todos, mas com a moça em específico. Lembrava-a de seu passado, por muito tempo, obviamente.

Agora, tendo em mente grande parte do que faria na maioria dos casos, ela decidiu ir até a representante das médicas, informar-lhe. Andou em direção ao lugar principal, tocando-a em seu ombro para que pudesse chamar sua atenção. — Partirei agora para as montanhas. Trarei cada uma das plantas que deseja! — Diretamente, expôs seus movimentos. Explicando também o caminho que faria, para que, em todo caso, ficasse explícito a ela. Sem mais delongas, ela finalmente partiria. Bocejava de hora em hora pelo caminho rochoso. A calmaria por ali era um pouco estranha, e aguçava os sentidos naturalmente.

Pássaros cantavam e outros animais faziam cada um, seu som pertinente, mas felizmente, por aquele lugar não ser lá muito convidativo, oque mais se tinha por ali, eram águias. Nada de cobras, tigres ou coisas que poderiam significar algum tipo de perigo iminente.

Sua chegada as tais montanhas havia sido simples. Tinha chegado antes do meio-dia e sabia disso devido ao sol que se posicionava pertinente ao horário. As poucas nuvens que estavam no céu, não o cobriam, fazendo Yui, soar o suficiente durante aquelas três horas de caminhada, mas que, de qualquer jeito, rendeu-lhe o suficiente. Havia encontrado sua primeira flor púrpura, embora faltasse praticamente todo o restante. Sua busca mantivera-se por mais algum tempo e, um ponto em específico, seria a coloração vívida da flor, facilitando extremamente de enxergar, mesmo que a garota tivesse uma visão naturalmente ruim.

Tendo êxito em encontrar cada uma das sete, simplesmente voltaria pelo mesmo caminho. Talvez chegasse num horário semelhante ao outro dia, mas de qualquer jeito, seria suficientemente positivo.

Spoiler:

O longo dia de Yui logo teve fim ao conseguir seu lugar no acampamento. Teve uma noite de sono diferente do que estava acostumada, repousando e recuperando suas energias naquele acampamento improvisado. Teve êxito na caça às flores, e com elas em mãos retornava ao acampamento, onde era recebida por toda a equipe médica. - São essas mesmo! Rápido, Afonso! Pegue-as! - Ordenava a mulher que comandava o perímetro, surpresa. Logo em seguida um de seus enfermeiros organizou as flores dentro de uma cúpula, onde ficariam até finalmente serem usadas.

- Obrigada Yui-san. Você pode ir agora, já solicitamos a presença de outro ajudante para o restante do dia. Pegue sua recompensa e descanse! - Despediu-se a mulher, virando as costas à garota. Teria que agora voltar à vila e requisitar a recompensa de suas missões no quartel general do vilarejo, e só então decidir o que faria a seguir.

Importante.:

@Kaein Yui

Tendo êxito em suas missões, a garota apenas se despedirá adequadamente dos médicos daquele lugar e, seguiria em direção mais uma vez, da vila.

Do céu, podia-se ver o sol começar à se pôr e, exatamente isto, fizera com que a garota apressasse seus passos o máximo que pudesse e, sem mais delongas, assim que chegasse até o tal vilarejo, mais uma vez, explicaria aos guardas, para que não tivesse nenhum problema por ali. Seguindo em frente, passaria antes no quartel, para que pudesse receber sua recompensa e, finalmente, pudesse ir para casa descansar o restante daquela noite.

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