Debruçado sobre a mesa de madeira, rodeado sobre pilhas de livros e pergaminhos, Zenyatta dormia. Nos braços de Morfeu, o jovem sequer sonhava. A mente vazia se recuperava do desgaste mental provocado pelas pesquisas que ele realizava durante os últimos dias. A pesquisa, considerada por Zenyatta como o auge do controle de chakra e dos poderes regenerativos, concederia a ele a capacidade de emendar membros dilacerados, promovendo a cura, inclusive, de tecidos nervosos e cartilaginosos.
Os raios de sol invadiam o quarto do shinobi, cruzando o portal, aberto pela janela ao canto direito da mesa de estudos. A luz anunciava a chegada de um novo dia, de novas possibilidades e trazia consigo também o habitual canto dos pássaros e o barulho dos apressados passos nas ruas de Konoha.
Mesmo diante do belo despertar da vila, Zenyatta continuava inconsciente, perdido nas areias do tempo e dos sonhos. Fora necessário que a ave mensageira pousasse sobre o ombro do jovem e cravasse suas aviadas garras em sua pele para que o mesmo acordasse - O que? -.
Desnorteado, Zenyatta apanhou a mensagem que a ave trazia consigo, rompeu o lacre da mesma e esfregando os olhos com as costas de sua mão esquerda, começou a ler a mensagem, transcrita no fino e delicado pergaminho - Interessante... Muito, interessante. Poder auxiliar Konoha de dentro do hospital talvez seja uma das maiores contribuições que eu poço vir a fazer -.
Com seus cabelos desgrenhados e a cara amaçada, Zenyatta arremessou a carta sobre os demais pergaminhos contidos em sua mesa. O garoto se levantou, sentindo as contraturas musculares causadas pela péssima noite de sono que havia tido, e se despindo, foi até o banheiro. Mesmo adiantado para o encontro no hospital, Zenyatta, presando pela pontualidade e pela apresentação impecável, se enfiou no banho.

Devidamente vestido e alimentado, o garoto deixou sua casa, vagando pelas ruas da vila, junto a horda de civis e colegas shinobis, indo em direção ao enorme edifício onde o hospital de Konoha se encontrava. Diante do local, Zenyatta iria realizar uma breve inspeção em sua aparência, se certificando de que suas roupas e cabelo se encontravam devidamente alinhados e limpos e então entraria pela porta da frente, sorrindo e pronto para realizar o trabalho que fosse necessário.

Considerações”:

Equipamentos”:

Jutsus Utilizados”:

O jovem logo foi recebido por uma pequena equipe de médicos. Cada um dos presentes foi dirigido a uma área especifica, onde seus testes seriam realizados. Zenyatta, que não manifestava nenhuma preferencia pelas diversas áreas da medicina, se mostrou de certa forma indiferente a sua área “Bom, é uma área que exige vasto conhecimento e responsabilidade, mas acredito que eu esteja a altura do desafio”. Sem se manifestar, o jovem se deixou levar pelo chefe do departamento, que logo de cara revelou sua aversão e preconceito para com a escolha de um substituto de sua colega.
Mostrando-se profissional, Zenyatta escuta as criticas do homem calado e de frente ao quarto da paciente, copiou a ação do homem e apanhou uma cópia da ficha da mesma. Os olhos do jovem passavam rapidamente entre as diversas linhas da ficha, devorando com sua mente o conteúdo ali transcrito.
Ainda com os olhos no relatório, Zenyatta adentrou ao quarto, seguindo seu superior.

A mente de Zenyatta vinha a imagem de um coração. O jovem conseguia imaginar perfeitamente a estrutura do órgão, seu tecido muscular, suas veias e artérias características, seus revestimentos, todos os mínimos detalhes. Fazendo uma dissecação mental no coração imaginário, era possível se enxergar as câmaras do coração, chamados de átrios e ventrículos. O problema da jovem era uma má-formação do septo interventricular ou como é dito aos leigos, na parede que separa os ventrículos direito e esquerdo do coração. O problema, entre todas as possíveis doenças cardíacas, era comum, porem grave. O sangue venoso se misturava com o sangue arterial, que era então bombeado para o corpo e não conseguia oxigenar corretamente os tecidos do corpo.
Os olhos do garoto voltam a se abrir e ele sorri para a paciente, deitada na cama do hospital, a sua frente “Bom, ela recebeu um coração novo. O septo provavelmente não havia como ser reparado, o que é uma pena, complicaria muito menos a vida dela. Temos que nos certificar de que o coração esta funcionando apropriadamente, que não existe rejeição por parte do sistema imunológico e receitar os medicamentos apropriados para que essa rejeição nunca venha de fato a ocorrer”. Zenyatta foi até o lado da cama da paciente, pediu licença para a mesma e começou a realizar alguns exames rápidos e rotineiros.
As extremidades da garota apresentavam coloração e temperatura normal, sinal de que o sangue chegava até a região e a oxigenava corretamente – Bom -. A pressão da garota e estava dentro dos padrões também – Muito bom, mesmo. Eu pediria apenas que realizassem um eletrocardiograma para termos certeza que esta tudo em ordem. Mas a principio, você está ótima e as chances de haver qualquer complicação é baixa -.
Dando uma ultima olhada na ficha de sua paciente, Zenyatta então se virou para o seu instrutor – Já receitaram a medicação dela, doutor? Não consta na ficha -. Zenyatta aguardaria a resposta do homem e então iria se voltar para a mãe da paciente – Talvez já tenham comunicado a senhora, mas um dos pontos chatos desse tipo de cirurgia é a necessidade de ser administrado ao paciente medicamentos imunossupressores, que deverão ser consumidos diariamente. O imunossupressor faz com que o sistema imunológico não reconheça o órgão transplantado como um invasor e não haja rejeição por parte do mesmo. É chato, eu sei, mas é necessário, isso fara com que -.

Considerações”:

Equipamentos”:

Jutsus Utilizados”: