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Naquela manhã de verão um shinobi da nuvem veio até mim a pedido de seus superiores, requisitando-me para uma tarefa. Já estava em hora de tirar a ferrugem depois de tanto tempo sem uma missão. Juntei minhas tralhas e saí com o bater da porta atrás de mim, no caminho o mensageiro me explicou em detalhes minha tarefa que parecia ser bastante simples.

Um ninja estava causando alvoroço nos arredores do vilarejo, não havia nenhum oficial disponível no momento para pará-lo, já que todos estavam em missões mais importantes. Restou a mim dar cabo da situação. Ao chegar no lugar de tanta confusão, ficou claro que o rapaz estava sendo manipulado por outro alguém, tendo em vista seus olhos fechados e o corpo “mole” característico de alguém dormente. Este então não era meu alvo, mas deveria ser detido de toda forma.

Dei alguns passos para entrar no campo de “visão” do rapaz, havia uma floresta atrás dele. Avaliei com cautela a situação e havia já decidido como proceder naquela ocasião em específico. – Ora ora... que arruaça estás a causar aqui, ein?! – o ninja se virou em minha direção e zarpou em uma investida desleixada. Ao que parecia, aquele que o controlava não tinha muito bem a noção de combate corpo a corpo, portanto sua marionete estava igualmente debilitada. Não possuía muita força, no entanto, um pouco de astúcia e estratégia poderiam me safar de uma derrota.

A lerdeza do oponente ao investir com uma estocada da kunai firme em seu palmo mirando meu peito me proporcionou tempo de reação para evadir ao lado ao mesmo tempo que segurava seu cotovelo com uma das mãos e sua nuca com a outra. A própria força do rapaz foi usada para o jogar no chão, tudo que fiz depois foi pressioná-lo com os joelhos nas costas e torcer seu braço, imobilizando-o. []– Alguém amarre-o, por favor –[/b] os cidadãos que estavam sendo atacados ouviram o chamado e resolveram contribuir, trazendo cordas para aprisionar o suposto atacante.

Era hora de lidar com o real problema. Com a kunai que tomei das mãos da “marionete”, parti em direção da floresta com minha máxima velocidade, sabia que o usuário de genjutsu devia estar próximo para exercer controle sobre aquele homem. Mantive-me atento ao ambiente em minha volta em busca de sinais da passagem dele, até que ouvi um barulho diferenciado na floresta. Fiz-me de desentendido e parti direto, porém, ao notar que a copa das árvores e seus troncos já me escondiam, aproveitei para saltar em um dos galhos. Tinha noção de onde partiu o som, fiz alguns selos e apontei o palmo para onde minha intuição sugeriu e rapidamente uma esfera de calor se condensou e foi arremessada.

Nada atingiu, porém, fez o causador de tanta bagunça revelar-se ao ter de esquivar do ataque. – Você é bom por me encontrar! – disse o arruaceiro, com uma cara de espanto por achar que ninguém o encontraria ali. – Naturalmente sou, almejo o topo. – retruquei em um tom natural embora a arrogância precedesse o comentário. – Hahaha! O topo? Você sequer vai me derrotar! Me encontrou? E daí? Vai acabar como aquele cara. – o homem fez alguns selos, jogando contra mim uma ilusão de controle que me fez abaixar o palmo antes estendido e assumir a mesma forma cabisbaixa do oponente que antes derrotei.

– Vê?! Completamente inofensivo! – o usuário de genjutsu virou as costas, e ordenou que eu atacasse os aldeões que antes eu havia salvado. Ele somente não contou com minha capacidade de libertar-me da ilusão, e outra esfera de calor – esta certeira – atingiu-o bem nas costas de forma a incinerar suas roupas e mumificar parcialmente sua pele atingida. A ilusão pífia do rapaz foi fácil de perceber, já que alterava absurdamente o mundo ao meu redor, então um simples “Kai” foi o bastante para dissipá-la. – Inofensivo? Não conseguirei derrota-lo? Você decidiu isso? Quem decide as coisas sou eu. – a última esfera já estava em cima do meu indicador, e foi atirada para subjugar aquele que tentou manipular minha alma pura.

Derrotado, o homem caiu debruçado no chão, com queimaduras em seu corpo. Arrastei-o pela perna até alguns oficiais e expliquei a situação, deixando-o ser preso enquanto voltava para libertar o ninja amarrado anteriormente. Em seguida, retornei à minha casa.

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