A vida em Konoha não era agradável para a genin, ela não sabia bem o que fazer ou que missões cumprir, sinceramente ela não tinha desejo algum em cumprir missões em nome de qualquer tipo de vilarejo, a emoção de ter evoluído na cadeia de autoridade realmente era boa, mas indiferente após alguns dias de vivência, ainda tinha muitos superiores a sua frente e isso lhe enojava. Mesmo que tivesse descoberto suas habilidades de gelo cedo ainda não tinha a menor ideia de como domina-las como sua mãe e pai dominaram, e isso era frustrante, ela apenas se imaginava no dia que teria tamanho poder para enfrentar a todo um vilarejo sem nenhum tipo de problema, mas queria Rukia isso? Queria a menina o fim daquele local, que querendo ou não, teve a decência de lhe acolher e dar um lar? Nem mesmo sabia que poderia confiar em alguém, não conhecia ou sabia o rosto do Hokage, nem mesmo parecia que era uma moradora daquele local, pois nunca teria cumprido com suas próprias funções para sustentar aquele lugar, a única coisa que tinha certeza absoluta sobre Konohagakure era que não poderia chama-la de como chamava sua casa, não poderia chama-la de lar.

Caminhava lentamente pelas ruas do vilarejo, desfilando sobre a rua principal buscando abastecer os suprimentos de sua casa, existia um senhorzinho que costumava vender algumas frutas frescas que eram consideradas as mais gostosas do vilarejo, e por isso a genin só costumava gastar seu precioso dinheiro com o próprio, pois não se alimentava de muita comida reforçava, costumava apenas comer frutas e afins no dia a dia, antes de chegar no velhinho apenas passou num mercadinho local e comprou alguns sachês de chá que costumava beber quase que todo o momento, também estava precisando de uma nova chaleira, aproveitando logo o momento para levar uma das mais baratas da prateleira, mas tinha lá seu charme.

Avançou adiante na rua até o finalzinho que dava acesso a avenida principal de Konoha, o velhinho não estava lá naquele dia e tinha apenas uma mensagem em seu portão, anunciando uma noticia bastante infeliz para seus consumidores diários, o senhor teria desaparecido já fazia alguns dias quando foi se encontrar com seu abastecedor local, a família oferecia uma recompensa para quem o encontrasse, e também informava brevemente um endereço de onde o homem iria se encontrar, Rukia era apenas uma genin mas não recuou, carregando sua espada partiu imediatamente para o loca indicado, um pouco além dos arredores do vilarejo, numa espécie de estrada de pedra que levava para um vilarejo pequeno no sul de Konoha —— Deve ser aqui —— pensou, aproximando-se da entrada e procurando por qualquer informação sobre um tal de “Frutaria do Sul” ninguém tinha informação relevante, apenas de um senhor que se isolava no final da cidade e que alguns comerciantes costumavam se encontrar com ele, mas que já fazia cerca de duas semanas que nenhum comerciante adentrava a cidade, atrapalhando até mesmo o comércio local, intrigando um pouco Rukia.

Pelo que lembrava, o nome do velhote era Iku, e essa era uma informação relevante quando bateu com força clamando pelo tal dono da frutaria, ninguém atendia, mesmo que Rukia tivesse insistido e ficado bastante tempo no local ninguém atendia ou respondia, resolveu exagerar e arrombar a porta, adentrando sem permissão alguma. A casa estava impecável, arrumada, cheirando bem e sem nenhum pingo de poeira, mas também não parecia habitável a um certo tempo, tinha poucos moveis, os armários de comida vazio e os quarto sem nenhuma presença de roupa, o que por si só, já era de tamanha desconfiança.

Assim que se retirou da casa percebeu a presença de algo, como se alguém tivesse lhe vigiando e lhe seguindo, aproveitaria aquele momento para se afastar daquele lugar e tentar seguir para um lugar mais aberto e vazio, na tentativa de encurralar quem estaria lhe perseguindo, a menina era esperta e seu plano funcionou sem nenhum problema, assim que a menina estava no campo aberto só foi preciso demostrar seus dotes ninjas de velocidade para que conseguisse colocar sua espada na ponta da garganta de seu alvo, um olhar destruidor de quem tragaria aquela vida sem hesitar nenhum momento, delicado seria o gosto do sangue derramado —— Por que está me seguindo? —— perguntou, o homem parecia não querer responder e estava nervoso, mas logo abriu a boca quando a espada pressionou ainda mais contra sua garganta —— Eu sei onde ele está... O homem da fruta —— desembuchou o medroso, e logo informou tudo para Rukia, o homem tinha sido sequestrado por uma gangue que estava tentando prender todos os vendedores para enfraquecer os vilarejos e sim toma-los para si, o plano da gangue afetava até mesmo Konoha visto que eles também tinham conseguido capturar três vendedores do grande vilarejo, tornando-se responsabilidade de Rukia ir cumprir seu dever e proteger os sequestrado, pelo menos os deveres que Konoha lhe obrigava.

O homem também lhe deu uma breve localização, que caiu como chuva para a menina seguir com o plano, seguindo de forma delicada para os arredores de uma caverna não muito longe dali, observou por horas vendo as trocas de plantão e analisando melhor o comportamento dos criminosos, esperando o momento perfeito para finalmente agir, eliminando primeiramente os guardas e invadindo a sede, tomando a roupa e identificação de um para encontrar-se de logo com os criminosos principais dali, por sorte aquela era apenas uma sede dos criminosos, uma que guardava todos os sequestrados daquela região, existiam outras três sedes que possivelmente Rukia estaria encarregada de cuidar no futuro, mas no momento apenas se preocupou em encontrar os sequestrados e resgatá-los, matando qualquer inimigo que tentasse lhe impedir, e assim fez, conseguindo no fim do dia salvar o velhote e retornar para Konohagakure. A família agradecida lhe deu uma pequena quantia e lhe ofereceu um reabastecimento de frutas para o resto do ano, com um breve sorriso falso agradeceu pela premiação e retornou para sua casa, onde escreveria um relatório relatando todo o ocorrido.

-- É isso.