Não havia nada melhor do que o sentimento que Alice estava a sentir naquele maravilhoso campo florido tirado praticamente de um conto de fadas, a menina não sentia nada mais do que liberdade. Primeiro ela se livrou da maldição posta pelos seus pais e agora das regras da sociedade, ou de uma vila em outras palavras. Ela havia um mundo inteiro pela frente para conhecer! Isso era magnífico - então é isso que chamam de frio na barriga?! Alice é tão apática, mas quem diria que alguma coisa a faria se sentir tão bem, o que é extremamente incomum, e isso apenas alimentava mais ainda a meta de vida de sua irmã, cujo ela prometeu cumprir, o desejo de livrar todos desse mundo hipócrita e os darem a liberdade no inferno pessoal da ilusionista ou, simplesmente, no país das maravilhas, como a sua falecida irmã dizia, mas acima da vontade de realizar o sonho de sua irmã a garota queria antes conhecer o máximo possível sobre o mundo afora, para aumentar mais ainda a sua inspiração que iria somar em seu próprio "paraíso".

Toda essa sensação preenchia a vontade da rainha dos mortos de explorar mais e mais e o local que ela havia encontrado, por mais que enorme e belo, ela sabia que aquilo era só uma micro-parte do que ainda estava por vir. Então a jovem simplesmente não perdeu mais tempo e teve uma breve conversa com o seu companheiro e informou que esteve observando os arredores desde que saiu de Konoha e que se os conhecimentos de sábia delas não falham, a vila da chuva não deveria ser longe da região de Konoha e talvez não longe do local em que ambos se encontravam e lá seria o seu destino, só precisaria encontrar o último caminho de terra por qual eles andaram e seguir até que encontrasse alguma pista melhor de localização, seja isso através de algum caminhante ou uma vila aleatória encontrada - e nisso, o seu parceiro disse querer fazer uma busca de reconhecimento de área. Com isso, ambos se despediram.

A menina não era burra e não queria se perder, então ela simplesmente decidiu seguir o rio principal; a vista durante o caminho era cada vez mais impressionante, era tudo tão belo e algumas coisas tão diferentes de seus sonhos, mas tudo se "estragou" quando um par de humanos pescadores aparecem indo em direção a imperatriz dos cabelos loiros com sua canoa. Alice realmente esperava que eles passassem direto, mas ━━ Oi menina, está perdida? Precisa de uma ajudinha? ━━ perguntou um deles; a menina chegou a se surpreender por eles serem educados. Os homens que ela conheceu até o momento era um velho mordomo quase morto, seu pai psicótico e o seu parceiro retardado e masoquista, quem diria que seres masculinos poderiam ser educados, ao menos era o que parecia - mas sem perda de tempo, a mocinha respondeu que estava procurando um caminho para a vila das chuvas e por pura sorte, eles aceitaram levá-la até lá. Eles pareciam ter pena do demônio perante eles, talvez esses sejam o benefício de parecer uma garota indefesa.

[...]

O caminho seguiu e uma nuvem extremamente carregada já podia ser vista depois do horizonte e os pescadores sinalizaram lá como o local que a jovem desejava alcançar, após longas conversas sobre a vida deles, cujo Alice chegou a perguntar. Óbvio que muitas coisas não a importou, mas ela sempre aprendeu a agir como uma dama em frente as pessoas e se mostrou o tempo toda interessada, isso até ter chegado a vila da chuva, onde ela simplesmente se despediu e saiu ignorando qualquer coisa que eles poderiam ter falado depois, mas isso já não importava mais, pois quando ela se virava, eles já pareciam estar partindo com o barco novamente, mas continuavam com olhares preocupados por algum motivo desconhecido, Alice decidiu achar que era apenas preocupação. A vila era curiosa, a chuva era forte e a sua roupa que havia colocado especialmente para ir para aquele local a protegia muito bem da chuva. Era diferente de Konoha, era diferente de onde ela morava, era uma beleeza totalmente nova, era uma beleza cinza! Os grandes arranha-céus, o concreto da rua, era tudo tão curioso...

Alice! ━━ Uma voz ecoou na cabeça da mesma, essa que pensou que era coisas de sua cabeça, mas de acordo ia adentrando mais e mais dentro da vila, a voz ia se repetindo ━━ Caralho ID, desgraçada! Tu me pôs em uma ilusão novamente? Mais alguma de suas brincadeiras mentais comigo, garota? ━━ Debochou Alice ao perceber que a voz se repetia e ia ficando cada vez mais nítida, provavelmente já havia escutado um pouco antes de ter chegado na vila, mas pode ser que ela nem tenha percebido. Óbvio que para muitos aquilo seria algo espiritual, como um fantasma, mas Alice conhece sobre a sua Kekkei Genkai e o demônio que vive em sua mente, ela não teria nenhum meio de se comunicar, se não fosse por uma ilusão, então de raiva e por falta de paciência a garota usou do Genjutsu no Kai.

Alice dava graças a si mesma quando a voz parou de se repetir. Então de fato era uma ilusão, concluiu ela, mas sem a real certeza se aquilo havia vindo de ID, porém isso é tão provável que também é mais fácil concluir isso como o fato atual. O porquê de ID ter feito isso a jovem não sabia, mas não estava mais se importando, pois ela tinha uma nova região inteira para explorar a sua frente ━━ Amegakure, oh preciosa vila da chuva! Para onde quer que eu olhe eu só vejo mais e mais pingos do que é conhecido como as lágrimas da natureza - Ah, esse tom acinzentado por todo o lado, enxuga com certeza de cado canto a sua impureza ━━ Cantarolou Alice, enquanto saltitava pelas poças d'água. O toque da água derramada pelas nuvens naquela região, junto de sua única coloração era o contraste de Konoha, a vila da folha. Pessoas corriam pela rua e se escondiam embaixo de qualquer objeto que os defendiam da queda d'água, pessoas que estavam desperdiçando o verdadeiro sentimento ironicamente caloroso da chuva. Aquela vila parecia viver numa depressão eterna, em um constante luto e uma situação de infinitas lágrimas; isso maravilhava os olhos da pequena pesquisadora.

Esse local é incrível! ━━ Falou a menina euforicamente, precisando usar de suas mãos para tampar o seu rosto e evitar que chamasse muita atenção com um grito. Era tanta emoções que ela se permitiu sentir e isso apenas a dava a vontade de fazer uma coisa: Trazer tudo aquilo para o seu mundo, o seu mundo de ilusão, para o país das maravilhas ━━ Irmã, tu ficará tão feliz com esse presente! ━━ Falou a pequena psicopata consigo mesma, como se mandasse uma mensagem para a sua irmã. Mas óbvio que é idiota começar assim, sem ao menos ter um maior conhecimento de local, então ela apenas aproveitou, andando por todos os lados possível e sempre parando para ver tudo de curioso que ela via, como pessoas reagindo ao ver ela ou ao viverem as suas vidas, animais na rua, uns com dono e outros sem e construções únicas daquele local. Nem parece que é uma vila que fica ao lado de um local tão reflorestado e verde, pois em contra-parte, Amegakure parecia altamente industrializada e sem vida. Sua arquitetura é composta de vários arranha-céus metálicos com dutos ligados a eles, e linhas de energia labirínticas, parecia um poço sem fim de pura depressão.

[...]

A caminhada havia durado por um tempo, até que a garota decidiu começar a causar o caos e alimentar o mundo dos sonhos criados por sua irmã, mas antes disso ela ficou olhando para todos os lados pelo caminho, até que pudesse encontrar alguma arma, como uma faca, talvez. Então ficou rodeando locais que ela havia encontrado restaurantes por enquanto, sem iniciar o seu plano. Ela não queria destruir toda a vila, era bonita demais, mas apenas matar um número bom de gente, como lembrancinhas da vila da chuva.

Alice realmente estava apaixonada pelo destaque que aquela vila tinha com tudo que ela já conhecia e se impressionava cada vez mais e mais. Não via a hora de pôr as mãos nos macacos de dedões de Amegakure; então continuou andando, enquanto planejava várias coisas em seu cérebro, enquanto ainda procurava por uma arma que, por coincidência, via uma faca de cortar carne de restaurantes, do tamanho um pouco maior que uma Kunai, esquecidas em uma das mesas de um restaurante em seu lado exposto, que era tampada por algum tipo de concreto, que não permitia a chuva cair sobre as mesas, aquilo provavelmente seria o que chamam de exótico para aquele depressivo lugar. Era coincidência demais ela ter sido deixada sozinha, então ela simplesmente pegou tal em suas mãos e saiu do local o mais rápido possível, até que ficasse umas três ruas de distância, onde voltou a andar normalmente; parece que a segurança daquela vila ou não era das maiores ou eles já estavam acostumados com tal ato.

De fato pessoas encaravam Alice com frequência, pois era uma jovem garota, aparente perdida, andando sem rumo por aquela vila. Na cabeça das pessoas deveria passar coisas como o que uma menina dessa idade estaria fazendo na rua de Amegakure sozinha e fazia até sentido; um local escuro como aquele deveria ser habitado por ninjas que escaparam de suas vilas, como a própria garota, e outros aproveitadores. A ilusionista odiava chamar tanta atenção e com isso ela começou a procurar becos e ruas mais vazias, para poder continuar a pensar na sua estratégia; ela provavelmente entraria em algum canto com poucas pessoas e usaria de suas habilidades ilusórias para pôr-los para dormir e passar a faca recebida como um presente dos anjos para derramar o sangue para o seu inferno, o que era bastante irônico.

Pelo o caminho, não demorou muito até que um grupo de homens virassem uma esquina e fossem andando em direção de frente com a garota. Ela não tinha saco para olhar para o rosto de pessoas vivas, não mais e aquele seria o local perfeito para testar o seu plano, mas enquanto ela fazia uma posição de mão como se orasse aos céus, enquanto a faca ainda estava escondida em sua roupa, mais ou menos numa área da cintura direita, um homem aparecia de sei lá aonde atrás dela, segurando-a de uma forma que seus braços ficavam imóveis ━━ Mas que coincidência, parece que eu não era a única com segundas intenções por aqui! ━━ Disse ela, enquanto voltava a encarar para frente, quando via outros ninjas vindo lentamente numa distância de mais ou menos vinte à vinte e cinco metros com armas na mão ━━ Patético... ━━ Debochou Alice. De fato o seu ritual para sua habilidade ilusória já estava pronto e simplesmente com aquela posição de mãos de uma jovem garotinha pedindo um milagre, cujo o homem de trás havia prendido-a, foi o suficiente para que um chakra cinza como a vila começava a espalhar do corpo da jovem demoníaca de forma rápida num alcance enorme, mas por culpa da chuva, as partículas soltadas daquela energia podiam ser facilmente despercebidas, no  mesmo momento que havia percebido os outros três homens vindo a sua frente. Mas a psicopata não era burra e junto dessa técnica, o seu instinto assassino, o instinto assassino de uma psicopata também acompanhava o alcance da técnica utilizada. Agora era tudo questão de saber se eles cairiam no sono ou ficariam paralisados diante da fome de morte da deusa do inferno, que agora estava com suas vestes e cor de cabelo diferente. Seus cabelos eram negros como a escuridão da noite, olhos vermelhos como sangue e a roupa que antes tinham tons beges, agora tinham tons marrons mais escuros e sem vida e a parte branca parecia estar suja de sangue.

Idou pensava se aquele seria o último minuto de vida dela e de Alice, por um descuido sem sentido, mas agora era realmente muito tarde para pensar ━━ Aaaaahahahaha! Sim, sim! Furem-me com essas lâminas afiadas! Eu, simo Continuem!sim! Continuem! ━━ Muitos se assustariam com a reação do demônio, mas existe um fato sobre essa personalidade que provavelmente é muito incomum; ela é uma masoquista, psicopata! Ela adora sentir dor e a sensação de sentir a morte era quase que um motivo para dar tesão a ela, mas que merda. Após tantos cortes, ela sentia a sua vida se indo, mas mesmo assim havia demorado demais e a Alice normal já havia voltado, com suas vestes e aparência física normais, ao se ver naquela situação, ela já havia sofrido tanto que o corpo provavelmente já estava relevando aquela dor e só o que sobrava era seus últimos momentos de raciocínio e utilizou aquilo para pensar: Essa situação é um desleixo meu tão patético... Eu conheço os meus poderes ilusórios e como não percebi tal coisa antes? Primeiro foram vozes esquisitas na minha cabeça e depois foi uma coincidência sem sentido algum de ter encontrado exatamente tudo que procurava, sempre no exato momento em que queria encontrar e depois foram as suas poderosas ilusões que deveriam ter posto eles para dormir ou ao menos terem feito exitar antes de concluir o que fazem agora, mas não - elas foram totalmente ignoradas, sem mesmo o uso de Genjutsu no Kai. Isso não é algo possível de acordo com o conhecimento dela sobre o mundo ━━ Então eu ainda estou numa ilusão? ━━ Foram as últimas palavras antes de Alice "morrer" na ilusão.

[...]

Agora de volta ao mundo real, Alice se encontrava num local onde ela já esteve e bastou olhar para os lados para identificar tal coisa. A pequena ilusionista se irritava, pois tudo que ela planejava fazer agora deveriam ser feitos novamente, mas antes ela queria descobrir quem foi a maldita pessoa que fez a jovem passar por tudo aquilo e a primeira suspeita não estava muito longe, era uma visão do inferno, quero dizer... de uma velhinha toda enrugada e baixinha a tua frente. Bastou apenas a sua primeira frase para que ela tenha certeza que aquela era a pessoa que a levou por essa experiência inútil ━━ Nossa, mas que olhos lindos a senhora tem! ━━ Atuou Alice, sorrindo para a idosa ━━ A senhora me pegou direitinho! As coisas foram tão fáceis e óbvias depois daqui que eu mal parei pra pensar que eu estaria numa ilusão e por que raios eu daria um passo a mais para a senhora me matar? Eu nunca faria mal a uma única pessoa! ━━ A voz de Alice soava como canções de anjos por causa de tanta delicadeza e calmaria, ela até mesmo mexia as suas mãos de acordo falava, imitando como uma rainha bem exagerada faria, se baseando na rainha branca do pais das maravilhas de sua irmã.

Na real, era bem óbvio que a velha tinha percebido o comportamento da jovem enquanto essa estaria presa numa ilusão, então aquele teatro todo era inútil ━━ Por que a senhora fez isso? ━━ A expressão da doce garota era tomada por uma expressão apática e tua voz começava a soar como uma psicopata ━━ Ao menos isso pôde me dar umas ideias de como melhorar com ilusões, agradecida, mas o que raios faria uma senhora fazer isso com uma garota comum que havia acabado de chegar em sua vila? Isso não é meio... Exagerado? A senhora está obcecada ou ansiosa por alguma coisa? Não sei se estou em desvantagem ou em condições de fazer perguntas, mas a senhora não teria me tirado da ilusão, caso quisesse me matar! Estou correta? ━━ A expressão doce voltava após aquela tonelada de perguntas e as mãos da menina iam para trás de suas costas, como um meio de mostrar que ela não está oferecendo nenhum perigo - Ao menos é o que ela quer que a velha acredite ━━ Kyaaah, estou tão ansiosa para conhecer a senhora!

Vem comigo! ━━ Disse a idosa que aparentemente não tinha um dos pavios mais longos que Alice conhecia, até porque comparando com o seu palhaço da corte, essa velha era praticamente uma muda e no momento que tal virou de costas, pensamentos perversos vinham a cabeça da demônia, mas não fazia sentido ela atacá-la, pois as chances disso tudo ainda ser um Genjutsu era muito alta, mas já tentou uma vez, tentar mais uma vez o Genjutsu no Kai provavelmente não iria mudar o resultado.

Onde estamos indo? ━━ Foi a pergunta que Alice precisou ter feito para toda a aparência de onde ela estava mudasse. Agora uma noite imutável cobre o céu, um deserto branco interminável cobre o chão. Os objetos semelhantes a árvores não pareciam plantas, mas eram duros como minerais reais. A paisagem daquele local era um deserto branco aparentemente interminável, com uma multidão de dunas, cheia de pedregulhos. A lua parecia maior do que o normal do mundo humano, aquilo era tudo muito incomum. O vasto deserto parece não ter quaisquer corpos de água e contém formações rochosas, a atmosfera é preenchida com uma alta concentração de vagalumes das mais diversas cores, além de alguns animais pequenos e talvez míticos por todo o lado. Aquela área era semelhante ao caso dos desertos do mundo real, a vida ativa em parecia ser poucos e distantes entre si. Era um local que se parecia com a vila da chuva por causa da cor predominante, mas era uma região sem chuva, na verdade, uma área bem seca e tão bela quanto a outra. Alice estava maravilhada.

A velha finalmente se virou ━━ Pelo que vejo por aqui, tu também deve ser uma poderosa usuária de Genjutsu, mas pelo que venho observado de suas ações, a senhorita tenta controlar tudo a sua volta e é isso o que a torna previsível demais! Tu pôr pessoas em ilusões onde elas fazem coisas que elas normalmente não fariam é o que traria o seu fracasso numa luta com uma pessoa que possa sim sair de suas habilidades ilusórias - fazendo com que seja uma mentira facilmente descarada, como acabei de fazer, pondo-a dentro de um universo totalmente diferente! A garota deve aceitar e reaproveitar do mundo em que já vivemos quando por outras pessoas em uma realidade mentirosa, assim aumenta a dificuldade deles perceberem e se perceberem, talvez já seja tarde demais! ━━ citou ela, enquanto estalava o dedo e ela sorria para Alice antes que ela possa ter dito qualquer coisa sobre o que a senhora havia dito, ela desapareceu.

[...]

Acho que esse é o fim! Obrigado... ━━ Alice se via novamente no local onde havia chegado em Amegakure, mas dessa vez, ela sabia que não estava numa ilusão - Mas quem diria que a rainha dos mortos um dia agradeceria à alguém... O que a senhora disse era tão óbvio, mas até agora, Alice percebia que seus Genjutsus eram muito autoritários e pessoas que são habilidades nessa área ninja provavelmente iriam facilmente descobrir suas ilusões. O porquê dela nunca ter pensado nisso era um mistério, mas a teoria é de que após muito tempo criando vários e vários mundos, ela se esqueceu de como se aproveitar de algo já existente e aquilo realmente foi um alerta que a acordou mais para a realidade e a realidade do momento, ela que após toda essa caminhada, ela ainda precisava matar alguém; aquela velha ensinou-a varias coisas, mas o seu plano de assassinar pessoas ainda estava de pé, só precisou procurar um bom alvo - com isso em mente, ela partiu a procura de alguém ou um grupo de pessoas para matar, mas não antes sem ter procurado uma faca boa para matar novamente.