- Ooosh! Meu primeiro dia como ninja! O que eu faço? - Aquela era uma data especial para a recém formada na Academia Ninja, Sarutobi Yoko. A jovem garota de apenas oito anos daria seus primeiros passos na vida como uma ninja, após ter sido apta de se formar na academia e, finalmente, se tornar Gennin. Andava pelas ruas de maneira animada, pulando. Vestia uma calça que lembrava um moletom, além de, na parte superior do corpo, vestir uma camisa preta que não possuía mangas. A bandana - de Konohagakure, obviamente - se encontrava amarrada fracamente no pescoço da garota, balançando à medida que a jovem saltitava. De acordo com seus parentes, a garota de madeixas castanhas deveria pegar trabalhos no Quadro de Missões, se quisesse conseguir algum dinheiro e aumentar sua experiência como ninja.

- Um..dois..três! - Chegando no quadro, Yoko não se poupou: optara por pegar três missões: duas de Rank D e uma de rank C. - Acho que está bom pro primeiro dia. - disse, apertando os pergaminhos das missões fortemente entre os dedos. Os outros gennins, igualmente recém-formados na Academia Ninja, olhavam curiosos para Yoko. Não entendiam como alguém poderia ter tanta motivação para realizar missões de níveis tão baixo, cuja remuneração era igualmente..inútil. "Se é para se tornar Hokage, é isso que eu vou fazer! Hohohoho!" Guardou dois dos pergaminhos na bolsa de armas ninja e, sem fazer cerimônia, abriu o que mantinha em mãos. - Ajudar na floricultura? Eu posso/vou fazer isso! - falou, guardando o pergaminho recém lido na bolsa de armamentos, colocando-o junto dos outros, e partindo para a floricultura da vila.

Caminhou - ou melhor, saltitou - por cerca de três minutos até enfim chegar à floricultura. Visto de fora, a floricultura parecia com uma casa moderna, pintada de amarelo, com o telhado tingido de laranja. Algumas margaridas se faziam presente em frente à floricultura, radiantes. - Floricultura dos Yamanaka..Hm..Interessante! - disse, adentrando na floricultura. Ao passar pela porta, se deparou com uma kunoichi um pouco maior que ela, com espessos cabelos loiros chegando até o quadril. - Você deve ser a Gennin enviada. Prazer! - Yoko concordou com a cabeça, apesar de, à priori, não ter sido "enviada", mas sim estar lá por vontade própria. - Então..É só eu cuidar da floricultura? Regar as plantas, dar amor e carinho para elas? - perguntou a gennin, curiosa. A responsável pela floricultura acenou positivamente com a cabeça, apesar de estar duvidosa sobre o que "dar amor e carinho" para as plantas realmente significa. - Certo! Te vejo em breve! - Yoko acenou, enquanto a kunoichi se afastava da floricultura. Agora a garota tinha a floricultura toda somente pra ela.

- Que comecem os trabalhos! - disse Yoko, colocando um avental sobre sua roupa, com os dizeres "Mamãe das Plantas", com uma rosa no meio do avental. Não sabia de quem era, mas combinava com a garota. Finalmente estava pronta para cuidar da floricultura. Pegou um regador azul, que estava no canto da floricultura. - Aqui você está, amiguinh.. Cruzes! - Yoko rapidamente soltou o regador quando viu que um rato estava morando dentro do mesmo. Quando o item caiu no chão, o rato saiu correndo para fora do estabelecimento, a uma velocidade que surpreenderia até mesmo os mais velozes ninjas. - Agora..Sem mais surpresas! - Yoko pegou o regador do chão e foi até uma mangueira, que se encontrava deitada no solo da floricultura. Encheu o regador com água e, com veracidade, começou a regar todas as plantas presentes no local. - Fiquem vivas e sejam compradas! - dizia, à medida que as regava. Como havia MUITAS flores, Yoko demorou horas para regar todas as plantas. Isso se deve, também, ao fato de ter calculado milimetricamente o tanto de água que cada flor recebia, com medo de cometer algum erro. - Oh, vejo que você realmente se empenhou. - A kunoichi enfim chegou. Seu rosto demonstrava cansaço, equiparando-se com a fadiga de Yoko por ter regado inúmeras plantas. - Tudo bem! Eu estou indo! - disse, removendo o avental e dando um aceno de mão em direção à mulher.  

- E agora..Eu devo ajudar nas reformas da vila! Yosh! - Yoko ainda aparentava estar animada. Andou pelas ruas de Konoha e percebeu que, realmente, os muros precisavam ser pintados. "Não quero que meu vilarejo seja feio! Eu não posso permitir uma atrocidade dessas!" pensou, correndo para pegar um balde de tinta branca e um longo pincel. Tendo ambos os itens em mãos - além de agora vestir um avental de pintora(sabe-se lá onde tenha conseguido), Yoko começou os serviços. Pintava os muros de cima para baixo, de baixo para cima, uniformemente, sem cometer erros. Apesar de ser um trabalho monótono, a garota ainda assim era capaz de tirar motivação de tal função. Aposto que todos os Hokages já tiveram que passar por isso" pensou, continuando a reproduzir o movimento. Mesmo nos piores momentos, a jovem Sarutobi era capaz de se motivar pelo sonho de se tornar uma grande ninja.

- Eba.. Acabei! Bem..Um muro.. - Por mais que tivesse feito o trabalho de maneira correta, Yoko não podia deixar de se sentir um pouco triste pelo fato de ainda ter que pintar inúmeros muros. - Ai, Deus.. O que eu faço?! - indagou, apontando o pincel molhado para os céus, fazendo com que um pouco de tinta acabasse caindo em seu cabelo, como se fosse cocô de pombo. - Pera! Acho que tive uma ideia! - disse a garota, correndo tanto com o pincel quanto com o balde de tinta à extremidade de um muro que ainda não havia sido pintado. Se merda de pombo significava sorte, tinta branca também parecia significar. Correndo com o balde de tinta e, pincelando o mesmo sempre que possível, Yoko pintou os muros de Konohagakure com uma veracidade nunca antes vista. Ela ia correndo de um lado ao outro do muro, com o braço que segurava o pincel estando aberto, de maneira que pintaria o muro. Apenas quando era necessário "renovar" a tinta que a garota parava bruscamente, fazendo com que um pouco de tinta caísse em suas vestes. - Osh! Acabei! - disse, depois de ter finalizado de pintar todos os muros. Se não estivesse vestindo um avental, com certeza estaria com as vestes toda manchada, tal pelo fato do avental se encontrar exatamente assim. - Agora só falta uma missão! Droga, tenho que me apressar! - disse, correndo em direção à Academia Ninja.

Adentrou correndo na Academia Ninja, fazendo um estardalhaço enquanto se movia. Sem ter sido convidada, acabou entrando em uma sala de estudantes, alguns até mesmo mais velhos que a própria Yoko. - Yo! - disse, fazendo um sinal de "paz" com os dedos da mão direita. A tinta ainda estava em seu cabelo, e isso foi motivo para que algumas crianças tentassem esconder suas risadas atrás das mãos. Outros sequer se davam ao trabalho, gargalhando abertamente. - Silêncio! Você deve ser a ninja responsável por auxiliar os estudantes na ENTRADA, no intervalo e na saída. Pois bem..Como não faz muito tempo que a aula começou, vou desconsiderar o seu atraso.. - disse um Jounin, aparentemente o professor da turma. Apesar de ter recebido um esporro, Yoko assentiu com a cabeça e foi se sentar no fundo da sala, sozinha. Teve que desviar de alguns pés maldosos que tentavam derrubá-la, além de rebater algumas bolinhas de papel para longe. "Tudo bem..São crianças!"pensou, já sentada. Era capaz de observar toda a sala de onde estava e isso, de certa forma, acalmava os ânimos da garota.

O tempo passou rapidamente, e o sinal tocou: era hora do recreio. As crianças saíram apressadas, se empurrando. - Ei, sem pressa! - disse a Sarutobi, apesar de ser ignorada. Saiu sozinha da classe, indo até a parte exterior da mesma, onde algumas crianças brincavam. Algumas fingiam ser ninjas, outras apenas comiam seu lanche. Yoko se sentou em uma cadeira e, sem disfarçar, tentou tirar a tinta que ainda estava em seu cabelo. - É.. Com licença..moça. - Uma voz de criança ecoou no ouvido da jovem, por trás. Ao se virar, se deparou com uma criança. Sim, uma criança, mais jovem até mesmo que Yoko. Deveria ter por volta de seis ou sete anos. - Aqueles caras roubaram meu lanche. Você pode dar um jeito? - O garoto apontou para um grupo de adolescentes, provavelmente 3 anos mais velhos que Yoko. - Com certeza, campeão! - disse, com um sorriso no rosto. Levantou-se, em foi em direção ao grupo, que possuía quatro integrantes.

- Yo! Vocês podem me devolver o lanche daquele garoto? - indagou, apontando para o garoto. O "líder" que parecia ser também o mais velho, olhou para Yoko com desdém. - E se eu não.. quis.. Ué? - O adolescente havia tentado aplicar um soco em Yoko, que rapidamente desviou seu corpo para o lado contrário e, agora, se encontrava nas costas do rapaz. - Uau, era isso mesmo! Obrigado! - Yoko pegou o lanche, que estava na outra mão do adolescente. A maioria dos alunos ficaram olhando perplexos, sendo incapazes de processar o que estava acontecendo. Yoko entregou o lanche para o garoto e o mesmo o comeu.

O sinal tocou novamente, indicando que os alunos deveriam retornar para sala. As últimas aulas ocorreram sem nenhum problema, sendo que Yoko não precisou fazer absolutamente nada, a não ser acompanhar aulas que já tivera na Academia Ninja, quando era estudante. Saiu da Academia e foi pegar a recompensa pelas três missões. Finalmente tinha dado seu passo inicial como ninja.

Considerações Imporputantes:

Armas:

Era por volta das cinco da tarde em Konohagakure no Sato. A tarde de primavera estava boa, com uma temperatura amena e fracas ventanias percorrendo o vilarejo. Yoko, a jovem Gennin do clã Sarutobi, caminhava saltitando pelo vilarejo, despretensiosamente. " Mais um dia, mais missões! "Sequer fazia um dia que a garota havia realizado três missões mas, mesmo assim, não podia esconder a animação de continuar realizando trabalhos em prol do Vilarejo. Chegou no quadro de missões e, sem pensar, pegou as duas primeiras missões que entraram no seu campo de visão: uma relacionada a resgatar mineradores e a outra relacionada a fazer uma faxina na vila. - Caramba! Será que esses mineradores estão bem? - disse, guardando ambos os pergaminhos na bolsa de armamentos ninja e, seguidamente, partindo em direção às minas. Pulava de prédio em prédio, ao invés de se locomover pelo solo, onde várias pessoas atrasariam seu trajeto.

- Eita.. - Estando, enfim, em frente à mina, Yoko se surpreendera. A entrada da mesma estava completamente coberta por pedras. - Droga.. Como eu vou entrar? Já sei! - disse, tornando a mexer na bolsa de armamentos ninja. Era uma ideia arriscada mas, mesmo assim, a jovem Sarutobi estava disposta a tentar. " Que tudo dê certo.. " Começou a colocar vários selos bomba nas pedras superiores, visto que não parecia haver mais indícios de um desabamento. - QUEM ESTIVER AÍ DENTRO, SE AFASTA PLZ - Em questão de segundos, os selos bomba explodiram, transformando a maior parte daquelas grandes pedras em pequenas pedrinhas, que rapidamente se perderam entre outras maiores. - É..Funcionou! - A garota havia sido capaz de criar uma abertura na parte superior da mina. Por ser baixa e magricela, não foi um problema para Yoko passar por aquela superfície. Adentrou na mina, se deparando com cerca de dez mineradores, sentados, recostados na parede. Não pareciam estar feridos, o que era..bom. - Certo! Vamos tirar um de cada vez! - Yoko, agora, carregava cada um dos mineradores apoiados em seu ombro para fora da caverna, tendo que "forçá-los" a passar pela abertura feita na caverna vez ou outra. Após ter resgatado todos os mineradores, era a hora de realizar a outra missão.

O caminho até a biblioteca do Vilarejo foi tranquilo, sem que Yoko tivesse qualquer tipo de preocupação durante o trajeto. Chegou no estabelecimento e bateu duas vezes na porta, apesar disso não ser, de fato, necessário. Adentrou a biblioteca e se dirigiu até uma bibliotecária, a qual cumprimentou com um aceno de mão. - Yooooo! Eu vim fazer faxina. - berrou, sendo reprimida pela mulher. - Se você limpar as prateleiras, já será suficiente. Não precisa dizer mais nada. - disse a mulher, quase sussurrando. Talvez o fato de ter pedido para que Yoko "não dissesse mais nada" estava atrelado ao fato da mulher saber que a jovem Sarutobi, definitivamente, iria responder gritando. A Gennin cerrou o punho, deixando apenas o polegar à mostra, em um claro sinal de "joinha".

Yoko pegou alguns panos e espanadores e, sem pensar, começou a limpar as prateleiras, removendo os livros sempre que necessário, para limpar debaixo deles. Havia algumas prateleiras que necessitavam da atenção especial da garota, como algumas relacionadas à matemática e física. " É.. Ninjas não costumam ler muito isso. " pensava, soprando os livros e fazendo uma enorme nuvem de poeira surgir. - Cof Cof! Nunca mais faço isso.. - E fazia novamente. Depois e algumas horas, enfim terminou o trabalho que, apesar de simples, demonstrou-se deveras cansativo. Saiu da biblioteca, recebeu o dinheiro pelas missões realizadas e retornou para casa.

Considerações:

Armas: