As águas tremulavam sutis, agraciadas pelo fulgor, á medida que as folhas abrandavam-se buscando por descanso em sua sua superfície. Alí estava ele, tímido, rodeado por uma sinfonia vibrante de cores, o garoto fantasiava o que poderia encontrar em desmesurada timidez. Um verde cômodo obstinado engalfinhava-se para se manter autêntico, o ingênuo coral demonstrava sua alegria de modo inescrupuloso, junto á ele o magenta, demonstrando sua ternura com certa prudência. O amarelo otimista papeava com o salmão de modo vívido, enquanto a malva demonstrava certa prudência, longínqua. Era uma harmonia o qual não poderia ser descrita em palavras e canções em seu mais vívido resplendor. Havia beleza, beleza do bordo ao caravalho, até o modesto e humilde arbusto.
Assim estava o garoto, acomodado á uma cadeira, ele contemplava á dias algumas revistas com uma grande coletânea de paisagens, das mais únicas, á mais variadas, ele achava que valia cada centavo. Era um belo modo de entretenimento para ele, beleza não se reservava apenas em cores vibrantes, podia ser encontrada até na simplicidade e humildade. Apreciava as maravilhas o qual o mais caprichoso, áustero e mordaz pintor tinha á oferecer. Suas obras eram únicas e inigualáveis, sua experiência datava á tempos tão remotos quanto se pode pensar, algo que mesmo copiado não poderia transmitir a mesma experiência em toda sua glória.
Esse era um dos seus melhores momentos do seu dia, pode parecer um tanto triste, no caso, mas essa pequena experiência, esses pequenos momentos o qual contemplava aquelas paisagens, mesmo que por algumas imagens, traziam regalo á seus olhos e mente. Ele as analisava com cortesia, preocupação, paixão.
Algo acabava de despertar, de um modo sutíl, o deixava inquieto, cada vez mais inquieto, contemplar já não era o suficiente, queria saber sobre seu objeto de admirição, saber cada detalhe de suas nuances, cada detalhe de sua fauna, e cada detalhe de sua flora.
Um vívido silêncio tomava conta de toda a biblioteca, era uma bela sinfonia para se contemplar um bom livro. Ele folheava levemente com seus dedos, lia cada parágrafo com cuidado. Sua atenção no momento voltava-se á florestas temperadas, foi um dos primeiros livros que havia visto sobre relevo quando procurava, imaginava que teria uma boa experiência o lendo. Ao que parecia era um dos relevos presentes no País do Fogo, suas estações eram vigorosas e bem definidas, e como consequência, sua fauna e sua flora reagia de acordo. Foi de deleite ler o comportamento da vegetação: no verão, a vegetação crescia de modo alegre e vívido, no outono as caducifólias ganhavam um tom dourado ou amarronzado nas folhas o qual encontravam descanso ao solo com o tempo. Com a chegada do inverno elas faziam uso dos nutrientes o qual receberam com o sacrifício de suas folhas, para que, na próxima estação sirva como energia para as mais novas. Para ele parecia uma história de sobrevivência, uma história de resiliência, de sacrifício, era algo encantador porém triste. E assim o garoto ficou aventurando por uma coletânea de livros.

Considerações:

Jutsus Usados:

Armas Levadas: