Depois de sua última missão, havia voltado para o quadro de missões onde frequentemente batia cabeça com o responsável por designar aos Genins suas missões. Resumidamente, as missões nunca eram boas suficientes para Kai, que sempre quando tinha duas alternativas, A e B, acabava optando pela C. -- Tem essa missão onde você precisa faxinar a biblioteca da vila ou essa em fazer o resgate dos mineradores soterrados. São boas, não acha? -- Dizia o homem. -- Não, não são, eu vou pegar essa aqui. -- A missão escolhida tratava-se de ajudar uma garota a cuidar da floricultura do vilarejo na sua ausência. -- Espero que ela não tenha o gênio forte. -- Pensou em voz alta, saindo para realizar sua missão.

Chegou ao local determinado depois de aproximadamente vinte minutos, sendo recebido pela jovem dona. -- Até que enfim, você é o garoto que vai me ajudar na minha ausência, não é? -- Disse sem malicia, sendo interpelada por Kai logo em seguida. -- Não, eu sou o entregador de pizza. -- Deixou escapar. -- Sim, sou eu, pode ir fazer suas tarefas tranquilamente, eu me dou melhor fazendo as coisas sozinho.

Antes de sair, a garota havia indicado uma tabela de preços no balcão da loja para ter com o que se basear o garoto, que não tinha o menor conhecimento em botânica para determinar seus preços. Não demorou muito após sua saída, uma cliente feminina aparentando ter seus 50 anos de idade chegou à loja. -- Eu combinei com a dona em deixar minhas lanças de são jorge para serem tratadas. -- Kai olhou a tabela indicada e tomou conhecimento do preço para recebimentos. -- São 15.000 Ryous. -- Pegou os três itens e levou até o balcão onde era alocados os itens recebidos. Logo em seguida entrou outros dois clientes, uma mulher que retirou um lírio da paz e um homem todo coberto por blusa e óculos escuros. -- Deu 30.000 Ryous pelo tratamento. -- Respondeu ao entregar o item mencionado e pegando a quantia pelo serviço prestado. -- Olá amigo, vim comprar alguns girassóis, crocus e ranúnculos. Essas flores atraem e são essenciais para cuidar de minhas abelhas. -- Disse o outro cliente, que já havia separado as flores em um buque. -- Muito bem, são 80.000 Ryous ao todo. -- Concluiu a venda.

A missão seguiu tranquilamente, com bastante vendas realizadas naquele dia e ainda limpando algumas prateleiras quando achava necessário. Quando a kunoichi voltou, retirou a quantia pela missão e saiu.
 

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Após ter saído do estabelecimento, lembrou-se da sugestão de mais cedo sobre a mina terrestre que havia desabado e deixado diversos trabalhadores soterrados. Dirigiu-se até o local afastado do zoneamento urbanístico e ali avistou uma mobilização de pessoas que trabalhavam em diversas funções. Barracas para que os familiares se acomodassem tinham sido levantadas, jornalistas caçavam furos de reportagens e tinha também aqueles que estavam fazendo o trabalho braçal, tirando desde os pequenos até os maiores pedaços de pedras da entrada da caverna.

Havia uma placa branca escrita em tintura preta "Ajude aqui." É obvio que Kai não seguiu a sinalização da placa e tomou outro caminho. Seguiu até um homem beirando os 2 metros de altura. -- E ai, grande, o que estamos fazendo aqui? -- O homem olhou para o garoto, com um olhar de desdém. -- Você pode ajudar servindo água e bolachas para os familiares, deixe o trabalho braçal para os homens. -- Mais uma vez seu lado cabeça dura falou mais alto e Kai defecou para o comentário do homem. -- Vamos ver se eu vou servir chazinho e biscoitinho. -- E começou junto ao homem levantar pedra por pedra, sempre encarando seu adversário e vice-versa. Então o homem pegou uma pá e começou a remover a areia levantada pela poeira, Kai seguiu a mesma função. Após removerem até as menores partículas que dificultavam o processo de remoção das rochas, experientes ninjas se reuniram ao redor da região rochosa e com um esforço em conjunto conseguiram abrir uma brecha para a saída dos soterrados.

Kai aproximou-se da entrada e começou a guiar trabalhador por trabalhador, estendendo seu braço dominante para ajudá-los a voltar para a superfície. Os homens saíram com ferimentos leves, com fome e com a visão fragilizadas devido há permanecerem muito tempo embaixo da escuridão e pareceram em um primeiro momento desesperados por socorro, berrando para que algum familiar os ouvisse e encontrassem com o conforte de suas companhias. -- Os minérios, todo o nosso trabalho, perdemos tudo! -- Lamentava-se um trabalhador. -- Sim, isso é bem ruim. Mas o importante é que todos saíram vivos e quem sabe não encontrem trabalho em outras minas... Também tem o fato que vocês irão dar entrevistas, tem um monte de repórter ai. -- Respondeu o jovem Kai.

Por último, voltou caminhando para o vilarejo com destino ao gabinete onde retirou sua recompensa e pensava em tirar um leve descanso.

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Depois do breve momento de descontração no bar do vilarejo onde encontrou com um homem um tanto quanto peculiar, conhecido como Ryon, o pecado do orgulho, Kai havia agora retornado para suas atribuições como um Iwanin. A missão recém selecionada tratava-se de ajudar com a biblioteca da vila. Chegou ao local rapidamente, já frequentado algumas vezes antes e tomou nota de um bibliotecário muito mal educado, ele tinha o cabelo grande e seboso, fazia a leitura de um gibi de super heróis e tinha seus dois pés sobre sua mesa. -- Os produtos de limpeza estão separados já, quero tudo nos trinques. -- Bastou em dizer, sem dar muita atenção ao Genin. ""Idiota!"" Pensou Kai, para si.  

Era uma biblioteca um pouco grande, possuía ao menos quinze estantes de livros, cinco em um lado, cinco do outro e outras cinco mais afastadas. Andando por aqueles corredores, vê que os livros eram separados por ordem alfabética, também tinha mesas para estudos, ambiente infantil para que seus pais pudessem ficar tranquilos enquanto liam um livro, áreas de lazer com cafeteria e outros petiscos e um espaço para fumantes.

Depois de analisar toda a estrutura da biblioteca, traçou um plano de limpeza, iria começar primeiro pelo chão liso de madeira. Tomou para si o balde com água e um esfregão, colocou desinfetante e então começou a passada de pano no chão, após um longo tempo de quarenta minutos tudo estava brilhando. Em segundo tirou pó das estantes e recolheu alguns livros que estavam em cima das mesas, largados por alguns estudantes desatentos. Recolheu os refis sujos de café da cafeteira e colocou copos descartáveis novos. Em terceiro foi até o lugar das crianças que estava vazio nesse instante e guardou os brinquedos no baú. Na área de lazer, encontrou com bitucas de cigarro jogadas ao chão e prontamente recolheu todas jogando no lixo. No fim da tarde recolheu todos os sacos de lixos que havia separado, pegou o dinheiro com o bibliotecário pela missão e saiu rumo a uma lixeira onde jogou os lixos. Com a tarefa concluída simplesmente foi embora.

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As manhãs frias e as noites aconchegadas à lareira são sinais agradáveis da chegada do outono. Mas esta estação também assinala o começo da invasão da casa pelos insetos – não tão agradáveis. Com essas estatísticas em mãos, alguns moradores de Iwagakure no Sato solicitaram a captura de alguns diferentes tipos de insetos na região da floresta para que não tivessem dor de cabeça durante a estação, até aí tudo certo, mas teve um muito mais nobre, que preocupado com a eliminação desses insetos solicitou a captura de um que acreditava ser sagrado e queria ter para si em sua responsabilidade. Kai havia ficado responsável pela captura da aranha-lobo e tinha recebido um folheto de suas características.

O sol acabara de nascer. Kai havia tomado seu café da manhã e já tinha seguido para o local que deveria procurar pelo inseto. Sabia que a floresta que havia sido determinada para ele era perigosa, o que não se confirmou. Após ser abordado por alguns homens disse que iria usar do terreno para treinar sua mecânica com as armas ninjas, até chegou a sinalizar com uma kunai, conseguindo passar sem sustos. Em outras estações era possível que nesta exata hora do dia ela já estivesse fora da sua toca a um tempo, procurando por comida. Mas com o início do outono tudo mudava e os dias pareciam demorar mais para começar.

A sensação que tinha era que o ar exigia muito mais força para respirar, o chão era forrado de folhas caídas das árvores, cujas cores variavam do mais entusiasta laranja, ao mais negro marrom - estas as mais velhas. Os sons da floresta ricocheteavam nas árvores, provocando os mais lindos acordes. Um completo estranho havia de pensar estar no meio do mais belo instrumento, e esta ideia não seria menos atraente para Kai, crescido no vilarejo.

As folhas que forravam o chão nesta estação exigiam passadas leves, qualquer passo em falso significaria avisar sua presença. Nesse frio era menos frequente encontrar animais fora de suas tocas. O insignificante barulho de um graveto quebrado ao ouvido humano ou um movimento impensado sobre as folhas que calçavam o chão poderia colocar em prova o sucesso da missão. Era necessária uma atenção redobrada por parte do genin. Kai percebia buracos tão uniformemente espaçados entre eles e tinha isto como tocas dos insetos. Até que por um descuido, pisou em um galho e o quebrou.

O barulho chamou a atenção do inseto, que mostrara sua cara, Kai saltou e o foco era tão grande que ela não percebeu rápido o suficiente o pequeno galho escondido entre um buraco próximo as suas seis patas... A aranha estava escondia ali como imaginado por Kai. Ela era jovem, e talvez por isto não reagisse rápido o suficiente, senão teria corrido na mesma hora em que o galho se partiu. Kai saltou o tronco e só então ele percebeu o perigo que estava correndo. A perseguição ao inseto começa, e com ela o esforço para alcançar a aranha ligeira. Devido a juventude da aranha, parecia não conhecer aquela parte da floresta tão bem. Sua tentativa de fuga a levou a circular o mesmo lugar que estivera segundos atrás, e se encurrala no mesmo buraco que antes oferecera sua própria proteção. Ali ela encontra seu fim.

Confirmando as características do inseto, retornou e levou ao homem que havia requisitado onde retirou sua recompensa.  

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