-- Seja grato pelo menos uma vez na vida, você deve tudo aos funcionários daquele lar, aquelas pessoas que te acolheram tão bem. Você vai lá e vai ajudá-los com a reconstrução, e não tem mais conversa. Dispensado! -- O cenário apresentado é um momento onde um representante de Iwa responsável por dar aos genins suas devidas missões repreendia fortemente Kai por ser um cabeça dura. O garoto havia chegado cedo ali para receber uma missão, mas não ficou contente com a disponibilizada para ele, tratava-se de ajudar a reconstruir sua antiga casa de adoção destruída devido ao ultimo ataque sofrido pelo vilarejo. Não era um local que gostava de frequentar ou lhe trazia as melhores de suas inspirações. Dialogou, brigou, bateu o pé, sem sucesso. A reação de Kai era a mesma de sempre, indiferente e apático ante as palavras preferidas com raiva pelo responsável. ""Meu palpite é que ele dormiu no sofá essa noite após sua mulher descobrir que ele a traia com um outro homem, típico."" O garoto então depois de muito relutar, saiu da sala após o discurso do homem sem sequer se dar ao trabalho de respondê-lo. Sabia que mesmo com sua personalidade de cabeça dura era um voto vencido e já estava um bom tempo na recusa.

Após andar alguns quilômetros chegou em seu antigo lar, que tinha capacidade para vinte crianças mais ou menos. Encontrou com alguns de seus antigos parceiros mas não ligava muito, mantinha a cabeça e postura ereta sempre que alguém o cumprimentava. -- Vim para ajudar na reconstrução, é algo que vai me dar dinheiro, então tá valendo. -- Falou para a diretora da casa e sua conhecida. ""Essa comeu um hipopótamo no almoço pra continuar gorda desse jeito, com certeza."" Pensou diante da imagem enorme que tinha em sua frente. -- Quem é vivo sempre aparece, não é mesmo? De um jeito ou de outro. -- Respondeu a mulher, entregando ao menino um balde com água, esfregões e panos. -- Você deve ajudar a limpar o sótão e porão da casa, os telhados desabaram e o chão está caindo aos pedaços. -- Disse. -- Mostre um pouco de animação, Kaisinho-chan, você adorava esse lugar. -- Brincou a mulher. ""Tudo bem, agora elá está louca da cabeça."" Porém, seu lado cabeça dura falava mais alto e o garoto trocava de função com um outro colega de missão, tomando para si uma tinta e optando por seguir outro caminho. -- Aqui, vou tomar para mim essa tinta, ela pediu que você limpe o sótão e porão em meu lugar. -- Isso só foi possível ao ver um aglomerado de pessoas alinhadas em frente ao muro.

Pegou um muro razoavelmente grande beirando aos quarenta metros de comprimento, havia outros convidados a fazer a mesma tarefa que Kai, alguns desconhecidos e outros nem tanto, antigos companheiros de confinamento. Sua primeira ação foi molhar o esfregão e começar a passá-lo de baixo para cima, andando sempre da esquerda para a direita. Quando uma sujeira não saia, ele passava a bucha com as mãos, colocando maior pressão sobre ela para enfim sair. Fez durante todo o muro e depois se dirigiu até uma grade de ferro ali existente conhecida como portão e dessa vez utilizou a bucha quase que durante todo seu processo. Nesse tempo, o muro principal secou então ele voltou e passou a tinta branca, utilizou a água para dosar e o mesmo esfregão para pintar, dessa vez porém começava de cima para baixo e as extremidades passava na horizontal, até que o muro estava totalmente limpo e pintado. -- Esse é o trabalho digno de um artista, Kai Clive ao seu dispor. --  Disse diante da tarefa finalizada, onde pegou com a diretora sua recompensa e voltou para o quartel general, onde passava a maior parte do tempo.  

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