Fazendas da Vila
Descrição: Alguns animais estão atacando as plantações da Vila. Sua missão é aniquilar estes animais.

Sob a paz etérea matinal e os feixes de luz tímidos que se esgueiravam através das nuvens, Shizue se mantinha inerte, debruçada sobre um peitoril, de olhos fechados, inspirando a brisa matutina. Abriu os olhos, encarando a vista panorâmica que tinha da vila enquanto se mantinha naquele local, uma casa qualquer, abandonada pelos donos. Ergueu sua cabeça o máximo que pode para além da janela, tentando identificar a posição do Sol; era quase meio dia, presumiu. Bocejou e desceu as escadas, passando por um grande corredor e uma cozinha empoeirados. Passou pela porta e saiu, fechando-a atrás de si. A rua antes vazia agora pouco a pouco se povoava com os habitantes de Iwagakure, em grande parte comerciantes. Andou entre eles, fazendo seu caminho pela extensa rua que se perdia de vista até a outra extremidade da vila, ouvindo frases desconexas de um sem-número de conversas. Aquilo a desconcertava, era em parte ensurdecedor e, por outro lado, despertava-lhe a curiosidade de saber o que tanto era falado naquele lugar; era uma forasteira e a melhor maneira de se acostumar com o local, presumiu, seria sabendo sobre o que se fala por estas bandas rotineiramente. Parou em frente a uma região onde a concentração de comerciantes eram grande, muitos montavam suas barracas ali e muitos outros, ainda mais numerosos, vinham comprar os produtos. Encontrou um banco por perto e se sentou, tentando captar alguma conversa entre as várias que se faziam disponíveis para ela, como um cardápio. Avistou alguns fazendeiros não muito longe, daria para escutar claramente a conversa, e focou-se no que falavam. Em apenas alguns segundos percebeu do que se tratava, um deles reclamava de como suas colheitas estavam sendo atacadas por animais selvagens, que destruíam e comiam sua soja. O problema que se apresentava a ela era facilmente solucionado, caso intervisse. Resolveu fazer. Levantou-se e foi em direção aos dois, abordando diretamente aquele que reclamara dos ataques e explicando que era uma genin disposta a ajudar. Teve sorte de não ter sido questionada pela falta de bandana — preferia deixar a sua de Kumogakure escondida da vista de qualquer que não fosse de confiança, o que atualmente englobava apenas ela e Sousuke. Adquiriu a localização de fazenda, nos limites do vilarejo, não tão longe dali, apenas alguns minutos de caminhada.
Sua estimativa estivera certa, apenas alguns minutos foram o suficientes para levarem ela até seu destino; a fazendo não era de grande porte, mas a soja plantada ocupava uma grande parte de seu campo de visão. Tendo em base os relatos do próprio fazendeiro sabia que os animais apenas atacariam no início da noite e, como esta não tardaria a chegar, resolveu esperar reconhecendo o terreno, tentando prever por onde atacariam.
As horas do fim do dia se passaram e a noite chegou de súbito, escurecendo os céu com uma rapidez incomum. Uivos. Teria de lidar com lobos, uma alcateia inteira talvez. Espremeu os olhos, tentando enxergar através da escuridão noturno e foi quando viu. Não eram numerosos, mas aquilo seria problemático. Cinco era um número com o qual ela não tinha certeza ser capaz de lidar, ainda mais se fosse atacada por todos eles ao mesmo tempo. Uivou de volta, tentando atrai-los para sua direção. Deu certo. Apenas um dos animais veio diretamente até ela, enquanto os outros ficavam mais atrás. Aquele era maior, sem dúvida liderava o bando. Redou Shizue, mostrando as presas. Ela foi capaz de manter a calma, tinha sua lança em mãos e mantinha uma distância equivalente a sua própria arma entre o animal. O lobo finalmente avançou, afundou suas patas traseiras no solo, tomando impulso e arremetendo contra a jovem. Se não tivesse mantido a calma, provavelmente os dentes do animal teriam se fincado em sua garganta, mas não foi o que aconteceu. Apesar de toda majestosidade e imponência, era apenas um lobo e ela era humana. Ergueu-se no ar, saltando sobre o animal, ficando a ponta da IXA no tronco da criatura e maculando seu pelo branco com sangue. Pode sentir seu coração saltando por alguns segundos, entorpecida de adrenalina. Retirou a lança e deixou com que todo líquido escorresse por ela, enquanto encarava o resto do bando. Os demais animais se acovardaram e fugiram, nunca mais ousariam voltar para lá.
Carregou o pesado corpo do lobo até o limite da propriedade, fez uma cova rasa e o depositou. Por mais que fosse necessário mata-lo, não tivera prazer nenhum no ato. Era apenas o seu dever.
Retirou-se e voltou a área comercial da vila, para informar o fazendeiro sobre o sucesso da missão.

Shizue: Hp: 200; Ck: 500; Sta: 0/3; Depressão: 0/3.

Considerações:

Arsenal: