Olhei o relógio e marcando 4 horas em ponto concluí que fingir estar dormindo funcionaria por umas duas horas, e deu. Akino se levantou da cama logo depois que eu acordei, estava muito sonolento e apressado, passaria por um dia tão duro quanto eu. Não podia ficar sem respirar como quem dormia profundamente, fazia parte do plano para fugir do meu treinamento. Confirmei que tinha pensado em algo bom, de início quando quem conduziria meu treinamento gritava meu nome consecutivamente em crescente, sem parar – AAISHAA!!!AAISHAAAA! ! AAISHAAA – E penetrante como um trovão sua voz parecia que nunca se adaptaria a minha audição, em um movimento sabotado pelas cobertas encarei o relógio marcando 6hs.

“Eu só consegui pensar até aqui? O que pretendia a partir de agora?” – Questionei-me várias vezes enquanto escorria da cama para o chão me libertando das cobertas.

Sendo empurrada fui levada até a cozinha, podia sentir a ponta das garras do meu pai e eram toques hostis, era necessário fazer algo, algo menos – Desculpa papai – Foi tudo o que consegui dizer mesmo tão intimidada por uma explicação. O que me conseguiu ao menos meia hora para me alimentar, e tentei consumir mais alimentos energéticos de menos sabor, tentei pegar rações que meu pai pegava para missões, mas tive minha mão contida pelo cotovelo. Minha estatura é alta se comparar com todas as crianças do meu clã, mas perto do meu pai talvez sempre seja pequena. E nesse ponto do corredor que meu quarto dividia a cozinha do grande salão de treinamento da casa meu titã parecia crescer ainda mais e minha respiração pesar.

“Tranquilize-se vai dar tudo certo, você deve poder usar ninjutsu” – Em vão tentava me convencer que aquilo realmente aconteceria mesmo sendo uma possibilidade que eu não tinha tanta certeza.

De olhos fechados entrei no salão muito bem iluminado por janelas enormes, que naquele momento estavam todas abertas e com o espaço muito arejado – Percebe a quanto tempo esse espaço esta te esperando? – Questionou meu sensei, mas eu não tinha como responder que fazia bem para o ambiente sem correr risco de vida ou estava muito convencida disso para fazer, pois eu não o respondi – Entenda que isso não é uma luta, estou te treinando e você não pode me vencer – Decretou aquele que possivelmente conhecia melhor os meus defeitos que eu, meu pai.

Certamente isso é algo no qual eu teria que ter em mente desde o início, contudo eu não conseguia. Infundi chakra, e tentei realizar sem me mover para uma execução veloz, conseguindo aderir à dureza ao meu corpo a partir do abdômen, seguindo para os membros superiores, em grande velocidade, até... Senti um impacto em meu joelho do que deve ter sido um chutinho, e o estrondo provocado pelo choque do meu corpo contra a parede terra já muito reconstruído através de jutsus atraíra minha mãe para o local onde realizou uma rápida cura em mim para prosseguir com as tentativas de realizar o domu contra o meu pai que era cinco vezes mais veloz que eu. Por um momento pude ouvir um leve tremor, seguido de um barulho e o choro do Akino soando mais distante, e talvez só tenha notado por ter me distraído do meu treinamento, aquele era o do Akino, precisava me concentrar no meu. O que por mais de dez horas pareceu impossível me desafiou ao ponto de implorar para ativar meu aprimoramento de agilidade do nosso clã, e com o consentimento para um consegui libera-lo, concluindo o que me foi passado como tarefa de treino mesmo com ele a posto, o que me custou à consciência por exaustão.

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