Mais um dia e, incrivelmente, não estava com vontade de realizar missões dessa vez. ”Não posso ficar só realizando missões, tenho que treinar também e deixar algumas para os demais gennins... imagino que eles inclusive devem estar treinando...” pensei e logo me levantei, me organizando e correndo para o campo de treinamento: não queria perder tempo algum. ”Eu preciso aprimorar meu ninjutsu... já tenho boas habilidades, mas não são suficientes. Preciso aprimorá-las cada vez mais e melhorar cada vez mais, independente se já sou bom nisso ou não.” pensei no caminho para o campo de treino.

Ao chegar no campo de treinamento, comecei a perguntar-me qual seria o primeiro passo para iniciar o meio treino, já que dificilmente treinei em minha vida. ”Como que um dito prodígio na academia como eu não sabe treinar? Tsc... eu acho que irei fazer como eu gostaria de fazer, isso deve ser importante. Então... meditar!” dei um breve sorriso ao pensar nisto e comecei a procurar a árvore com o galho mais alto. Achando-a, não hesitei em subi-la utilizando meu chakra na sola de meus pés, já dando início ao treino de ninjutsu inconscientemente. Acredito que esse foi um dos poucos momentos que deixei um sorriso tão aberto: eu estava sozinho na natureza, pronto para treinar e que forma melhor para isso se não meditando? Subindo no grosso galho, sentei e me aconcheguei. Cruzei minhas pernas e juntei as mãos, então comecei a respirar profundamente. ”Bom, nunca fiz isso direito pois sempre fico pensando, mas acho que eu deveria tentar excluir todos meus pensamentos pelo menos dessa vez... Será que consigo? Ah, já estou enrolando de novo e pensando... Tenho que parar com isso” pensei, suspirando e quebrando um pouco de minha própria concentração. ”Vamos lá... sinta seu próprio chakra e tente sentir o ambiente ao redor... depois disso vamos para a sessão de pensamentos, mas agora, pare de pensar!”. Comecei a me concentrar cada vez mais e respirar cada vez mais fundo, até que minha respiração chegou no mesmo estado de um sono profundo. Meus pensamentos, se havia algum, era de certa forma bem vago. Tudo que havia em minha mente no momento era o bater do ar nas folhas das árvores e o humilde e leve canto dos pássaros. Sentia o vento a bater em meu rosto, e eu me sentia leve como se algo fosse me derrubar dali de cima com qualquer mínimo empurrão. Sentia também a madeira do grosso galho abaixo de mim a ranger minimamente enquanto os ventos açoitavam. De fora para dentro, comecei a sentir o meu chakra nas extremidades no meu corpo, entrando em contato com o ambiente fora. Primeiramente senti o vento frio a bater em minhas mãos, porém logo depois já estava sentindo um certo calor: era meu chakra e sua natureza principal fogo se manifestando. Após essa sensação, comecei a sentir o mesmo calor a subir pelos meus braços e lentamente eu ia explorando meu corpo inteiro junto à esse calor. Um por um, meu chakra explorava meus membros, logo depois avançando vagarosamente para os meus órgãos internos, até chegar ao coração onde consegui sentir as pulsações calmas e lentas de meus músculos cardíacos relaxados. Do coração, lentamente meu chakra passou por minha artéria pulmonar “queimando-a”, fazendo eu sentir o calor enquanto meu chakra acompanhava meu sangue, chegando até meus pulmões. Com meu chakra infundido neles, respirei profundamente mais uma vez e, antes da expiração, realizei alguns selos: ”Cobra, Carneiro, Macaco, Javali, Cavalo, Tigre. Katon: Goukakyuu no Jutsu!” e expirei com toda força possível e abri os olhos para ver o resultado. Consegui realizar o jutsu como sempre, porém o objetivo da meditação não foi apenas isso, porém também estudar como o chakra se comporta dentro de meu corpo e, principalmente, o caminho do chakra na liberação de um jutsu.

”Bom... acho que é isso! Consegui entender melhor como o chakra funciona agora. Isso me lembra um pouco também com as coisas que tentaram nos ensinar na academia, mas mesmo sendo um prodígio eu nunca entendia direito o que os professores falavam... na prática ficou bem mais fácil de entender.” pensamento seguido de um longo suspiro. ”Nunca pensei que meditar assim seria meio cansativo... Mas é muito bom e interessante! Acho que devo fazer isso mais vezes, se possível...” enquanto pensava sobre isso, uma dúvida veio em minha mente: ”Certo, assim é como o chakra se manifesta quando é fogo, porém e quanto aos outros elementos, será que também é sentido calor? Será que a liberação de água flui o chakra com mais suavidade e frieza? E o vento, como será q se comporta? O relâmpago será que se comporta com maior velocidade que todos os outros passando por cada parte do corpo assim como o fogo, só que com uma sensação eletrizante? E a terra?” as dúvidas não paravam de vir em minha mente. ”Será que tenho alguma outra liberação além de fogo??  Só descobrirei se tentar... mas como tentar????” eu a cada momento apenas ficava com mais dúvidas e fiquei ali sentado e sentado a pensar... Não tive ideias por um longo tempo, até que um vento forte bateu na árvore e algumas folhas caíram, tendo algumas caídas logo ao meu colo. "Já sei! Se eu manifestar Katon na folha, ela irá queimar! Se manifestar Suiton, ela ficará úmida! Se manifestar Fuuton, ela irá voar! Se manifestar Raiton... bem, acredito que ela vai queimar mas de forma diferente. Mas e se manifestar Doton...? Curioso, será que ela ficará endurecida como pedra, ou ficará mais verde como se a terra fosse fértil? Não consigo pensar na solução. Mas bem, agora com essa ideia, vou tentar manifestar minha natureza secundária, se é que há, numa dessas folhas e descobrir qual é essa natureza! Acredito que meu bom controle sobre katon irá me auxiliar, pois saberei quando estarei manifestando katon e quando estarei manifestando a outra natureza, então imagino e espero que será fácil" pensei, com um breve sorriso a aparecer em meu rosto.

Continuei sentado da forma que eu estava e coloquei a folha sobre minhas duas mãos juntas. Comecei novamente a me concentrar, fechei os olhos e, com calma, respirei profundamente a primeira vez, a segunda, e a terceira... Novamente estava entrando num estado de transe a sentir toda a natureza a meu redor: o cantarolar dos pássaros, o ranger dos galhos das árvores, as folhas a se debaterem uma contra as outras devido ao vento e, então por fim, sentia o vento a bater em meu corpo, meu rosto, minhas mãos, um vento frio que vinha de fora. Iniciei a concentração de chakra a partir da minha mão a fim de fazer sumir essa sensação de vento frio, pois isso significaria que meu chakra estaria bem concentrado em minhas mãos. Comecei a sentir minhas mãos quentes e então abri meus olhos para ver o resultado: a folha estava queimando. "Droga! Vou tentar mais uma vez..." pensei, já preparando a postura novamente e, com outra folha, iniciei o mesmo procedimento. Dessa vez, eu sabia qual seria a sensação do chakra Katon, então busquei dentro de mim algo diferente, uma sensação diferente desta de calor que meu elemento cria, até que eu achei uma sensação "estranha", não era uma sensação de verdade, mas sentia de certa forma dureza nesse chakra. Comecei a infundir minhas mãos com todo esse chakra quanto possível, tentando excluir delas toda sensação de calor que o chakra de fogo traria. Com isso, iniciei a transferência desse chakra da minha mão para a folha para assim observar o que havia ocorrido: a folha secou e virou quase pedra! "Isso! Consegui! Então meu segundo elemento é Doton! Ainda bem que consegui!" pensei, feliz, em comemoração. "Bem, acredito que devo ir para casa descansar e dormir um pouco. Apesar de não parecer, esse tipo de meditação com controle de chakra pode ser bem cansativo... Enfim, outro dia tento novamente treinar isso tudo e mais um pouco! Acredito que para um primeiro momento foi ótimo este treino." suspirei em cansaço, porém feliz pelo resultado. Voltei para casa caminhando e pensando sobre a vida, como sempre.

Era um pouco tarde, próximo ao pôr do sol. Apesar de o Hokage ter ordenado que voltássemos rapidamente, cada um iria se preparar da melhor forma possível antes de ir. ”Preciso treinar... quanto mais forte eu ficar, vou poder proteger a minha família e... a Jean...” pensei, já a caminho do campo de treinamento. ”Vou realizar essa missão com todas minhas forças e vontade... mostrarei ao Hokage que sou digno de ser um Chunnin!”. Decidi que iria treinar minha resistência, visto que me cansava muito ainda mesmo realizando poucas técnicas. Conseguia manter meu fôlego por certo tempo, porém se cansar em frente ao oponente não é e nunca será uma boa opção. ”Percebi que o Hidey tem uma grande velocidade... Se eu não conseguir acompanhá-lo, como trabalharemos em equipe...? Tanto ele como a Jean aparentaram conseguir usar técnicas de alto nível sem muito alarde... preciso ficar mais rápido e forte.” pensei, já chegando a um campo aberto em meio às árvores.

Primeiramente, sentei-me próximo a uma rocha e fiquei ali algum tempo a pensar: ”Bom... como conseguirei ficar mais resistente...? Não tenho tanta força assim, então tentar levantar uma rocha gigante ou algo do tipo certamente não serviria... Só há um fato que pode me ajudar nisso que consigo pensar agora, que seria corrida, me ajudando tanto na resistência quanto na velocidade... entretanto, iniciarei já testando o quanto posso resistir.”. Levantei-me e apoiei meus antebraços ao chão, mantendo as duas pernas unidas logo atrás e esperei certo tempo. Depois de menos de um minuto, meus braços começaram a tremer e um pingo de suor deslizava minha testa. ”Será que estou pegando pesado demais logo para o começo?” foi o que pensei quando, ao mesmo tempo, uma câimbra em minha perna surgiu. ”Acho que sou burro, começar a treinar pesado do nada sem nem ao menos aquecer...” pensei, me repudiando pela tolice. Esperei um certo tempo até a câimbra melhorar, então fiquei de pé e comecei a correr a passos curtos e lentos, sem muita velocidade. ”Isso vai me ajudar a aquecer um pouco... Depois começarei o treino pesado, para realmente melhorar”. Em alguns certos momentos, eu forçava minhas pernas em um pico de explosão, correndo dessa vez numa velocidade em muito diferente da anterior, a passos longos e rápidos, chegando ao ponto de 4m/s. ”Bom, para o início, acredito que está bom...”.

Voltei ao ponto inicial onde haveria feito a prancha e voltei à mesma posição anterior. Meu abdômen começou a queimar depois de certo tempo, porém eu sabia que deveria aguentar até a falha. Meus braços e pernas tremiam, meu rosto suava e meu abdômen queimava. Era uma dor difícil de suportar, porém era esse o intuito do treino: resistência. Passou-se apenas 60 segundos desde o início, e já estava difícil resistir àquilo. Comecei a me perguntar se encher minha cabeça de pensamentos, como geralmente faço, distrairia meu corpo daquela dor, então iniciei a perguntar-me sobre a vida como de costume. ”Eu gostaria muito de viver minha vida, porém aonde irei no momento de minha morte? Aonde minha mãe foi? São respostas que talvez eu nunca tenha... ou talvez eu até consiga compreender, ao morrer mesmo... entretanto, ainda bem que não tenho nenhuma curiosidade disso. Preciso ficar mais forte e ajudar meu pai com as contas... ele já está muito doente, apesar de não tão velho: a morte da mamãe abalou muito ele... preciso ser o suporte de minha família, assim como foram para mim quando eu era apenas um bebê... Ai...”, realmente havia funcionado, porém no único momento onde quebro o pensamento, uma intensa dor se acumula em meu abdômen e eu rolo para o lado, ofegante e cansado. ”Sigh... quanto tempo fiquei aqui? Não consegui nem contar...” pensei, rindo um pouco por dentro, deitado a olhar as estrelas.

”Bom, não posso parar... devo voltar a meu treino”. Levantei-me rapidamente e corri em direção às árvores, infundindo meu chakra na sola de meus pés, subindo uma árvore específica, que identifiquei anteriormente como mais alta. Ao chegar em seu topo, coloquei meus pés na parte de baixo de um galho de certa forma grosso e que aguentaria meu peso. Dessa forma, mantive-me de cabeça para baixo. Cruzei os braços e mantive pensamentos sobre a vida, porém não deixei de retirar o foco em meu chakra na sola de meus pés, pois cairia se o fizesse. ”Então essa é a dificuldade desse exercício... não deixar-me distrair enquanto infundo chakra na sola dos pés... bem, com meu ótimo controle de chakra isso não parece difícil, porém não posso perder a paciência nem o controle” pensei, de braços cruzados e olhos fechados. Passou-se certo tempo e logo abri os olhos. ”Não treinei minha velocidade ainda, irei fazê-lo logo.” rapidamente coloquei-me de prontidão ao galho, e saltitei dele para um outro mais baixo de forma rápida, forçando os músculos de minha perna a uma explosão. Do mais baixo, fui a outro que se encontrava no mesmo nível, porém na mesma velocidade, e assim fui a descer pelos galhos, até chegar ao chão. Subitamente, avistei algo a voar em minha direção a chegar ao chão, e era uma coruja mensageira. ”Logo agora...? Quem seria a atrapalhar meu treino?” pensei a estender meu braço para pegar a mensagem. ”Do Hokage-sama?!”. Me assustei com a figura por trás da mensagem, porém a mensagem apenas dizia para eu e meus companheiros nos encontrarmos num dos campos de treinamento de Konoha, tendo em vista que o líder de nosso time estaria lá. ”Bom, já que estarei indo de um campo de treinamento para outro, posso ir a terminar meu treino” pensei, já a preparar-me para correr. Infundi chakra em minhas coxas e panturrilhas e preparei-me para correr, partindo em retirada explosiva para o outro campo de treinamento, onde nosso líder estaria a nos esperar.

Era mais um dia em Konohagakure. Dessa vez, Chunnin. Finalmente eu consegui o título que tanto almejava para orgulhar meu pai. Entretanto, ainda haveriam mais desafios pela frente e mais títulos e conquistas, com toda certeza. ”Estou quase no campo de treinamento... Estou bem mais motivado para treinar hoje. Eu ficarei forte, assim como espero que Hidey também fique, ele parece um bom garoto. Só não sei o que treino hoje... acho que vou pensar quando chegar lá”. Não demorou muito para que minhas pernas me trouxessem ao campo de treinamento: um que em dado momento seria campo de batalha para 3 Gennins e Toph, hoje, um Chunnin estaria a ali treinar. ”Acredito que treinar minha concentração novamente é crucial... Sempre tenho dúvidas sobre o que treinar, pois nunca sei onde melhorar, há tantos pontos ainda!” indaguei. Meu corpo respirava o ar leve da natureza enquanto eu lentamente me movia para perto de uma pedra ali ao lado. Observei meu redor, admirando pássaros que passavam por ali e pousavam nos galhos a cantarolar, além de observar os belos esquilos enquanto escalavam as árvores e novamente desciam delas. Nesse dado momento, soltei um leve sorriso verdadeiro, algo que era muito difícil de acontecer, porém a natureza era um dos fatores que mais me acalmava e me deixava tranquilo e feliz comigo mesmo. ”Ah... com esse cantarolar não sei se vou conseguir me concentrar mais ou menos... é tão belo que chega a ser hipnotizante!” pensei a olhar os pássaros. Ao chegar próximo à rocha, sentei-me e encostei minhas costas, ficando sentado ali por algum certo período de tempo, com a cabeça levemente inclinada, a observar as nuvens lentamente passarem. ”Onde a Jean foi parar...? Gostaria que ela estivesse aqui para ver minha evolução, porém ela sumiu...” pensei, com o sorriso em meu rosto aos poucos desaparecendo. ”Lembro que ela era bem veloz em realizar selos... e Toph-sensei também fez selos numa velocidade extraordinária... Ambas eram muito fortes nisso, acredito que eu deva treinar isso também. Se eu não terminar meus selos antes de meu adversário, talvez não consiga me defender ou até mesmo atacar a tempo!” indaguei, determinado a treinar isso também. ”Está decidido, irei treinar minha percepção de meu próprio chakra e minha velocidade de realização dos selos! Assim eu tenho certeza que continuarei a evoluir... e nunca estagnarei no mesmo lugar!”. Ao mesmo tempo em que meu pensamento se finalizou, eu fechei os olhos e comecei a limpar minha mente de todos os pensamentos possíveis. O canto dos pássaros certamente me auxiliava naquilo, de forma que aos poucos a concentração no cantarolar bloqueava minha mente de outros pensamentos. Para dificultar mais ainda a concentração, comecei a realizar diferentes selos de mão, de forma aleatória e sem um padrão definido apenas para confundir minha cabeça, tentando forçar o pensar. ”Rato, Tigre, Coelho, Cão, Boi, Javali, Macaco, Bode, Tigre, Boi, Cobra, Javali, Tigre... Não pare e não pense em nada... exclua todos seus pensamentos...” rapidamente uma escuridão pairou em minha mente. Os selos se formavam em minha mão a velocidades nas quais eu não conseguia mais distinguir, pois estava “preso” em minha própria consciência.

- Então você quer conhecer a você mesmo...
- O quê? Quem é você que está falando? – perguntei-me em meio à escuridão
- Uma hora você descobrirá... Mas eu direi algo: eu sou aquilo que você mais odeia, porém também aquilo que você mais ama... Mas não está no momento para isso, vá embora...

Rapidamente a escuridão se foi, aos poucos clareando e tornando-se luz. Eu não havia acordado ainda, tendo em vista que não conseguia mover meu corpo, porém rapidamente sucumbi à luz, adentrando dentro dela. Estranhamente, eu conseguia visualizar meu corpo na luz, como se estivesse observando por fora dele algo que estivesse ali. “O que está acontecendo...?” indaguei, porém percebi que apenas meu corpo estava na luz e mais nada havia ao redor dele, apenas ele mesmo. Além disso, consegui perceber que eu ainda estava a realizar selos de mãos em velocidades constantes. ”Estranho... é como se eu estivesse me observando de fora”. Me aproximei mais um pouco de meu corpo, sentando à frente dele, e pude observar meu chakra a fluir pelo meu corpo, indo principalmente em direção ao cérebro. ”Deve ser por isso que estou nesse estado... Deixe-me observar mais meu chakra...” pensei, enquanto estudava todas as vias de chakra de meu corpo. ”Obviamente isso deve ser algum estado de transe de minha mente, causada pelo chakra, com isso eu consigo ver essa ilusão e, logo, consigo estudar melhor todas minhas vias de chakra. Provavelmente isso é o que eu sinto passar pelo meu corpo até meu cérebro e, por isso, consigo projetar tão certo... Espera, o que é isso...?” pensei, a observar melhor meu chakra, pois conseguia sentir 3 naturezas de chakra. Olhei melhor e consegui identificar minhas 2 naturezas anteriores, sendo estas Fogo e Terra. Entretanto, me sentia intrigado por haver uma 3ª e eu não conhecer... ”Irei voltar a meu corpo, acredito que meu cérebro já deve estar com uma memória muscular boa o suficiente nos selos, posso finalmente sair desse estado de hipnose e tentarei descobrir esse novo elemento que corre em meu chakra...”. Rapidamente levantei-me e fiz o selo de tigre. ”Kai!” e rapidamente desfiz a básica ilusão em minha mente, liberando meu próprio chakra. Como havia descoberto Doton da última vez utilizando uma folha, decidi fazer o mesmo para esse novo elemento. Parei de fazer selos aleatórios com minhas mãos e fui em direção a uma árvore próxima para tentar encontrar alguma folha disponível para o teste.

”Esta irá servir” pensei, pegando uma do chão. Rapidamente coloquei-a na palma de minha mão e tentei fazer o mesmo processo que no último treino elemental. Fechei meus olhos e, com a folha na palma de minha mão, migrei o chakra de meu coração, passando pro minhas veias e artérias até chegar em minha mão que se encontrava a folha. Num rápido movimento, a folha voou ao longe no primeiro sinal de vento. ”Droga... Ela apenas voou, não aconteceu nada. Terei de fazer de novo...”. Logo encontrei outra folha e repeti o processo: coloquei-a na palma de minha mão, fechei meus olhos e rapidamente comecei a infundir chakra em minha mão novamente, separando obviamente as outras duas naturezas de chakra que eu já conhecia e já estava familiarizado. Devido ao meu grande controle de chakra, eu facilmente conseguia diferir entre as 2 já conhecidas e a 3ª, tão desconhecida que só vim perceber após olhar para mim mesmo em meu próprio interior. Com isso, infundi esse desconhecido chakra em minha mão, excluindo em meu coração os outros 2 chakras elementais e, após a concentração, abri o olho: novamente a folha havia voado. ”Saco! Konoha não para de ventar! Dessa vez irei segurar a folha, assim será mais fácil!”. Conseguindo outra folha em mãos, segurei-a entre o indicador e o dedo médio e fechei meus olhos. Dessa vez, fechei os olhos e infundi meu chakra desconhecido na ponta de meus dedos, afim de que se conectassem com a folha, mostrando-me minha natureza. Após concentrar-me e infundir meu chakra, senti novamente uma brisa a reger pelo local, então abri meus olhos e a folha havia se partido ao meio: ”Vento...” eu pensei. ”Bem que combina comigo... Deve ter sido por isso que sempre que eu infundia chakra, uma brisa forte aparecia e logo após a folha voava de minha mão. Devo controlar então, esse poder que eu tenho.”

”Mas como irei praticar esse elemento, se nem ao menos tenho jutsus com o mesmo...?” coloquei a mão no queixo enquanto pensava bem sobre como poderia fazer isso. Era algo difícil realmente, mas eu tinha certo controle elemental tendo em vista que consegui fazer brisas de certa forma fortes enquanto infundia esse chakra em minhas mãos. ”Já que esse chakra é tão forte a ponto de causas brisas enquanto eu infundo o chakra em meu corpo, tentarei controlá-lo... e domá-lo. Pode ser arriscado pois não sei controlar esse chakra, mas posso tentar” pensei, seguro de mim mesmo para isto. Sentei no mesmo local anterior e fechei meus olhos. Comecei a excluir todos os pensamentos de minha mente novamente, porém dessa vez não em um estado total de transe, mas apenas o suficiente para observar meu chakra. Comecei a infundir o chakra Fuuton em meu coração, focando principalmente nele. Durante a primeira batida sistólica, todo meu chakra Fuuton foi para os extremos de meu corpo, além de um pouco de Katon por ser minha afinidade. Com tanto chakra saindo pelos poros de meu corpo a chegar nos extremos causei uma brisa deveras forte, causando uma árvore derrubar diversas folhas. Não era nada muito forte, porém percebi que era algo que apenas conseguiria fazer com minha afinidade, Katon, enquanto Fuuton era apenas um elemento desconhecido para mim até minutos atrás: porém percebi que eu conseguiria manipulá-lo e que poderia ser até mais forte que meu próprio fogo.