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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Tenshin
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Treinamentos de Melhorias


Última edição por Tenshin em 30/6/2018, 11:00, editado 2 vez(es)

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Meu nome é Anzai Tenshin. Após ser abandonado quando bebê por meus pais biológicos no Bosque do Clã Nara, fui resgatado e adotado por Nara Burieru e sua mulher Chieko, que se tornaram meus pais de criação.

Eu cresci envolto de ninjas experientes e estrategistas, ouvindo lendas de shinobis poderosos e heróis com chakra infinito. Assim, aos onze já era um genin, dominava a maioria das técnicas secretas do Clã Nara e me candidatara para o Exame Chunin com poucas chances de me tornar um, mas com muita determinação para chegar lá.

Não era um prodígio, porém tinha o suficiente. A morte de meu pai, Nara Burieru, tão rápida que foi, não me afetara com uma grande sede de vingança, e sim com uma sensação de trabalho a ser feito. Meu pai mesmo dizia que eu não deveria me atrelar ao passado. Portanto, mesmo que houvesse vontade de caçar os mandantes de seu assassinato, uma parte de mim sabia que isso não o traria de volta.

E, seguindo o método de meu pai, honrando o nome de meu Clã e protegendo o que restava da minha família (minha mãe Chieko), eu quis sair por aí, aprender cada vez mais e desenvolver coisas que outras pessoas não desenvolveram ainda.

Mas, na inocência e ingenuidade de uma criança de onze anos, tudo o que eu podia fazer era correr pela Aldeia da Folha, brincar com meus amigos e tentar ficar longe de confusões. Só que essa história é sobre uma tentativa falha. A confusão, de um jeito ou de outro, acaba encontrando a gente.

* * *

A brincadeira da vez era “pique-shuriken”. O nome, nem um pouco criativo, era uma distorção do famigerado “pique-pega” (ou pega-pega e afins), onde ao invés de tocar no colega com as mãos, arremessávamos shurikens. Claro, nossos pais não permitiriam que saíssemos por aí jogando armas letais uns nos outros, então fazíamos um shuriken genérico de madeira ou qualquer massa acessível. A aerodinâmica era terrível e não havia lâmina, o que não impedia o surgimento ocasional de manchas rochas na pele de todos nós.

Então nós (dois amigos e eu) manufaturávamos uns cinco para cada e saíamos disparando essas coisas pela vila, tentando desviar dos que vinham em nossas direções e tentando acertar uns aos outros. Nada que pudesse dar errado, até que algo desse errado.

* * *

Numa tarde dessas, após treinos matinais, refeições e todo tipo de ocupação que uma criança podia ter, corríamos por uma das vias mais movimentadas da Aldeia. Havia mercadores, famílias, estrangeiros, a diversidade que só uma vila movimentada como aquela poderia ter.

Claro, essa brincadeira causava estragos e vez ou outra acertava gente que não estava brincando, mas normalmente ninguém se importava muito e, depois de alguns xingamentos, tudo voltava ao normal. Entretanto, certos elementos fazem com que determinadas coisas criem um evento único e específico.

E, naquele dia em específico, um Nukenin não estava muito feliz e aguardava a cada segundo por um ataque surpresa, ataque este que ele achou ser nosso shuriken. Certamente não sabíamos que ele era um Nukenin, nem sabíamos o porquê de ele estar na vila. Ele era alto – apesar de tudo maior que uma criança de 1,30m de altura era “alto” – e prendia seus cabelos cor de areia num rabo de cavalo. Usava um yukata índigo e uma vestimenta branca por debaixo deste. Não parecia portar armas nem qualquer tipo de equipamento.

Quando seus olhos de fogo nos fuzilaram e ele gritou algo que fez a principal via da Aldeia da Folha parar, corremos em disparada para as ruas mais interiores, como sempre fazíamos. O problema principal, até então, era que estávamos sendo seguidos, e isso raramente acontecia.

Eu não me recordo exatamente de quem jogou o shuriken. Podia muito bem ter sido eu, mas no calor do momento ninguém guardava essa informação. Tudo o que Buruno, Heo e eu queríamos era fugir enlouquecidamente e o próximo motivo para isso foram os shurikens reais que estavam em nosso encalço.

Quando fugíamos pelas ruas era uma loucura. Utilizávamos jutsus para correr mais rápido, escalar prédios e paredes, mas nada disso parecia funcionar e o homem estava sempre muito próximo. Porém, o mais surpreendente era que ele não nos alcançava.

Talvez porque conhecíamos os caminhos de Konoha, talvez porque estávamos realmente com muito medo, conseguimos manter ele afastado e fugir para o que chamávamos de “Quartel General dos Henburo”: uma casa abandonada que possuía apenas algumas caixas de madeira e algo que vez ou outra levávamos para lá.

Aliás, vale a pena contar a história do nosso modesto grupo. Henburo, uma ideia nem um pouco criativa, é a junção de Tenshin, Buruno e Heo. Hazaro Buruno e Turukoro Heo foram dois garotos que conheci na academia ninja e desde então se tornaram meus grandes amigos. Éramos um grupo seleto que entre si treinava, brincava e vivia. Crescemos juntos, lutamos juntos e provavelmente morreremos juntos.

Assim, no nosso “Quartel General”, nos sentíamos seguros e, visto que não havia nenhum barulho de perseguição e os shurikens pararam de vir, pensávamos que tínhamos despistado o homem.

Percebemos logo em seguida que não. Após uma voz grossa ecoar de algum lugar de fora do QG, uma explosão obliterou uma das paredes de madeira e, por sorte, não acertou nenhum de nós. Da fumaça, via-se o vulto do mesmo homem que nos perseguira até ali.

- Seja lá quanto estão te oferecendo para me emboscar... –
O homem começou, mas pausou para uma tosse profunda. – Certamente não vale o preço de suas vidas. – Sua voz era forte, ainda que a tosse que a acompanhava demonstrasse algum tipo de fraqueza. E, também, ele mantinha a mão esquerda fixa na parte interna das vestimentas. Na hora eu não percebi, porém, eventualmente notaria que aquele homem estava ferido.

E, como nós, também era um fugitivo em desespero.

- Tenshin, a gente distrai, você prende ele! – Gritou Buruno, chamando Heo e correndo em direção ao Nukenin. Ambos conjuraram seus fracos Bunshins e correram os quatro em direção ao adversário. Eu, extasiado que estava, somente fiz o pedido.

- Kagemane no Jutsu! – E a sombra se estendeu em direção ao homem, tentando conectar-se à dele.

Em um giro de calcanhar o Nukenin acertou meus dois amigos e fez desaparecer na fumaça seus clones. Quanto à minha sombra, ela o atingiu, e por um segundo dominou nosso perseguidor. Nesse um segundo meus amigos levantaram e correram, mas a força e experiência do oponente era tanta que o jutsu não foi o suficiente para mantê-lo preso.

Liberto, agarrou Buruno pelo pescoço quando este veio lhe atacar e arremessou-o contra Heo, que vinha logo em seguida. Eu, que era um lutador tão bom quanto meus colegas, não avancei, sabendo que se dois não conseguiam sequer tocá-lo, um não faria diferença. Respirei fundo e observei.

Tudo o que restava era fugir. A saída estava próxima, meus amigos estavam caídos.

- Buruno! Heo! - Chamei. – Venham!

E então, escuridão. A fumaça era densa e negra, me impedia de ver qualquer coisa a um palmo de distância. Ouvi meus amigos gritando e senti algo me puxando pela perna. Fui virado de ponta cabeça, amarrado em segundos. Quando pisquei, estava pendurado de ponta cabeça no QG, pendendo de um lado para o outro, preso por grossas cordas.

Meus amigos gemiam, também presos. Olhamos em todas as direções buscando alguma explicação, até que vimos o homem. Com um jutsu desconhecido, ele refez o estrago na parede e fechou-a. Depois, olhou para nós e parecia pensar no que fazer.

- Vamos começar, então. –
Tossiu. Depois da tosse, puxou das vestes uma faca kunai. – Quem pagou vocês para me distrair?

Nós não sabíamos do que ele estava falando. Éramos crianças brincando, não ninjas profissionais preparando uma armadilha.

- Ninguém pagou a gente! – Berrei. – A gente só tava brincando! Foi um acidente, me desculpe!

Minhas palavras saíam desesperadas – o que era como eu estava. Meus amigos repetiram, mas não adiantava. O homem estava furioso e queria respostas.

- Vocês não me deixam escolha. – Ele movimentou os punhos em algum selo. De alguma forma começamos a nos aproximar da cabeça dele, como se ele pudesse controlar as cordas que nos prendiam. Descíamos em sua direção, até a altura de seu ombro.

O Nukenin esticou uma de suas mãos para a cabeça de Heo. Começamos a temer mais ainda o que ele pudesse fazer. Então, quando tocou a cabeça de meu amigo, achei que a morte estava próxima. Ele entoou o jutsu e Heo parou de se mexer.

- Saiko Denshin. – Ele disse. – É a arte de ler mentes. – Tossiu novamente. – Você não tem nada.

Soltou Heo e passou para Buruno.

- Mais um. Vazio, completamente vazio. – E olhou para mim. – Então foi você quem foi pago e convenceu seus amigos, moleque?

Eu não sabia o que fazer. Nervoso, me balancei e remexi a cabeça. A mão dele veio em minha direção, virei o rosto e abocanhei-a o mais forte que pude. Ele gritou, puxou a mão para si e nesse momento senti o gosto de sangue na boca.

Cuspi um pouco de pele e o sangue correu. O homem praguejava, segurando as mãos. Eu sabia o que viria a seguir.

- Filho da put...! -  E outra explosão. A mesma parede anteriormente destruída e refeita, se desfez e o Nukenin, que estava de costas para ela, foi arremessado ao chão com o impacto. A fumaça subiu e vários vultos adentraram no nosso QG. Eu estava tão exausto com tudo aquilo que me perdi em pensamentos e tontura. Então, apaguei.

* * *

Quando acordei, estava cercado de shinobis de alto escalão. Aquele homem era um Nukenin extremamente procurado que tinha acabado de fugir de uma batalha e estava se escondendo na Aldeia da Folha. Achando que nós tínhamos sido pagos para emboscá-lo, nos perseguiu e tentou encontrar uma verdade inexistente. Nossos gritos chamaram a atenção das pessoas que estavam na rua, que chamaram a força militar de Konoha. Identificando o foragido e os rastros de sangue deixado por ele, os ninjas entraram em nosso esconderijo e deram cabo dele com extrema facilidade.

Isso, pelo menos, foi o que me contaram. Meus amigos e eu passamos em médicos para saber se fomos afetados profundamente por qualquer técnica que o homem tivesse feito, mas estava tudo bem. E, no fim, recebemos uma bela bronca.

A moral da história é simples e sem propósito: não saia por aí jogando coisas em pessoas desconhecidas.

E se um homem enfurecido te persegue, nunca pare de correr.

Anzai Tenshin:
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[Fillers] Joe Sato XQKY0CH: 217/275
[Fillers] Joe Sato LCwG1ST: 0/2
Considerações:
Jutsus Utilizados:

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Eu estava animado naqueles dias. Era como se a Vontade do Fogo tivesse sido derramada sobre Albus e parte dela respingou em mim, nada parecia me parar. Mesmo com apenas onze anos de idade, eu queria aprender tudo. Estava faminto.

Na semana seguinte ao Exame Chunin, eu já tinha tentado aprender todas as técnicas das sombras que os membros do meu Clã podiam me ensinar. Na outra semana, pedia ao Hokage ajuda para desenvolver minhas habilidades com o fogo. E na semana seguinte, de alguma forma, eu queria saber tudo sobre meus inimigos.

Comecei então uma infindável caça aos padrões ninja. Claro, eu tinha onze anos, portanto o que consegui definir como padrões ninjas era que: 1) todos tinham corpos, 2) a maioria dos corpos eram iguais. Assim, se todos meus prováveis inimigos possuíam corpos e os corpos eram, basicamente, iguais, minha lógica infantil deu origem a um terceiro pensamento: preciso aprender mais sobre corpos.

Minha mãe via aquilo de uma maneira estranhamente incentivadora. Quando revelei a ela o que queria fazer, ela cogitou até mesmo que, um dia, eu poderia me tornar um médico de batalha – daqueles que saem por aí curando os outros no meio de uma guerra. No fim das contas, ela poderia não estar tão errada.

Naquela semana eu comecei a juntar informações e perguntar por aí aonde poderia ir. Claro, o lugar mais óbvio seria o hospital de Konoha, mas pensei em pedir a opinião de meu antigo professor da academia ninja.

- Durouguras-sensei?! – Chamei, batendo na porta de entrada da antiga sala. Sentimentos nostálgicos me inundaram, mesmo que eu tivesse saído daquelas salas fazia menos de um ano.

- Entre. – E, quando entrei, ele esboçou um sorriso. – Eu mal parabenizo você por se tornar um genin, e você entra aqui um chunin. Logo estará com a mesma graduação que eu! Olá, Tenshin-kun. Como vai?

Dali, foi uma longa conversa entre um adulto respondendo perguntas de uma criança que queria saber mais sobre o mundo real.

No fim, meu antigo sensei me indicou por onde começar e por isso me direcionei para a biblioteca de Konoha, aonde livros, pergaminhos e manuscritos eram guardados cuidadosamente para que todos os registros pudessem ter alguma relevância. Era minha primeira vez no local, porém, descobriria que poderia passar incontáveis horas ali sem me desgastar.

Não tardou para que facilmente me encontrasse entre as prateleiras, chegando até a indicar caminhos para um indivíduo ou outro perdido. Quando recolhi o que queria, tinha um amontoado de três livros mais específicos. Dois deles tratavam de anatomia humana e um terceiro, que fora praticamente um achado, sobre o sistema circulatório de Chakra.

Com o tempo livre que só uma criança de quase doze anos podia ter, li os livros que tinha escolhido e devorei o conhecimento que ecoavam daquelas páginas.
Mas foi em alguns dias depois que, por qualquer motivo que fosse, alguns garotos mais velhos da vila que acompanharam minhas idas e vindas da biblioteca fizeram que meus conhecimentos realmente tivessem valido a pena.

Vale dizer que nem todo mundo acompanhava os Exames Chunin, e que definitivamente aqueles garotos não sabiam exatamente quem eu era – não que fosse grande coisa.

Para eles, eu só era um pivete engraçadinho que andava para lá e para cá carregando uma quantidade de livros que nenhum deles leu ou leria em alguma parte de suas vidas. E, para eles, isso era motivo de picuinha.

- Ei, moleque! –
Chamou o maior. O grupo era formado por quatro garotos com no máximo catorze anos e no mínimo doze. Eles vestiam roupas surradas como que tivessem correndo e arranjando confusões de toda sorte. Um ou outro era gordo, num tipo forte, e os outros eram simplesmente de tamanho e altura média.

Todos, porém, eram maiores do que eu.

Quando ele chamou, não tinha ficado claro que era a mim.

- Ei, moleque! Você mesmo, com os livros! –
Repetiu, e aí eu olhei. – Qual o seu nome?

Sem saber exatamente o que viria acontecer, nem o que estava acontecendo, procedi normalmente.

- Sou Anzai Tenshin. E você?

- Não importa quem sou eu. –
Resmungou ele e, de supetão, puxou os livros que estavam debaixo do meu braço direito. – Sobre o que são essas coisas?

Ele passou os olhos pelas capas, abrindo um largo sorriso e inchando suas bochechas já gordas. Passou os livros para os colegas, que riram junto ao que aparentavam, então, ser o líder do pequeno bando.

- Hahaha! O garotinho quer aprender sobre o corpo humano! – Zombou, como se houvesse graça ali. – Você não acha que isso é demais para sua idade? Ou isso aqui é sua tentativa de ver alguma... mulher pelada?! – E todos gargalharam mais uma vez.

- Por favor... me devolva. – Pedi. Claro, não funcionaria.

- Não, não. Não é tão fácil. Você acha que pode ser espertinho, agora vai ter que pagar.

E, sem razão nenhuma, investiu de punho fechado, um soco na direção de meu infanto rosto.

Mas nesse momento entrava o detalhe que nenhum deles ali sabia, ou não parara para notar: eu era um ninja. Mais do que isso, acabara de ser promovido a chunin. Meu tamanho e meus treinos permitiam que minha agilidade fosse o suficiente e, portanto, desviei com facilidade do soco vindouro com um simples passo para o lado.

- Por favor, devolva. – Pedi pela segunda vez.

O grandalhão se recompôs e esbravejou, irritado. – Você não vai escapar de nós!

Dali, partiu para cima de mim. Nós estávamos próximos a um beco sem saída e, desviando dos incessantes golpes, acabei entrando nele. Os companheiros do garoto maior fecharam a passagem, enquanto o outro avançava, em vão. Eu simplesmente era muito mais ágil.

Talvez, se fosse uma criança comum, como eles, eu não seria tão veloz, mas o treinamento ninja tinha sido intenso, o suficiente para me fazer, basicamente, um soldadinho.

Chegou um momento em que eu não podia mais me afastar. Quando me dei conta disso, e me dei conta de que o garoto se deu conta também, vi que ele sorria, triunfante.

Ele avançou e eu recuei. Mostrei, enfim, uma técnica ninja, andando pelas paredes com os pés presos a ela e parecia que o mundo tinha parado.

Então, saltei, impulsionando meus pés contra a parede. De forma que a única coisa que havia entre mim e a saída eram as cabeças dos outros garotos, calculei o movimento para usá-las como chão e fui pisando. Meu peso era o suficiente para causar tontura momentânea e, como havia estudado a respeito das fragilidades de um corpo, a informação estava fresca em minha mente, pude também refletir aonde o meu pé causaria um pouco mais de dano.

Pousei e vi os outros, tontos, revirando-se em minha direção. E correram.

O mais magro, possivelmente também o mais novo, era um pouco menor que eu. Quando avançou, puxou do beco um pedaço de madeira e girou-o no ar, completando o círculo quando abaixei levemente a minha cabeça e ergui meu pé num chute na altura de seu joelho, imaginando que ele cairia em seguida – e caiu.

O segundo, menos gordo que o maior, mas tão alto quanto, entrelaçou os dedos e desceu com os punhos como uma marreta. Veja bem, vale lembrar que nunca fui um grande lutador, nem um lutador em si, mas eu já era um chunin e eles eram apenas garotos brigões. Assim, quando o “grandão médio” ergueu os braços, eu já jogava minha cabeça na altura do seu abdômen, o que o fez perder momentaneamente o ar, desfazendo o golpe para que ele tentasse respirar.

Veio o terceiro, e nele eu já estava mais esperto. Não lembro exatamente o que fiz, mas quando vi já estava cara a cara com o “líder” do grupo. Observando tudo o que tinha acontecido ali, suas pernas já estavam bambas. Ele pegou os livros e esticou-os para mim.

- De-de-desculpe... – Balbuciou. E saíram correndo para fora do beco. Mas eu, entendendo que agora podia brincar também, não queria deixar barato.

- Kagemane no Jutsu! –
E eles pararam quando a sombra deslizou em captura. Um por um, conectados às sombras, viraram-se a mim. – Agora é minha vez!

O olhar de desespero deles me divertia – não que eu fosse uma criança cruel, só que acreditava que eles merecessem pelo menos um susto divertido. Movi meus dedos numa agilidade que só, e as sombras ergueram-se do chão em mil pontas, como tentáculos sombrios.

- Vocês mexeram com a criança errada! – Urrei, sem saber que aquilo era um clichê, ordenando às sombras que avançassem sobre eles. E elas avançaram, até certo ponto, parando a milímetros de distância de cada um. Pude ouvir o choramingo do maioral. Pude ver, também, que todos tremiam. Desfiz as sombras. – Corram!

Eles correram e eu voltei para a biblioteca.

E essa tinha sido mais uma de minhas aventuras por Konoha.

Considerações:

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Eles sabiam o básico, mas disputavam mesmo assim. Os socos e chutes, porém, eram velozes, e era disso que aquela batalha se tratava. Velocidade. O quão rápido um desviava do outro, o quão rápido um poderia acertar o outro. Eram ninjas, afinal.

O de cabelos negros avançou de punho fechado, rasgando o ar na direção do loiro. O loiro ergueu instantaneamente o antebraço, bloqueando o golpe e remanejando seu próprio punho contra o primeiro. Com a mão que atacara, o garoto Nara descia o antebraço também para defender. Seu braço esquerdo livre moveu-se e chicoteou o tórax do outro, eles se desvencilharam.

- Tenshin! – Disse o loiro.

- Heo! – Disse o moreno.

O raio iluminou a clareira na noite de inverno, o loiro cavalgou-o e o trote destruía o gramado, deixando um rastro negro. – Chidori! – Era Heo que avançava.

Então o coro de fogo ecoou, o dragão tomou forma, cuspido por Tenshin.

- Katon: Gōryūka no Jutsu! –
E a intensidade das chamas era tanta que, mesmo desviando do ataque principal, o garoto loiro precisou se afastar mais que o planejado para não ser queimado. O raio e o dragão se apagaram, deixando os rapazes a sós novamente.

Eles correram, velozes, um contra o outro. No salto, se embrenharam e caíram, um baque surdo dos corpos contra a terra. Punhos encontravam rostos, numa dança irregular e doída, regida por pequenos murmúrios de agonia.

Em algum momento, os dois pés de Tenshin se encontraram com o peito do outro e ele impulsionou suas pernas. Foram separados novamente e ergueram-se num piscar de olhos.

- Você não é nada, nada! – A fúria de Heo era palpável.

- Kagenui no Jutsu! –
Sua sombra se estendeu e se repartiu em dez pontas que deslizavam e dançavam avançando, Heo corria.

- Isso não funciona! – Berrou. – Kage Bunshin no Jutsu! – O clone ergueu-se da fumaça, tomando posição a mando do copiado. O segundo entrelaçou os dedos e desceu no alcance do pé do primeiro, que saltou no momento em que foi impulsionado. O clone se desfez quando a dezena de sombras o perfuraram.

Mas Heo saltara acima delas e o raio vinha de cima, consigo, num punho iluminado e feroz.

- Kuro Kabe! –
E as sombras se ergueram também, formando três plataformas negras ante o avanço brilhante do outro.

Então, como uma fina película, as paredes sombrias quebravam-se perante à força chocante do loiro. A técnica havia sido superada, o raio atingira Tenshin, o sangue tinha sido derramado.

- Vai ter que fazer mais. – Desafiou o chunin.

E Heo continuou o ataque, arqueando os pés num chute. Ferido, tudo o que o garoto das sombras pode fazer foi afastar-se. Mas seu oponente avançava aos socos e chutes.

Tenshin afastava-se, saltando, e o outro vinha em seu encalço. – Kuro Kabe! – Chamou novamente, e a parede ergueu-se entre os dois. Heo parou, ciente da consequência de se tocar naquelas sombras sem poder o suficiente para quebra-las.

O tigre rugia nas mãos de Tenshin, e os pequenos dragões eram cuspidos por detrás da parede, cada um direcionado para atravessar em um dos lados, direita e esquerda, tentando evitar a defesa do oponente. - Katon: Ryūen Hōka no Jutsu!

Seu braço doía, mas Anzai Tenshin se mantinha firme perante o genin que o desafiara, nada menos que seu melhor amigo, Turukoro Heo.

A parede se desfez ao sinal do Nara, e o fogo se chocando contra algo pode ser ouvido. Algumas das bolas de fogo acertaram o chão, uma delas acertando, porém, o braço esquerdo do outro, queimando vestes, pele e carne. Heo reclamou de dor, ainda mantendo a posição de batalha.

- Como você queria que eu soubesse?! Você nunca disse que tinha um irmão! –
Tenshin proferia.

- Eu não sabia que era meu irmão, até que você entregou ele para ser morto!


- Ele matou dezenas! Ele teve o que merecia!

- Quem é você para julgar?! – Heo arremessou alguns shuriken contra Tenshin. A distância entre os dois era pouca e o garoto das sombras estava focado em tentar convencer o amigo de que não tinha culpa, de forma que não conseguiu desviar de uma das armas cortantes.

- Pare! – Disse Tenshin, com o shuriken cravado no mesmo braço afetado pelo raio. A dor era excruciante.

- Nunca!

Heo avançou, implacável, a fúria lacrimejante escorrendo pelas bochechas. Acertou um chute no peito de Tenshin, que desabou de costas para o chão. O outro montou em seu abdômen e iniciou uma sequência de socos em sua face. O sangue brotava por todas as partes, em inúmeros cortes.

Tenshin tentava resistir, mas estava exausto fisicamente e psicologicamente. Em sua última missão, prendera um shinobi que era ladrão e assassino, entregando-o às autoridades de uma vila vizinha. O que ninguém sabia, nem mesmo o próprio Turukoro Heo, era que o shinobi era seu irmão. O fato só foi confirmado depois e, tomado por uma fúria que só alguém criado sozinho no mundo, e que acabara de perder sua única chance de família, entenderia, Heo culpou Tenshin.

E ali estavam eles, deitados, engajando numa luta pela razão inexistente. Heo estava apenas descontando sua fúria e Tenshin deixando acontecer, pois seu amigo precisava daquilo. Ele entenderia.

- Parem! – Ecoou a voz que adentrava na clareira. Passos rápidos na grama podiam ser escutados, e a atenção voltou-se para Hazaro Buruno, que completava o trio de amigos. – Heo! Tenshin não tem culpa! – Buruno não hesitou quando encontrou os dois, correndo até Heo, que se mostrava vitorioso, descendo socos intermináveis contra Tenshin. Buruno saltou sobre Heo e ambos saíram rolando pela grama. Quando pararam, Buruno estava por cima.

- Tenshin não teve culpa, Heo. – Clamava ele. – Poderia ter sido qualquer um de nós, até mesmo você. Ninguém sabia, nem mesmo você! Nós sabemos que está nervoso, qualquer um estaria. Mas não é culpa de ninguém além do seu próprio irmão!

O drama daquela cena era claro. Os três amigos, temerosos pelo fim do grupo, protegiam uns aos outros desde sempre. Não havia ninguém que conhecesse eles melhor do que eles mesmos, e todos ali sabiam que aquela fúria de Heo era apenas o nervosismo do desconhecido.

Aquele era, afinal, o preço por estar crescendo. Aquele era o momento onde olhariam para trás e teriam que aprender a lidar com os fantasmas de seus passados, ou morrer tentando.

Considerações:

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The Road So Far

HP: 655/655 軍師 CH: 670/670 Stamina: 0/4


O frio pairava sobre Konoha nas últimas semanas. Tenshin repousava, como se o tempo parado presumisse que algo grandioso estava por vir. Não tinha sido convocado para nenhuma missão, não tinha recebido noticia alguma a respeito do retorno de Albus, seu mestre.

Passava as manhãs ajudando sua mãe em seu trabalho, oferecia serviço voluntário ao hospital durante as tardes. Vez ou outra treinava com seus amigos, Buruno e Heo. Desde sua desavença com Heo, há quase um mês antes, não tinham brigado mais por nada.

Foi nesse período que desenvolveu diversas técnicas com suas novas naturezas e com o poderoso domínio das sombras dos Nara. Seu pai estaria orgulhoso, mas também criticaria e mostraria formas de melhorar. Em memória ao seu pai, inclusive, tinha retornado aos estudos de Shogi, o jogo de estratégia que poderia fazê-lo simular batalhas, protegendo o Rei.

Com esse hiato de atividades focadas na carreira ninja, Anzai Tenshin se via, acima de tudo, inquieto.

Algo estava acontecendo, ele sabia disso. Era o despertar de uma nova aniquilação mundial, era alguma batalha interna, alguma revolução. Outra busca de poder por algum Clã esquecido, ou a criação de um jutsu secreto por um grupo de ninjas experientes. Albus não estava na vila. Os shinobi restantes talvez não a mantivessem segura por muito tempo. Ninguém sabia ao certo.

O que restava era se armar. Aprender novas técnicas, desenvolver novas defesas. Aprimorar-se.

Durante aquele tempo, Anzai Tenshin manipulou o elemento da terra, dançou junto ao raio e clamou pelo fogo por tantas vezes quanto pôde. Estava construindo a si mesmo, montando-se para tornar-se forte.

Via, finalmente, que sua vitória no Exame Chunin não era nada. Via, de uma vez por todas, que sua existência até então tinha se tornado um mero acaso do universo. Ele era, afinal de contas, um ninja da Aldeia da Folha, mas precisava de muito ainda para estar à altura de seus oponentes.

As histórias que crescera ouvindo não eram só histórias. Eram fatos, eram acontecimentos que ocorreram pouco antes de seu nascimento. Grandes guerras, grandes inimigos. Poder infinito.

A fúria emergia de dentro de si. Tudo o que queria era esse poder, o Poder. Era mais do que seu chakra podia conter e, portanto, precisava do máximo que pudesse ter. Tenshin se desafiava mais e mais, chegava aos limites de suas reservas.

* * *

A era de treinar em campos tinha passado. A jornada espiritual guiaria o garoto dali para frente. Sua inteligência atingira um ápice, sua sabedoria mantinha-o são para as obscuridades da mente.

O plano era simples: primeiro, buscaria todo o conhecimento possível, sobre tudo. Estudaria o máximo que pudesse, começando pela biblioteca da vila. Em seguida, tentaria compreender mais do que já sabia sobre a natureza das coisas. Entendia o corpo humano perfeitamente, tinha os conhecimentos anatômicos, já era um médico hábil, cujo reconhecimento na área estava prestes a ocorrer.

Seu lado estrategista ainda se revelava. Lutara diversas vezes, mas não o bastante para ter controle total sobre toda e qualquer situação.

O garoto acreditava que deveria se reinventar. E, enquanto não engajasse mais batalhas, o que restava era estuda-las. Não apenas lutas comuns, onde os ninjas disputavam entre sim a melhor combinação de técnicas que fosse o suficiente para sobrepor o outro, mas grandes batalhas, grandes guerras.

Ele crescia tão rápido, mas parecia tão pequeno.

* * *

Em reprise aos acontecimentos iniciais de sua carreira ninja, observou suas peculiaridades; assim que se tornou Genin, inscreveu-se no Chunin Shiken. Não tinha completado uma missão sequer, e não tinha qualquer expectativa a respeito do torneio. Entretanto, sua determinação e grande habilidade fez com que ele vencesse a primeira luta contra uma Tokujo e outro Genin ao mesmo tempo.

Na segunda fase, o adversário não comparecera. Na terceira e última, a luta era contra um Hyuga. Ali, Tenshin realmente achou que tinha acabado, mas seu bom desenvolvimento estratégico e o inteligente uso do terreno fizeram ele ter vantagem, vencendo o adversário com facilidade.

Dali, a carreira do garoto despontou. Fora convocado pessoalmente por Albus, o Rokudaime Hokage, e iniciaram uma sessão de treinos que melhorou e muito as habilidades do garoto, concedendo-o inclusive algumas técnicas novas extremamente úteis.

Então partira ao estudo das artes ninjas médicas. Em pouco tempo, adquiria com maestria a capacidade de executar Iryoninjutsu e, logo que concretizara seus conhecimentos, fizera uma perfeita cirurgia ocular em Albus, onde seu mais novo mestre se tornara mais poderoso com um Byakugan.

E as missões começaram. Suas convocações eram esporádicas, tendo completado até então três missões de Rank B. A primeira fora uma escolta que acabara definitivamente mal, com o próprio contratante se revelando ser um rebelde que assassinava os shinobi que contratava em prol de, basicamente, vingança.

A segunda missão fora mais uma escolta, protegendo um Daimyou em uma viagem entre cidades. Novamente houve ataques, mas no fim tudo ocorreu bem e, apesar das baixas sofridas pela guarda do senhor feudal, a missão fora concluída.

A terceira missão, porém, tinha sido um fracasso. Primeiro pelo fato de que Tenshin não fora até o local onde seria instruído, ele, no caminho, acabara por desviar-se e perseguir um invasor de Konoha. Quando pensou ter encontrado alguma pista referente ao ninja, acabou deparando-se com a cena mais grotesca que tinha presenciado: duas crianças mortas em um beco.

O invasor não fora pego, e ficara a promessa que um dia o garoto vingaria a morte dos filhos de Konoha.

A estrada até aqui tinha sido mais rápida do que imaginado. As batalhas garantiram uma diversidade de experiências, os perigos, por mais medonhos que fossem, não tinham demonstrado grande risco de vida. A morte estava distante.

Mas isso era uma ilusão. Logo, os terrores invadiriam a vila, tomariam conta de todos. Tenshin tinha que proteger aqueles que conhecia, tinha que proteger o que restava de sua família. Faria de tudo para lutar, correria os riscos que tinha que correr, desafiaria deuses se fosse preciso.

E faria isso nem que tivesse que fazer sozinho, nem que fosse sua última ação.

Considerações:

(C) Ross

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HP: 1125 | 1125CH: 1125 | 1125ST: 00 | 06
Apresentando: Joe Sato!


- Tire os pés da mesa. – A voz suave ordenou. – Largue isso aí, quem ainda lê esse tipo de coisa?

O garoto ergueu os olhos, detrás das folhas amassadas, arqueando as sobrancelhas.

- O papai lê. E ele é um homem informado, como eu devo ser. – Retrucou bem-humorado, engrossando a voz e enchendo o peito ao pronunciar a última parte da frase, imitando os trejeitos de seu pai.

- Seu pai é um velho resmungão, é isso que ele é. Vamos, você não tinha que estar trabalhando?  

- É, a senhora está certa. Até mais, mãe. – O garoto retraiu suas longas pernas de sobre a mesa e ergueu-se para cima da altura de sua pequena progenitora. Num sutil movimento girou o jornal e entregou-o enrolado nas mãos de sua mãe, reverenciando-a e beijando-a na testa.

Atravessou a sala, desviando da mesa de centro e logo abrindo a porta da saída.

- Não me espere! Talvez eu volte tarde. – Avisou sua mãe, em alto e bom tom. Sua voz ecoou pela casa, tal qual a resposta da outra.

- Saia dessa casa! – Disse, também brincalhona.

Sem esperar o retorno, o rapaz já descia as escadas e logo estava no beco que levava a uma das principais vias de Konoha. Ele e seus pais moravam num pequeno apartamento que, para ser encontrado, precisava-se antes de atravessar um beco de segurança duvidosa.

Na rua, ele caminhava ágil. Suas pernas se moviam com rapidez, deixando seu corpo deslizar por entre o fluxo que passava, transcorrendo pela frente de lojas, restaurantes e os mais diversos dos estabelecimentos.

Desviou algumas ruas, andou por outras e então chegou em seu local de trabalho: o hospital de Konoha. Ainda que jovem, com apenas dezoito anos já era um médico. Hábil em seu controle de chakra, ia de quarto em quarto resolvendo toda sorte de ferimentos, contusões, doenças. Não recebia nada por aquilo, pelo menos ainda não. Tentaria, assim que conseguisse, uma vaga dentro do corpo médico. Eventualmente tomaria a coragem para ir até o gabinete do Hokage e pedir pessoalmente ao Rokudaime para que o aceitasse.

Com isso em mente enquanto realizava seus trabalhos, a tarde descoloria-se, se transformando em noite. Exausto, pois o excessivo uso de Iryoninjutsu consumia uma quantidade imensa de chakra, o garoto deixava o hospital para zanzar Konoha noite adentro.

Ele tinha alguns projetos em mente. A realidade era que não queria ser um grande ninja, não queria ser um poderosíssimo Sannin, nem tampouco Hokage, como muitos almejavam. Queria seu próprio futuro, queria sua própria história. Caminhava nas noites da Aldeia da Folha para encontrar seu destino.

Seus estudos englobavam isso também. Dotado de uma inteligência categórica, buscava sempre aprender mais dentro de sua área. Já tinha o protótipo e receitas de inúmeros medicamentos para serem criados e isso tinha completa ligação com sua decisão de vida e a razão pela qual buscava algo no centro da vila. Caçava como um lobo, mas não era uma presa que procurava. Era um estabelecimento vago.  

Aos quinze anos tinha se tornado um ninja médico. Já havia três anos que, voluntariamente, não media esforços para ajudar a Iryo-han sem ganhar um tostão. E, naquele início de “carreira”, não precisava de dinheiro, pois era apenas um jovem que morava com os pais. Agora, porém, estava se tornando um adulto. Seus pais não o pressionavam para criar asas e voar, mas ele queria fazer isso.

Além do mais, o dinheiro abria portas.

Devaneando sobre os rios de Ryos que um dia poderia ganhar vendendo os medicamentos que criaria, deparou-se com uma portinhola velha e suja, que possuía uma janela quadrada um pouco acima de seu meio, como de costume. Na janela pendia um cartaz, meio caído na diagonal e, pintado de vermelho, o letreiro do cartaz dizia: “Aluga-se”.

O jovem sorriu, estava tudo ali. Marcou o lugar em sua mente, pois retornaria o mais rápido possível. Iria ao banco, também, recontar seus Ryos. Precisaria produzir os medicamentos, ajeitar móveis, já tinha tudo em mente sem nem ao menos ter certeza que o lugar seria dele. Mas sentia que sim, sentia que agora era hora.

* * *

Outro dia reinava. O garoto contara a sua mãe e pai sobre seus planos. Eles aprovaram, mostrando-se orgulhosos e até mesmo oferecendo ajuda financeira, a qual ele negou.

Leu o jornal de seu velho, tirou os pés da mesa a mando de sua mãe, beijou-a na testa. Mais um dia no hospital. Só que dessa vez ele fez diferente.

Por ser apenas voluntário, tinha uma flexibilidade imensa em seus horários, o que outrora tinha sido usada para treinos. Hoje ele iria até o local que estava sendo alugado, atravessar a portinhola, buscar o locador.

Transitou pelo centro da cidade. Desviou de pessoas, passou pelas lojas. A portinhola estava aberta, havia alguém lá dentro. O rapaz seguiu seus instintos e caminhou lentamente para o local.

- Com licença. Olá, tem alguém aqui? – Demonstrou sua presença, dando leves toques na porta.

De dentro da loja fechada, uma voz rouca, proveniente de alguém com idade avançada, ecoou.

- Está aberto, pode entrar!


O jovem pôde ver uma figura baixinha, enrugada, envolvida num manto multicolorido e balançando numa cadeira de madeira.

- Com licença... – Apresentou-se, dizendo seu nome e o que fazia. – Gostaria de alugar este local... Ontem à noite vi uma placa. É com o senhor que eu devo falar?

O idoso parou de se balançar, fitando o rapaz com seus olhos minúsculos e cercados por rugas, era até duvidável que ele realmente estivesse vendo algo.

- Você é bem jovem... – Disse ele. – Jovens são impulsivos e fazem burrices, tem certeza que sabe o que está fazendo?

O julgamento do senhor podia estar certo, pensou o garoto, mas ele não se importou.

- Abrirei minha loja de medicamentos ninja aqui. Ajudarei meus aliados. E ganharei muita grana. – Respondeu, abrindo um sorriso no canto do rosto ao dizer a última parte.

O velho sorriu.

- Alugo para você, sim, garoto. Me mostre, antes, o que venderá e o que sabe fazer. Preciso de uma garantia de que a locação perdurará.

Mas o jovem não tinha preparado nada. De fato, ainda planejava criar seus itens e sabia não ter os conhecimentos necessários. Ainda assim, mostrou o que sabia fazer.

- Não é o suficiente. Aprenda mais, volte amanhã.

Expulso pelo velho, ele foi embora para casa. Com os pensamentos em mente, só tinha um meio de saber mais e tentar convencer locador. Aquilo era uma loucura, uma brincadeira de mal gosto, uma pérola. Poderia achar outro lugar, poderia convencer outra pessoa.

Mas algo fisgava sua atenção. Algo fisgava seu instinto. Aquele era o lugar certo.

Acordou, leu o jornal de seu pai, tirou os pés da mesa. Saiu do hospital mais cedo do que antes, indo até a biblioteca. Buscou conhecimentos gerais, buscou conhecimentos específicos. Estudou mais e mais suas artes médicas, estudou também o que causava aquilo que ele curava. Voltou ao velho.

- Não é o suficiente. Aprenda mais, volte amanhã.

Não contestou. Voltou para a casa, acordou, nem leu o jornal ou sequer tirou os pés da mesa, pois não sentara para ler e consequentemente não os colocara lá. Não foi ao hospital, foi direto à biblioteca. Da biblioteca para o laboratório. Do laboratório para a biblioteca.

Aprendia mais, começava a experimentar, criava mais. Entendia que precisava chamar a atenção dos ninjas e ninjas gostavam de poder. Poder poderia ser dado a eles, e dali comprariam o que sabiam precisar: os medicamentos de cura que o jovem fabricaria. Era tudo uma ideia arriscada, uma lógica sem planejamento, um chute de um rapaz com potencial.

Não foi até o velho por alguns dias, mas sempre passava em frente ao local para ver se ainda estava disponível.

Cada vez mais, aprendia coisas diferentes, entretanto, focou em suas experiências. Lidava com química, física. Suas noções periciais em anatomia faziam com que ele tivesse completo controle das consequências que aquilo tudo geraria em um ser humano. Ele criava o vírus e ele criava a vacina. Era um tanto cruel, se parasse para pensar. Mas as cifras de Ryos subiam à sua cabeça.

Um dia, ele simplesmente soube.

Acordou, beijou sua mãe e negou o jornal de seu pai. Foi até o hospital, onde cumprimentou e reencontrou colegas que não via há algum tempo. Fez seu “serviço atrasado”. Saiu, à noite, do hospital. Foi paciente, esperando as pessoas saírem de seu caminho, dando passagem, sem trespassá-las, mesmo tendo agilidade para tal.

Convicto, bateu a porta do estabelecimento fechado, sabendo que o senhor estaria ali.

- Negócio fechado. – Disse o velho sorridente, mostrando a gengiva e apenas alguns dentes. Mostrou-lhe o valor, e retirou a placa com o anúncio “Aluga-se”. No reflexo do vidro da porta, o garoto viu seu reflexo.

Era Joe Sato, Chunnin e Médico da Aldeia da Folha. E ele estava pronto.

Considerações:

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*gostei da temática do filler kk*
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O Tribunal de Glaurung, o Faminto


País dos Demônios, 100 AG.

- Eu sou Glaurung, o Faminto! Ninguém poderá me sobrepujar! – A criatura urrava, sua voz soava como um milhão de trovões. Yamult acreditava que se prestasse atenção, até mesmo Sarada Uchiha poderia ouvir o anuncio da besta, lá de Konoha.

- Eu irei sobrepuja-lo, Glaurung! Seus dias de ódio estão terminando!

Yamult, criado preso à grossas correntes, tinha sido liberto. Sua velocidade era impressionante, mas suas habilidades com o chicote eram extraordinárias. A cauda de sua arma girou no ar, rodopiou mais algumas vezes, enganando seu trajeto, e despontou na face de Glaurung.

A criatura, uma besta colossal com o corpo de tigre, cabeça de lagarto, patas de veado e a personalidade de um demônio, praguejou mais uma vez. E o trovão ressoava.

- Maldito seja, Yamult! Que suas proles sejam enfeitiçadas, que seus herdeiros morram por sua ousadia!

A besta e o homem dançavam naquela noite chuvosa. No Desfiladeiro de Huciferu, o embate entre Yamult e Glaurung era constante.

A amalgama de animais que a criatura era o fazia ter inúmeras propriedades. Sua agilidade de veado o fazia desviar das fabulosas técnicas de Yamult. Sua cabeça de lagarto o fazia ser amedrontador e sua mente insana gerava movimentos instintivos, imprevisíveis até para os mais exímios ninjas, transformando a peleja numa batalha de titãs.

Um estalo do chicote de Yamult provocava um tremor. Uma passada de Glaurung despertava o núcleo terrestre.

- Yamult!

- Glaurung!


A batalha tinha sido longa. Eram três dias incessantes de luta. Os oponentes estavam exaustos e aquele era o golpe final. Mas a besta era imensa, e Yamult era apenas um shinobi. Sua humanidade aflorou e no último instante ele se permitiu sentir medo. E o medo o fez falhar.

Seu corpo dissolveu-se em chakra, tamanho o poder da criatura, e a única coisa que restou de si foi o seu chicote, uma arma utilizada apenas por aqueles que tinham a capacidade de prever o movimento do item, por aqueles que eram valorosos, pacientes. Ágeis no corpo e na mente.

Glaurung anunciou a morte de Yamult por todo o País dos Demônios. Yamult, o Vingador, tinha sido derrotado. E, de todos os lugares, as pessoas sabiam o que estava por vir. Se conheciam a história de Yamult, o Vingador, conheciam também a história de Tomomult, o Juiz.

Tomomult, irmão mais novo do Vingador, era um shinobi tão poderoso quanto. Seus feitos eram contados por todo mundo, suas aventuras descritas em canções. Quando ouviu da morte de seu irmão, deslocou-se para o País dos Demônios o mais rápido que pôde.

Porém, tudo o que pode recuperar de seu mais velho era o chicote. A ironia se deu ao acaso, quando Tomomult jurou sua vida para vingar a morte de seu irmão. O Juiz armou-se do chicote de Yamult, alertando a todo o mundo.

- Este é o Tribunal de Glaurung, o Faminto! Ele perecerá em minhas mãos, mas com o espírito de meu irmão ao meu lado, lutando comigo, até o fim!

Na noite da batalha, Glaurung propôs o seguinte: como uma forma de honestidade, reduzir-se-ia ao tamanho e forma de um humano. Utilizaria uma espada, e apenas uma espada, para derrotar Tomomult, enquanto o mesmo poderia usar apenas o chicote de seu irmão.

Suspeitando da sinceridade de Glaurung, acreditando também que aquilo seria uma farsa, Tomomult aceitou as condições da luta. Se vencesse, o nome dos irmãos estaria estampado na história; se morresse, estaria em paz, ao lado de seu consanguíneo.

Glaurung, uma besta horrenda, transformara-se num homem bem-apessoado, de longos cabelos, esguio. Vestia apenas uma calça, segurava apenas uma espada longa. Tomomult, extremamente parecido com o irmão, vestia uma capa longa e um brasão familiar.

Eles lutaram por vinte dias. O desgaste antes causado por a utilização de chakra tinha diluído ao longo dos dias. Tomomult se mantinha firme. Ele prometera que tomaria a vida de Glaurung, sua determinação o permitia ficar de pé.

A besta, por sua vez, estava impressionada. Acreditava que nada poderia superá-la, mas o irmão de Yamult era um oponente a sua altura. Seus ataques estavam sendo aparados, seus avanços driblados e sua força drenada. Cada vez mais, Glaurung começava a temer por sua existência.

Cada vez mais, Tomomult se sentia mais próximo de seu irmão. Se ele pudesse usar apenas um jutsu...

E usou, pois, ninguém saberia. Em seu último movimento, Tomomult fez seu chicote dançar ao seu redor. Seus passos eram frenéticos, sua agilidade era inumana.

A cauda avançou, certeira. Mas, burlando as condições impostas por Glaurung, Tomomult escondera sua mão direita e executara uma técnica secreta que estendia seu chicote. A besta fora domada, presa pela arma.

- O julgamento acabou. – Anunciou. – O Tribunal de Glaurung cumpriu seu dever. – E então, retirou a vida da criatura.

O equilíbrio universal cobrou; as condições tinham sido quebradas, o que antes era justo, equilibrado, tornara-se o oposto. E Tomomult pagou com a vida.

A última ação de Glaurung foi liberar o Fuinjutsu que tinha criado no início da batalha, onde ele tinha selado as palavras de Tomomult. Liberada a técnica, aquele que quebrara com suas palavras tinha a alma aprisionada. E assim aconteceu.

Glaurung dissipara-se em chakra, Tomomult tivera a alma tomada e enjaulada.

Tudo o que sobrara para contar a história fora o Tribunal de Glaurung, o Faminto.

* * *

País do Fogo, dias atuais.

Era claro que Joe Sato não sabia de nada disso. A lendária batalha entre as três figuras colossais, ocorrida a mais de cem anos, tinha se perdido e somente o item, um dos protagonistas do ato, restara. E ele pertencia ao médico.

Joe tomara posse da arma em sua última missão. Ao invadir um laboratório clandestino, encontrara com um inimigo que portava o chicote. Ao derrotar o mesmo, apossou-se do item. Não tinha ideia de como utilizá-lo, mas de fato a arma chamava atenção para si.

Era um objeto muito bem feito, detalhado, resistente, incomum. Poderia ser mortífero nas mãos de quem soubesse portá-lo. Poderia ser inútil nas mãos de um leigo.

Porém, Joe não pretendia ser um leigo. Tinha se encantado pela joia que encontrara. A arte por trás dos movimentos da cauda era algo fabuloso. A paciência, a análise. Somente um artista poderia dominar aquela arma.

Tentado e comprometido, Joe Sato abandonou todos seus afazeres. A medicina poderia esperar – haveria outros médicos de plantão. A ciência estava ali para ele, a todo momento – seu aluguel já estava pago, as contas do laboratório e da loja estavam em dia. Ele tinha todo o tempo do mundo, para a arma que já vivera mais do que ele um dia viveria.

A imensidão do campo de treinamento estava a sua disposição. Não havia ninguém lá e apenas o vento outonal chacoalhava as folhas nas árvores e arbustos.

Joe escolhera testar aos poucos. Fizera um movimento leve, impulsionando o chicote a fazer um círculo em sua extensão, para distender e atingir o gramado. O estalo do couro era como a cereja em um bolo.

Ele fazia o mesmo movimento constantemente. Sentia a empunhadura de metal, observava a guarda draconiana. As tiras de tecido eram precisamente entrelaçadas, uma firmeza que ele nunca vira em lugar nenhum. Não que buscasse procurar, também. Mas a paixão pelo objeto que tinha apenas aflorava mais ainda seus sentidos.

Ele começou a ficar mais ousado. Os movimentos corriam ao seu redor, a cauda dançava, o ar era cortado mais e mais. O estalo passava a ser mais intenso. Não só isso, Joe tornava a imaginar novas técnicas, novos jutsus, novas estratégias.

Durante um período de sua vida, dedicava algumas horas do dia para praticar o manuseio com a arma exótica. Dias se passavam, seus músculos doíam, sua mente se automatizava. No início, era impossível saber no que seus movimentos iam dar. Agora, a previsão era comum. Sentia o chicote se estender da mesma forma que esticava os braços para pegar algo.

Era como se o item passasse a fazer parte de si. Sua capacidade tinha sido aumentada gradativamente. Os treinos focados, a determinação. Aquela era a arma perfeita para Joe.

Tinha inúmeras utilidades, não era exclusivamente feita para ferir. Poderia alcançar coisas, puxá-las para si, prender, açoitar. A infinidade de situações que aparecera em sua mente mantinha sua escolha firme. Sabia que aquele objeto era seu. O destino tinha unido os dois.

O Tribunal de Glaurung acabara por acompanhar o garoto por todo lugar que ia. Ele não sabia seu nome, não sabia sua história. Mas Yamult e Tomomult estariam orgulhosos do que viria pela frente.

Considerações:

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[Fillers] Joe Sato Giphy
Tenshin
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