Era dia. O sol escaldante, que era costumeiro no verão, esquentava a vila inteira. Mesmo acordando cedo o garoto optou por não sair de casa. Odiava o calor exuberante. Sentado sobre o sofá, em seu braço direito, com dois ventiladores ligados perto de seu corpo, o jovem lia. Lia uma livro qualquer sobre uma história qualquer.

Estranhamente, em seu recinto, o calor era nulo, sentia-se até frio. A medição de temperatura no local, caso fosse medida, daria 0 °C. Portas e janelas fechadas; as janelas eram acompanhadas por cortinas grossas que impediam quase que por completo a luz solar. O local em que habitava era caverno, literalmente. A onomatopeia surgia do nada.

Tac [...] Tac [...]

Primeiramente sentiu-se um medo, que era sobreposto de um susto. Levantou-se furtivamente e seguia para janela para averiguar cuidadosamente o ocorrido. Um pompo com pergaminho em boca, pousado na marquise de sua janela, permanecia parado. Pegou o pergaminho. O pombo deu no pé; ou melhor, nas asas. Desenrolou rapidamente e leu. Encaminhou-se para missão.


Status: fulled

— Não é que eu não goste da luz do sol, não sou muito chegado é no calor! [...] O meu é Gowther, né!? — Respondeu retirando um cigarro da carteira.

Tragando o cigarro lentamente e jogando à fumaça ao ar. Naquele momento, Gowther, não estava se perguntando nada e apenas fez uma cara irônica para o outro. Por conseguinte, seguiu com os olhos a direção no qual o outro moleque apontava e ressaltava. Realmente, o lugar era alto e provavelmente possuía diversos obstáculos em seu caminho. Legal, aventura. Jogou a binga dentro do cinzeiro e parou do lado do garoto.

— Vamos! — Exclamou.


Status: fulled

Passos atrás de passos. Uma caminhada longa e cansativa. A subida da montanha era um pouco desafiador, isto é, para um humano comum. Ninjas graduados na academia tiravam aquilo de letra, assim como Gowther e Meliodas. Em seus pensamentos, o garoto Gowther, lembrou que não havia comido antes de sair de casa e seu estômago já começava a rangir, feito um bicho. Ignorou por instante.

Na subida da montanha foi capaz de reparar com apesar da vila da pedra não ser conhecida como vila frutífera, aquela montanha possuía uma vasta espécie de alimentos. Carregando uma mochila, pelo caminho, Gowther recolheu algumas frutas; entre elas: Maçã, Jabuticaba e Manga. O bastante para si e talvez mais algum faminto. O dia ia escurecendo e a montanha mudando claramente seu clima. Frio! Escuro! Perfeito.

— Como pode se considerar ninja sendo um desatento? — Indagou Gowther, referindo-se a afirmativa de Meliodas — Por sorte, cacei essas frutas pelo caminho. — Afirmou.

Jogou a bolsa aberta de forma educada ao chão e algumas frutas se espatifaram e/ou rolaram sobre o solo rochoso.

Status: fulled

Estranhei. A recitação do companheiro de missão, em voz alta, me causou um tipo de estranheza, confesso. Diante de um conglomerado de rochas, saindo de dentro delas, surge um homem. De fato aquela aparição me deixava confuso por hora; em piscar de olhos, uma leve brisa rápida e suave, passava em minha frente. Meliodas atacava com uma destreza incrível.

— Que rápido! — Exclamei.   — Parece que seu corpo não consegue mais acompanhar sua mente — Afirmei, olhando fixamente, ainda abismado com tamanha velocidade, para Meliodas.

E em questão de segundos, considerando minhas falas, aquele homem, cujo não sabia o nome, vinha em minha direção. Naquele instante congelei. Rápido, porém nada comparado ao meu ''amigo'', o inimigo avançava; em meus olhos um pequeno flashback de toda minha descoberta até aqui. Retornei a olhar com coração e determinação para os movimentos perigosos do oponente e pude ver: Seus ataques desferidos a mim. Levantei os braços com os cotovelos dobrados e fiz a guarda, uma guarda defensiva de artes marciais, que aprendi ainda na academia. Firmei os braços e recebi os golpes neles, um total de quatro socos em laterais - com o inimigo alternando os braços entre direita e esquerda - defendi, ou melhor, apaziguei os golpes. Acompanhando por completo seus movimentos não pude deixar de notar a rasteira. Em velocidade máxima, pulei. Se tivesse platéia naquele instante, poderiam perceber que em meu rosto havia um sorriso; realizando alguns selos de mão recitei:

— Sensatsu Suishō [...] — E mil agulhas surgiam e avançam rapidamente em direção ao inimigo tentando definitivamente mata-lo.

A distância entre nós era bem curta, aproximadamente quarenta centímetro, então um ataque frontal e colossal daquele possivelmente têm uma grande possibilidade de acerto; caso errasse, me distanciarei posicionando-me ao lado de Meliodas.

CH: 150/200

Olhei desacreditado e um pouco assustado. Matei alguém. A morte é só um desleixo do ser humano e sempre anda acompanhado com a arrogância e prepotência desta espécie; eu, todavia, buscava entender o significado ideal para morte; ainda buscava o da vida também. Ninguém fora ver aquele corpo banhado por agulhas de gelo e ensaguentado ao chão, um ser insignificante. Meliodas agiu calmamente e frio; não esboçou nenhum tipo de reação, parecia estar acostumado com aquele tipo de situação. Bizarro.

Acenei com a cabeça dando sinal simbolicamente de positivo e prossegui seguindo-o. Poucos minutos depois entrei num local rodeado de planta/mato e animais. Logo após passar pelo portão principal fui recebido com muito carinho e gloriosidade por duas mulheres, que eram respectivamente: Mãe e irmão de meu amigo. Acenei com a mão e dei um breve sorriso largo. Ainda estava muito chocado com a morte para conseguir falar.

CH: 150/200