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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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A brisa bruxuleante espalhou o suor pelos meus olhos. O sal irritou, e eu hesitei por alguns segundos. Não que fosse esse o real motivo para eu ficar ali, parado, imóvel e indefeso. Mas eu preferi acreditar numa coincidência do destino do que alegar meu próprio medo. Aquele monstro era pavoroso, e não menos destrutivo: Com um só golpe, ele estatelou aquela árvore em milhares de pedaços e, por muito pouco, minha perna não foi completamente obliterada.

Por que? O que aquilo estava fazendo ali? E não tinha outra refeição melhor do que metade de um humano? Balancei a cabeça para espantar as dúvidas, afinal, não era hora para tê-las por perto perturbando minha consciência. Eu precisava focar na criatura que vinha contra mim novamente, com seus olhos úmidos.

Para sua pseudo cabeçada e de fato investida, esbocei um salto diagonal e composto, tomando como base uma plataforma recente feita de terra. Aliás, além de me propiciar uma fuga concisa, serviu de impacto contra aquele anfíbio gigante. Suas pálpebras piscaram mais lentas, revelando algo que parecia dor. Pestanejei ainda no ar, antes de cair. —— Parece que não é tão poderoso assim. —— Um sorriso formou-se ligeiro no meu rosto, e eu aterrissei tranquilo próximo à árvore quebrada.

Mas aquilo não era dor, era raiva. O monstro tirano balançou-se sobre seus próprios músculos e chicoteou seu braço contra mim. Recebi o impacto com menos cautela que esperei, e acabei quebrando um ou dois galhos do arbusto mais próximo. Arfei, sorrindo diante minha imbecilidade: Eu realmente precisava instigar aquela criatura? Mas, se já tinha o feito, não custava continuar. —— Um bom golpe. Um excelente golpe. Mas, eu já passei por coisas piores.

Movimentei-me em círculo pelas árvores, arremessando kunais  - com alguns kibakus fuudas que alvejavam a besta. Por hora, mantive esta formação para tirar-lhe sua atenção, deixando-a confusa de onde realmente eu estava: É claro, para isso, utilizei o bushin no jutsu quando passei por trás de um tronco grande suficiente. E repeti esse pequeno feito mais algumas vezes, até conseguir criar quatro ilusões de mim. O primeiro eu sacou uma kunai e pulou em direção ao sapo. Pude ver sua katana atravessá-lo com tanta ferocidade que quase senti o golpe no meu estômago. Mas não parei. O segundo, pulou logo em seguida, recebendo um contra-golpe com a perna. O terceiro, que talvez fosse o mais promissor, também não conseguiu chegar perto, recebendo outro golpe com a perna que julguei ser o arco-reflexo do seu movimento anterior.

Quando o quarto clone passou em sua frente, eu - verdadeiro - pulei em suas costas. Supus que ela acreditaria, finalmente, que deixaria meu real ataque para o final. E, quando suas púpilas focaram o último, abriu sua guarda para minha kunai cravar-se sobre suas pela escamosa superficial. Não jorrou sangue, mas escorreu um liquido roxo, suficiente para trazer uma sensação de sucesso. Ainda que não tivesse ficado ali por muito tempo, saltando para trás o mais rápido que consegui. —— Que tal essa? —— Sorri, feliz com minha estratégia realizada.

Outra voz ressoou depois da minha. —— Eu também já recebi golpes piores. —— A criatura anfíbia falava, e o tom da sua voz era amedrontador. Porém, mais ainda, era seu olhar que tomou cores púrpuras: Seu instinto assassino era aterrorizante. Por que eu não conseguia me mexer? Por que eu tinha tanto medo? Eu podia ver minha morte naqueles olhos infinitos. Eu já estava morto.


~ ???


—— Quantos anos já fazem que eu estou aqui? —— Perguntei de maneira menos incisiva quanto imaginava. Encarei o sapo de soslaio enquanto esperava minha resposta em um silêncio completo e embaraçoso. —— Vamos, sua lagartixa, diga-me quantos anos já se passaram! —— Ela arqueou sua pele escamosa que se localizava na respectiva posição onde se encontram as sobrancelhas de um humano. Falsa dúvida e comédia, deduzi já conhecendo-o.

—— E isso importa? —— Ele sempre foi de falar bem menos do que se esperava e, portanto, devia-se dar a respectiva importância para as poucas palavras que dizia - ou profetizava. Porém, ainda que significativas, não era obrigado necessariamente seriedade: Era definitivamente uma piada. Ele sabia que não eu não tinha pressa para voltar, apenas queria que finalmente concluísse aquele treinamento ridículo.

[...]

Passei aquele longo dia treinando de maneira brutal, não menos quantos os muitos outros dias que passei naquele lugar cruel. Já faziam alguns dias desde que aquele anfíbio que quase me matou havia me trazido para essa floresta. Apesar da sua ferocidade de outrora, agora ele parecia ter se tornado um grande amigo, disposto a me ensinar coisas bastantes poderosas. Ele dizia que tinha visto potencial em mim, embora eu achasse que sua atitude fosse apenas um receio de deixar um pobre garoto morrer numa floresta qualquer.

Porém, eu preferiria estar morta do que cumprir aquele ritual diário: Acordar, treinar, e dormir. Todas as horas do dia, todos os dias da semana, todos as semanas do mês, todos os meses… Do ano? Eu nem sabia quanto tempo tinha se passado, só sabia que qualquer tentativa minha de fugir eu acaba sendo encurralado por aquela presença assassina de outrora. Depois de um tempo, porém, eu me acostumei e até encontrei motivação quando percebi que meus golpes não mais quebravam madeira, como também pedregulhos enormes. Seja lá o que tinha demais naquele treinamento insano, eu podia ver uma melhora monstruosa.

Eu acordava, arrumava o que precisava, e começava: Ficava cerca de uma hora treinando combinações de socos e chutes. Ele disse que, apesar de ruim, era o melhor que eu conseguiria fazer. Depois, passava uma outra hora correndo por entre os escuros caminhos daquele floresta densa, iluminados somente por raios de sol vacilantes. Eu quase já podia fazer aquele caminho de olhos fechados, aliás, eu os fazia de olhos fechados. Outra hora eu passava revezando sobre uma cascata que nascia no interior da mata, e despencava de uma altura aproximada de vinte metros. No começo, eu não conseguia ficar nem dois minutos sobre aquela chuva de água cortante e pequenas pedras deslizadas. Agora, porém, eu mantinha meu recorde de um quarto de hora completos sem descansar. Nas horas seguintes, eu saltava, prendia respiração, treinava controle de chakra, e tantas outras coisas que não julgava serem úteis.

Com um tempo, percebi a utilidade de cada coisa. Meu socos e chutes foram tão repetidos, que eu podia reproduzir aqueles movimentos sobre qualquer circunstância. Além de, é claro, apresentarem uma base mais consistente, e uma força completamente diferente. Enquanto corria, aprendi a deixar minha respiração fluir quase que instintivamente, não porque me concentrava, apenas porque estava entediado demais para prestar atenção em qualquer coisa. Tornou-se natural me mover por uma hora em ritmo frenético, e eu conseguiria correr mais se tentasse. A cascata fez-me de sparring, desenvolvendo uma resistência física monstruosa. Se eu era capaz de aguentar uma pedra caída de vinte metros de altura, eu podia aguentar qualquer coisa. Ziguezagueando por entre aquelas copas de árvore eu descobri que não precisava de tanto espaço para pegar impulso. Mergulhando naquele rio para pegar pedras eu aumentei meu fôlego, e treinei minha natação no geral. Entre outros milhares de aperfeiçoamentos específicos sobre cada parte do meu corpo. Já no final do dia, eu deitava imerso sobre uma piscina de lama, e concentrava toda minha energia na manipulação do chakra. Embora não fosse um exercício especial, eu sentia muito mais aquela energia fluir ali do que antes, porque meu corpo físico estava completamente esgotado, deixando somente a parte espiritual trabalhar. Eu me tornava, pouco a pouco, mais forte do que nunca.


~ Dia seguinte.


—— Onde está você, girino fajuto? Já está na hora de começar o treinamento.

—— Hoje não. —— Sua voz ressoou de uma parte mais distante da floresta. Fui até lá correndo, não por pressa, apenas por costume do tanto que já percorri aqueles caminhos.

—— O que houve? —— Fitei-o de maneira interrogativa, tentando desvendar o que sua feição dizia. Eu não sabia. Mas por que não? —— O que houve Yoshiro? —— Ele permaneceu mudo, com olhos completamente vazios. Sua postura elevou-se, tomando talvez uma posição de ataque. Aquele não era meu amigo - ou sensei - que havia me treinado, e sim meu inimigo de outrora. Finalmente, descobri que feição era aquela: Seriedade verdadeira. O vento balançou as folhas, arrancando as mais maduras.

Metáfora ou não, ele veio em minha direção com ferocidade distinta, e velocidade não tão impressionante. Esquivei-me de lado utilizando tudo que tinha aprendido. Minha força foi suficiente, minha velocidade foi suficiente, minha projeção foi suficiente, minha aterrissagem foi suficiente. Era tudo bem diferente de antes, agora, eu estava preparado.

Ele continuou com as investidas, e eu esquivava com tamanha facilidade. Depois de seu quinto movimento, pude ver uma brecha enorme de tempo e espaço para meu ataque. Mas eu hesitei. Como eu podia golpear quem me ensinou tanto? Como podia atacar meu sensei? Sua voz ecoou inesperada, em meio aos seus ataques.

—— Togata, eu te libero do seu treinamento.

Não que tivesse me dado qualquer vontade de atacá-lo. Não que tivesse me permitido fazer aquela ação. Não que fosse uma ordem de treinamento. Era apenas ele me dizendo que, a partir de agora, éramos iguais. Minha mão fechou-se com pressão incrível e acertou a lateral do sapo-gigante. O vento chiou quando meu punho o atravessou. As ataduras que cobriam minha mão atritaram. Aquelas toneladas escamosas foram lançadas alguns centímetros para trás. Meu treinamento estava, enfim, completo.

1500, 1500.

Força, velocidade. Um em cada.
Anonymous
Convidado
Convidado
@Ta aprovado ai, mas se não poder copiar desconsidera.
Anonymous
Convidado
Convidado
—— Você aprendeu a socar, Mirio.

—— Eu tive um bom professor. —— Meu braço esquerdo institivamente tomou sua formação de ataque, aproveitando o movimento oposto do corpo que concedia-o espaço para impulsão. Porém, nesse meio tempo que meu braço ruim demorou para se ajeitar, ele se ajeitou também, tomando a mesma posição que eu. Os dois punhos se colidiram por alguns segundos, antes da minha base partir e eu rolar alguns metros para trás. Bufei bastante mal-humorado. —— Você sabe que a esquerda não é o meu forte. —— Graça, mas sério. Talvez, não tivesse espaço para qualquer divertimento e, enfim, ele estava realmente testando até onde conseguiria ir, até onde meu novo limite era capaz de chegar.

Deste modo, já estava com a guarda levantada quando tentou um chute lateral. Bloqueei com o braço respectivo e mantive-me ainda defensivo: Sabia que vinha um outro chute, desta vez aéreo e por outro lado. Um golpe bastante poderoso, e com certeza fatal se já não o tivesse visto antes em ação. Bloqueei novamente, utilizando meu braço recém-machucado. Com meus dois membros costumeiros inativos, utilizei-me da única coisa que nunca que nunca ficaria inalcançável, meu chakra. Torci o pé direito para o lado e criei um punho de água que se ergueu debaixo para cima enquanto ele ainda estava imóvel no ar.

Torci para que tivesse sucesso, embora soubesse que não teria. O sapo girou seu corpo como se soubesse voar, e desviou da minha singela investida. Mas se cheguei até não foi atoa, parti logo em seguida e projetei meu corpo de maneira instável, porém com um objetivo bastante definido: Um voadora naquele anfíbio rodopiante. O golpe pegou na parte de fora do seu ombro, e eu caí de costas no chão. Confusão, espanto, seguido de satisfação. Eu soube que ele havia apreciado meu ataque inesperado.

Passou um longo minuto vazio. Arrumamos nossos corpos, vestimentas, armas, e o que mais quiséssemos. Tomamos posições frontais e avaliamos um ao outro por alguns instantes. Parecia que nosso combate começaria agora se não, de fato, começasse mesmo. Tanto eu, quanto ele, estava se movendo com certo receio. Ele tinha a cautela do professor, que media as habildiade do aluno. Eu tinha o receio do aprendiz, que sempre hesita a utilizar o máximo que pode.

—— Não facilitarei. Você está realmente pronto? —— Seriedade.

—— E quando eu não estive? —— Determinação.

[...]

Meus pés e corpo deslizaram para trás enquanto meu braço latejava. Como pode aquele sapo com uma centena de anos conseguir lutar por três quarto de hora e ainda mostrar desempenho semelhante ao início do combate. De onde vinha aquele poder anormal? —— Tá bom, tá bom. Você venceu. —— Decretei meu fim com uma comédia precisa, tentando disfarçar o discreto que já havia sido feito pelo cansaço do meu corpo.

Enquanto eu desmoronava sobre minhas pernas destruídas, fitei sua expressão. Respeito e felicidade, aquela teria sido uma boa luta, ou pelo menos o suficiente para causar-lhe uma boa impressão. Evidentemente ainda faltava muito para eu chegar no nível dele porém, o que tinha feito, já me tirava da condição de aprendiz e promovia-me a posição de aliado de treino.

—— Mais algumas semanas de treino e eu já vou conseguir te derrotar. —— Incerteza.

—— Ou então alguns anos. Mas um dia eu chego lá. —— Descontração.


[...]


A situação que me encontrava era a seguinte: Preso pelo pé direito a um galho qualquer dá maior árvore que tinha naquela floresta. Para ser preciso - exatamente por ter contado algumas várias vezes que estive abandonado ali - eu estava a uma altura de vinte e dois metros. Era mais alto de que muita das cadeias montanhosas que via em Kumogakure. O vegetal era uma Kyodaina shokubutsu, ou planta gigante, uma espécie rara que se encontrava ali naquela região. Diz-se que ela retira não só água, mas também minerais do solo, e por isso adquiriu uma resistência em seu tronco capaz de suportar este seu crescimento anormal. Seria uma planta muito interessante, se já não tivesse passado as últimas três horas pendurado em um de seus caules.

Conforme meu sensei, era para desenvolver concentração, calma e controle. Porém, até agora, eu só tinha aprendido como adquirir uma dor de cabeça insana mediante um aumento desproporcional de sangue no cérebro. Eu devia ficar aqui até que ouvisse as… Três batidas ressoaram pela madeira da árvore. Senti finalmente o gosto pela liberdade porém, paradoxalmente, mais que gostaria: O nó que amarrava minha perna se desfez e eu me vi numa queda brutal. O que eu faço? É só um treinamento, deve ter algo pra me proteger lá em baixo. E se não tiver? E se esse é o motivo dessa insanidade, pensar rápido? Mas se eu falhar eu morro. Não pode ser. Ou pode?

Balancei a cabeça de um lado para o outro pouco mais do que devia por causa da pressão do ar. Por sorte, foi o suficiente para eu espantar as dúvidas e me focar no que devia fazer para não me estatelar no chão. Faltava doze metros e eu pensei. Faltava dez metros e eu pensei. Faltava cinco metros e eu pensei. Faltavam menos de três metros. —— A árvore! —— Exclamei enquanto estiquei meu braço para arrastar meu braço pelo tronco. Meu chakra fez-se presente e eu utilizei os mineiras que fluíam por aquele vegetal para criar uma mão de água que me segurou a poucos centímetros do chão.

O construto aquoso se desfez e eu caí ligeiramente. Desesperado, eu olhei para o sapo que me olhava ainda mais assustado e confuso. Depois de alguns segundos, ele deu um leve pisão a frente e revelou um chão falso, e um cavidade coberta por uma cama de folhas.

—— Desculpe, Togata, mas era preciso para desenvolver suas capacidades. Não gostaria que você morresse, é claro, mas não gostaria ainda mais se você vencesse de maneira fácil.

—— Tudo bem. Eu só fiquei meio desesperado porque pensei que ia morrer! Mas agora que já sei, talvez seja até divertido.

1250, 1545.

1 vel, stamina.
Anonymous
Convidado
Convidado
Convidado
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A brisa gélida da noite viera a seu encontro para acordá-lo mais uma vez. A exaustão perpetuava no corpo daquele garoto, que passara um dia e uma noite tentando aprimorar ainda mais suas habilidades ilusórias; para tal, utilizou de dezenas de livros que outrora achou na biblioteca do vilarejo de Sunagakure no Sato.

Olhando para o luar, exausto, e ainda sem aprender por completo aquilo que viera "treinar", Togata retomou a posição de outrora, ignorando todo o cansaço que sentia. Sentado sob os joelhos, o homem levou o braço direito até o livro à sua esquerda, e começou a folheá-lo, página por página, por horas a fio. Visou terminá-lo antes mesmo do nascer do sol. Uma tarefa árdua, mas não impossível; continuou a leitura, até que caiu no sono devido ao cansaço mental extremo.

..

O brilho brando do sol se intensificava com a despedida da lua e a véspera de um novo dia. O céu limpo mostrava que Sunagakure ficaria sem nuvens pelo resto do dia, o que era bastante normal por ali. De toda forma, Togata acordara, tomara um banho no casebre que havia ali por perto e forrara o estômago com bolo, acompanhado de um café — seu vício. Posteriormente, o homem voltou ao seu treino para com Genjutsu. Desta vez, porém, seria a etapa final: utilizar das ilusões sem necessidade de selos ou derivados. As projeções ilusórias que sucederam-se foram simples, mas variadas. Corpos humanos, animais, e até mesmo dos deuses ninjas foram manifestados, mas nada que o garoto não pudesse o fazer. Enfim, seu treino seguiu, primeiramente fizera com que as ilusões manifestassem suas habilidades – as que ele conhecia, pelo menos – e lutassem entre si; sua kekkei genkai predominava em seus olhos, o esforço naquele treinamento a fizera se aprimorar; três tomoes eram o sinal de seu poder.

Ainda sim, sua cabeça latejava com tamanho esforço, fora, claro, seu corpo, exausto: os músculos mais pareciam que se dilaceravam e regeneravam no esforço seguinte, criando assim um loop infinito de dor e mais dor. As infinitas ilusões no campo já não mais demonstravam um certo grau de dificuldade para sua criação conforme o garoto evoluía em seu treinamento. Sua mente se acostumara com as manifestações, e suas representações eram tão belas que mais pareciam reais. Todavia, não achou que aquilo era seu máximo, portanto, Togata continuou a treinar por horas a fio até atingir a perfeição.

...

Mais tarde, ele desabou no chão, exausto. O homem pela segunda vez forçara seu corpo ao máximo. Cada suspiro abusava de seus pulmões, que, por sabe-se lá o motivo, doíam. Seu braço já trêmulo e dormente finalmente chegou ao ápice, e com isso, o treino ficara completo. O descanso do Kazekage perpetuou quieto, enquanto ele olhava para o céu límpido, imaginando-se engolido pela imensidão do céu azul, adormecendo, por fim.

~~~~

Entre as árvores ouvia-se o canto dos pássaros. A encosta do leito do riacho estava coberta por uma densa mata de amores silvetres e bérberis, lugar perfeito para nidificar e encontrar alimento. Portanto, não era de estranhar que ali as aves abundassem. Trinavam obstinados os verdilhões, gorjeavam os pintarroxos e os papa-amoras, ressoava também a cada instante o sonoro pipiar dos tentilhões. "O tentilhão canta sempre que está prestes a chover", pensou Togata, olhando automaticamente para o céu. Não havia nenhuma nuvem. "Mas o tentilhão canta sempre que vai chover... Aliás, um pouco de chuva até que cairia bem."

O ponto em frente à entrada do vale era um local propício para o treino. Ali a paz reinava, o único som que permeava por ali era o dos animais, mas isso não incomodava o garoto, que apenas sentou em posição de lótus e visou a prática dos selos. Sim, ele permaneceu por lá, sentado, horas a fio, gesticulando com as mãos e criando selos complexos. — Isso é complicado. — pensou, inquieto. Os selos se formavam lentamente, e isso numa luta, poderia ser fatal. Ele sabia disso, mas não deixou de praticar pelo resto do dia, afinal, aquilo era necessário para sua evolução.

..

No dia seguinte, o garoto acordou com os raios de sol incidindo sob seu rosto, ele se sentia revigorado, e portanto, seguiu ao riacho para lavar o rosto e se banhar nas águas cristalinas. Novamente, forrou o estômago com pedaços de bolo que levara e um café, retornando ao treino em seguida. Com as mãos em posições, ele começou a tecer os selos necessários, entrelaçando os dedos, como numa melodia, mas inaudível. Seus selos já não eram tão lentos quanto outrora, aquilo já era uma significativa evolução para alguém que nunca treinara isso. De fato, ele era um prodígio.

Não tardou e o homem gradualmente se tornava cada vez mais perito naquela prática. Suas mãos, ainda lentas, já formavam selos um tanto quanto complexos para o nível no qual o garoto se encontrava. Contudo, ainda não se encontrava do jeito que ele queria, mas seu treino perpetuou, e por muito tempo.

..

Passou-se algumas horas, cinco ou seis, ele não sabia ao certo. Mas era visível que seu treino dera resultado - afinal, ficara por todo esse tempo sem interromper o treino - além dos selos já formarem-se sem muita demora, o suor que escorria de seu rosto e sua concentração absoluta no treino provava que o rapaz se dedicara 100% àquilo. Suas mãos já ligavam-se uma à outra, formando selos complexos; combinações "impossíveis", de forma ligeira, que desafiava a visão alheia de tão rápido que se formavam. Já livre do treino, o homem levantou-se e retornou a sua moradia, para descansar novamente.

1750, 2145.

1 selo, 1 gen.
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