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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
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Residência dos Terumi



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A casa dos Terumi é uma das poucas residências que permanecem inalteradas mesmo depois do ataque da Niibi, a rêsidencia é uma moradia composta por cinco divisões principais, na parte superior da casa existe um quarto mestre (Sendo este o maior da casa) que contém todos os pertences dos seus pais e que até ao dia de hoje permanece fechado, dois quartos de tamanhos identicos onde habitam Itsuki Terumi e Dante Terumi respectivamente, os quartos encontram-se em partes opostas do piso e por isso possuem perspectivas diferentes. O quarto de Itsuki tem vista para o descampado ao lado de sua casa onde os irmãos costumam treinar e o quarto de Dante tem vista para a pequena floresta onde o seu pai caçava, no piso superior existe também um banheiro de pequenas dimensões e um chuveiro.

No piso de baixo esta situado a sala de estar, local onde maior parte dos convidados são recebidos, uma humilde cozinha onde a família consume maior parte das refeições e um segundo banheiro de dimensões normais e com banheira. Neste andar existe também uma pequena arrecadação que é normalmente usada para guardar objectos que não estão em uso, inclusive alguns materiais de limpeza como baldes, vassouras e umas cadeiras extra.



INFORMAÇÕES IMPORTANTES:


Última edição por ideo em Sáb 7 Out - 19:59, editado 1 vez(es)
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Rough Reality: Part I


Chegando a casa após um longo dia de trabalho, treino e dedicação Itsuki entrava pela porta dentro com um entusiamo puro de criança, na sua mão vinha um pequeno papel totalmente plastificado, algo positivo visto que com a carga enorme de chuva que existia no exterior de sua casa e sendo Kirigakure no Sato um dos locais mais chuvosos de todo o mundo shinobi aquilo era mais que esperado algum tipo de resistência contra o tempo. Entrando pelas portas de madeira, atirando as suas botas num canto da entrada e correndo para o interior, Itsuki rapidamente encontrou o seu irmão mais velho Dante deitado sobre o sofá com um leve livro pousado sobre o rosto, a casa estava totalmente as escuras com excepção da televisão que iluminava uma pequena porção da sala, mais especificamente onde estava Dante e uma porção do chão, algo pouco insignificante mas que de certa forma causava um ambiente pesado e de certa forma mórbido considerando que numa casa tão grande estava apenas uma pessoa com as luzes apagadas como se estivesse a fugir ao mundo.

Dante! Dante trago óptimas noticias! - Gritou o jovem colocando o primeiro pé em casa.

— Que foi ikki? São quase nove da noite sua criatura de metro e meio.

Sabes muito bem que eu tenho muito mais de um metro e meio. Okay, “muito mais” talvez seja um exagero mas mesmo assim mostra um pouco de consideração pelo teu irmão mais novo.

— Certo, certo. Mas diz o que te trás tão feliz a casa. Acabaste uma missão rank D foi? - Questionou o irmão mais velho deitando-se novamente no sofá em frente da televisão com uma expressão cansada no rosto.

Dando passadas largas e de certa forma exageradas, Itsuki bloqueou a visão do seu irmão colocando-se entre ele e a televisão que ele tanto observar apesar de não darem nada de mais do que simples noticias e reportagens sobre o mau tempo que iria cobrir a aldeia nos próximos dias. Era pormenores que se repetiam quase todos os dias de todas as semanas, chuva em Kirigakure, bijuu descontrolada causa danos imensuráveis, o uso de armas ninjas por parte de pessoas inexperiente que nem sequer têm o rank de Gennin causam dois feridos entre outras coisas de igual ou de certa forma menor importância, tudo isso já tinha sido visto antes, sofrimento, dor e desilusões, o mundo não era um lugar feliz e isso era um facto tanto para ele como para qualquer outra que lidava com as tristes dificuldades que a rotina diária shinobi apresentava. Sem perder mais tempo Itsuki  limpou o comprovativo molhado pela água da chuva nas suas roupas e colocou-o em cima da cabeça de Dante com um sorriso no rosto e uma postura arrogante e superior, algo esperado do seu personagem e personalidade mas que por algum motivo não deixava de ser hilariante aos olhos do seu parente.

— O que é isto? Algum tipo de comprovativo?

Sim. Estas a falar com um dos mais recentes Iryō-nins da aldeia de Kirigakure.

— Como é que passaste? Nem eu passei e eu sou muito mais experiente. Deve haver algum tipo de engano aqui só pode.

Nenhum erro ai Onii-san. Agora vou puder ajudar outros tal igual como a mãe fazia. Não é ótimo?

A expressão de Dante que tinha passado de serena e feliz rapidamente virava mórbida e revoltada, colocando-se rapidamente de pé o moço amachucou o papel plastificado com a mão e foi em direcção a entrada para colocar o seu calçado, Itsuki não entendia bem o que se passava visto que aquela reacção era bastante diferente de como o seu irmão normalmente agia consigo independentemente do pouco tempo passado juntos.  Dante sempre foi calmo e bastante brincalhão e um postura era algo que o gennin nunca tinha visto antes, limitando-se a segui-lo pelas divisões da casa tentando restringir os seus movimentos mas acabando por ser empurrado, rejeitado e acima de tudo ignorado a cada tentativa, o jovem Terumi finalmente conseguiu ter a atenção do seu parente quando finalmente deu um berro no exterior de sua casa obrigando o mesmo a parar. Morando numa parte isolada da aldeia sem muito ou talvez seja melhor dizer sem nenhum tipo de população ali perto, era localização perfeita para puder gritar a vontade sem se preocupar em incomodar algum vizinho e acima de tudo a não ser julgado por eles. A chuva caia de forma intenso e o cabelo espetado de Dante caia sobre os seus olhos tapando parte do seu rosto, Itsuki que se tinha calçado a correr e que ainda estava molhado apenas olhava para o seu irmão em sinal de confusão sem saber o motivo para o fazer agir assim tão ferozmente.

D-Dante?! Mas que raio estas a fazer?

— Vou mandar cancelar isto. Tu não podes ser um Iryō-nin.

Como assim não posso? Eu já concluí o treino, devolve-me o papel. Para que tanto drama? Não consegues imaginar o bem que posso fazer? Posso ajudar os outros, posso alivar a dor e o sofrimento dos outros. Posso ser alguém importante… Posso ser com ela…

Itsuki tentava apelar a razão e mostrar a Dante que finalmente tinha deixado de ser aquela criança imprudente que mal sabia o que fazer na vida e finalmente se começava a tornar responsável, assumindo as suas acções e finalmente mostrando algum tipo de iniciativa. Ela deva alguns passos em frente, gesticulando em quanto fala com um sorriso no rosto visto que parte de si ainda julgava que tudo isto não passava de um mal-entendido e assim que ele conseguisse explicar o seu ponto de vista que tudo seria resolvido e que ambos pudessem voltar para o interior e colocar aquela experiência maluca atrás das costas como se nada tivesse passado. Pelo menos era isso o que planeava até que Dante finalmente quebrou o seu silêncio e expos como finalmente se sentia naquela situação.

— Um Iryō-nin é um cargo amaldiçoado. Tu és ingénuo, não sabes como o mundo funciona fora destas paredes.

Como assim “não sei como o mundo funciona” ? Dante, pessoas morrem! Não acredito que sejas tão retardado. Pessoas morrem mano. Pessoas estão sempre a morrer mas com isso, não… com esta habilidade eu posso evitar isto. Eu posso evitar as tristezas, eu posso evitar a dor e o sofrimento, eu posso evitar a solidão. Dante eu posso…

Dando mais alguns passos em frente encurtando a distância entre os dois irmãos, Itsuki compreendia o ódio do seu irmão mas também queria tentar mostrar ou no mínimo faze-lo entender que as coisas não tinham de ser iguais, havia a oportunidade de mudar, a oportunidade de fazer algo bom e a oportunidade de transformar aquela memória desagradável numa memória mais favorável. Itsuki ainda era demasiado pequeno quando a sua mãe morreu e talvez o facto lhe tinha pesado menos a ele do que a Dante que era crescido o suficiente para sentir o impacto das palavras que sem dúvida marcaram a sua infância de uma forma dolorosa e irrecuperável. No entanto tudo aquilo tinha sido em vão pois apenas servia para alimentar a fúria que Dante já sentia naquele momento e de repente interrompeu as palavras do seu irmão mais novo com um berro dominante que fez até o som da chuva parecer insignificante naquele simples momento.

— Não sabes de nada! Um Iryō-nin é uma função condenada. O ponto mais importante é o primeiro a morrer, o primeiro alvo a abater são eles, nós somos instruídos a derrota-los. Nós somos instruídos a mata-los! A mãe morreu porque ela era o ponto mais fraco, a mãe morreu porque tentou salvar casos perdidos, a mãe morreu porque ela era um deles. A mãe morreu porque era uma médica! E tu queres seguir o mesmo caminho!? QUERES CORRER PELO MUNDO TENTANDO SALVAR PESSOAS?! TENTANDO IMPEDIR UM FIM QUE TODOS TEREMOS UM DIA?! QUERES SEGUIR O SONHO IDIOTA QUE ELA DEU A VIDA PARA ALCANÇAR?! EU NÃO O VOU PERMITIR! TU NÃO PASSAS DE UMA CRIANÇA, AOS OLHOS DELES ISSO NÃO DIZ NADA MAS EU NÃO O VOU PERMITIR!

Dante…  Eu sou um shinobi, um ninja desta aldeia tal como tu. Eu sigo o meu próprio caminho tal como tu. Eu não preciso da tua ajuda, eu sei tomar conta de mim e não preciso que me digas o que posso eu não fazer.

— Não. Sabes que mais? Não! Eu recuso-me a ter esta conversa. Eu não vou perder mais ninguém. Eu vou cancelar essa porra agora mesmo.

Uma vez que não conseguia convence-lo a parar Itsuki reagiu de uma forma que ele próprio não soube explicar naquele momento e agarrou parte do papel plastificado que permanecia fora do punho de Dante, talvez por instinto ou talvez um acto de fúria, o irmão mais velho virou-se e aplicando um golpe com o braço lançou Itsuki ao chão alguns metros fazendo-o rebolar por aquela grama molhada. O gennin não sabia como reagir naquele momento visto que tinha sido apanhado de surpresa nem tendo tempo de simplesmente bloquear o golpe ou de no mínimo esquiva-lo, Dante por sua vez parecia indiferente como se nada fora do comum se estivesse a passar,
o papel plastificado caía ao chão e por momentos era esquecido, provavelmente tinha voado com o vento ou perdido no meio da relva,
o que importava agora não era aquele pequeno certificado de papel mas sim algo muito mais importante.


— É isso que tu queres!? Lutar?! Como é que queres ir para além desta aldeia se não és capaz de te defender?

Eu não quero lutar contigo… Mas se isso for o necessário para que o percebas, eu não hesitarei - Respondeu Itsuki erguendo-se do chão novamente e assumindo uma posição defensiva.

Colocando-se novamente de pé, Itsuki com um pontapé em salto usando a sua perna não-dominante de modo a conseguir manter o equilíbrio, Dante instantaneamente cerrava os punhos e bloqueava o golpe cruzando os braços como uma cruz suportando o impacto total do seu golpe sendo projectado meia dúzia de centímetros, Dante aproveitou para contra-atacar desferiu ferozmente um Jab de direita em direcção ao corpo do Terumi mas este conseguiu passar por baixo lançando-se ao chão sobre a grama molhada. Rolando para trás e colocando-se novamente em pé Itsuki aplicava um conjunto de golpes composto por dois socos de direita e terminando com um pontapé rotativo com a sua perna dominante em direção a cabeça do adversário, Itsuki apenas via Dante esquivar-se dos seus golpes indo de lado para lado e baixando-se levemente no preciso momento em que o pontapé vinha fazendo o mesmo apenas sacudir a poeira do seu cabelo. Todos aqueles grupos tinham sido praticados antes, era com ele que Itsuki treinava e melhorava as suas habilidades, era com ele que o gennin tentava novos truques e aprendia novos movimentos, de certa forma aquele combate parecia um treino informar do qual o jovem Terumi estava em plena desvantagem, tanto física como emocionalmente.

Não vendo avanços a nível de combate corpo-a-corpo, tanto Itsuki como Dante deram um salto atrás efectuando os selos a meio do ar e lançando dois ninjútsus elementais um contra o outro, Dante lança o primeiro jutsu que tinha aprendido com a sua mãe meses antes da sua morte o Katon: Gōkakyū no Jutsu e Itsuki respondia com o primeiro jutsu que alguma vez aprendeu, o mesmo jutsu que o seu pai lhe tinha ensinado que que o jovem passou dias para dominar perfeitamente, o Doton: Dochūbaku. A derrocada de pedras seguia em frente chocando contra a massiva bola de fogo e numa enorme explosão de poeira ambas as técnicas cancelavam-se uma a outra, quando a poeira assentou ambos os irmãos estavam de pé no entanto uma boa porção do terreno estava danificada e não parecia crescer tão rapidamente. Revoltado pelo facto de alguém mais novo que sempre seguiu as suas passadas estava a fazer-lhe frente sem grandes dificuldades, Dante decidiu aumentar a dificuldade e após um conjunto de selos que Itsuki não conseguiu identificar, cuspiu uma bola de lava derretida que avançava em arco em direcção ao gennin.

Mantendo uma postura firme colocando a sua perna dominante a frente, Itsuki enviou uma grande quantidade de chakra para a palma da sua mão direita e sem pensar duas vezes cerrou o seu punho depositando nele todas as suas mágoas e frustrações. Num dos talvez actos mais estúpidos que alguma vez fez na sua vida, o gennin mobilizou o peso do seu corpo naquele ataque e golpeou com todas as suas forças aquela bola de lava e pedra derretida despedaçando-a por completando fazendo vestígios dela voltarem para trás em direcção a Dante no entanto sem nada o atingir directamente. O combate terminou instantaneamente após o golpe do gennin, vapor sair do seu punho como se tivesse acabado de sair de um vulcão activo, os seus pés estavam alguns centímetros enterrados no solo mas acima de tudo a expressão de ódio que Dante tinha no rosto finalmente tinha mudado e cessado pro completo.


— Ikki…

Eu já não sou nenhuma criança. Eu não preciso que tomes conta de mim. A mãe morreu lutando por aquilo que acreditava… Se algum dia tiver que passar por isso, é sinal de que pela primeira vez fiz algo de bom com a minha vida.

— A tua mão…. Eu não queria…

Olhando para o vapor que saía da sua mão direita, acompanhada pelas pequenas gostas de sangue que caiam sob a grama abaixo envolvidas pelas gotas da chuva deixavam-no temporariamente sem palavras, a adrenalina naquele momento era tanta que o jovem gennin sentia-se anestesiado a dor, com a excepção de que lhe custavam imenso a mover os dedos, queimaduras semelhante a primeiro ou a segundo grau dominavam os nós dos dedos mas fora isso a coisa que lhe custava mais era a expressão de horror que pairava o rosto do seu irmão. Nem a chuva que caia naquele momento era o suficiente para esconder o sofrimento que ele tinha pelas suas acções, Itsuki rapidamente recuperava a noção dos seus arredores e dando meia volta cerrou o punho voltando para o seu interior, Dante ainda deu alguns passos para tentar acompanhar o seu irmão mais novo mas Itsuki apenas entrava em casa e subia as escadas lentamente em direcção ao seu quarto. O silêncio finalmente dominava o local após o conflito entre irmão e o som dos trovões finalmente se ouvia no horizonte, as únicas palavras que foram ouvidas antes do jovem Terumi fechar a porta do seu quarto foram as seguintes:

Não te preocupes com isso, não é nada que “eu” não possa resolver.


HP:325    CHKR:200
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Rough Reality: Part II


Fazendo agora uma semana deste a discussão desagradável que tinha tido com o seu irmão mais velho que por coincidência era uma das poucas pessoas que ainda tinha na sua família, as coisas em casa estavam meio tensas visto que o silêncio avassalador pela ausência das pessoas era agora acompanhado por um silêncio forçado quando realmente haviam pessoas em casa. Faltavam cerca de duas semanas para o inicio do exame chunnin anunciado pela Mizukage que seria realizado na aldeia de Kumogakure no Sato, talvez fosse uma tentativa de paz ou apenas uma forma de analisar o potencial e perigo que as aldeias tinham entre si, lá existiram vários membros de outras aldeias com exepção de Sunagakure no Sato que tinha sido recentemente destruída pela bijuu Gobi de forma semelhante ao da bijuu Niibi, algo que reforçou a ideia que Itsuki tinha sempre que mencionavam que a névoa estava com sorte de os danos não terem sido muito piores do que muitos dos habitantes reclamavam durante a reconstrução da vila. Para Itsuki pouco tinha mudado, ele tinha acabado o seu treino como Iryõ-nins e agora apenas fazia breves aulas para aprender alguns jutsus e  técnicas ninja sobre o ofício, tendo em conta que muitas delas envolviam um grande controlo de chaka e um ainda maior nível de concentração, o Terumi acabava vários dias por sair de manhã cedo, muitas vezes ao nascer do sol e regressando no final da noite completamente exausto sem sequer a capacidade de jantar em condições antes de adormecer em várias partes da casa, sendo infelizmente maior parte delas o sofá de sua casa.

Hoje era mais um desses dias,o Terumi voltava a casa após ter dominado o Shōsen Jutsu, o gennin era acompanhado pela bruta presença da chuva e a imperdoável descida de temperatura, havia dias em que o clima era tão mau que o jovem via-se incapaz de utilizar técnicas de elemento katon, uma coincidência engraçada visto que na altura Itsuki não sabia nada mais do que a tradicional bola de fogo que maior parte do universo shinobi já conhecia. Chegando as portas de sua casa, o gennin ficou feliz pelo pequeno resguardo lhe proteger da chuva tempo suficiente para encontrar as chaves, era verdade que maior parte da sua roupa era impermeável em algum aspecto, algo que facilitava imenso a luta contra o mau tempo no entanto havia zonas como a cabeça e as mãos no qual o jovem não tinha forma de escapar ao árduo clima, por azar a sua ligadura era sempre a coisa que mais ficava afectada obrigando a Itsuki troca-la várias vezes ao dia ou simplesmente a cada vez que se dirigia ao exterior e estava a chover visto que não havia nada pior do que a sensação de pele queimada, acompanhada de uma camada húmida e desconfortável por cima. Ao abrir a porta, o Terumi teve a surpresa de encontrar o seu irmão sobre entrada de costas encostadas a parede e braços cruzados, ele mantinha os olhos fechados e as luzes apagadas deixando que a pouca luminosidade que ainda existia no exterior guia-se o caminho dentro de casa.


— Boa noite.

— Só se for para ti, o tempo lá fora esta péssimo e eu estou encharcado.  

— Compreendo...Ikki, acho que nós precisamos de falar.

— Não tenho muita disposição para dialogo, estou cansado. Esta um frio infernal lá fora e eu apenas quero tomar um banho antes de ir dormir.  - respondeu o gennin evitando contacto visual enquanto se descalçava na entrada.

— Acredito que não mas tendo em conta que a quantidade de familiares que temos é reduzida. Um simples dialogo é de certa forma uma necessidade.

Dante limitava-se a abrir os olhos e observar o seu irmão mais novo enquanto este despia grande parte da roupa molhada na entrada tendo atenção e colocar a fita que a sua mãe lhe deu no dia em que se graduou a parte para que pudesse ser lavada individualmente quando tivesse tempo ou disposição visto que o gennin não sairia tão cedo de casa nestes últimos dias, especialmente com o mau tempo, falta de amigos, ferimentos e falta de disposição. O silêncio mais suma vez dominou a casa deixando que o som da chuva a bater na janela fosse o único som de fundo forte o suficiente para disfarçar o respirar de ambos os irmãos antes de Dante quebrar a calmaria com mais uma pergunta esforça na tentativa de formar um dialogo.

— Como é que esta a tua mão...?

Da mesma forma que esta a tua consciência. Ferida mas em recuperação.

— Tu sabes muito bem que não te queria magoar. Eu pensei que ias desviar, eu pensei que... Para dizer a verdade nem sei o que pensei mas de certeza que foi menos retardado que tentar socar lava.

Então retardado deve ser genético visto que atirar lava para cima de familiares quando se esta frustrado parece um pouco fora do comum.

Um comentário algo bruto e despropositado fez o seu irmão desviar o olhar  e permanecer de costas para o gennin, os seus braços cruzados agora estavam caídos de forma paralela ao corpo quase sem reação, a sua expressão tinha mudado de um simples calmo e indiferente para uma mórbida e cheia de remorsos ao ponto de não se ouvir a sua respiração. Itsuki que já tinha acabado de remover a sua roupa molhada e estava naquele momento descalço portanto nada mais que a sua roupa interior e uma simples t-shirt preta, pega nas suas roupas e caminhava em direção ao estendal após colocar algumas molas no seu boxer de modo a ser mais fácil transporta-las visto que tinha as mãos ocupadas e num tom sarcástico enquanto estendia a sua roupa quebrou o silêncio.

Mas eu vou dar-te a tua ilusão de "família feliz" para que possas deixar-me ir dormir. Como foi o teu dia irmão? Fizeste algo de bom para o jantar? O trabalho foi bom?

— Para...

Como é que estão as missões? Finalmente arranjaste uma namorada ou vais ficar-te pelas revistas e magazines que tens debaixo da cama?

— Importas-te de parar?! Eu já sei que errei, estou a tentar resolver as coisas mas tu pareces uma criança! Como é que alguém tão esperto consegue ser tão infantil?

A elevação no tom de voz do seu irmão foi acompanhado por um trovão do lado de fora da casa, estando agora frente a frente enquanto o gennin acabava de estender as suas coisas e atirava as molas não utilizadas para o cesto onde elas estavam originalmente, Itsuki conseguia notar o arrependimento evidente nos olhos do seu irmão, ele nunca foi muito bom a avaliar emoções logo não conseguia notar se aquela demonstração era sentida ou apenas uma forma idiota de tentar reconciliar as coisas como já tinha visto o seu irmão fazer no passado.

— Lamento, não quis gritar e piorar a situação.. - comentou Dante colocando uma mão sobre a cabeça

Não, não. Isso é ótimo. Quanto mais depressa acabares mais rápido consigo ir dormir. Deita tudo cá para fora.

Saindo da cozinha e caminhando em direção a entrada para ver se não se tinha esquecido de nada como por exemplo de uma meia perdida ou de alguma coisa importante que lhe tivesse caído do bolso, assim como também aproveitava para passar com um pano na entrada visto que as suas botas estavam encharcadas e cobertas de terra e lama, Itsuki era seguido por Dante a uma distância de um a três metros, que insistia em continuar a conversa num tom trivial e indiferente.

— Eu fui promovido a Jounin... Tive a minha primeira missão hoje.

Parabéns, esfregar o sucesso na cara dos outros é uma ótima forma de resolver situações.

— Eu quase ia morrendo se não fosse. Um colega meu.

Ao ouvir aquelas palavras, Itsuki parou por completo permanecendo de costas para o seu irmão, ele estava chocado pelo facto de uma coisa tão importante não ter sido o ponto principal da conversa, se as coisas tivessem corrido pior, os dois provavelmente nem estariam a ter aquela conversa porém a coisa que mais lhe chocava não era o facto de Dante ter esperado tanto tempo para lhe contar, mas sim o facto de ele lidar com a situação tão levemente. Da última vez que falar os dois quase se mataram um ao outro por causa dos simples riscos de uma profissão e agora que uma notícia tão séria como a sua possível morte chegava aos ouvidos, ele parecia estar estupidamente conformado com o facto ao ponto de falar com o seu irmão mais novo como se fosse mais um comum acontecimento, especialmente depois do sofrimento que ambos passaram.

— É engraçado que só quando estamos quase a morrer é que nos apercebemos dos nossos erros. Não te vou perturbar mais, deves estar cansado e não te quero chatear com desculpas e perdões mas quero que saibas que estou orgulhoso de ti maninho. Se a mãe estivesse aqui, ela também estaria...

Num momento estranho que Itsuki não conseguia explicar, o gennin foi deixado em paz após uma simples passagem da mão do seu irmão mais velho sobre o seu cabelo molhado, um pequena lágrima escorreu sobre o rosto do jovem até que finalmente parou no seu queixo antes de cair no chão. Não era um sinal de tristeza porém também era um sinal de felicidade visto que a memória de ter alguém importante que morreu era algo que não deixaria ninguém indiferente, especialmente para idade que ambos tinham na altura quando tudo se sucedeu, ouvindo os passos de Dante subir as escadas e momentos depois fechar a porta fizeram o gennin reflectir um pouco sobre as suas palavras, talvez tivesse sido um pouco duro demais, talvez não tivesse sido assertivo o suficiente, era um pouco complicado tentar descrever a sensação que tinha no momento porém a coisas mais próxima que conseguia comparar era o sentimento de culpa ou empatia, sentir-se mal pelo facto de outra pessoa estar a sofrer, uma sensação estranha que o gennin ainda não sabia muito bem como lidar. Voltando para a cozinha, Itsuki pegou numa peça de fruta antes de se dirigir para o seu quarto, com a chegada do exame chunnin, o Terumi teria que começar a treinar em breve, especialmente porque não sabia o que iria encontrar fora das paredes da aldeia oculta na névoa, porém parte de si tinha quase a certeza que fácil seria tudo menos aquilo que se deveria esperar de um desafio daquela escala.


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Rough Reality: Part III


Chegando a casa após mais um longo dia de trabalho visto que o trabalho como assistente estava muito mais burocrático do que tinha julgado, parte do seu rabo ainda estava dormente de tanto tempo sentando carimbando registos oficiais que diziam praticamente o mesmo especialmente porque depois de uma semana e meia de trabalho a dificuldade maior era sem dúvida nenhuma passar as autorizações da Mizukage antiga para a mais recente, a nova Mizukage Crush era muito mais reservada do que o jovem Terumi tinha imaginado inicialmente., ela era muito mais isolada e silenciosa mas por algum motivo bastante complicado de explicar, cada vez que ela olhava para alguém os olhos pareciam perfurar a roupa da pessoa em questão e olhar directamente para a alma do individuo, sempre que ela tinha que falar com o semi-chunin Itsuki fazia de tudo para evitar contacto directo e limitava-se a manter os olhos no chão em presos em algum tipo de papelada na qual estivesse perto de si.

— Boa tarde, rapaz importante. Parabéns pela promoção, quis te felicitar no próprio dia mas não te vi a entrar.

— Eu entrei pela janela porque esqueci-me das chaves no gabinete e estava a chover e não queria voltar para trás...  

— Qualquer das formas parabéns. Pelos vistos me superaste a nível de graduação.

— Para todos os efeitos eu continuo um chunin, pelos vistos secretário não é um rank e sem contar com o salário e um banco confortável o resto não é muito diferente.

Dante limitava-se a abrir os olhos e observar o seu irmão mais novo enquanto este despia grande parte da roupa molhada na entrada tendo atenção e colocar a fita que a sua mãe lhe deu no dia em que se graduou a parte para que pudesse ser lavada individualmente quando tivesse tempo ou disposição visto que o gennin não sairia tão cedo de casa nestes últimos dias, especialmente com o mau tempo, falta de amigos, ferimentos e falta de disposição. O silêncio mais suma vez dominou a casa deixando que o som da chuva a bater na janela fosse o único som de fundo forte o suficiente para disfarçar o respirar de ambos os irmãos antes de Dante quebrar a calmaria com mais uma pergunta esforça na tentativa de formar um dialogo.

— Bem eu sei que isto é um assunto delicado mas... Como é que esta a tua mão...?

A minha resposta da ultima vez foi:  "Da mesma forma que esta a tua consciência. Ferida mas em recuperação".

— Sem a grande quantidade de sarcasmo por favor.

Honestamente ela curou a bastante tempo mas eu gosto de manter as ligaduras, dá um certo estilo e ajuda a manter as memórias

— Bem, o que importa é que as coisas estão melhores.

Com um comentário algo despropositado ambos foram para a cozinha para aproveitarem o tempo de conversa  e arrumar um pouco a casa que apesar de tudo ainda estava na responsabilidade de ambos, mesmo sem o seu pai estar presente, havia um monte de loiça para lavar, restos de comida encomendada para deitar fora visto que já estava estragada, um chão para varrer e acima de tudo coisas a arrumar no frigorífico. Enquanto arrumavam Itsuki tentava surpreender o seu irmão mais velho com alguns conhecimentos que tinha adquirido recentemente com a sua promoção e treino shinobi, algo que até ele próprio tinha duvido que existia até que viu pessoalmente.

Uma novidade, sabias que dá para usar elementos sem qualquer jutsu, selo de mão ou técnica?

— Não..? Honestamente eu já vi o pai fazer isso mas pensei que era algum jutsu de selo singular. Tu sabes que ele é uma das poucas pessoas que consegue usar selos com uma mão.

Eu também conhecia uma garota com uma habilidade semelhante. Ela parecia boa pessoa mas pelos vistos tinha a habilidade de transformar as coisas em picolé.

— Não é das coisas mais normais que já ouvi mas não duvido. Para ser sincero pessoas normais não deviam ser capazes de cuspir fogo pela boca mas isso é o último dos meus problemas.

Com a continuidade da conversa e após arrumar alguns pratos, varrer o chão e outras organizações que eram necessárias visto que era raro ambos estarem a casa e acima de tudo com tempo ou disposição suficiente para arrumar o que quer que fosse, um dos maiores dilemas era o balde do lixo que estava cheio de restos de comida e apesar do tempo adverso havia sempre uma quantidade irritante de mosquitos circulando o espaço área da cozinha. Assim que tudo foi tratado ambos voltaram para o hall de entrada apagando a luz da cozinha na saída visto que apesar de todas as promoções o dinheiro não vinha directamente das árvores.

— Bem vamos comer alguma coisa fora. Agora que tens um salário de Lord Feudal, tens que pelo menos pagar uma refeição ao teu irmão mais velho. - comentou Dante cruzando os braços com um sorriso arrogante no rosto

Bem já calculava que chegaria a esse ponto. Deixa-me ir buscar as chavés para não ter que entrar pela janela.

Coçando a parte de trás da sua cabeça e bocejando lentamente, Itsuki subia as escadas e ia em direção ao seu quarto para ir buscar as suas chaves antes de sair, tendo em conta que já tinha entrado pela janela duas noites seguidas, o Terumi faria questão de não ter de repetir o processo, especialmente porque o telhado da sua casa era escorregadio e nenhuma habilidade ninja iria lhe permitir derrotar as forças da mãe natureza e a sua grande quantidade de azar. Assim que tivesse concluído restava-lhe voltar a descer e sair com o seu irmão mais velho para o centro da vila para jantar alguma coisa, algo que tivesse carne e uma quantidade reduzida de vegetais visto que isso era a coisa que mais detestava de ver no prato, fora isso o maior dilema seria arranjar um bom local onde comer que fosse de agrado dos dois.


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Day Off

Mais uma noite passava de forma quase instantânea, no conforto da sua casa e no doce embalo da sua cama Itsuki limitava-se a olhar para o tecto tentando adormecer, o som do exterior era insignificante e quase inexistente algo que o deixava bastante relaxado como se todo o mundo estive em paz, mesmo depois dos acidentes que quase devastaram a vila. O gennin planeava o que fazer da vida, considerava a sua rotina e acima de tudo durante mais quanto tempo teria aquela vida monótona de acordar, comer, trabalhar e voltar para casa no final do dia. Quando entrou para a academia ninja pela primeira vez ele julgava que iria explorar várias terras e aprender técnicas poderosas, no entanto as coisas tinham se tornado mais independentes do que julgaram, as saídas eram controladas por motivos de "segurança" e ironicamente era complicados aprender novas técnicas num local rodeado por água especialmente quando uma das suas naturezas elementais era o katon.

Observando o relógio na sua visão periférica e contando as poucas horas de sono que ainda lhe restavam, Itsuki decidiu fechar os olhos e esperar que eventualmente adormece-se, pouco por pouco ele acabava por se desligar do mundo até que eventualmente ele apagou. Graças a uma janela mal fechada, um dos poucos raios de sol que passavam pela aldeia naquele dia nublado chocavam contra o seu rosto como se fosse um despertador natural e de certa forma impossível de apagar. Levantando-se da cama de forma lenta e desajeitada, Itsuki levava o seu cobertor e arrastava-o pela casa averiguando se estava tudo no sitio, começando com uma pequena paragem no banheiro publico o gennin acabava por efectuar a sua higiene diária.

Sem nada para fazer e ainda sendo tão cedo, Itsuki voltou para a cama para tentar dormir mais algumas horinhas antes de ter que se preparar para sair, passando pela cozinha para roubar algumas bolachas Itsuki voltava em direcção ao quarto quando de repente um leve bater fez-se soar na sua porta. O gennin parou instintivamente e olhou para a porta, ele não sabia quem estava do outro lado visto que ainda era cedo mas parte de si julgava que era Dante que se tinha esquecido de alguma coisa importante para a sua missão.


— Esqueceste-te do que? - perguntou o Chunin cobrindo a cabeça com o coberto protegendo-se do frio que vinha do exterior da porta.

— Não me esqueci de nada não. Lembra-te apenas de encomendar o jantar cedo, devido ao mau tempo muitas das lojas vão encerrar mais cedo, eu provavelmente não chegarei a tempo de jantar mas não quero que passes a noite sem comer.

— Sim, eu depois trato disso agora vai lá e deixa-me dormir.

Voltando para o quente da sua casa e após trancar a porta com a saída de Dante, Itsuki começava a arrumar as coisas a volta da casa, praticamente um monte de tarefas rotineiras, colocar a roupa suja e espalhada pela casa para lavar, apanhar as garrafas e resto de embalagens de comida e por fim deita-los fora, passar um pano molhado sobre superfícies peganhentas ou com vestígios de comida uma vez que alguns desses vestígios começam a atrair mosquitos, formigas e outros insectos dos quais Terumi não era muito familiar ou apreciador.

[Original]— Boas, companheiro. Como estas?

[Clone]— Solido como um pedregulho. - comentou a replica fazendo uma piada lastimável sobre pedras. - É raro ser invocado em casa, é alguma ocasião especial?

[Original]— Tarefas diversas, gostaria de limpar a casa, reler alguns livros e treinar lá fora.

O clone ao ouvir as palavras do Terumi original, dá alguns passos em direcção a um rochedo ali perto, uma rocha que foi ali plantada por algum usuário de Doton e mais tarde esquecida ali talvez por conveniência ou por não ter nenhuma técnica para remove-la, o clone aplicou um leve soco e numa enorme explosão de poeira desfez a rocha como se nada fosse. Realmente era uma evolução considerável tendo em conta que a cerca de um ano atrás o Terumi tinha como obstáculo e rival principal a sua cama pois sair dela era um autentico desafio, mas hoje em dia ele estava mais confiante das suas capacidades mas acima de tudo pois ele sentia-se muito mais apto para prosseguir na sua carreira ninja, ele já não era totalmente dependente da sua habilidade genética para resolver as suas situações, ele tinha adquirido novas competências como Iryõ-nin, as suas habilidades físicas tinham drasticamente aumentando e apesar de continuar sem saber nada sobre genjutsu e ter zero interesse nessa área, o jovem tinha conseguido habilidades suficientes para conseguir combatê-las melhor.

[Clone]— Sempre vais optar por aquela especialização em ninjutsu? Olha que desde a última vez que tocamos neste assunto o teu taijutsu melhor bastante, muito mais do que o simples quebramento de rochas de forma rudimentar.

[Original]— Estou seriamente a considerar o inverso visto que o progresso com o taijutsu tem sido cada vez mais do que eu julgava, até mesmo a resistência física aumentou ligeiramente.

Afastando-se da rocha derrotada, o clone voltou para junto do original de braços cruzados ouvindo a explicação, ambos afastaram-se um pouco para não serem responsabilidades pela enorme destruição de uma pequena parte do campo de batalha. Indo debaixo da árvore onde tinha estudado maior parte das suas técnicas shinobi, o historial do mundo e acima de tudo como é que ele funcionava visto que de trás daquela força bruta e habilidade genética destruidora, o Terumi tinha dois dedos de testa e era até bastante inteligente de vez em quando, nem que por vezes passasse a ideia de que Itsuki não era nada mais de que um adolescente sarcástico e irónico que não sabia nada mais do que fazer pouco das pessoas e rir de tudo o que lhe diziam como se fosse ligeiramente superior aos outros. Com tudo arrumado e desfazendo o suposto jutsu de clonagem, o Terumi ia agora em direção ao centro da ideia para comprar alguma coisa para o jantar visto que de acordo com as informações que Dante lhe havia mencionado, o clima iria piorar em breve e o Terumi tinha zero vontade de andar mais um dia debaixo da chuva para pegar uma constipação.


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Filler

Com mais um dia passado, Itsuki ocupava grande parte da sua manhã passeando pela vila de Kirigakure, tendo em conta que maior parte do clima era constituído por chuva, neve e quantidades absurdas de nevoeiro era finalmente agradável ver um dia onde as pessoas podiam realmente andar na rua de forma normal e comum. Com um dia nublado mas com a consciência de que o sol estava parcialmente atrás, o Terumi caminhava pelas ruas da sua cidade apreciando os pequenos negócios  que predominavam a vila, desde vendedores de ruas a vender doces, fritos e até mesmo itens não consumíveis como por exemplo carteiras, acessórios  entre outras coisas que o chunnin preferiu não prestar muita atenção pois não tinha dinheiro suficiente para gastar com coisas inúteis e sem fundamento. Era um pouco cedo demais para fazer algo de importante e com a heróica folga atribuída pela Mizukage devido aos mais recentes acontecimentos nas missões efectuadas pelo Terumi, seja qual fosse a tarefa ou actividade que fosse fazer o resto do dia de certeza que seria algo parcialmente ou até mesmo completamente inútil com a simples função de passar o tempo e talvez quem saiba comprar algo útil numa das lojas da aldeia.

Parando no centro da aldeia e tomando um lugar num dos bancos comuns que estavam pelo local espalhados, o Chunnin apreciava a sua terra natal e o estranho clima que por ela predominava, depois de tantos acontecimentos estranhos que tinham sido relatados na aldeia desde invasões por parte de outras aldeias, criaturas monstruosas que tinha essencialmente quebrado tudo e mais alguma coisa que havia nas periferias da aldeia e até mesmo grupo de ninjas renegados que de alguma forma entraram pela aldeia sem nenhum tipo de defesa reparar e até tinham raptados alguns membros, realmente acontecimentos infelizes mas que de certeza seriam menos frequentes com a chegada da nova Mizukage, ou pelo menos era isso que o Terumi achava tendo em conta que por algum motivo as coisas melhoraram ou ele achou que elas melhoraram. Maior parte das reparações já tinham sido feitas e outras ainda estavam em progresso, práticamente tudo o que era dano estrutural tinha sido arranjado e restabelecido mas a nível estetico ainda havia muita coisa para arranjar visto que maior parte das decorações naturais ou flora demorariam a nascer com o mau tempo e tudo a nível de tinta nem tudo secava na melhor forma devido a humidade


— Em breve voltará tudo ao normal. Nesta vila não há nada de muito normal mas pelo menos dentro do padrão aceitável para a aldeia.

Após uns bons minutos contemplando os arredores, Itsuki acabou por se levantar e continuar o percurso pela aldeia dirigindo-se agora em direção a sua antiga academia, visto que não podia continuar naquele lugar o resto do dia, especialmente porque o banco era de cimento e o seu rabo estava a ficar ligeiramente frio, o Terumi iniciou o seu percurso rumo a academia de treino ninja da aldeia de Kirigakure no Sato, ele não tinha passado lá muito tempo, ele nunca foi nenhum prodígio a nível de ensinamentos e sempre ficou orgulho por se manter na média da multidão logo não havia nada que lhe fizesse questionar a sua decisão de fazer uma pequena visita ao seu passado nostálgico visto que não tinha nada de jeito para fazer. Alguns minutos depois de caminhada, um caminho que não era muito longo mas de certa forma nada de importante visto que que qualquer habitante de Kirigakure sabia como chegar lá sem problemas, Itsuki tinha breves recordações sobre os seus momentos de gennin e estudante de academia, correr para fugir da chuva, testes longos e demorados mas fora isso não havia muita coisa que ele pudesse fazer visto que parte dele não queria voltar a entrar naquele lugar nem que fosse pago para o fazer.

— Abençoadas sejam as pobres almas que tenham que frequentar este local na sua vida. A vossa sorte e talvez a mesma que a minha é que não dura para sempre.

Sem motivo para continuar naquele perturbante local, Itsuki deu meia volta e de forma imediata continuou o seu percurso pelas periferias das aldeia voltando de volta para casa visto que o bom e amável clima não parecia durar para sempre, o Terumi bocejava de leve espreguiçando-se pelo caminho andando a um ritmo calmo e moderado visto que parte de si começava a questionar-se o que iria comer para o jantar, tendo em conta que existia ainda resto de bolos em casa logo o essencial seria levar algo salgado pelo caminho. Como haviam bastantes restaurantes no centro da aldeia e como havia uma variedade de opções desde o típico ramen e restaurante, a carnes de porco ou até mesmo algum tipo de peixe,  o Terumi estava ligeiramente intrigado em pegar pelo menos um de cada e levar para casa e apenas colocar no frigorífico para que se pudesse comer nos outros dias, como o mau clima era algo que infelizmente tornava uma saída de casa algo perigoso ou literalmente uma pesadelo por isso quanto menor for a necessidade de sair de casa melhor era para si.

Itsuki não era muito fã de peixes logo o essencial seria chegar num restaurante ou estabelecimento que vendesse comida para fora, escolheria os pratos de carne e diversos com grande atenção visto que seria praticamente ele a única pessoa a come-los e quando fosse para um local onde tivesse que comer peixe, o chunnin iria optar por sugestões de pratos mais escolhidos ou bem vendidos, tendo em conta que se tratava de algo que não comia com muita frequência, talvez fosse ideal não ser forreta e escolher algo decente. Assim que tivesse tudo o que precisa a nível de alimentação e tendo em conta que não se podia dar ao luxo de gastar todo o dinheiro em comida, algo que de certa forma não parecia algo incorrecto visto que havia coisas bastante saborosas naquele local, o Terumi regressaria a casa a um passo apressado na esperança que encontra-se Dante em casa para uma refeição em família.


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