[IAIDO]

A água jorrada pela cachoeira terminava em um grande riacho, envolto em pedregulhos gigantes e pouco escorregadios os quais eram perfeitos para meditar. O coaxar dos sapos e o cantarolar dos pássaros trazia ao rapaz uma certa sensação de paz, o que o fez sentar com as pernas cruzadas, tocando ambos os punhos fechados e as mãos viradas para cima de forma a meditar.

Era cedo, por volta das cinco horas da manhã e o tempo estava escuro. Em poucos minutos o sol surgiria e iluminaria tudo naquele recinto, mas para o homem, aquele era definitivamente o melhor horário para meditação. Em seu colo uma Katana de madeira adquirida por meios desconhecidos. Ponderava sobre suas habilidades no domínio da espada e imaginou se seria capaz de evoluí-las a um novo patamar.

Havia a antiga arte somente dominada pelos samurais mais poderosos: o Iai. Uma arte suave de assassinato e aplicação de punições onde o executar procurava ser rápido e preciso em seus movimentos com a espada, sendo até mesmo capaz de um feito tão absurdo e útil em batalha quanto parar selos de mão antes desses serem terminados. O mestre do combate levantou-se e tomou para si a espada de madeira.

Seus olhos permaneciam cinzentos como uma forma de dominar verdadeiramente a arte, sem trapaças. Iniciou o treinamento através de movimentos suaves e calmos, pois seu objetivo inicial era nada mais nada menos do que alcançar o ponto de calmaria perfeita de um guerreiro. Avançou portanto para a velocidade, guardando e trazendo de volta sua lâmina várias e várias vezes, de maneiras diferentes ou iguais, de forma a dominar e aumentar a velocidade com que sacava a arma. Por fim, juntou ambas as distintas etapas do treinamento, executando golpes leves e rápidos ao mesmo tempo em que sacava sua lâmina. Sua precisão era impecável graças a perícia em Kenjutsu e após várias tentativas, ele deu como concluído o treinamento.

[CHAKRA ENHANCED STRENGHT]

E os ventos sopraram no pedregulho que se encontrava.

Queria que a brisa não lhe trouxesse incômodo algum, que tocasse seu corpo e lembrasse um pano fino sobre o torso. O frio que assolou seus músculos não lhe prejudicava, afinal, mudanças climáticos não eram nada demais para o jovem. Contudo, o fenômeno lhe atrapalhava, e isto sim, lhe afligia. O que ele fazia ali era a rotina que sempre seguia, que exigia, no entanto, uma concentração tamanha. O olhar fixado era prova disso.

A postura disciplinada era o esperado de qualquer praticante de artes marciais; um semblante inabalável de veemência que o tornava rígido e ao mesmo tempo flexível. Sua respiração era vívida, porém inaudível, de modo que sua figura era remanescente à de uma escultura. Um pouco agachado e com as costas retas, sua visão encontrava-se perdida no horizonte, com um único intuito em mente: socar.

Ele socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou. Certas vezes ele comeu. E socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou. Também descansou. E socou, e socou, e socou, e socou, e socou, e socou ainda mais.

Cada golpe era, ao que tudo indicava, igual. Seus punhos surravam o ar e maltratavam o vento, carregando consigo uma força descomunal, natural de Kaito. Avassaladores, capazes de enviar pequenas ondas de vento com o mero movimento. Também rápidos, as vezes mais velozes do que os olhos podiam ver, indo mais além à medida que os membros se acostumavam com a adrenalina e a função do treinamento. Não obstante, ainda eram socos corriqueiros, que qualquer um era capaz de proferir.

Mas com o passar do tempo nem isso eram.

Dos dedos até o pulso, soou uma energia incolor aos olhos nus. De origem vitalícia, própria para alguém do calibre do rapaz. Exigia um controle exemplar, mas ainda não dominado. E em um instante, logo após aquele pequeno ritual, o vento se tornou brutal. Tornou a socar, só que mais intensamente. E cada golpe trazia uma tormenta diferente, uma pressão aérea que fazia os pássaros voarem, os lagartos se esconderem e as hienas baterem em retirada. E iam além, evoluindo mais e mais com cada um. Desconhece-se quanto tempo ele passou fazendo aquilo, mas ao final, nenhuma espada podia se equiparar ao mero peteleco do Uzumaki.

Satisfeito, ele partiu.

Kaito: 950/950 1315/1315 00/10
Saiken: 3500/3500

Considerações:

Itens e afins:

importante:

[KAJUGAN]

Mais uma vez, lá estava ele, sozinho na colina de espadas. Seus olhos se encontravam fechados, imerso em uma espiral de pensamentos que datavam de sua visita à biblioteca do vilarejo. Kaito suspirou, não havia motivos para procrastinar mais ainda o que precisava ser feito. Dito isto, ele listou as informações que havia guardado em sua cabeça antes de começar. Primeiro, uma técnica do elemento da Terra que o permitiria aumentar a gravidade local de um algo, ao fim de torná-lo mais pesado. Simples, se o perguntassem.

Tomou para si um objeto qualquer; uma pedra, uma kunai, qualquer coisa serviria. Segurando o dito cujo, seu chakra passou a fluir, mas não em prol de reforçar, e sim influenciar. As habilidades do rapaz em manipular seu chakra eram extraordinárias, ao ponto que alterar as propriedades deste não eram nada demais. O processo era um pouco complicado, apesar disto, precisava emular um método de aumentar o campo gravitacional que afetava a rocha, e o modo com que viu foi, em primeiro lugar, forçar uma enorme quantidade de energia, para reforçar os efeitos que precisava ter. Depois, foi aprimorando a teoria até que conseguisse exercer o que queria. Ao final, foi adiante.


[KEIJUGAN]

A próxima técnica era uma antítese da de outrora. Ao invés de aumentar a gravidade de algo, seu objetivo agora seria diminuí-la. Jogou para o lado a pedra — agora mais pesada — e sacou para si outra do mesmo tamanho. Mesmo que fossem diferentes, imaginou Kaito que a teoria por trás de suas funcionalidades fossem, essencialmente, a mesma coisa. Já sabendo como usufruir das propriedades novas, fazer o oposto levaria muito menos tempo que antes.

Novamente, a energia que tudo circundava passou a se mesclar com o detrito que repousava na palma da mão. O jovem balançou o pedregulho de cima para baixo, para que pudesse notar qualquer diferença em seu peso. Repetiu, apesar de não inteiramente, o que aprendera antes. O emprego de chakra, que gradativamente mudava suas propriedades para algo que pudesse mudar até mesmo as leis da física que afetavam algo. Ao fim, pegou as duas pedras e as arremessou, para ver qual chegaria em determinado ponto em menos tempo. A diferença era clara; havia tido sucesso.

[HEAL BITE]

Por fim, esquecera de tudo que havia feito antes. A partir dali, a teoria era completamente diferente. Colocaria em prática o uso de suas habilidades medicinais e até mesmo de sua essência para desvendar os mistérios de uma habilidade proveniente de sua linhagem sanguínea. Como adquirira tal conhecimento? Desconheço, mas não era tão inusitado tal ação, já que os conhecimentos das inscrições de seu clã repousavam consigo desde muito antes. Em sua moradia atual, provavelmente havia de resistir pelo menos transcrições de antigos monumentos do clã dos Redemoinhos.

Com uma lâmina, abriu um pequeno ferimento em sua perna ao perfurá-la com a lâmina. Do que adiantaria treinar uma técnica medicinal se não havia nada para se curar? Ademais, sequer um grunhido de dor emergiu de sua boca. Com uma mordida, ele passou seu chakra para o resto de seu corpo, transmitindo as propriedades medicinais que havia dominado. Se estivesse correto, a auto-mutilação estaria curada em um piscar de olhos. E como previu, estava correto. A combinação de seus conhecimentos com o chakra especial que carregava foram o fator principal em dominar aquele jutsu. Desconhecia seu potencial máximo, e isso o atiçava, ao mesmo tempo que também o tornava receoso. O quão longe poderia ir?

Não obstante, ele partiu.

Kaito: 950/950 1315/1315 00/10
Saiken: 3500/3500

Considerações:

Itens e afins:

importante: