I

No ponto alto da vida, a menina sequer pensava em se tornar uma shinobi de classe alta, apenas queria treinar um pouco para tirar os atrasos para com sua melhora gradual. Apesar de um pouco cansada das patrulhas resolveu deixar a preguiça de lado e saiu a passear pela vila; os olhos avermelhados de Arya se tornavam a cor de um rubi à luz do sol que estava próximo a atingir seu ápice, ou seja, já era quase meio dia.

A jovem caminhando alguns metros após passar pelo portão da vila adentrou a mata fechada; para uma visibilidade maior ainda passou a saltar pelas árvores do local. Seus pés ágeis e firmes não erraram o passo sequer uma vez; eles estavam certos de si assim como a menina.

[...]

O tempo rugia assim como a velocidade branda da moça a levou ao local donde iria começar seus treinamentos. No começo de tudo pôs-se a alongar as pernas seguindo dos braços e esticando os músculos do corpo a mesma retirou uma pequena parte de seu “look” de sempre: seu casaco vermelho que tinha quase a forma de uma capa com um capuz; era um vermelho escuro quase na cor do vinho.  Ela o deixou pendurado num galho longe do local que ia agir.

Apesar de ser mulher, a mesma era dotada de habilidades com as mãos e os pés ao invés de apenas tecer selos e utilizar jutsus de um lado para o outro. A ação morava nisso. O resto era besteira.

Pegou uma de suas muitas armas em sua mão direita, mas esta estava ao contrário do que se vê normalmente, a ponta estava para baixo ou no caso, para o lado oposto do corpo para a direita. “O que eu posso fazer? ”, Arya pensou consigo mesma, porém, já havia se decidido ao confrontar aquela enorme e grotesca árvore. Suas raízes fortes eram uma boa base para os oito ou nove metros de circunferência que a mesma possuía. Aniquilar aquilo na técnica bruta seria um dos maiores desafios da menina.

Arremessou a faca negra com toda sua força em direção ao objeto, porém, tinha de estar perto, afinal, ainda não tinha os músculos dos braços tão desenvolvidos quanto gostaria. Cravou a lâmina no local onde podia facilmente pegar e, por alguns instantes começou uma corrida. Num único ato, a menina já havia subido alguns metros do tronco com os pés, onde passou a aplicar um chute lateral enquanto punha o corpo no ar alguns a centímetros da madeira. E com movimentos velozes das mãos apanhou a arma.

Tomou distância outra vez; e dessa vez começou a praticar alguns exercícios para os braços, como flexões e, também para as pernas, como polichinelos. Aquele treinamento tomou algumas horas as quais a moça não sabia precisar quantas.

Na hora do almoço ela tinha algumas frutas para comer as quais trouxe numa sacola. Aquele treinamento renderia algum resultado, porém, não seria imediato.

[...]

No fim da tarde, Arya, que já estava cansada resolveu ir para sua casa descansar um pouco.




1 ponto em força.

II

MEU CORPO OBEDECEU ao comando; levantei-me pelas nove, pus minhas roubas habituais, meus olhos avermelhados observavam tudo através de um espelho, eu estava pronta para começar mais um dia. Transpassei pela porta de casa, na zona mais habitada da vila, por onde eu segui caminhando. Meus equipamentos amarrados ao meu corpo através de uma bolsa com tamanho suficiente para tal. As facas negras, estrelas ninja e papéis bomba eram tudo que possuía.

Naquele dia em particular tomei um caminho diferente. “Acho que hoje vou treinar um pouco”, decidida eu tomei meu rumo. Caminhei primeiro para fora da vila; depois segui para uma parte da floresta onde tinham alguns objetos já preparados por outros ninjas da vila da folha para o treino. Era como um centro intensivo de melhorias.

“Esquerda ou direita? ”, por uns instantes não conseguia me recordar a direção, no entanto, num súbito lampejo segui adiante pela esquerda; e no fim do caminho a entrada para o local. “Hm....”, olhei com certa nostalgia para o lugar: quando menor eu vinha aqui treinar com minhas amigas que hoje, como eu, eram Kunoichis do vilarejo. Também, alguns jovens que treinavam noutro canto da sala.

Apesar de o formato de salão, as paredes eram feitas de árvores mal refinadas e, com o teto improvisado de galhos e folhagens, porém, muito resistentes e, inclusive, bem amarrados. O tempo que outrora passou depressa, não levou aquele lugar embora. No entanto, não como eu, aquele lugar um dia iria ruir perante o tempo. “Bem... Até lá, acho que vou treinar um pouco”, meus pensamentos transformavam-se na pura estratégia de combate e na forma com que me movimentava se tornou mais vívida. Parecia que eu me transformava cada vez mais quando num combate.

Peguei algumas das armas de madeira; uma espada, daquelas feitas para treino. Fui até o centro onde preso ao solo tinha um enorme tronco de árvore e, admito que estava seriamente danificado. Para me tornar uma boa ninja tinha de alcançar os limites do meu corpo e, agilidade era um dos quesitos mais importantes e, pensando assim, passei a atacar o tronco que embora muito grosso e cheio de lascas e farpas e alguns arranhões profundos, resistiria bem à toda aquela ação.

Minha estratégia principal para melhorar era de suma simplicidade: primeiramente comecei a atacar com golpes simples a aquele alvo enorme, porém, com velocidade comecei a rodeá-lo enquanto aplicava os golpes e, depois, em saltos magníficos por cima do mesmo que possuía quatro metros de altura com seu topo cerrado como uma “mesa”, pousava ao solo com precisão para noutro impulso continuar os movimentos. Em segunda instância, passei a realizar vários exercícios paras as pernas, para torneá-las ao ponto de aguentarem o ritmo.

Com todos os movimentos conhecidos para o ganho de massa muscular e força nos membros inferiores eu logo passei a aplicar chakra nas pernas para adquirir maior precisão nos movimentos e, assim terminaria meus treinamentos os quais repeti por vários dias, não apenas um.

Eu me dediquei cerca de uma semana naqueles exercícios, ao todo, para alcançar os resultados desejados. E enfim consegui.



1 ponto em velocidade.