Caminhei pela rua principal de olhos atentos mesmo que abaixo do capuz esbranquiçado; e os passos lerdos de um shinobi podiam significar apenas que ele estava de guarda, mas eu não: comigo era preguiça; porém, ia me arrastando para o campo de treinamentos onde me preparei a vida toda. Ele ficava do lado de fora dos portões e por isso estava percorrendo aquele caminho.

Noutros tempos, meu corpo acostumado com os treinamentos diários seria mais rápido e, meus pés percorreriam o caminho quase que sozinhos por conhecerem tão bem os passos que me levavam até lá. As árvores do outro lado dos muros eram bem altas; tinham oito ou nove vezes o meu tamanho e, algumas, chegavam a ser até trinta vezes maiores; e eu, como um bom ninja daquela vila, conhecia os atalhos por entre as mesmas enquanto saltei de um galho ao outro até o designado local.

A paisagem era simplória toda verde e marrom. Os troncos marrons e secos, pois já eram mortos de tanta perfuração e danos de golpes e até mesmo explosões. Meu clã inteiro treinou ali, porém, eles não tinham as mesmas habilidades as quais eu herdei. Eles eram mais... “Fracos”... Pousei sobre o solo enquanto um tipo de arma gerou-se em minha mão.

Quase como um flash, um tipo especial de arma se formou. Era um katar; uma arma de metal que se prende ao pulso e a parte de dentro da mão do usuário. Sua lâmina, naquele caso, pontiaguda de aproximadamente quarenta centímetros, era larga o bastante para cobrir a palma da mão.

Aquela era minha arma, e, a que mais combinava com meu estilo de combate. Nascido de uma destreza aguçada, decidi tornar este o atributo principal para minha carreira como um shinobi. Decidi amarrar vários alvos nos galhos com cordas que ficavam num baú antigo que meus parentes utilizavam para satisfazer suas necessidades por poder. Amarrei todos os alvos em alturas diferentes do solo. O primeiro a dois metros, o segundo a trinta centímetros, o terceiro a sete metros de altura e o último a quatro metros: todos separados por porções diferentes de distância. O primeiro e o segundo tinham um metro; o segundo para o terceiro tinha três metros; o terceiro para o quarto tinha um metro.

Minha distância inicial do primeiro alvo era de doze metros. Eles ficavam horizontais a mim, meu ângulo de visão era perfeito. Corri para cima do primeiro. Saltei num pulo para a esquerda me impulsionando no tronco que estava próximo o bastante para que meu impulso ampliasse minha velocidade o bastante para que num único ato, a madeira fosse partida ao meio, o alvo tinha em torno de um metro e meio de altura. A arma era forte e extremamente afiada. O movimento que fiz foi básico, um simples corte lateral; e no embalo do treino, meu corpo ao descer ao solo pegou impulso imediato: corri em zigue-zague até o segundo objetivo e num giro cortei seu corpo de madeira na diagonal de cima a baixo.

De costas para o terceiro, nem sequer olhei, pois já havia memorizado sua posição. Coloquei chakra nos pés e subi nos troncos que estavam um pouco afastados até que em um pulo veloz, girei para atingir o tronco. Este eu cortei em duas metades num golpe vertical. A madeira redonda, mas não tão espessa era boa para isso. Para o último alvo eu agarrei com chakra nas mãos no pedaço de corda e em um movimento de malabares me agarrei ao último alvo com as pernas e a mão livre e na velocidade máxima estoquei no “pescoço” com a ponta da arma, a qual atravessou sem dificuldades o alvo.

Naquele meio tempo, quando realizei o golpe, utilizei do corpo do mesmo para dar um salto mortal e aterrissar ao relento.
“Hm”, pensei enquanto me recompunha. Os olhos azulados assim como as bordas da minha roupa, fitaram os estragos. Minhas luvas negras protegiam minhas mãos daquelas farpas apesar de a madeira ser polida e especifica para aquele tipo de atividade. “Acho que meus movimentos estão bons, porém, ainda me falta aguçar a velocidade”, me autocritiquei, mas apesar disso, não era tão duro comigo mesmo, afinal, o que me faltava em idade, o talento compensaria de uma forma ou outra.

Parei por alguns minutos; o tempo naquele dia estava ameno, porém, toda aquela excitação me fez suar um pouco.
Levei um pouco de comida para o caso de sentir fome, tinha várias frutas as quais consumi com vontade. E retirando minha jaqueta a coloquei sobre uma mesa que tinha ali.

[...]

O tempo passou, meu treino esticou-se até mais tarde aquele dia. Comecei duas horas e fui acabar lá pelas seis horas da tarde: o treino consistiu não apenas daqueles movimentos, mas flexões, corridas em volta do campo de treinos, alguns saltos a distância entre galhos das árvores; o que nem sempre dando certo me forçou a utilizar de chakra para não tomar uns pontos na cabeça. E na maior parte do tempo fiquei praticando não só a velocidade, mas a velocidade juntamente de minha arma mortal contra os galhos. Naqueles momentos, onde pretendia não só ser rápido, mas preciso era onde me sentia vivo.

Naquela mesma noite, ou “anoitecer”, eu fui até o lago, ali ao lado, para tomar um banho. O sol quase se punha: era veloz como ficava escuro e, para isso, me apressei. Apesar, de tudo, conhecia bem a região e, por isso, retornei em segurança para dentro da vila.




900 palavras para 2 treinos em 1 só. E bá blá blá.


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200;150.

Gradation Air
Rank: -
Descrição: O Gradation Air, mais conhecido como Projection, é uma arte ninja capaz de materializar construtos a partir da mente do usuário, utilizando o chakra como meio para tal. O conceito é simples: o chakra é moldado com base na composição e estrutura do objeto para criar um espelho deste. Na maioria dos casos o objeto não é eterno, pois o chakra se esvai com o passar do tempo, contudo, um maior conhecimento da estrutura do objeto pode prolongar o tempo de vida de sua projeção. A criação de armas ilimitadas no campo de batalha é a real utilidade desta linhagem. Pode-se projetar armamentos sem o uso de selos de mão, não tendo quaisquer restrições sobre seu tamanho, largura e derivados, podendo criar tudo o que imaginar, de acordo com a capacidade do usuário. Além disso, objetos copiados passam por um meio de adaptação enquanto criados: sendo assim, as propriedades do chakra do usuário são moldadas para se adaptarem aos materiais usados na construção do item e reproduzir sua criação, enquanto a mente do usuário faz um download histórico do crescimento do objeto para adaptar o corpo para o uso da mesma. Apesar de complexo, o método ocorre em menos de um segundo, frisando-se que interromper o processo tornará a arma fisicamente mais fraca e fará a mesma se despedaçar ao impacto.

Uma subcategoria da Projeção é o Reforço. Uma habilidade simples, que é utilizada no conceito de projeção em uma das etapas. Reforçar algo é, em suma, imbuir este algo com chakra para aperfeiçoar a existência deste em um nível superior. É a mesma coisa que adicionar algo em um objeto que já está completo, podendo ser um suplemento ou um veneno, no caso da falha. O sucesso varia de acordo com o conhecimento da estrutura básica do objeto em questão, o que torna a linhagem sanguínea algo essencial no uso desta arte ao se inserir o chakra. Como exemplos, pode-se reforçar o fio de uma espada, a resistência de um escudo ou no caso de um ser vivo, sua durabilidade - aumentar a resistência de uma certa área e diminuir os danos da mesma -  e atributos - garantindo um ponto em uma determinada área, isto é, variando de acordo com a criação do jutsu. Tudo pode ser reforçado, contanto que o usuário o veja assim de tal forma. Há, também, uma técnica que utiliza desta habilidade, esta é chamada de Broken Phantasm; o ato de sobrecarregar algo com chakra para exceder seus limites, destruindo-o no processo.

Notas: Custa cinquenta pontos de chakra por lâmina/objeto. Não necessita de selos de mãos, sendo assim uma técnica "instantânea". O reforço citado gastará 20 pontos de chakra e poderá ser usado uma vez por post em até quatro armas, podendo até mesmo alterar o formato destas. Uso em seres vivos deverá ser criado no fórum. Efeitos especiais das armas copiadas terão sua efetividade pela metade. Limite de quatro armas por post, independente do meio de criação.