Era cedo, alguns minutos apenas após o primeiro raio de sol. Meu dedos já haviam sido estalados sete vezes, e por sete vezes eu amaldiçoei este maldito costume. Meu local de treinamento me recebeu com lembranças nostálgicas: Foram e seriam longos dias de treinamentos por entre aquelas rochas degastadas. O primeiro soco ecoou em ossos estalando, pedras tremendo, e alguns pássaros voando. Estalei o dedo e continuei.


Status: full.

Ouvi o barulho de algo caindo e virei-me tão rápido quanto meu cansaço permitiu. Talvez o desgaste, ou talvez minha real falta de destreza, não permitiu que eu visse mais que um pedaço de pergaminho rolando até próximo aos meus pés e um vulto sombreado voando para longe. Estalei o dedo e aguardei pelo pior: Meus longos anos dentro daquela organização me fizeram aprender para sempre estar preparado, e não foi dificil supor que daquele pedaço de papel enrolado saíria algum monstro terrível ou explodia como uma kibaku fuda. Mas nada. Nada aconteceu, nem mesmo quando eu cheguei próximo suficiente para analizar o conteúdo escrito. Eram jutsus, ensinamento destes, com instruções bastantes específicas organizadas e algumas outras sobrepostas auxiliares.

Podia ser uma recompensa dada pelos meus superiores de organização. Podia ser um pergaminho escrito e escondido para gerações futuras, desenterrado por algum animal. Podia ser fruto de negociações clandestinas e despachado ali. Eu não sabia ao cenrto a procedência daquele pergaminho, e não fiz questão nenhuma de saber também: Li e reli aquelas letras duas vezes, tomei meu maldito remédio, e tratei de começar meu treinamento.

[...]

O primeiro era simples, e talvez até reconhecido por mim. Kanashibari no Jutsu tratava-se de uma técnica responsável por intimidar seu inimigo atráves de uma imposição de certeza de força. Ao ter consciência que seu inimigo não é só mais forte, quanto amendrotador, você realmente ficaria paralisado de medo. E eu tinha consciência completa deste poder: Terror e pânico era coisas comuns para mim. Talvez, por isso, não foi difícil reproduzir está habilidade sobre uma cobaia animal que capturei.

É claro que, sua consciência era deveras inferior a consciência humana, muito embora ateste que os efeitos evidenciados eram níveis acima daquilo que foi demarcado e, portanto, balancenado os termos da equação teria o mesmo resultado esperado. Terminei este e fui ao próximo.

Descansei pouco tempo, e fiz questão de não esquecer meu amaldiçoado remédio. Sem ele, talvez, eu sequer conseguiria aguentar as dores das cicatrizes, e apenas ler aquele pergaminho já seria um esforço absurdo. O próximo era Ranjishigami no Jutsu, um jutsu que envolvia a manipulação capilar para utilizá-la em combate da maneira mais versátil possível.

Concentrei chakra na parte superior da minha cabeça e me esforcei ao máximo para induzir o crescimento daquilo que sempre julguei inútil. Como que o cabelo poderia ver a ser útil? E, talvez, por isso eu tive alguma dificuldade em desenvolver aquele treino, por causa da minha discapacidade de cre que faria sentido. Porém, toda essa descrença caiu quando o quase projétil que criei partind do meu cabelo foi capaz de destruir uma pequena pedra próxima. Seria essa a capacidade daquilo? Tentei mais uma vez, e outra vez, e mais algumas muitas vezes até finalmente descobrir o poder daquilo: Todas as pedras destruídas, e a capacidade de mais ainda.

Evelocução do próprio bushin no jutsu, Kage Bunshin no Jutsu, concederia a capacidade de criar clones mais produtivos que seu antecessor, sendo estes capazes até de realizar técnicas. Não precisaria ser muito inteligente para entender o quão útil esta técnica seria: Clonado, eu poderia estar em mais de um lugar ao mesmo tempo, e minhas técnicas que já era poderosas, agora seriam multiplicadas.

Reproduzi os procedimentos iniciais do bushin normal, porém acrescentei mais chakra para formar algo que não sabia. De fato, deu errado. Tentei denovo, relendo as instruções indicadas: Este seria um dos mais difíceis pelo simples fato de eu ter uma base pré definida, algo que faz com que eu sempre vá por um caminho já conhecido e não cheguei ao outro esperado. Aumentei o nível de chakra mais uma vez, e outra, e persegui um limite tênuo que estava descrito. Naquela concentração, eu seria capaz de impor a condição de superioridade e tornar o bushin um kage bushin. Depois de bastante tentativas, o primeio clone foi feito. A concentração redobrada logo foi sucedida por outro acerto, quando fui capaz de criar dois clones. Tendo medido e anotado mentalmente, seria facil refazer aquela técnica para quantos clones fossem necessário.

[...]

O momento de descansar era mais que evidente, necessário. Mas eu não queria descansar e, sendo assim, recorri uma técnica dominada outrora: Senjutsu. Reabasteci minhas reservas energéticas com o chakra de natureza e me prontifiquei em continuar. Além disso, eu recorri a outra coisa, um amigo invocado:

— Ora, ora, Moori! treinando novamente? Por que se esforça tanto?
— Sim, Fukasaku. Eu apenas gosto.
— Pois bem. Tome o chakra que você quer.
— Obrigado.

Seu chakra reabasteceu minhas reservas antes mesmo que minhas feições pudessem mudar por completo. Era uma técnica estranha, Ryosei no Jutsu, capaz de criar uma ligaçao entre mim e ele, tornando-me parte anfíbio, mas também entregando-me parte do seu chakra, comumente este tendo parte do chakra senjutsu. Sendo assim, após um comprimido, estava reestabelecido completamente e pronto para continuar.

[...]

Camuflagem é algo necessário para qualquer ninja, e a técnica descrita como Meisaigakure no Jutsu fazia exatamente isso: Tornar seu usuário parcialmente invisível, apto a qualquer espionagem ou movimentação sorrateira. O método de utilização girava em torno de concentrar o chakra envolta do corpo e fazê-lo atuar como receptor de luz, som, e odor, tornando a presença turva, quando não completamente imperceptível.

Sendo assim, portanto, concentrei meu chakra em volta do corpo da maneira como descrito e concentrei na invisibilidade prevista. No começo todos os fatores pareceram deveras diminuído, e ao invés de não existir, eu existia na forma de um borrão. Após a tentativa, eu acabei chamando mais atenção que o necessário, distorcendo a imagem a ponto de criar o oposto, criar um destaque desnecessário. Sendo assim, variei a quantidade de chakra até chegar ao limite desejado e ser capaz de reproduzir o efeito especificado. Tornei-me parcialmente invisível e, portanto, fiz-me visível rapidamente para continuar com o treinamento.

Chidori: Manipulação do elemento raiton a níveis poderosissímos. Uma técnica brilhante, e sem sombra de dúvidas de capacidades ofensivas inigualáveis. O raiton sobre as mãos era condesado de maneira a produzir o maior estrago possível, sendo capaz de dilacerar por entre árvores e rocha. Coincidência ou não, eu não só tinha afinidade com este elemento, como também era perito em sua uitlização, o que por sua vez facilitou em termos a aprendizagem deste.

Primeiro e evientemente eu concentrei meu chakra elemental sobre a parte limiar do meu braço. Ele percorreria e dançaria ali até eu encontrar um equilíbrio energético perfeito, conseguindo finalmente concentrar ele sobre a palma da minha mão. Uma vez feito isso, eu só precisaria balancear as quantidades para conseguir o efeito destrutivo maior.

É claro que eu demorei nesta segunda parte. Para cada quantidade que eu variava, eu precisava encontrar um equilibrio novo: Sendo assim, tudo se resumiu a um esforço intensivo de tentativa e erros. Embora degastante fisícamente, mentalmente era um exercício fácil e não demorou até eu conseguir dominar aquele jutsu perfeitamente.

Os três próximo jutsus eram variações do jutsu anterior e, embora sejam semelhante em essência não eram menos complexos que sua anteparte. Chidori Senbon, Chidori Nagashi, Chidori Eisō, seriam os próximos três desafios. A quantidade refletiu no número dobrado de analgésicos que tomei e que chinguei ao tomá-los.

Repeti os mesmo processos que já havia dominado, e formei aquela esfera luminosa e elétrica sobre minha mão esquerda. Para a primeria variação, eu teria que desmontar o que tinha montado, e transformar a esfera densa em farpas perfurantes, menores, porém ainda densas. Deste modo, o poder destrutivo não seria alterado, apenas reformulado de uma maneira mais abrangente, que poderia ser mais útil no momento certo.

Os processos variavam de acordo com o numero de esferas menores que eu conseguia dividir. Duas, três, quatro, e assim por diente. Ligeiramente as esferas divididas tomavam forma achatada, até finalmente tomarem forma de agulhas. Depois foi só mais repetições até o número de agulhas finalmente ser expressivo e de acordo com o esperado.

Já a segunda variações dividia esfera densa já citada por todo o corpo e um pouco além dele, em forma de ramificações de raio muito bem espalhadas. Nesta versão, o elemento raio serviria como esfera bastante específicas, e graças a sua natureza ofensiva, seria capaz de atingir e eletrocutar todos ao redor.

A variação dos precessos de aprendizagem se dariam na capacidade de não só desfazer a esfera densa em raios, como ampliá-la a níves maiores. Ao mesmo tempo que se desfaria, teria que crescer para cobrir a área delimitada no pergaminho. Transformar em raio foi fácil, afinal esta era a própria essencia do raiton. O difícil foi por chakra na medida certa para ela expandir sem ficar muito ou pouco a ponto de se dispersar devido a falta de concisão. Demorou, mas não tardou eu conseguir.

O terceiro e ulitmo variante daquele jutsu era responsável por dar forma definida a antiga base esférica. Agora, ele poderia assumir propriedade perfuro-cortantes, exatamente como um espada feita de raiton, e evidentemente ceifando com bem mais facilidade que o próprio metal. Além disso, o metal também não seria capaz de ser manipulado afim de atingir um alvo aparentemente inatingível ou com maior precisão.

Talvez este teria os processos mais fáceis, uma vez que somente a forma mudaria. Porém, também seria preciso inúmeras tentativas até conseguir controlar a forma condensada da esfera e da sua elongação. Formei uma, duas, e três esferas antes de finalmente conseguir esticar a quarta. A forma de sabre pareceu embora pequena e, portanto, continuei com mais inúmeras tentativas. Finalmente a espada fora criada, e a pedra em minha frente destruída.

[...]

Já era noite, apesar de eu não saber se do mesmo dia. Parti rumo a vila novamente, cansado porém mais forte.

Spoiler:

Status
CK: 20; HP: Full.