O sol já havia passado de seu auge quando a jovem se preparava para um novo estilo de combate no campo de treinamento de Iwagakure: o Kenpō. Esse treino seria focado em fortalecer suas pernas — armas que, sob o efeito do estilo, se tornariam ainda mais destrutivas. Assim que ativou o Kenpō, sentiu o chakra se concentrar em seus músculos, percorrendo suas coxas até os tornozelos, transformando seus membros inferiores em instrumentos pesados e letais. À sua frente, uma série de troncos e estacas de madeira estava disposta, pronta para suportar — ou tentar suportar — os impactos da Genin. Consciente do poder amplificado, a garota respirou fundo e avançou com precisão, calculando cada golpe.

Com um movimento rápido, girou o corpo e desferiu um chute lateral direto. O impacto foi intenso e imediato: o tronco rangeu sob o peso do golpe, inclinando-se perigosamente para trás antes de se partir em grandes lascas. O chakra concentrado em suas pernas amplificava cada movimento, rompendo as fibras da madeira como se fossem frágeis galhos. Ela deu alguns passos até a próxima estaca, lançando uma série rápida de chutes frontais e baixos, cada um com uma força crescente. As estacas estremeciam e se partiam sob o impacto dos golpes contínuos. A madeira cedia à força devastadora que a garota aplicava, rachando em fragmentos com cada chute. A concentração no chakra exigia esforço — o fluxo precisava ser controlado para não dissipar antes de seu último alvo.

Em determinado momento, a Genin sentiu o cansaço ameaçar seu controle e desativou o estilo temporariamente, permitindo que o chakra se estabilizasse. O breve descanso foi necessário para que ela pudesse recuperar o ritmo respiratório e se preparar para a próxima investida. Observando os troncos restantes, ela mentalizou seu plano de ataque, visualizando onde e como atingiria cada ponto. Ao reativar o Kenpō, a jovem avançou sobre o último conjunto de troncos com um nível ainda maior de precisão. Variou os ângulos de cada chute, mirando diferentes áreas de impacto — como faria contra um alvo humano. Um chute lateral visava a “região das costelas”, enquanto um golpe ascendente simulava um acerto direto na “cabeça”. A cada golpe, ela imaginava ossos se partindo com facilidade, como se estivesse em um combate real e seu oponente fosse vulnerável o suficiente para sentir o peso de cada ataque.

O poder e o controle lhe traziam uma sensação única de domínio. A intensidade dos golpes e o controle preciso sobre o chakra em suas pernas reforçavam o potencial do Kenpō em suas mãos — ou melhor, em seus pés. No último golpe, ela soltou um chute ascendente tão poderoso que o tronco estalou da base até o topo, rachando por completo. Ao final, a garota desativou o estilo, respirando fundo ao observar a destruição ao seu redor. Troncos despedaçados e estacas espalhadas mostravam a força de um treino árduo. O Kenpō era brutal, e ela sabia que o domínio desse estilo exigiria mais controle e mais força. Para alguém com sua determinação, esse era apenas o início de uma habilidade que, em breve, seria outra extensão de sua força.

Considerações: