Assim que adentrou o prédio do Quartel General, foi recebida por um Chūnin de aparência formal, que logo a conduziu até uma sala de reuniões reservada. Ao entrar, percebeu que a atmosfera ali era mais relaxada do que o habitual. Na frente da sala, um Jōnin experiente, com a bandana de Sunagakure amarrada no braço e marcas de batalha pelo rosto, a aguardava, um pequeno sorriso de satisfação surgindo em seus lábios ao vê-la.

— Biskka — cumprimentou ele, acenando com a cabeça. — Bom ver que já está recuperada.
— Estou pronta para mais uma missão — respondeu ela, sem rodeios e com um largo e animado sorriso. O Jōnin soltou um leve riso, balançando a cabeça em compreensão. Ele então pegou um pergaminho enrolado sobre a mesa ao lado e o entregou para Biskka.
— É uma missão de Rank C desta vez. Precisamos de suas habilidades para lidar com um grupo de bandidos que sequestrou alguns comerciantes e os manteve como reféns em um oásis ao noroeste. Não há informações de que eles tenham ninjas em suas fileiras, mas precisamos garantir a segurança dos reféns a todo custo. — Biskka desenrolou o pergaminho e começou a ler as informações contidas nele. Oásis de Navisco, dizia o nome do local, um ponto isolado e raramente visitado por pessoas comuns. Ela notou um mapa detalhado da área, indicando a localização do acampamento dos bandidos e os possíveis pontos de entrada e saída.

— Parece bem simples — comentou ela, levantando o olhar. — Localizar, resgatar os reféns e neutralizar a ameaça.
— Sim. — O Jōnin cruzou os braços, com um semblante mais sério agora. — Lembre-se de que a prioridade é a segurança dos reféns. Se conseguir neutralizar os bandidos, ótimo. Mas certifique-se de que nenhum dos comerciantes se machuque no processo.

Ela assentiu. A tarefa, apesar de parecer mais leve, não deixava de ser importante para a vila. A presença de bandidos nessas áreas isoladas poderia impactar o comércio local e gerar insegurança entre os habitantes e comerciantes que passavam pela região.

Considerações:

Chegar ao oásis não seria complicado, mas encontrar os bandidos e localizar os reféns exigiria um pouco mais de planejamento. Ciente disso, Biskka fez uma breve parada no Centro Comercial de Sunagakure antes de partir. O mercado estava movimentado como sempre, com barracas e tendas montadas em fileiras apertadas, enquanto mercadores vociferavam ofertas e clientes avaliavam os produtos dispostos. Ela sabia que muitos comerciantes contratavam seguranças ou batedores para suas viagens pelo deserto. Obter informações sobre as caravanas que atravessavam a área poderia ser o primeiro passo para se infiltrar e observar os movimentos sem chamar atenção. Passou pelos corredores até avistar uma tenda maior, coberta por um toldo de cores vibrantes e com diversos tecidos pendurados nas laterais. O símbolo do Sindicato dos Comerciantes do Vento estava gravado na entrada, e, ao adentrar, foi recebida por um homem mais velho, de olhos atentos e barba bem aparada.

— Ah, uma Shinobi do Quartel General. Em que posso ajudar? — questionou ele, franzindo as sobrancelhas ao reconhecer a bandana de Sunagakure amarrada no braço de Biskka.
— Preciso das informações de saída das próximas caravanas — respondeu ela diretamente, sem rodeios. — Horários, rotas e nomes dos responsáveis.

O homem hesitou por um momento, analisando-a. Sabia que shinobis não pediam esse tipo de dado sem um bom motivo, mas também reconhecia que negar não seria uma opção sensata.

— Certo, certo... — murmurou ele, virando-se para um balcão repleto de papéis. — Há três caravanas partindo amanhã ao amanhecer. Uma se dirige ao leste, na direção de Kawa no Kuni; outra vai para o sul, passando pelo Oásis de Navisco, e a última segue uma rota mais segura ao norte.

Biskka acenou, satisfeita com a resposta.

— Quem é o responsável pela caravana que vai ao sul? — perguntou, inclinando-se levemente para observar melhor os documentos.
— Hm... é o Sr. Kotaru. Ele trabalha para a Associação dos Exportadores de Pedras. Essa caravana carrega jade e mármore para um cliente em Tetsu no Kuni, então não deve ter muitos seguranças — respondeu o homem, passando os dedos por uma lista. — Eles partem de madrugada. Se pretende falar com ele, melhor ir logo ao armazém deles, ali no fim da rua principal.

Considerações:

Ela cruzou as ruas movimentadas de Sunagakure com passos firmes, evitando a multidão que se aglomerava no Centro Comercial. Não tardou até que avistasse o armazém da Associação dos Exportadores de Pedras. Era um grande galpão de madeira robusta, guardado por dois seguranças de aparência séria. A kunoichi parou na frente deles e, sem perder tempo, declarou seu objetivo:

— Estou aqui para falar com o Sr. Kotaru. Questão urgente.

Os seguranças se entreolharam, mas um deles fez um breve gesto com a cabeça e a conduziu para dentro. O ambiente era bem organizado, com caixotes empilhados e mercadorias pesadas já preparadas para serem carregadas nos carroções que aguardavam do lado de fora. No fundo, um homem de meia-idade e porte imponente, usando um manto de tecido fino, discutia com alguns trabalhadores sobre os preparativos da viagem.

— Sr. Kotaru? — Biskka chamou, sua voz segura, mas baixa o suficiente para não atrair curiosos. O homem ergueu os olhos na direção dela, estudando-a rapidamente. Havia um ar de astúcia em seu olhar, mas também de cautela. Antes que ele pudesse questioná-la, a kunoichi prosseguiu. — Sou do Quartel General. Preciso de uma carona em sua caravana até próximo do Oásis de Navisco — declarou ela, direta como sempre. — Vou me disfarçar de viajante. É uma missão importante designada pelo Quartel General.

Kotaru cruzou os braços e franziu o cenho, ponderando as palavras de Biskka. A responsabilidade de transportar mercadorias valiosas e atravessar o deserto já era por si só um risco, e agora ainda teria de abrigar uma shinobi em sua comitiva?

Considerações:

— Hm... e por que eu deveria aceitar tal pedido? — questionou, o tom levemente provocativo, mas também avaliador. Biskka deu um meio sorriso. Podia ver a hesitação no rosto do homem, mas também percebeu que ele não recusaria facilmente um pedido oficial de um ninja de Suna.
— Porque posso garantir que sua caravana estará mais segura comigo ao seu lado — disse, inclinando-se um pouco para frente. — E, além disso, não irei interferir em seus negócios. Só preciso estar próxima ao oásis por motivos que não posso compartilhar.

Kotaru suspirou, coçando o queixo enquanto avaliava a situação. Finalmente, ele cedeu com um aceno breve.

— Certo. Um ninja como escolta temporária pode até ser vantajoso. Temos muitos problemas com bandidos nessas áreas — admitiu ele. — Mas não espere tratamento especial. Se quiser se passar por viajante, ande e aja como um.

— Não é problema — Biskka assentiu, mantendo a expressão séria. — Vou estar no ponto de partida no começo da madrugada — Com isso, sem mais delongas, a kunoichi se virou para sair do armazém. A missão estava prestes a começar, e ela sabia que, disfarçada entre comerciantes e mercadorias, teria a oportunidade ideal para se infiltrar no território dos bandidos e executar seu plano sem levantar suspeitas.

Considerações:

O sol do deserto brilhava intensamente no céu, derramando um calor sufocante sobre todos que se aventuravam pelas vastas dunas de areia. Mesmo para alguém nascida e criada em Sunagakure como Biskka, a intensidade era inescapável. A kunoichi caminhava ao lado dos camelos carregados com mercadorias, observando cada movimento dos viajantes e comerciantes que a acompanhavam na travessia. As rodas dos carroções afundavam na areia fofa, e os cascos dos camelos levantavam nuvens de poeira dourada enquanto avançavam pelo terreno hostil. Homens e mulheres, cada um com suas funções, mantinham um ritmo constante e determinado. Alguns entoavam cânticos baixos, como forma de aliviar a monotonia e encorajar os animais a seguir em frente. Biskka mantinha-se alerta, mas discreta. Suas roupas eram simples, sem nada que denunciasse sua identidade como shinobi. A faixa de sua bandana, geralmente orgulhosamente exibida no braço, estava cuidadosamente escondida por debaixo de uma manga larga. Carregava apenas um cantil de água e algumas provisões visíveis, como qualquer outro viajante faria. O som dos sinos nos pescoços dos camelos soava de forma ritmada, e o ranger das rodas misturava-se ao murmúrio das conversas ao seu redor. De tempos em tempos, Biskka escutava fragmentos de diálogos entre os mercadores, que falavam sobre os preços crescentes dos grãos e os perigos crescentes de ataques de ladrões ao longo das rotas comerciais.

— Dizem que os bandos agora se juntam em grupos maiores… — comentou um dos comerciantes mais velhos, ao lado dela. Sua voz era baixa, como se o vento pudesse levar suas palavras para longe. — Estão se tornando ousados demais. Atacaram até caravanas armadas recentemente.

Ela apenas assentiu, mantendo-se como ouvinte silenciosa. A cada palavra dita, mais detalhes se encaixavam no quebra-cabeça que ela começava a formar em sua mente sobre o comportamento dos bandidos. A travessia era longa, mas também uma oportunidade valiosa para reunir informações.

Considerações:

Tão logo a noite desceu sobre o deserto, o céu se tingiu de um profundo azul escuro, salpicado por estrelas que brilhavam como diamantes. A temperatura caiu drasticamente, e o vento frio começou a soprar por entre as dunas. Biskka, ajustando a manta sobre os ombros para se proteger do ar gelado, finalmente avistou o contorno do Oásis de Navisco ao longe. As palmeiras dançavam suavemente sob o luar, e o brilho da água refletia-se fracamente, dando ao oásis uma aparência tranquila e acolhedora. No entanto, ela sabia que aquela calma era apenas uma fachada. O esconderijo dos bandidos, junto com os reféns, estava localizado exatamente ali, conforme as informações que havia recebido da inteligência de Suna. Ela olhou para Kotaru, que conduzia a caravana com profissionalismo sem igual. O grupo começou a desacelerar, e, pouco a pouco, os homens e mulheres que a acompanhavam iam organizando os camelos e carroções para a despedida. A caravana de Kotaru se separaria naquele ponto, seguindo para outro destino no deserto, em direção às rotas comerciais mais seguras.

— Bem, senhorita, foi um prazer ter você conosco. — Kotaru sorriu, sua expressão gentil refletindo a boa vontade que demonstrara durante toda a viagem. — Vamos seguir para leste a partir daqui. Tome cuidado, ouvi dizer que esse oásis tem mais do que água para oferecer aos visitantes despreparados.

— Obrigada, Kotaru-san. Agradeço pela companhia e pelas conversas. — Biskka curvou-se levemente, um gesto de respeito que demonstrava a boa relação construída durante a travessia. — Preciso recuperar alguns corpos... Vivos e heh! — sorriu ela com uma sede de sangue

Kotaru assentiu, uma sombra de preocupação passando por seus olhos. Ele sabia que Biskka tinha algo importante a tratar ali, mesmo que não houvesse detalhes explícitos sobre o quê. Com um último olhar, ele acenou e seguiu para seu posto na frente da caravana. Os comerciantes despediram-se com breves acenos e sorrisos amistosos antes de rumarem para o leste, desaparecendo na vastidão do deserto. A kunoichi, agora sozinha, virou-se para o oásis. A silhueta das árvores e a escuridão ao redor pareciam convidá-la para os perigos que se escondiam além. Ela respirou fundo e começou a caminhar em direção ao oásis, com passos leves e firmes, misturando-se à noite silenciosa. Sabia que era hora de deixar a identidade de viajante para trás. A partir daquele momento, era uma kunoichi de Sunagakure em uma missão de resgate. Cada sombra no oásis podia ocultar uma ameaça. E cada som, por mais suave que fosse, poderia denunciar sua presença.

A missão começava agora.

Considerações:

Biskka avançou cautelosamente até alcançar a parte norte do Oásis de Navisco. O local era levemente iluminado pelo brilho prateado da lua, e o som tranquilo da água fluindo ao longe se misturava ao crepitar de uma fogueira acesa no meio do acampamento. Com os sentidos aguçados, ela manteve-se escondida entre os cactos altos e a vegetação escassa, utilizando as sombras para obscurecer sua presença enquanto observava a área. O acampamento não era grande, mas estava bem organizado. Caixotes e caixas de madeira estavam empilhados ao redor da fogueira, provavelmente com suprimentos saqueados das caravanas que os bandidos atacaram nas últimas semanas. Algumas barracas improvisadas, feitas de panos desgastados e suportes de madeira, estavam espalhadas de maneira desordenada. Não havia muita estrutura, mas o suficiente para abrigar os homens que vigiavam o local.

Ela estreitou os olhos, focando nos bandidos que se moviam preguiçosamente ao redor da fogueira. Contou um total de oito homens, a maioria deles com posturas desleixadas e roupas esfarrapadas, características típicas de bárbaros do deserto. Pareciam mais saqueadores e nômades sem treinamento adequado do que uma ameaça real. Alguns usavam facas curtas presas às cinturas, enquanto outros portavam clavas improvisadas e bastões. Nenhuma armadura, nenhum equipamento que indicasse um verdadeiro preparo para combates sérios. Apesar disso, Biskka sabia que subestimá-los poderia ser um erro fatal. Se estavam ali, era porque sabiam o terreno e eram perigosos em seus próprios termos. A kunoichi permaneceu imóvel, o corpo perfeitamente alinhado com a sombra projetada pelos cactos. Sentia a leve brisa noturna tocar sua pele, enquanto estudava cada movimento dos homens. Um deles deu uma risada áspera, apontando para o outro lado do oásis, onde mais caixotes e caixas estavam empilhados.

— Talvez sejam os espólios dos ataques — pensou ela, avaliando a situação. Se os reféns estivessem por ali, provavelmente estariam em algum lugar mais afastado, bem escondidos. Precisava ter certeza antes de agir. Ela apertou levemente o cabo de uma kunai que retirou de sua bolsa presa à coxa, o olhar focado e a respiração lenta e controlada. Não demoraria muito para decidir o próximo movimento.

Considerações:

Ela respirou fundo, sentindo cada fibra do seu corpo se preparar para a ação iminente. Os olhos castanhos brilharam com determinação e a adrenalina correu por suas veias como fogo. Num único instante, ela se moveu — rápida como um raio. A kunoichi disparou em direção ao acampamento em sua velocidade máxima, tornando-se apenas um borrão quase invisível para os homens despreparados. As mãos trabalharam com maestria enquanto ela lançava três kunais afiadas, uma em sequência da outra. Cada lâmina cortou o ar e encontrou seu alvo com precisão cirúrgica. O primeiro bandido caiu instantaneamente, a kunai cravada em sua garganta. O segundo mal teve tempo de registrar o som da primeira queda antes de uma lâmina idêntica perfurar seu crânio, o corpo inerte tombando para trás como uma marionete sem vida. O terceiro teve um fim semelhante, um filete de sangue escorrendo do peito onde a kunai havia atingido seu coração. Não houve tempo para gritos. ela moveu-se pelo campo como um predador silencioso, seus passos leves esmagando a areia do deserto sem som. Restavam agora cinco. Os homens restantes finalmente perceberam o que acontecia, gritando alarmados e brandindo suas armas improvisadas.

— Intrusa! Peguem ela! — berrou um dos bandidos, a voz misturando-se ao pânico crescente.

Mas antes que pudessem organizar qualquer defesa, a kunoichi saltou no ar, lançando uma chuva de shurikens que se cravaram nos ombros e braços dos homens, forçando-os a largar as armas ou recuar para trás, feridos e surpresos. Um deles, mais alto e robusto, conseguiu bloquear algumas das lâminas com uma clava, grunhindo de dor quando uma das shurikens cortou sua face. Ele rosnou de raiva e correu para frente, tentando esmagá-la com a força bruta. Biskka, no entanto, já tinha a Tantö — uma lâmina curta e afiada — em mãos. Em um movimento fluido, desviou para o lado, a clava passando perigosamente perto de sua cabeça. Num giro preciso, ela fez um corte limpo no tendão de Aquiles do homem, que caiu de joelhos com um grito desesperado. Antes que ele pudesse reagir, a lâmina da Tantö deslizou pela garganta dele, e o som de gorgolejos engasgados se perdeu no silêncio do deserto. Outro bandido, mais ágil que o anterior, tentou flanqueá-la com um bastão de madeira. Ele desferiu um golpe direto em direção ao torso da shinobi, que se defendeu com a Tantö, a lâmina raspando no bastão enquanto faíscas brilhavam. Os dois trocaram uma série rápida de golpes e bloqueios, as armas cruzando-se em estalos secos. O homem era veloz e tinha certa destreza, mas a experiência e técnica de Biskka prevaleceram. Com um golpe ascendente, ela afastou a arma do oponente e, em seguida, afundou a Tantö em seu estômago. O homem arqueou o corpo para frente, ofegante e imóvel.

Restavam três.

Considerações:

Sem perder tempo, a kunoichi avançou contra um dos homens mais distantes. Ele tentou correr, mas Biskka o alcançou em segundos. Um giro rápido e a lâmina cortou a parte de trás de suas pernas, fazendo-o cair pesadamente no chão. Uma estocada precisa no peito silenciou seus gritos de dor. Os últimos dois tentaram se unir e atacá-la juntos. Um deles brandia uma faca longa, enquanto o outro tinha uma clava improvisada. Biskka sorriu de canto, os olhos cheios de um brilho predatório. Eles se aproximaram rapidamente, mas ela, com um salto, impulsionou-se para cima, usando a clava do bandido como apoio. Com um chute giratório no ar, acertou o homem na cabeça, derrubando-o. O último inimigo cambaleou para trás, e, antes que pudesse recuperar o equilíbrio, Biskka pousou à sua frente, empunhando a Tantö em um arco mortal. A lâmina encontrou a lateral de seu pescoço, abrindo um corte profundo. O bandido caiu para o lado, o sangue escorrendo para a areia enquanto a vida abandonava seu corpo. O silêncio voltou ao oásis. Biskka permaneceu imóvel por um momento, a respiração pesada enquanto observava os corpos ao seu redor. Não houve hesitação, não houve medo — apenas a calma implacável de uma verdadeira kunoichi.

— Tudo limpo — murmurou para si mesma, limpando a lâmina e guardando a Tantö de volta. Agora, ela precisava verificar se os reféns estavam em segurança.

Biskka avançou silenciosamente após eliminar os bandidos, seus olhos atentos vasculhando a área enquanto se movia entre as sombras projetadas pelas barracas e caixotes. A alguns metros de distância, notou um pequeno aglomerado de pessoas — quatro figuras amarradas e com os olhos cobertos: Os reféns. Ela se aproximou rapidamente, abaixando-se ao lado deles. Dois homens e duas mulheres, todos com as mãos atadas atrás das costas e os rostos marcados pelo cansaço e desespero. Biskka puxou uma kunai de sua bolsa e, com precisão, cortou as cordas que os prendiam.

— Está tudo bem. Vocês estão seguros agora — sussurrou, a voz baixa, mas firme.

Os reféns se mexeram, aliviados e hesitantes, ainda assustados. A shinobi então retirou de sua bolsa um pequeno pergaminho e, concentrando chakra em sua mão, tocou a superfície dele. Símbolos e palavras brilharam levemente enquanto o jutsu se ativava. Palavras eram escritas informando a localização e um breve resumo e logo desapareciam. O Jönin responsável pela missão já deve ter sido comunicado e, provavelmente, logo chegariam reforços.

Considerações: