[CENA] O fardo da escolta

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[CENA] O fardo da escolta
[CENA] O fardo da escolta

Liater

Genin

[CENA] O fardo da escolta C752c8c0a6f742d98747743c667003b8

27/7/2024, 09:57

Objetivos:
— Duas missões rank C.
— Qualidade treinável Habilidade em Ninjutsu.

Requisitos de posts e palavras: 8 posts com, no mínimo, 450 palavras e 2 posts com, no mínimo, 200 palavras.

Missão realizada inicialmente:

O fardo da escolta: parte 1

Kazuki acordou cedo naquela manhã, o som suave da respiração de sua irmã, Mayumi, ao seu lado. Levantou-se com cuidado para não acordá-la, preparando o café da manhã enquanto pensava na missão que recebera no dia anterior. Um chūnin, com sua postura séria e olhar atento, havia aparecido em sua casa, entregando-lhe um pergaminho selado. Ao ler o conteúdo, Kazuki soube que a missão seria mais difícil do que as que tinha feito recentemente, mas o que realmente o preocupava era deixar Mayumi sozinha. Ela tinha apenas seis anos e era a primeira vez que ficariam separados durante a noite.

Após preparar o café, Kazuki acordou Mayumi gentilmente. Eles comeram em silêncio, uma melancolia palpável entre eles. Kazuki tentou disfarçar sua preocupação, mas Mayumi, mesmo sendo jovem, era perceptiva. — Você vai voltar logo, né, nii-san? — perguntou Mayumi, seus olhos grandes e cheios de confiança. Kazuki assentiu, forçando um sorriso. Deixou algum dinheiro para ela, instruindo-a sobre o que fazer caso precisasse de algo. O tempo corria, e logo ele teve que partir. De coração pesado, ele caminhou até o portão da vila.

Ao chegar, encontrou um homem alto e imponente, de cabelos grisalhos e olhos atentos. Ele se apresentou como jōnin Kenshiro, um veterano de muitas batalhas. Ao lado de Kenshiro, estava o mensageiro, um homem de meia-idade com um ar nervoso, carregando um pequeno pergaminho lacrado. — Kazuki, certo? — disse Kenshiro, estendendo a mão. — Sou Kenshiro, jōnin e o responsável por esta missão. Vamos garantir que essa mensagem chegue ao destino em segurança.

Kazuki apertou a mão dele, assentindo em silêncio. Os três partiram em direção à floresta densa que cercava Konoha. O caminho era longo, e o silêncio inicial logo foi quebrado por Kenshiro, que tentava conhecer melhor seu jovem companheiro. — Então, Kazuki, qual é a sua especialidade? — perguntou Kenshiro, enquanto caminhavam. — Ninjutsu — respondeu Kazuki, curto e direto.

Kenshiro sorriu, notando a economia de palavras do garoto. Ele próprio era um especialista em Ninjutsu e viu nisso uma oportunidade para passar algum conhecimento. — Ninjutsu é uma arte incrível. Exige muita prática e controle de chakra. Se precisar de conselhos ou ajuda, estou aqui.

Kazuki assentiu novamente, sentindo-se um pouco mais à vontade e a conversa sobre Ninjutsu e a vida ninja acabou por fluir a partir dali. Kenshiro era um homem experiente e seus conselhos eram valiosos.

Durante a caminhada na floresta, Kenshiro continuava a conversar com Kazuki, falando sobre técnicas avançadas de Ninjutsu e maneiras de controlar melhor o chakra. Kazuki absorvia cada palavra, embora não respondesse muito. O mensageiro, por sua vez, era mais reservado, mas ocasionalmente fazia perguntas sobre a vida de ninja. Porém, também enquanto caminhavam, Kazuki não conseguia afastar o pensamento de Mayumi. A preocupação por deixá-la sozinha era um peso constante em sua mente.

A tarde avançava e, quando a noite começou a cair, o grupo decidiu acampar. Kenshiro organizou os turnos de vigilância: ele e Kazuki se revezariam, enquanto o mensageiro preparava algo para comer. Enquanto Kazuki estava de guarda, mastigando uma chiclete para ajudar na concentração, Kenshiro se aproximou. — Pensando na sua irmã, não é? — disse Kenshiro, sentando-se ao lado de Kazuki.

Kazuki olhou para ele, surpreso pela percepção. — Sim, ela tem apenas seis anos. É a primeira vez que fico longe dela por uma noite. — Kenshiro assentiu compreensivo. — Eu entendo. A família é importante. Mas saiba que essa missão é crucial. Às vezes, temos que fazer sacrifícios pelo bem maior. Confie em si mesmo e na sua irmã. Vocês dois são mais fortes do que imaginam.

Kazuki refletiu sobre essas palavras enquanto continuava sua vigília. O silêncio da noite na floresta era quebrado apenas pelos sons sutis da natureza. Ele estava alerta, cada movimento suspeito captando sua atenção. A preocupação com Mayumi ainda estava lá, mas ele sentia uma leveza diferente após a conversa com Kenshiro. Talvez ele pudesse confiar mais na força de sua irmã e na sua própria capacidade de protegê-la, mesmo à distância.

Quando chegou a vez de Kenshiro vigiar, Kazuki tentou dormir, mas os pensamentos continuavam a assombrá-lo. Ele se forçava a focar nas palavras de Kenshiro sobre Ninjutsu, tentando visualizar as técnicas e o fluxo de chakra. Finalmente, o cansaço venceu e ele adormeceu, embora de forma inquieta.

A noite passou sem incidentes, e logo o grupo estava de pé novamente, prontos para continuar a jornada. Kazuki se sentia um pouco mais confiante, as palavras de Kenshiro ainda ecoando em sua mente. Ele sabia que essa missão era apenas mais um passo em sua jornada para se tornar mais forte, não só por si mesmo, mas principalmente por Mayumi.

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[CENA] O fardo da escolta Muzan-muzan-kibutsuji

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Genin

28/7/2024, 10:05

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O fardo da escolta: parte 2

O nascer do sol trouxe uma nova luz para a floresta, e com ela, a renovação das forças de Kazuki, Kenshiro e o mensageiro. Eles levantaram-se cedo, prontos para continuar a jornada. Enquanto caminhavam, Kenshiro tentava, mais uma vez, puxar conversa com Kazuki, que, apesar de ser reservado, começava a abrir-se um pouco mais.

— Kazuki, você já considerou especializar-se em algum tipo de Ninjutsu específico? — perguntou Kenshiro, tentando manter o jovem engajado. — Gosto de técnicas elementares — respondeu Kazuki, mastigando uma chiclete, não revelando sobre o seu talanto de absorção de chakra com medo que fosse motivo de riso, enquanto tentava focar na conversa, deixando momentaneamente de lado a preocupação com Mayumi.

— Isso é ótimo! Dominar elementos pode te dar uma vantagem em várias situações. Se precisar de ajuda com Raiton, para além do Ninjutsu, por exemplo, posso te ensinar algumas coisas — ofereceu Kenshiro com um sorriso encorajador. Kazuki apenas assentiu, a admiração pelo jōnin crescendo a cada palavra. Ele sabia que tinha muito a aprender e a experiência de Kenshiro era inestimável.

Após horas de caminhada, uma inquietação começou a tomar conta do grupo. Movimentos estranhos na floresta densa ao redor os alertaram para um possível perigo. Kenshiro, com seus sentidos aguçados, percebeu primeiro e sinalizou para que Kazuki ficasse alerta. — Fique sempre perto do mensageiro, Kazuki. Não podemos arriscar — instruiu Kenshiro, a voz firme mas tranquila.

Kazuki assentiu, o coração acelerando. Sua mente, sempre assombrada por pensamentos negativos, agora se focava na proteção do mensageiro e na missão. Aceleraram o passo, mas logo se viram cercados por quatro homens sem bandanas, claramente não afiliados a nenhuma vila ninja.

— Entreguem a mensagem ou morrerão todos aqui mesmo — disse um dos homens, com um sorriso cruel. Kenshiro franziu o cenho, achando estranho que eles soubessem da mensagem. Mesmo ele não sabia o conteúdo, e a rota havia sido decidida em cima da hora. Havia um espião na vila? — Kazuki, leve o mensageiro e saia daqui — ordenou Kenshiro, posicionando-se para o combate com uma kunai em cada mão.

Kazuki hesitou, pensamentos de melancolia e desistência nublando sua mente. Ele se questionava se estava fazendo a coisa certa. Abandonar Kenshiro parecia covardia, mas e se algo acontecesse com o mensageiro? E Mayumi, como ela ficaria sem ele? As dúvidas o paralisaram por segundos que pareceram minutos. Finalmente, a determinação tomou conta. Ele não podia abandonar um companheiro.

— Você pode ser o responsável pela missão e por garantir a nossa segurança, mas neste momento é meu companheiro e eu não abandono os meus companheiros. Se vamos morrer, vamos morrer juntos. Se vamos matar, vamos matar juntos — disse Kazuki, posicionando-se ao lado de Kenshiro.

Os homens riram, subestimando a determinação do jovem ninja. A diferença numérica parecia lhes dar confiança. Kenshiro, no entanto, sorriu para Kazuki com aprovação. — Mensageiro, fique atrás de nós e esteja pronto para fugir se necessário — ordenou Kenshiro, os olhos fixos nos adversários.

O clima estava tenso, a batalha iminente. Kazuki mastigava sua chiclete com mais força, usando o hábito para se concentrar. Ele não podia deixar de pensar em Mayumi, sozinha em casa. O medo de falhar e deixá-la desprotegida pesava em seu coração, mas a presença de Kenshiro e a responsabilidade da missão o impulsionavam para frente.

Os quatro homens se aproximavam lentamente, rindo e zombando do discurso de Kazuki. Eles não acreditavam que um garoto e um Jounin pudessem derrotá-los, mas Kazuki e Kenshiro estavam prontos. A determinação nos olhos de Kazuki e a experiência de Kenshiro formavam uma combinação poderosa.

A floresta silenciosa era o palco perfeito para o embate que estava por vir. Kenshiro deu um último olhar para Kazuki, cheio de confiança e respeito. — Vamos mostrar a eles do que somos capazes — disse Kenshiro, apertando as kunais em suas mãos.

Kazuki assentiu, sentindo uma nova força emergir dentro de si. Ele não estava apenas lutando por si mesmo ou pela missão, mas por Mayumi e por seu futuro. E com essa determinação, ele estava pronto para enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho.

A tensão no ar era palpável, e o confronto estava prestes a começar. Kenshiro e Kazuki estavam preparados, seus corações e mentes focados no combate iminente. Eles não sabiam o que o futuro reservava, mas juntos, estavam prontos para enfrentar qualquer coisa.

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29/7/2024, 06:43

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O fardo da escolta: parte 3

O cenário estava montado. A densa floresta envolvia os combatentes, o sol se escondia entre as folhas, criando um jogo de sombras que parecia dançar ao ritmo da tensão. Kenshiro e Kazuki estavam prontos, mas a batalha que se iniciava era imprevisível.

Os quatro homens atacaram com ferocidade. Três deles partiram para cima de Kenshiro, que era o ninja mais experiente e mais forte, que imediatamente entrou em posição de defesa, brandindo suas kunais com destreza. O quarto homem, mais ágil que os outros, dirigiu-se a Kazuki. Com um movimento rápido, lançou duas kunais em direção aos pés do jovem genin. Instintivamente, Kazuki seguiu o movimento com os olhos, apenas para perceber tarde demais que era uma distração. Levantando a cabeça, encontrou o punho do adversário, que o acertou violentamente na face, jogando-o metros para trás.

Kazuki sentiu a dor espalhar-se por seu rosto, mas rapidamente levantou-se, o gosto metálico do sangue na boca. Ele tentou focar-se, mas o homem já corria em sua direção novamente. Com um movimento lateral ágil, Kazuki desviou do golpe, mantendo todos os adversários no campo de visão. Ele precisava agir rápido.

Formando selos de mão com rapidez, Kazuki criou várias esferas de energia elétrica, lançando-as contra os oponentes. As esferas dispararam em sucessão, cinco para cada adversário, mas um dos homens que lutava com Kenshiro reagiu rapidamente. Cuspiu uma poderosa rajada de vento, dissipando as esferas elétricas com facilidade.

O coração de Kazuki afundou. A técnica, que ele esperava ser sua vantagem, foi anulada sem esforço. A desilusão o atingiu como um golpe físico. Ele viu os homens focarem-se nele, enquanto Kenshiro aproveitava a distração para recuperar o fôlego.

Dois dos homens correram em sua direção. A distância de cinco metros foi coberta rapidamente, e Kazuki não tinha muito tempo. Ele precisava de uma estratégia eficaz. Realizando um selo de mão, envolveu seu corpo em uma armadura de eletricidade. Quando os homens o atingiram, foram eletrocutados, caindo ao chão, atordoados. Kazuki aproveitou a vantagem para desferir golpes rápidos, socos e chutes que atingiram os adversários ainda abalados pelo choque.

Mas a batalha estava longe de terminar. Um dos homens que lutava com Kenshiro lançou um poderoso soco com uma grande mão de chakra. O golpe atingiu Kazuki em cheio, jogando-o contra uma árvore, que quebrou com o impacto. Nem mesmo sua armadura de eletricidade foi suficiente para amortecer o golpe.

Kazuki sentiu uma dor lancinante espalhar-se por seu corpo. O impacto foi brutal, mas a dor mental era ainda maior. Ele estava paralisado, perdido em um mar de pensamentos negativos. Sentia-se impotente, a melancolia e a depressão dominavam sua mente. A batalha parecia perdida antes mesmo de ser enfrentada.

Os três adversários restantes se aproximaram, rindo e zombando de sua fraqueza. Kazuki tentou usar o Kanashibari no Jutsu, mas falhou. Estava exausto, ferido e desolado. Kenshiro, lutando com seu próprio adversário habilidoso, percebeu a situação desesperadora de Kazuki. — Não vou deixar você morrer aqui, garoto — murmurou Kenshiro para si mesmo.

Realizou selos de mão rapidamente, criando três clones para manter seu adversário principal ocupado. Aproveitando a pequena fumaça criada pelo surgimento dos clones, Kenshiro saltou, movendo-se rapidamente entre as árvores. Ele pousou na frente de Kazuki com as mãos no chão e fez uma enorme quantidade de água cair do céu que inundou a área, empurrando os homens para trás e submergindo-os momentaneamente.

— Vamos, Kazuki — disse Kenshiro, pegando o jovem genin e colocando o braço dele sobre seus ombros. Com movimentos rápidos e precisos, eles chegaram ao mensageiro, que estava escondido e aterrorizado. Kazuki estava consciente, mas sua mente estava mergulhada em um abismo de pensamentos negativos. O sangue escorria de sua boca e nariz, vários ferimentos cobriam seu corpo. Kenshiro, tentando animá-lo, falou. — Você lutou bem, Kazuki. Enfrentou adversários superiores e se manteve firme.

As palavras de Kenshiro, embora sinceras, não conseguiram alcançar o coração de Kazuki. Ele estava consumido pela sensação de fracasso. No entanto, a missão ainda era prioridade. Precisavam entregar a mensagem na aldeia aliada.

Kenshiro, carregando Kazuki, moveu-se rapidamente entre as árvores. O ritmo era intenso, mas necessário. Após algumas horas, Kazuki começou a reagir um pouco. Apesar do desânimo e dos ferimentos, ele conseguiu mover-se sozinho. Não havia sinal dos homens que enfrentaram antes. Talvez os tivessem despistado ou eles tivessem recuado para se reorganizar.

— Vamos manter o ritmo — disse Kenshiro, olhando para Kazuki com uma expressão de determinação. — Precisamos chegar à vila aliada.

Kazuki assentiu silenciosamente, ainda lutando contra a sombra da melancolia. Eles continuaram saltando de árvore em árvore, a velocidade máxima permitida pelas condições. A floresta passava rapidamente ao redor, mas o jovem genin estava imerso em seus pensamentos.

Ele pensava em sua irmã, Mayumi. O medo de deixá-la sozinha, desprotegida, era esmagador. Mas agora, no meio daquela missão, ele não podia falhar. Não podia desistir. A presença de Kenshiro, a firmeza do Jounin, era um farol em meio à escuridão de seus pensamentos. Kazuki começou a perceber a importância do companheirismo e do respeito mútuo.

Kenshiro, percebendo a luta interna de Kazuki, decidiu compartilhar um pouco de sua própria experiência. — Kazuki, todos nós enfrentamos batalhas internas. Eu também tive momentos de dúvida e desespero. O que importa é como você reage a essas situações. Aprenda com seus erros, mas não se deixe abater por eles. Não importa quantas derrotas você enfrente, desde que consiga sair vivo da batalha e cumprir a missão, seu papel estará feito. —

As palavras de Kenshiro começaram a penetrar a barreira de negatividade de Kazuki. Ele olhou para o Jounin, vendo nele não apenas um líder, mas um mentor e um amigo. A admiração por Kenshiro crescia, e com ela, uma nova determinação.

— Obrigado, Kenshiro — disse Kazuki, sua voz baixa, mas carregada de sinceridade. Eles continuaram avançando, o silêncio entre eles era agora um sinal de entendimento e companheirismo. Cada salto de árvore em árvore era uma declaração de que, apesar das adversidades, eles não desistiriam. A missão era importante, mas o vínculo que estavam construindo era igualmente valioso.

A floresta começou a clarear à medida que se aproximavam da vila aliada. O cansaço pesava sobre eles, mas a determinação os mantinha em movimento. Kazuki sentia-se um pouco mais forte, um pouco mais preparado para enfrentar suas próprias sombras. Ele ainda tinha um longo caminho a percorrer, mas sabia que não estava sozinho.

A jornada ainda não tinha terminado. A mensagem precisava ser entregue, e a batalha interna de Kazuki continuava. Mas, com Kenshiro ao seu lado, ele sentia que podia enfrentar qualquer desafio. E assim, saltando de árvore em árvore, eles avançavam em direção ao próximo capítulo de sua missão, determinados a cumprir seu dever e a crescer como ninjas e como companheiros.

[ 155 | 275 ] Vitalidade __ [ 95 | 275 ] Chakra __ [ 1 | 2 ] Stamina

Considerações:

Técnicas utilizadas:

Técnicas utilizadas por Kenshiro:

Técnicas utilizadas pelo adversário:

Bolsa de Armas [ 20 | 20 ]
— Kunai: [ 7 | 7 ]
— Shuriken: [ 4 | 4 ]
— Senbon: [ 4 | 4 ]
— Kibaku Fūda: [ 4 | 4 ]
— Kemuridama: [ 3 | 3 ]
— Hikaridama: [ 3 | 3 ]

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29/7/2024, 12:37

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O fardo da escolta: parte 4

Após muitas horas a saltar de árvore em árvore a um ritmo elevado, os três homens finalmente chegaram à vila aliada. O sol estava alto no céu. O mensageiro, com uma expressão exausta, tratou de todas as formalidades necessárias para que todos pudessem entrar. Kazuki, ferido e mentalmente abalado, estava visivelmente exausto. Seu corpo doía, e a mente pesava com pensamentos negativos e melancólicos.

Logo na entrada, um ninja médico aproximou-se rapidamente de Kazuki. O olhar preocupado do médico denotava a gravidade dos ferimentos do jovem genin. Sem demora, o ninja médico levou Kazuki para uma sala onde ele pudesse receber alguns tratamentos e descansar. Kenshiro, percebendo a exaustão de seu companheiro, disse calmamente. — Eu vou encontrar você em breve, Kazuki. Descanse e receba os cuidados médicos. — Kazuki, com um aceno de cabeça, seguiu o médico, sentindo-se um pouco mais aliviado por ter um momento para se recompor.

Kenshiro e o mensageiro continuaram pela vila, avançando em direção ao prédio central onde encontrariam o responsável pela mesma. O líder da vila, um homem de aparência austera e imponente, os recebeu com uma expressão séria. Kenshiro e o mensageiro reportaram tudo o que havia acontecido durante a missão, detalhando o ataque dos homens e as dificuldades enfrentadas. O líder da vila, após ouvir atentamente, sugeriu que um relatório fosse enviado imediatamente para Konoha, aguardando instruções sobre os próximos passos. Contudo, ele garantiu que a mensagem havia sido entregue e que o objetivo principal da missão estava cumprido.

Enquanto Kenshiro retornava para encontrar Kazuki, refletia sobre a batalha e a resiliência do jovem genin. Encontrou-o deitado em uma cama, com algumas ataduras nos braços e no rosto, e um olhar distante que denunciava seu estado mental fragilizado. Kenshiro, tentando trazer algum conforto. — A mensagem foi entregue, Kazuki. A missão está concluída. Agora, só precisamos esperar as instruções de Konoha. — Kazuki ouviu as palavras de Kenshiro, mas sua mente ainda estava mergulhada em pensamentos sombrios. Ele não conseguia afastar a sensação de fracasso e a preocupação constante com sua irmã.

Percebendo o desânimo de Kazuki, Kenshiro tentou animá-lo. — Por que não procuramos um lugar para almoçar e planejamos alguns treinos enquanto aguardamos as notícias de Konoha? — A ideia de treinar, apesar de inicialmente não agradar muito a Kazuki, pareceu-lhe uma oportunidade de distrair-se e talvez recuperar um pouco de sua confiança. Com um leve aceno, Kazuki concordou.

Após um almoço rápido e silencioso em um restaurante local, onde Kazuki mal tocou na comida, os dois se dirigiram ao campo de treinos da vila. Kenshiro, com sua postura sempre calma e didática, começou a explicar alguns pontos cruciais sobre o Ninjutsu e como Kazuki poderia melhorar suas habilidades. — Kazuki, o uso do Ninjutsu não é apenas uma questão de canalizar chakra. É preciso precisão e controle para tornar suas técnicas mais efetivas. Vamos começar com a teoria.

Kenshiro falou sobre a importância de combinar elementos para aumentar a eficácia das técnicas. — A água é um ótimo condutor para o raio. Se você conseguir dominar a combinação do Raiton com o Suiton, suas habilidades serão muito mais poderosas. — Kazuki ouvia atentamente, tentando absorver cada detalhe. — Além disso, — continuou Kenshiro — nunca tire os olhos do seu adversário. Foi um erro que quase custou caro na última batalha.

A conversa então direcionou-se ao Kanashibari no Jutsu. Kenshiro explicou que, apesar de ser uma técnica simples, sua eficácia dependia muito da força do Ninjutsu do usuário. — Para que essa técnica seja realmente poderosa, você precisa aumentar seu poder de Ninjutsu. É isso que vamos trabalhar. — Kazuki, apesar de sentir-se sobrecarregado com tantas informações, começou a vislumbrar uma pequena chama de esperança. Ele queria melhorar, queria ser mais forte.

Durante a explicação, Kazuki mencionou sua habilidade de absorver chakra, algo que surpreendeu Kenshiro. — Isso é incrível, Kazuki! Nunca conheci um ninja com essa habilidade. Você deve explorar isso ao máximo. — Kenshiro não conseguia dar muitas orientações específicas sobre a habilidade, mas incentivou Kazuki a não subestimá-la e a encontrar formas de integrá-la em suas técnicas.

A tarde passou rapidamente enquanto os dois discutiam estratégias e treinamentos. Kenshiro percebeu que, apesar da melancolia e depressão de Kazuki, havia um desejo genuíno de melhorar e proteger aqueles que ele amava, especialmente sua irmã. — Kazuki, você tem potencial. Só precisa acreditar em si mesmo e trabalhar duro. Estou aqui para ajudar.

Após toda a teoria e planejamento, a noite começou a cair, e os dois decidiram ir jantar e descansar. O jantar foi novamente silencioso, mas desta vez, Kazuki sentia-se um pouco mais leve, como se as palavras de Kenshiro tivessem plantado uma semente de esperança em seu coração. Enquanto caminhavam de volta para o alojamento, Kenshiro falou. — Amanhã será um dia intenso de treinos. Descanse bem, Kazuki. Você vai precisar de toda a sua energia.

Kazuki, já no quarto, deitou-se na cama e, pela primeira vez em muito tempo, permitiu-se sentir um pouco de esperança. A presença de Kenshiro e sua orientação estavam começando a criar um senso de respeito e companheirismo. Admirava a experiência e a calma do Jonin, desejando um dia alcançar esse nível de habilidade e confiança. Com esses pensamentos, adormeceu, preparando-se mentalmente para os desafios que o próximo dia traria.

E assim, a noite trouxe um descanso necessário e a promessa de um novo começo. Kenshiro e Kazuki estavam prontos para enfrentar os próximos dias de treino, aguardando ansiosamente as instruções de Konoha, mas cientes de que, juntos, poderiam superar qualquer desafio.

[ 200 | 275 ] Vitalidade __ [ 150 | 275 ] Chakra __ [ 1 | 2 ] Stamina

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— Kunai: [ 7 | 7 ]
— Shuriken: [ 4 | 4 ]
— Senbon: [ 4 | 4 ]
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— Kemuridama: [ 3 | 3 ]
— Hikaridama: [ 3 | 3 ]

Última edição por Liater em 30/7/2024, 08:20, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : Quando postei, não reparei que o texto foi apenas meio e só hoje vi. Entre editar e apagar os seguintes e repostar, não sabia qual seria a melhor opção, então decidi editar.)

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29/7/2024, 19:29

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Segunda missão realizada:

O fardo da escolta: parte 5

Na manhã seguinte, Kenshiro acordou cedo, a luz da manhã já começava a invadir seu quarto através das frestas da janela. Ele se levantou, espreguiçando-se, e notou que Kazuki não estava no quarto. Onde ele pode estar tão cedo? pensou, enquanto saía do quarto em busca do jovem genin.

Ao perguntar por Kazuki a alguns moradores da vila, todos apontaram na mesma direção: o campo de treinos. Kenshiro sorriu, um sorriso que misturava orgulho e alívio. Não esperava menos de alguém tão exigente consigo mesmo como Kazuki. Caminhando tranquilamente pela vila, Kenshiro seguia o caminho familiar até o campo de treinos, observando os preparativos matinais dos moradores. O sol mal havia nascido, mas a vila já estava em atividade.

Quando Kenshiro chegou ao campo de treinos, avistou Kazuki ao longe, treinando intensamente. O cenário era de uma verdadeira batalha, com várias árvores danificadas, postes de treino quebrados e buracos no chão cheios de água, provavelmente de algum jutsu de Suiton que ele havia utilizado. Conforme se aproximava, Kenshiro pôde ver mais claramente o esforço de Kazuki. A respiração ofegante do jovem, suas roupas sujas e suadas, e o estado do campo de treino eram testemunhas da intensidade do treinamento.

Kenshiro se aproximou mais e perguntou, com um tom encorajador. — Como estão os treinos, Kazuki? — Sem responder com palavras, Kazuki lançou um olhar determinado para Kenshiro, antes de olhar para uma árvore que servia de alvo. Com um rápido movimento das mãos, ele realizou uma série de selos e criou um chicote de água que envolveu a árvore com força. O chicote apertou tão forte que causou fissuras na casca da árvore. Em seguida, Kazuki canalizou seu chakra Raiton através do chicote, enviando uma corrente elétrica que fez a árvore explodir em uma pequena nuvem de fumaça e estilhaços de madeira. Kenshiro não pôde deixar de se impressionar. — Excelente trabalho, Kazuki. Isso é uma evolução impressionante! — elogiou, com um sorriso de aprovação.

Kazuki demonstrou mais confiança ao receber o elogio de Kenshiro. Já não era tão poupado nas palavras, ainda que continuasse lacônico. Kenshiro, satisfeito com o progresso do jovem. — Continue assim. Vou me encontrar com o líder da vila para saber se há notícias de Konoha. Tenha um bom treino. — Com um aceno de cabeça, Kazuki voltou ao seu treinamento, enquanto Kenshiro se afastava.

Kazuki, agora sozinho novamente, respirou profundamente e começou uma série de técnicas de meditação para recuperar o fôlego. Bebeu água de sua cantil e, como de costume, colocou uma chiclete na boca, mastigando lentamente enquanto se concentrava. O campo de treino, ao redor dele, era um campo de batalha pessoal, onde cada golpe, cada técnica, era um passo em direção à perfeição.

O tempo passou rapidamente enquanto Kazuki treinava. A intensidade dos seus movimentos e a determinação em seu olhar deixavam claro o quanto ele se empenhava. Quando Kenshiro voltou ao meio-dia, trazia consigo duas marmitas. — Vamos, Kazuki, hora do almoço. — chamou. Kazuki, exausto, aproximou-se e sentou-se ao lado de Kenshiro. Enquanto devorava a comida como se não comesse há dias, Kenshiro comentou com uma risada. — Kazuki, seu esforço está fedendo mal. Mas é bom ver que você está se dedicando tanto.

Kazuki, com a boca cheia, não deu muita atenção ao comentário, focado em satisfazer sua fome insaciável. Kenshiro, observando o jovem, sentiu um misto de admiração e preocupação. Sabia que Kazuki era extremamente exigente consigo mesmo, muitas vezes até demais. Após terminarem o almoço, Kenshiro informou. — Ainda não há notícias de Konoha, então teremos que passar mais uma noite aqui. Sei que você está preocupado com sua irmã, mas estamos fazendo o possível.

A preocupação no rosto de Kazuki era evidente, mas Kenshiro tentou animá-lo. — Vamos treinar juntos à tarde. Quero ver todos os seus jutsus para poder ajudá-lo a melhorar. — Kazuki, motivado pela proposta, aceitou com um leve aceno de cabeça. A tarde foi intensa, com Kazuki demonstrando todas as suas técnicas. Suiton, Raiton e Ninjutsu eram seu foco, e Kenshiro dava dicas preciosas para cada uma delas, ajudando-o a aprimorar o controle de chakra e a eficácia das técnicas.

Quando o sol começou a se pôr, Kenshiro decidiu que era hora de parar. — Kazuki, está na hora de jantar. Vá tomar um banho, porque você fede. Encontre-me no restaurante de ontem — disse com um sorriso. Kazuki resmungou, mas a exaustão era evidente. Seus últimos jutsus estavam fracos e sem precisão, indicando que ele realmente precisava de descanso. Aceitou a sugestão e se dirigiu ao quarto para tomar banho.

No quarto, após um banho rápido, Kazuki sentou-se na cama com a intenção de descansar apenas por alguns minutos. No entanto, o cansaço tomou conta, e ele acabou adormecendo profundamente. Kenshiro, após jantar sozinho, passou pelo quarto de Kazuki e ouviu o som do ressonar alto. Sorriu, entendendo que o jovem precisava daquele descanso.

Na manhã seguinte, Kenshiro acordou novamente e encontrou o quarto de Kazuki vazio. Já sabia onde encontrá-lo. Dirigiu-se diretamente ao campo de treinos e, como esperado, viu Kazuki fazendo exercícios físicos intensos. O campo de treino estava ainda mais danificado do que no dia anterior, com novos sinais de técnicas de Ninjutsu. Kenshiro optou por não interrompê-lo, observando de longe por alguns minutos antes de se dirigir ao encontro com o líder da vila.

O tempo passou, e quando Kenshiro voltou ao meio-dia com o almoço, encontrou Kazuki novamente exausto, mas ainda treinando. — Hora do almoço, Kazuki — chamou. Kazuki, sem hesitar, sentou-se para comer, devorando a comida com a mesma voracidade do dia anterior. — Ainda não há notícias de Konoha. Continue treinando, mas não se esforce demais. — informou Kenshiro.

À noite, Kenshiro encontrou Kazuki novamente no campo de treinos, desta vez caído de exaustão. O jovem estava dormindo no chão, completamente sujo e suado. Kenshiro suspirou, admirando a determinação de Kazuki, mas também preocupado com sua saúde. Carregou o jovem de volta ao quarto, tapando o nariz devido ao cheiro forte, e o colocou na cama para que pudesse descansar adequadamente.

No dia seguinte, ao ser informado de que Kazuki ainda não havia saído do quarto, Kenshiro decidiu deixá-lo descansar. Foi falar com o líder da vila para verificar se havia notícias de Konoha. Após cerca de uma hora, Kenshiro voltou ao quarto de Kazuki e bateu na porta. O jovem, ainda sonolento, levantou-se e abriu a porta, sem perceber que ainda estava sujo e suado do dia anterior.

Kenshiro, com um sorriso, disse. — Temos notícias de Konoha, Kazuki. A missão de entrega da mensagem foi um sucesso. Mas temos uma nova missão: encontrar e capturar ou eliminar os criminosos que nos atacaram. — Um sorriso surgiu no rosto de Kazuki, uma rara expressão de contentamento. Estava feliz por finalmente terem recebido notícias e por estarem mais perto de voltar para sua irmã, mas também por ter a chance de vingar-se dos criminosos agora que se sentia mais forte.

Antes de partirem, Kenshiro brincou. — Mas antes de qualquer coisa, vá tomar um banho. Seu cheiro é insuportável e certamente derrotaria qualquer ninja. — Os dois riram, uma risada inesperada para Kazuki, que não costumava gargalhar. Kenshiro disse para ele estar pronto em uma hora e encontrá-lo no portão da vila.

Kazuki, ainda sorrindo, entrou no quarto para se preparar. A missão que se avizinhava era perigosa, mas ele estava determinado. Tomou um banho rápido, sentindo a água lavar a sujeira e o cansaço dos dias intensos de treinamento. A confiança que Kenshiro depositava nele, combinada com a admiração crescente que sentia pelo jonin, fortalecia sua determinação. Estava pronto para a nova missão e para mostrar que podia ser um ninja tão respeitável quanto Kenshiro. Enquanto a água escorria, Kazuki mastigava uma chiclete, concentrando-se no que estava por vir, sentindo-se preparado para qualquer desafio.

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O fardo da escolta: parte 6

Kazuki chegou ao portão da vila pontualmente, um minuto sequer atrasado. Kenshiro já estava lá, conversando com os guardas. No rosto de Kazuki, havia uma expressão séria, a determinação para buscar vingança clara em seus olhos. Uma chiclete estava em sua boca, ajudando-o a atingir o nível de concentração necessário. Os dois se encontraram e, após um breve aceno de despedida aos guardas, partiram da vila, adentrando a floresta. As árvores e arbustos densos logo ocuparam toda a sua visão.

O primeiro objetivo era retornar ao local do primeiro embate e tentar rastrear o grupo dos quatro homens. Sabiam que seria difícil, pois já haviam se passado alguns dias e não havia sinais evidentes, como sangue, que pudessem seguir. Contudo, Kazuki confiava na experiência de Kenshiro, certo de que ele conhecia técnicas de rastreamento para esses casos. A viagem até o local do combate levou algumas horas. Diferente da viagem anterior, esta foi mais rápida, pois Kazuki estava fisicamente bem e não tinham acabado de sair de uma batalha.

Para a surpresa deles, o grupo estava acampado no mesmo lugar. Escondidos a alguns metros de distância, puderam ouvir um dos membros da quadrilha afirmar que provavelmente Kenshiro e Kazuki já não passariam por ali, acreditando que haviam tomado outra rota. A primeira parte da missão, encontrar os criminosos, estava concluída. A parte mais difícil ainda estava por vir: capturá-los ou matá-los.

Kenshiro e Kazuki permaneceram escondidos, conversando em sussurros. Kenshiro sugeriu que se afastassem para falar mais à vontade e traçar um plano de combate. Enquanto Kenshiro pensava em voz alta, Kazuki se perdeu em seus pensamentos. Ele havia lido muitos pergaminhos de seu pai sobre estratégias de combate, guerra e confrontos em florestas. Finalmente, começou a falar, transmitindo alguns desses ensinamentos.

— Nós não temos habilidades furtivas, então lutar no meio da floresta é uma desvantagem para nós. Pelo que sabemos deles, também não têm, já que não parecem muito cuidadosos. — Ele fez uma pausa, esperando que Kenshiro absorvesse suas palavras. — Sabemos da posição deles, mas eles não sabem da nossa. Então, o melhor que podemos fazer é escolher o local onde queremos lutar e atraí-los para lá.

Kenshiro ficou impressionado com a mente estratégica de Kazuki. O pai dele, um brilhante estrategista, havia ensinado bem o filho. Kazuki sugeriu colocar armadilhas no local escolhido para o combate, idealmente uma clareira que oferecesse espaço aberto, mas também cobertura em caso de necessidade de fuga. Kenshiro concordou, e juntos procuraram o local ideal.

Após alguns minutos, encontraram uma pequena clareira circular, com cerca de vinte metros quadrados. Era pequena, mas a armadilha que planejaram deveriam ser suficientes para lhes dar vantagem. Kenshiro seria a isca, confiando em sua experiência para se proteger caso algo desse errado. Kazuki ficou encarregado de armadilhar o local.

Kenshiro saiu da clareira, deixando Kazuki para preparar a armadilha. Enquanto trabalhava, pensamentos negativos começaram a assolar sua mente, paralisando-o. Seria aquele plano bom? As armadilhas seriam suficientes? Será que ele havia realmente ficado mais forte? As dúvidas começaram a crescer, e ele se lembrou de todas as razões para se sentir assim: a morte de seus pais, o abandono pelos irmãos e a responsabilidade de cuidar da irmã.

Os pensamentos tristes tomaram conta de Kazuki, deixando-o paralisado no momento errado. Mas ele sabia que tinha um compromisso com Kenshiro e, com muito esforço, fez seu corpo se mover. Cada movimento parecia dez vezes mais difícil, mas ele continuou. Naquele momento, só queria fugir e desistir, cansado do fardo que carregava. Queria ter tido uma infância normal, ser um ninja normal, mas a vida parecia ter reservado o pior para ele.

Lentamente, quase arrastando o corpo, Kazuki colocou-se no centro da clareira. As armadilhas estavam prontas, e ele seria o epicentro do combate iminente. Levou a mão ao bolso e tirou uma chiclete, mastigando-a para ajudar na concentração. Sem isso, seu corpo entrava em abstinência, impedindo-o de focar. Ficou parado no centro, esperando Kenshiro e os inimigos, enquanto mastigava a chiclete e tentava afastar os pensamentos negativos.

Enquanto Kazuki esperava, observava atentamente os arredores, tentando visualizar a posição da armadilha e antecipar os movimentos dos inimigos. Ele lembrava das palavras de seu pai, que sempre dizia que um bom estrategista conhecia o terreno tão bem quanto conhecia a si mesmo. Kenshiro era um jōnin experiente e Kazuki admirava sua calma e confiança. Sabia que podia confiar no mentor para liderar o ataque, mas também sabia que muito dependia de si mesmo e de suas próprias habilidades.

Kazuki olhava para suas mãos. Cada marca era um lembrete de sua jornada, de suas lutas internas e externas. Ele mastigava a chiclete mais rápido, tentando manter a mente focada no presente. A floresta ao redor parecia ainda mais silenciosa do que antes, como se estivesse segurando a respiração à espera do que viria a seguir.

Kenshiro havia confiado a ele uma parte crucial do plano, e Kazuki sentia o peso dessa responsabilidade. Lembrava-se das inúmeras vezes que se sentira inadequado, das noites em que a depressão e a melancolia o haviam consumido. Mas agora, precisava superar esses sentimentos, pelo menos por um momento. Precisava ser forte, não apenas por si mesmo, mas por sua irmã, que contava com ele, e por Kenshiro, que acreditava em seu potencial.

Os minutos passavam lentamente, cada segundo parecia uma eternidade. Kazuki continuava mastigando a chiclete, sentindo o sabor adocicado se misturar com a amargura de seus pensamentos. Respirou fundo várias vezes, tentando acalmar o coração acelerado. Ele sabia que a qualquer momento os inimigos poderiam aparecer, e precisava estar pronto.

Kenshiro havia lhe dado dicas preciosas durante o treino, e Kazuki se lembrava de cada uma delas. Ele ajustou sua postura, lembrando-se de manter o equilíbrio e a flexibilidade. A clareira era pequena, mas ele precisava usar cada centímetro a seu favor. O sol começava estava no seu auge, adicionando um ar de tensão à cena.

Finalmente, Kazuki ouviu um farfalhar distante. Seus músculos se retesaram, e ele parou de mastigar a chiclete por um momento, tentando identificar a origem do som. Era Kenshiro, e, pelo movimento, ele havia conseguido atrair os inimigos. Kazuki fechou os olhos por um segundo, concentrando-se em sua respiração. Ele sabia que o combate estava prestes a começar e que precisava estar no seu melhor.

Kenshiro surgiu na borda da clareira, com os quatro homens em seu encalço. Ele trocou um olhar rápido com Kazuki, uma comunicação silenciosa de confiança e determinação. Kazuki assentiu levemente, sentindo um novo surge de energia percorrer seu corpo. Ele estava pronto. Kenshiro fez um movimento rápido e colocou-se ao lado de Kazuki, no centro, sinalizando para os inimigos que estavam uns metros atrás dele.

Mas, naquele momento, tudo o que Kazuki podia fazer era esperar. Ele era o centro das armadilhas. O destino do combate dependia de sua capacidade de se manter firme e executar o que haviam planejado. Enquanto os inimigos se aproximavam, ele mastigou a chiclete mais uma vez, sentindo o sabor familiar lhe trazer um fio de concentração e força.

Kazuki estava pronto para enfrentar seus demônios internos e externos. Ele sabia que a batalha não seria fácil, mas, com Kenshiro ao seu lado, sentia-se mais preparado do que nunca. A noite caía lentamente, e a clareira se enchia de tensão. O jovem ninja respirou fundo, fixou os olhos no horizonte e esperou o momento de agir, sabendo que cada movimento contava e que a luta pela vingança e pela honra de sua família estava prestes a começar.

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O fardo da escolta: parte 7

Kazuki, ainda abalado pelos seus pensamentos melancólicos e depressivos, sentia o peso de cada movimento. A dor em seu corpo ecoava como um lembrete cruel das suas falhas e perdas, mas Kenshiro ao seu lado era um pilar de força e confiança que ele não podia ignorar. A presença do Jonin trazia um senso de respeito e companheirismo, algo que Kazuki não sentia há muito tempo.

Assim que os adversários se aproximaram da borda da clareira, Kazuki viu a oportunidade de agir. Seus olhos fixaram-se nos dois homens à frente, e com um rápido movimento de mãos, ele fez os selos necessários. As mãos tocaram o chão e liberaram uma teia de eletricidade. Os dois homens na frente não tiveram tempo de reagir e foram imediatamente eletrocutados, caindo no chão em espasmos de dor.

Antes que pudesse respirar aliviado, um dos dois homens restantes, posicionado em um ramo de árvore, reagiu rapidamente e lançou uma rajada de vento na direção dos dois ninjas. A força da técnica obrigou Kazuki e Kenshiro a se moverem, dissipando a teia elétrica. Os dois homens eletrocutados ainda estavam recuperando, mas os outros dois tomaram a dianteira.

Kazuki observou o homem que parecia ser o líder, o mesmo que havia dado tanto trabalho a Kenshiro no último combate. Eles avançaram rapidamente, mas quando estavam a cerca de três metros de distância, dois clones de sombra de Kenshiro deixado anteriorimente apareceram do alto, brandindo kunais. A distração foi suficiente para que Kenshiro lançasse uma bomba de luz, diretamente entre os adversários, à altura da cabeça. Kenshiro e Kazuki fecharam os olhos no momento certo, mas os inimigos não tiveram a mesma sorte e foram cegados temporariamente.

Aproveitando a abertura, Kazuki realizou alguns selos e criou um chicote de água. Com um movimento ágil, ele envolveu os dois homens com o chicote e canalizou chakra Raiton através dele, eletrocutando-os. O choque durou pouco tempo, pois os outros dois adversários, ainda ligeiramente atordoados, começaram a se mover rapidamente em direções curvilíneas, lançando várias kunais enquanto corriam. Kazuki e Kenshiro foram obrigados a recuar e a movimentar-se várias vezes para se desviarem das kuanis, desfazendo o chicote de água e libertando os homens que ainda se recuperavam da cegueira.

A batalha corpo a corpo começou com um frenesim de movimentos. Kenshiro demonstrava sua habilidade superior, defendendo e contra-atacando com precisão. Kazuki, porém, estava em desvantagem. O oponente à sua frente era forte e rápido, e ele mal conseguia se defender dos golpes brutais. Cada defesa com os braços e cotovelos doía, e ele sabia que não aguentaria muito tempo. Um soco poderoso na barriga quebrou sua guarda, e um golpe no queixo o lançou no ar, fazendo-o cair pesadamente no chão.

Deitado e ferido, Kazuki tentou se levantar, mas foi imediatamente atingido por um joelho no rosto, quebrando seu nariz e seus óculos. A dor era intensa, e ele se sentia afundar novamente na desesperança. Os pensamentos sombrios ameaçavam paralisá-lo, mas ele sabia que precisava continuar. Movendo-se lentamente e discretamente, ele enfiou a mão direita na bolsa ninja, tentando encontrar uma solução. Quando seu oponente o ergueu pelo colarinho, Kazuki teve uma ideia.

Com um movimento rápido, ele lançou uma bomba de luz de baixo para cima com o seu braço na altura da cabeça do adversário, fechando os olhos no momento exato. A explosão cegou o homem, que queixoso e a gritar de dor, largou-o, e Kazuki aproveitou a oportunidade para atacar. Retirou rapidamente uma kunai e com ela em mão, ele desferiu um golpe profundo na barriga do inimigo, que caiu de joelhos. Sem hesitar, Kazuki finalizou o homem com um golpe mortal no olho usando o mesmo objeto pontiagudo, perfurando o cérebro. O sangue escorria por suas mãos.

Kenshiro, que estava observando, ficou surpreso com a determinação de Kazuki. Ver a raiva e a dor no rosto do jovem ninja, misturadas com a resolução de continuar lutando, era um sinal de que ele estava se tornando mais forte. Os outros três inimigos estavam agora irritados e cheios de raiva pela morte do companheiro. O homem que lutava com Kenshiro recuou, juntando-se aos dois que recuperavam a visão.

Kenshiro se moveu para a frente, colocando-se em uma posição defensiva ao lado de Kazuki. — Kazuki, está bem? — perguntou, sua voz cheia de preocupação e respeito. Kazuki apenas se posicionou ao lado do jōnin, seu olhar firme e determinado. — Um já está, faltam três — respondeu, a voz carregada de raiva e resolução.

A tensão na clareira era palpável. Os três inimigos restantes estavam claramente abalados, mas ainda determinados a vingar a morte do companheiro. Kenshiro e Kazuki, por outro lado, estavam prontos para a próxima fase do combate. O jovem ninja, apesar das dores e das feridas, continuava a encontrar força para lutar.

Os pensamentos sombrios ainda rondavam sua mente, mas ele os empurrava para o fundo, focando-se na batalha. Mastigou mais uma chiclete, sentindo o sabor adocicado misturado com o sabor metálico do sangue, um pequeno ritual que o ajudava a concentrar-se. A batalha estava prestes a recomeçar, e Kazuki sabia que não podia falhar. A clareira tornara-se um campo de batalha, onde cada movimento e decisão poderiam significar a diferença entre a vida e a morte.

[ 200 | 275 ] Vitalidade __ [ 115 | 275 ] Chakra __ [ 1 | 2 ] Stamina

Técnicas usados por Kazuki:

Técnicas utilizadas por Kenshiro:

Técnica utilizada pelo adversário:

Considerações:

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30/7/2024, 17:49

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O fardo da escolta: parte 8

A clareira estava envolta em tensão e adrenalina. Kenshiro, experiente e astuto, mantinha um olhar atento sobre o líder do esquadrão inimigo, enquanto Kazuki, embora ferido e exausto, preparava-se para enfrentar seus dois adversários restantes. O líder, com um sorriso desdenhoso, ordenou. — Matarem o garoto, eu tratarei do velho. — Kenshiro, mantendo a calma característica de um jōnin, retribuiu o sorriso. — Vamos ver se você consegue. — retribuiu Kenshiro.

O líder deu um salto impressionante, passando por cima de Kenshiro e Kazuki, posicionando-se atrás deles. Kenshiro, com uma rápida rotação, ficou de frente para o líder e de costas para Kazuki. — Kazuki, você está em desvantagem numérica, mas eles já têm alguns ferimentos. Ajudarei como for possível. — Kazuki apenas assentiu, concentrado na batalha iminente. Seu corpo doía e o cansaço ameaçava tomar conta, mas ele sabia que precisava continuar lutando.

Os dois inimigos de Kazuki começaram a correr em sua direção. Um deles, usuário de Fūton, já havia mostrado sua habilidade com técnicas de vento, enquanto o outro parecia ser mais focado em combate físico. Kazuki sentiu uma onda de pânico momentâneo, seu coração batendo descompassado. Preciso ganhar tempo, pensou ele.

Decidiu correr na direção dos dois, mas ao invés de confrontá-los, saltou por cima deles, correndo até a borda da clareira. Seus adversários, confusos, deram a volta e voltaram a persegui-lo. Kazuki sabia que não podia manter essa estratégia por muito tempo. Eles estavam esperando que ele fugisse para a floresta, então ele repetiu o movimento, saltando novamente por cima deles.

Os inimigos murmuraram algo entre si, mas Kazuki não conseguiu ouvir. De repente, o usuário de Fūton começou a correr em sua direção, enquanto o outro fez selos de mão e bateu as palmas no chão. Uma onda de água surgiu em alta velocidade, forçando Kazuki a saltar para evitá-la. — Cuidado, Kenshiro! — gritou ele por ver a onda a ir na direção do companheiro, mas isso o deixou vulnerável.

No ar, o usuário de Fūton criou uma mão de chakra e atacou Kazuki, empurrando-o violentamente contra o chão. O impacto foi brutal, e Kazuki viu estrelas. O chão ao seu redor agora tinha a forma da mão que o atingira, e ele estava no centro, sentindo cada osso do seu corpo doer. — Foi mais fácil do que pensava. — ouviu um dos inimigos dizer. Kenshiro, envolvido em seu próprio combate, gritou pelo nome de Kazuki.

Com os olhos semi-abertos, Kazuki viu os dois inimigos saltarem sobre o buraco e correrem em direção a Kenshiro. Ele olhou para o céu, o azul manchado por nuvens brancas e sentiu uma brisa de outono. A tentação de adormecer era forte. Ficou ali, quase à beira do desmaio, até que ouviu Kenshiro, de costas para ele, fazer uma piada sobre sua situação. — Dava-me jeito uma ajuda, companheiro. Vamos acabar com isto.

Kazuki, lentamente, começou a se levantar. Seus inimigos, surpresos, pensaram que ele estivesse morto. Cambaleando, retirou uma kunai da bolsa ninja. Com a respiração pesada e os olhos semicerrados, levantou a kunai, desafiando-os. Os dois homens, agora furiosos, correram na sua direção com kunais em punho. Kazuki sussurrou para Kenshiro. — Hora de experimentar o Kanashibari no Jutsu. — Fez um selo de mão, mesmo com a kunai nas mesmas e, com a experiência adquirida, conseguiu paralisar os dois inimigos a um metro de distância.

Caminhou até eles, um sorriso sombrio no rosto. Kenshiro continuava sua luta intensa com o líder, incapaz de impedir o que estava prestes a acontecer. Kazuki, com sede de vingança, desferiu um golpe profundo na garganta de ambos. O sangue jorrou como uma mangueira rompida, e em poucos segundos, os corpos paralisados caíram, mortos.

No entanto, Kazuki cometeu um erro fatal. Virou as costas para os ninjas. — Cuidado, Kazuki! — gritou Kenshiro. Kazuki olhou para ele e viu Kenshiro caído no chão. Ao se virar, o líder estava ali, mesmo à sua frente. Um soco na barriga fez Kazuki se dobrar de dor. O líder então elevou o joelho rapidamente, acertando seu rosto e lançando-o para o ar. Kazuki caiu pesadamente no chão, quase desmaiado.

O líder caminhou até Kazuki, colocando uma perna de cada lado do seu corpo. A dor e o cansaço estavam quase insuportáveis. O líder aproximou-se do seu rosto, se baixando. — Vou-te matar de pancada. — Kazuki, alucinando pelos golpes na cabeça, viu a imagem de sua irmã, Mayumi, sorrindo para ele. — Mayumi — murmurou, como se fossem suas últimas palavras. O líder estava prestes a terminar o serviço, e Kazuki sentia que sua vida estava por um fio.

A clareira, que antes era palco de uma batalha feroz, agora parecia um lugar de desespero e quase morte. Kenshiro, lutando com todas as suas forças contra o líder, não conseguia evitar o que estava para acontecer. Kazuki, deitado no chão, sentia o frio da terra contra seu corpo, o gosto metálico do sangue na boca, e o som abafado das lutas ao redor. A consciência começava a se desvanecer, mas ele sabia que precisava resistir, pelo menos um pouco mais.

Com a visão turva, viu o líder levantando o punho. Sentiu um último lampejo de raiva e frustração. Tudo o que queria era proteger aqueles que amava, e agora, parecia que nem isso seria possível. A clareira, antes um lugar de confronto, agora era um cenário de desolação e medo. Kazuki, com todas as suas forças, tentou se concentrar, mas a escuridão estava prestes a envolvê-lo.

Em seus últimos momentos de consciência, uma pequena chama de esperança brilhou em seu coração. Ele não podia desistir. Não ainda. Não enquanto Kenshiro ainda estava lutando, não enquanto Mayumi ainda precisasse dele. A batalha continuava, e Kazuki sabia que tinha que encontrar a força dentro de si para continuar lutando, não importando o custo. A clareira era um campo de batalha, mas também um lugar de redenção e sobrevivência.

[ 50 | 275 ] Vitalidade __ [ 95 | 275 ] Chakra __ [ 2 | 2 ] Stamina

Técnicas usados por Kazuki:

Técnica utilizada pelos adversários:

Considerações:

Bolsa de Armas [ 17 | 20 ]
— Kunai: [ 5 | 7 ]
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— Senbon: [ 4 | 4 ]
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— Kemuridama: [ 3 | 3 ]
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31/7/2024, 05:56

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O fardo da escolta: parte 9

O líder do grupo ajoelhou-se sobre Kazuki, sua expressão carregada de ódio e determinação. Cada soco que desferia na face de Kazuki era mais um golpe cruel, abrindo novas feridas e criando hematomas. Kazuki já mal conseguia resistir à vontade de desmaiar. Seu mundo tornava-se um borrão de dor e escuridão, intercalado apenas pelos breves momentos de clareza onde ele via o rosto de sua irmã, Mayumi. Era essa visão que lhe dava forças para continuar.

Então, de repente, os socos cessaram. O peso sobre seu corpo foi aliviado, como se o homem tivesse sido arrancado dali. Kenshiro? Kazuki mal podia acreditar. Ele ouvia sons de luta, mas estava tão debilitado que não conseguia se concentrar neles. Virou a cabeça, com esforço, e vislumbrou duas figuras em combate, indistintas na sua visão turva. Ele queria ajudar, mas cada parte de seu corpo doía, e a exaustão o forçava a fechar os olhos repetidamente.

O tempo parecia se esticar e comprimir. Às vezes, Kazuki sentia que adormecia e acordava em um instante. Outras, os sons da luta mudavam de posição e intensidade, como se horas tivessem passado. Quanto tempo mais isso vai durar? pensou ele, sentindo-se à beira do desespero. A cada retorno à consciência, o cenário mudava, mas sua fraqueza permanecia a mesma.

Ele sentiu passos apressados na sua direção. Será que é o fim?, pensou, resignado. Mas, ao invés de um golpe final, ouviu a voz firme de Kenshiro. — Aguente, Kazuki. Vamos voltar para a vila para recuperar. — Kenshiro levantou Kazuki com cuidado, apesar da dor evidente no próprio corpo. Kazuki não conseguiu evitar um gemido ao ser movido, mas a força do seu companheiro era reconfortante.

Kenshiro saltou de árvore em árvore, cada movimento causando uma nova onda de dor em Kazuki. Mesmo assim, ele se sentia grato. A exaustão o venceu, e ele desmaiou, sendo carregado pelo seu companheiro.

Quando Kazuki acordou, estava em um hospital improvisado. Uma pequena janela deixava entrar a luz suave do amanhecer. Sentia-se pesado, mas um pouco mais forte. Olhou ao redor e viu Kenshiro em uma cama próxima, o braço imobilizado e coberto de curativos. Ele me carregou mesmo assim, pensou, admirado.

Na cama à frente, estava o líder do grupo inimigo, sob a vigilância de dois guardas que não usavam a bandana de Konoha, mas sim da vila aliada. O líder estava inconsciente, com os membros presos por algemas robustas. Não estamos em Konoha, percebeu Kazuki.

O dia nasceu, e aos poucos, a vila ao redor do hospital improvisado despertou. Kenshiro acordou, percebendo Kazuki sentado na cama, olhando pela janela. — Kazuki — chamou Kenshiro, com um sorriso cansado. — Foi uma missão difícil e você sofreu muitos ferimentos, mas vai ficar bem. Você não sofreu mais nenhum ferimento ósseo, tirando o nariz que foi partido, mas os médicos já o colocaram no lugar. Deve repousar e estará recuperado em breve.

Kazuki virou-se para ele, a gratidão evidente em seus olhos. — Obrigado, Kenshiro. Você salvou minha vida.

Kenshiro sorriu. — Você lutou muito bem, Kazuki. Foi muito resiliente e não desistiu. Seu esforço foi visível, e se concluímos a missão, também foi graças a você.

Kazuki assentiu, mas o peso dos acontecimentos ainda pesava sobre ele. Olhou para o prisioneiro na cama à frente. — Decidi não matá-lo para que possa responder pelos crimes em Konoha. Trouxe-o com um clone, visto que não podia carregar os dois — explicou Kenshiro. — Ontem, quando chegamos, falei com o líder da vila aqui. Pedi para ele notificar Konoha, e que voltaríamos assim que nos recuperássemos.

Apesar das palavras encorajadoras, Kazuki sentia uma sombra se abater sobre ele. Tinha matado três homens e, ainda assim, não se sentia forte o suficiente. Seu ninjutsu estava mais poderoso, mas fisicamente, ele era fraco. Precisava de mais resistência, de não se cansar tão rapidamente. A descarga de adrenalina havia passado, e com ela, os pensamentos negativos retornaram com força.

Deitou-se novamente, observando o céu através da janela. O dia estava claro, mas sua mente estava nublada com pensamentos sombrios. Preciso me tornar mais forte, pensou, sentindo a melancolia tomar conta. As imagens da batalha ainda passavam por sua mente, misturadas com lembranças de Mayumi. Ele queria descansar, mas sua mente não lhe dava paz.

Enquanto a vila começava seu dia, Kazuki permanecia preso em seus pensamentos. Kenshiro, percebendo o estado do amigo, deixou-o em silêncio, respeitando seu tempo. A recuperação seria lenta, mas Kazuki sabia que precisava aproveitar cada momento para se fortalecer, tanto física quanto mentalmente.

Ele fechou os olhos, sentindo a brisa da manhã entrar pela janela. A luta havia acabado, mas a batalha interna de Kazuki estava apenas começando. Ele queria voltar para casa, para Konoha, mas sabia que ainda tinha um longo caminho a percorrer. E, apesar da dor e do cansaço, uma pequena chama de determinação ainda brilhava em seu coração. Precisava se levantar, se reconstruir e estar pronto para a próxima batalha.

[ 275 | 275 ] Vitalidade __ [ 275 | 275 ] Chakra __ [ 0 | 2 ] Stamina

Considerações:

Bolsa de Armas [ 17 | 20 ]
— Kunai: [ 5 | 7 ]
— Shuriken: [ 4 | 4 ]
— Senbon: [ 4 | 4 ]
— Kibaku Fūda: [ 4 | 4 ]
— Kemuridama: [ 3 | 3 ]
— Hikaridama: [ 2 | 3 ]

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Formando

Tenha sua ficha de personagem aprovada.

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Compre/treine três jutsus.

Falando em Ninjutsu...

Tenha 10 jutsus & complete cinco missões de profissão.

Primeiros Passos de um Ninja

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Ficha de Personagem :

Gestão de Fichas :

Liater

Genin

31/7/2024, 08:59

Objetivos:
— Duas missões rank C.
— Qualidade treinável Habilidade em Ninjutsu.

Requisitos de posts e palavras: 8 posts com, no mínimo, 450 palavras e 2 posts com, no mínimo, 200 palavras.

Missão realizada inicialmente:

Segunda missão realizada:

O fardo da escolta: parte 10

Passaram algumas horas desde que Kazuki e Kenshiro acordaram após uma boa noite de descanso. O ambiente no hospital improvisado estava tranquilo, mas a sensação de alívio era palpável. Um ninja médico entrou na sala para fazer uma última observação aos três pacientes ali. Ele verificou as bandagens e os sinais vitais, e com um olhar avaliador, declarou que a recuperação estava em bom andamento. — Vocês podem ir para casa — disse ele, sem se preocupar muito com a condição do prisioneiro. Para ele, a prioridade era liberar os shinobis de Konoha, que estariam melhor atendidos em suas próprias instalações.

Kenshiro e Kazuki levantaram-se com alguma cautela, as dores dos ferimentos ainda presentes. Vestiram suas roupas devagar, evitando movimentos bruscos. Kazuki não falava muito, mas o olhar de agradecimento que deu a Kenshiro ao terminar de se vestir dizia mais do que qualquer palavra. Kenshiro, por sua vez, sabia que não precisava de muitas palavras para se comunicar com seu jovem companheiro.

— Parece que vamos para casa, Kazuki. Mas ainda temos uma longa viagem pela frente — comentou Kenshiro, enquanto ajustava a bandana na testa. Kazuki apenas assentiu, mas por dentro, sentia uma mistura de alívio e ansiedade. Estava ansioso para voltar a Konoha, para ver sua irmã Mayumi, mas o pensamento da longa jornada pela floresta ainda o deixava preocupado. Sabia que não podia deixar sua mente vagar para os cenários negativos, mas era uma batalha constante contra sua própria natureza melancólica.

Os guardas trouxeram o prisioneiro, ainda algemado, e seguiram juntos até o portão da vila. Kenshiro agradeceu aos guardas, e com um breve aceno de despedida, começaram a caminhada. Kazuki sentia o peso dos últimos dias em cada passo, mas a presença de Kenshiro ao seu lado dava-lhe uma certa tranquilidade. Eles caminharam em silêncio, o som dos passos no chão da floresta sendo o único ruído que os acompanhava.

Kenshiro tentou iniciar uma conversa algumas vezes, mas Kazuki estava perdido em seus pensamentos, economizando nas palavras. Ele gostava de Kenshiro e apreciava o companheirismo que desenvolveram, mas sua natureza retraída e os pensamentos negativos constantes tornavam difícil manter uma conversa. Quando Kenshiro percebia que Kazuki não estava respondendo, apenas sorria compreensivo e continuava a caminhada.

O prisioneiro atrasava o ritmo do grupo, suas algemas limitando seus movimentos. Kazuki, sempre vigilante, mantinha um olhar atento no homem e nos arredores. Estava determinado a não baixar a guarda, mesmo sentindo o cansaço tomar conta de seu corpo. Horas se passaram, e a escuridão da noite começou a envolvê-los. Decidiram acampar, Kenshiro montando um pequeno acampamento com uma mão só, enquanto Kazuki preparava a área ao redor e verificava se estavam seguros.

— Vamos descansar um pouco. Eu preparo a comida — disse Kenshiro, começando a preparar uma refeição simples, mas nutritiva. Kazuki observava o prisioneiro, que estava sentado, encostado em uma árvore, aparentemente exausto. Depois do jantar, Kenshiro tomou a iniciativa de dormir primeiro. Kazuki, com sua natureza vigilante e inquieta, ficou de vigia.

A noite estava calma e serena, os sons da floresta sendo os únicos a quebrar o silêncio. Kazuki mascava uma chiclete, um hábito que o ajudava a se concentrar e manter a mente longe dos pensamentos sombrios. Mas mesmo assim, os pensamentos negativos invadiam sua mente. A batalha havia mostrado suas limitações, e a dor física não se comparava à dor emocional que sentia.

Quando chegou a vez de Kenshiro fazer a vigia, Kazuki deitou-se no chão duro e frio. Não era nem de longe tão confortável quanto a cama do hospital, mas o cansaço o venceu. Seus sonhos eram fragmentados, cheios de imagens de batalhas e rostos familiares. Quando a manhã chegou, ele se levantou devagar, sentindo os músculos rígidos e os hematomas começando a cicatrizar.

Continuaram a caminhada ao amanhecer. A jornada era lenta, mas ao final da manhã, os portões de Konoha finalmente apareceram no horizonte. Os guardas da vila aproximaram-se desconfiados, mas ao reconhecerem Kenshiro, prontamente abriram caminho. Kenshiro deu ordens para levarem o prisioneiro para interrogatório e depois para uma cela. Havia muitas perguntas a serem respondidas, especialmente sobre como informações confidenciais haviam sido obtidas pelo inimigo.

Passaram pelos portões, e Kenshiro virou-se para Kazuki. — Vou ao gabinete de missões para relatar tudo o que aconteceu. Vá ver sua irmã, Kazuki. Tenho certeza de que ela está com tantas saudades de você quanto você dela — disse ele, acenando enquanto se afastava.

Kazuki assentiu e começou a caminhar em direção à sua casa. Cada passo era uma mistura de ansiedade e alívio. Estava ansioso para abraçar sua irmã, para ver o brilho nos olhos dela e ouvir sua voz. Sentia uma saudade profunda, e a cada passo, a esperança de vê-la crescia.

Finalmente, chegou à porta de sua casa. Hesitou por um momento, a mão pairando sobre a maçaneta. Respirou fundo, tentando acalmar o coração acelerado. Abriu a porta devagar, e foi recebido por um grito de alegria. — Kazuki! — Mayumi correu em sua direção, envolvendo-o em um abraço apertado. Ele retribuiu o abraço, sentindo as lágrimas escorrerem pelo rosto.

— Eu estou de volta, Mayumi — disse ele, a voz embargada pela emoção. Ela olhou para ele, os olhos brilhando com alívio e felicidade. — Eu senti tanto a sua falta — disse ela, e Kazuki sabia que finalmente estava em casa. O peso da missão, das lutas e dos pensamentos sombrios parecia um pouco mais leve. Estava de volta ao lugar onde pertencia, cercado pelo amor de sua irmã. E por um momento, tudo estava em paz.

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