Mini-Trama de Suna

Quem Perde Sai — 8

Olhei no fundo dos olhos de Panda na tentativa de perceber o quão interessado ele estava no jogo de poker, o que quase me fez desistir de trocar meu dinheiro por algumas fichas. Percebendo que ele não tinha a menor intenção de jogar, tentaria trocar apenas as minhas moedas em fichas, cerca de quinhentos mil, metade do aluguel da minha casa. Perder tudo aquilo iria me deixar em uma situação complicada, mas acho que essa era a graça do jogo.

Caso conseguisse trocar as fichas por dinheiro, entraria no jogo como um garoto amador, e de fato eu era, mesmo que minha inteligência acima da média pudesse me ajudar a cobrir as pequenas falhas de um iniciante qualquer. A princípio, começaria com apostas seguras, aumentando entre duas a três vezes o valor da mesa quando estivesse confiante de uma mão um pouco melhor. Conforme chegasse outros jogadores, iria arriscar um pouco mais, me apresentar como uma criança sortuda que não fazia a mínima ideia do que estava fazendo poderia provocar dúvidas nos jogadores da mesa, uma pequena confusão que poderia ser utilizada vez ou outra nas minhas tentativas de blefar.

Ficaria na mesa por alguns minutos, não mais do que quarenta. Independente do estrago causado na minha carteira ou a pequena possibilidade de aumentar minhas economias, deixaria a mesa para explorar o cassino um pouco mais. Fiquei interessado nas escadarias, querendo saber o que poderia haver no andar de cima, sinalizei para Panda e andamos naquela direção. Caso eu ouvisse o som dos homens brigando, iria ignorar para aproveitar ainda mais aquela distração para perambular por aí sem chamar muita atenção. Com olhos atentos e curiosos, iria procurar por quartos privados, conversas alheias que fossem interessantes ou qualquer coisa que fosse divertida.

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HP: —/— CH: 2.385/3.075 — ST: 01/08 — SAKKI: 20/50

Considerações:

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Quem Perde Sai — 9

O saco cheio de fichas me fez sentir orgulho da minha primeira jogatina no cassino, mas não era como se o dinheiro realmente importasse, o que valia mesmo era a diversão. Nos quartos, deixei as fichas para as duas camareiras dividirem, insistiria que aceitassem como gorjeta pelo trabalho e que se algum funcionário não acreditasse, poderia falar comigo. Os quartos não tinham nada de interessante, apenas um bom lugar para descansar, quem sabe até realizar algum ritual para Jashin, mas talvez não fosse o momento.

— E agora, o que você quer fazer Panda?
— Meu senso de responsabilidade indica que já estamos matando o serviço por muito tempo. Quando foi a última vez que nos contrataram para trabalhar, mas deixaram a gente tão livre para fazer nada por aí?
— É um cassino, também gostam do nosso dinheiro. — respondi.
— Eu não tinha dinheiro e mesmo assim me pediram para ficar distraído.

A desconfiança de Panda estava me deixando um pouco ansioso, enfiei duas gomas de mascar na boca e comecei a refletir a situação. Não que acreditasse em algo cheirando mal por ali, mas não iria apenas debochar dos argumentos de Panda sem nem mesmo refletir. Por que querem os ninjas protetores do evento distraídos? Será que isso tem alguma coisa a ver com eles dizendo que também são profissionais? São ninjas? Droga! Isso está ficando cada vez mais esquisito, por que eu fui comprar essa ideia da conspiração do Panda?

— Honestamente, espero que esteja certo. Ainda estou com um pouco da adrenalina de hoje mais cedo. Vamos estender um pouco mais os nossos olhos.

Ainda no quarto, realizaria os sete selos de mãos [6s/s] na intenção de ativar o Reitai: Yūtai Ridatsu, uma técnica que criaria um clone fantasma do meu corpo. O meu eu fantasma ao ser criado, teria a mesmíssima aparência, mudando apenas algumas características que o tornavam excelente no trabalho de espionagem, como atravessar paredes, ser invulnerável e a melhor parte, se comunicar a distância.

— Quero que procure pelo homem que nos apresentou o cassino na entrada, me informe tudo o que ele estiver fazendo de suspeito — ordenei ao meu eu fantasma, o liberando para sua missão ultra secreta. Que saiu atravessando as paredes dos quartos, de volta ao salão. — Vamos voltar ao salão.

Com olhos mais atentos às situações estranhas, tomei o caminho de volta observando tudo o que poderia chamar a minha atenção, não o dinheiro, as balas e os jogos, mas a movimentação das pessoas e o que elas faziam de diferente. Na escadaria, encontraria os funcionários no caminho. Agrupados em grande quantidade, longe das mesas e dos seus respectivos trabalhos, o que me fez ficar com uma pulga atrás da orelha. A aparência do homem ainda estava na minha cabeça, bem como sua voz, o que me daria uma ideia interessante antes de ser visto pelos funcionários. Tentaria utilizar o Henge no Jutsu para me transformar em Anzen, e me aproximar dos homens.

— Encontrei esse animal matando serviço lá em cima, o que vocês estão fazendo? — perguntei, observando atentamente o que eles estavam aprontando. Esperaria para ver qual seriam suas reações, de estranheza? Raiva? Medo? De qualquer forma, parecia engraçado para mim.

Caso eu conseguisse sentir alguma hostilidade verdadeira vindo dos funcionários, iria me preparar para confrontar como um ninja. Então, amassaria uma quantidade de chakra no meu estômago, fundindo com o Raiton para criar uma técnica de imobilização, o Raiton: Amigumo [Força 720 - 22m/s]. Com as mãos no chão, tentaria criar uma teia de eletricidade para impedir os movimentos dos funcionários hostis, além de usar minha conexão fantasma para passar essa informação ao meu eu fantasma. Com isso, ele também saberia que alguma coisa estava acontecendo de errado. O que também serviria de alternativa para alertar os demais membros do time de segurança dos problemas que estaríamos enfrentando.

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HP: —/— CH: 2.240/3.075 — ST: 02/08 — SAKKI: 20/50

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Quem Perde Sai — 10

Na entrada! Com essa informação adquirida, usaria minha conexão fantasma para compartilhar a localização do homem que julguei ser a cabeça por trás de qualquer problema que estávamos enfrentando por ali, o senhor Anzen. Já minha versão fantasmagórica, compartilharia essa informação com os meus aliados após encontrá-los. Uma vez ao lado deles, também ficaria uma situação um pouco melhor do salão por causa da conexão fantasma, percebendo que teria que lidar com os inimigos do corredor o quanto antes.

Desfiz o Henge no Jutsu e sinalizei para Panda recuar, juntei as mãos acumulando uma enorme quantidade de chakra puro, tão denso e poderoso que formou uma camada esférica com cinco esferas menores no interior. Rapidamente, utilizaria a técnica Amenomihashira [Força 1580 - 42m/s], que lançada na direção dos inimigos, iria desencadear uma explosão de chakra mortal com a intenção de obliterar os homens a partir do que estava no centro, momento que valeria pena me especializar em ninjutsu, aumentando ainda mais a proporção explosiva para não deixar nenhum deles de fora.

Depois de enfrentar os homens no corredor, corri o mais depressa que consegui, onde contaria com o apoio da técnica Raigeki no Yoroi para aumentar ainda mais minha capacidade de deslocamento [22m/s], sendo acompanhado por Panda em sua própria velocidade. Rapidamente, usaria minhas capacidades dedutivas e o conhecimento prévio do meu eu fantasma para compreender o cenário, desejava ajudar a dupla sem atrapalhar nenhuma de suas manobras, seja defensivas ou ofensivas. No salão, assim que pude notar a presença dos inimigos se transformar em fumaça, não consegui imaginar em uma outra forma de atacar que não fosse com as minha mais violenta técnica de chamas, depressa, misturei converti meu chakra em chamas, criando um ciclone de fogo precisamente controlado ao meu redor, para então, lançar o Katon: Kaen Senpū [Força 840 - 42m/s]. As chamas tinham a intenção de acabar com a suas formas exóticas de fumaça, mas se eles ainda fossem capazes de sobreviver ao ataque ofensivo e às queimaduras, continuaria com mais uma sequência de poder ofensivo. Com um forte pisão no solo, tentei erguer dois enormes blocos de terra do chão, onde usaria duas manipulações elementais de Doton para lançar os enormes blocos em velocidade máxima [Força 840 - 42m/s], um em cada adversário, os esmagando com violência contra a parede do cassino.

O uso excessivo de técnicas estava começando a afetar minhas reservas de chakra de uma forma violenta, mas eu já havia aprendido essa lição na última missão de graduação, guardando um pouco para o confronto final. Se os adversários estivessem mesmo derrotados e não restasse mais nenhum obstáculo, avançaria em velocidade máxima [22m/s] até a entrada, onde encontraria Anzen nos portões.

— No fim, acho que seus funcionários não são tão profissionais como disse. — diria, ao pegá-lo de surpresa. Caso Anzen tentasse fugir, utilizaria minha versão fantasma para assustá-lo, atravessando seu o seu corpo a fim de reduzir sua velocidade na tentativa de fuga. Independente de funcionar ou não, eu tinha provas o suficiente para culpar aquele homem, onde utilizaria uma técnica no solo, com a intenção de selar seus movimentos por completo com o Isshi Tōjin [22m/s]. Uma barreira se formaria no chão, linhas pretas de chakra criando o fuinjutsu de aprisionamento.

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HP: —/— CH: 0.887/3.075 — ST: 03/08 — SAKKI: 20/50

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Quem Perde Sai — 11

Senti meu coração se agitar com o desenrolar de tantas coisas, as mortes na estrada, as mortes no cassino, tantas almas sendo ceifadas e enviadas para o inferno, mas Anzen era diferente, aquele era o homem que havia provocado todo aquele caos nesse dia. Sua alma era a que mais precisava de uma salvação, e apenas Jashin poderia lhe mostrar o caminho. Minha versão fantasma acabou assustando o homem, permitindo uma pequena brecha, que seria utilizada com inteligência. Usando uma Kunai na mão direita, avancei em velocidade máxima, acrescida por causa do Raigeki [22m/s] na direção de Anzen, combinei os movimentos com o fantasma para aumentar as chances do meu ataque funcionar, um golpe direto com a intenção de arrancar o seu sangue, um corte não muito fundo, nem poderoso, apenas uma grande precisão na veia mais exposta em seu braço.

Uma, duas, três tentativas, continuaria usando minha velocidade máxima combinada com o fantasma para conquistar algumas gotas do seu sangue. Após esse feito, iria tentar inserir o sangue da Kunai no boneco de maldições e dar início ao ritual de sacrifício para Jashin. Cortei meus pulsos para derramar o sangue no chão, permitindo que se espalhasse na forma de um triângulo e um círculo no solo, expandindo em um alcance de trinta metros de diâmetro — Jujutsu: Kuji Sōketsu! — A conexão estaria feita, caso tudo acontecesse conforme meus planos. Antes mesmo que Anzen fosse capaz de escapar do círculo, sentiria seu pulmão sendo perfurado por uma lâmina negra, que não existia em si, mas sim, no boneco de maldições. Com a Kunai, espetaria o seu pulmão para sentir o prazer de ver Anzen sufocar respirando o próprio sangue.

— Acho que o senhor Anzen está com alguma coisinha entalada no estômago, que tal eu dar uma olhada? — mais uma alfinetada com a kunai seria lançada em seu estômago, onde provocaria mais uma terrível ferida com um sangramento excessivo.

Caso tudo fosse bem sucedido e ninguém fosse me impedir de continuar o ritual, continuaria com o show até Anzen morrer dentro do círculo. Morto, eu tentaria continuar usando o boneco para manipular o corpo do vilão como um verdadeiro, olharia para Panda e para Yusuke com um enorme sorriso no rosto — Vejam! Também consigo ser um titereiro! — brincaria com o corpo até cansar, o fazendo dançar, saltar e imitar uma galinha. No fim, iria desfazer a técnica satisfeito com uma pequena oração de agradecimento a Jashin.

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HP: —/— CH: 0.562/3.075 — ST: 04/08 — SAKKI: 20/50

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Mini-Trama de Suna

Quem Perde Sai — 12

Panda estava bem, assim como a maioria das pessoas do cassino e meus aliados. O verdadeiro inimigo foi destacado para que todos pudessem ver, resultando em uma conclusão satisfatória, ao menos para mim. Não tinha mais nada para fazer no Mandaray e a julgar a expressão das pessoas ao ver o meu ritual, o show não foi tão divertido quanto eu esperava que fosse.

— A gente se vê por aí pessoal! — iria me despedir de Regulus e Yusuke, caso ainda estivessem por perto. Então, ao lado de Panda, pegaria o caminho de volta ao vilarejo, logo depois de desativar todas as minhas técnicas ativas. — Até que foi divertido, não foi Panda?
— Acredito que sua performance fosse melhor apreciada em um circo.
— Será que tem algum circo na cidade? Seria interessante aprender algumas coisas novas.

Viajamos juntos pela estrada, atravessando as dunas e ultrapassando as pessoas em marcha lenta, não tínhamos mais nenhuma ordem para escoltar os aldeões do vilarejo, deixando a viagem mais tranquila de tarefas. Usei o tempo da viagem para pensar sobre a batalha, a forma como usei minhas habilidades e como eu poderia ter feito diferente em algumas situações, agradeci a Jashin a oportunidade dada para o meu amadurecimento naquela aventura.

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HP: —/— CH: 0.562/3.075 — ST: 04/08 — SAKKI: 20/50

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