Hakuryuu Kinsetsu

Já havia se passado alguns dias desde o domínio definitivo daquela faceta da Kyūbi que habitava em seu interior. Também parecia ter adquirido domínio razoável daquela marca estranha que o homem misterioso, autointitulado “O Tengu” havia posto em seu pescoço. Entretanto, um certo quê de incerteza ainda restava. Não tivera um professor quando o assunto era a marca amaldiçoada. Tudo que tinha descoberto até agora, o controle que havia atingido, havia sido na base da pura experiência. Várias vezes a marca havia se descontrolado e, em todas as ocasiões em que isso acontecia, Haku melhorava um pouco seu entendimento acerca daquela técnica estranha.

Foi então que, eventualmente, um “clique” ocorreu em sua mente e tudo pareceu ficar mais claro. Seu controle sobre a marca, até onde sabia, era intuitivo. Entretanto, havia sido uma empreitada um tanto arriscada. Afinal, as situações traumáticas enfrentadas até então ativavam o selo independentemente de sua vontade e, logo após sua ação, ficava incapacitado por um bom tempo.

No entanto, agora as coisas eram diferentes. Ele não mais estava vulnerável às ativações sem controle. O uso da marca ainda era perigoso por si só, drenando sua vitalidade, chakra e não concedendo tantos benefícios assim. Entretanto, dada sua necessidade por poder, quaisquer benefícios já eram melhores que nada.

Palavras: 211

Pseudo-Kyūbi: 2750 | 2750 CH
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Hakuryuu Kinsetsu

Na escura sala de reuniões, Kin aproveitava da mesa longa do local para tomar um café da manhã. Todas aquelas reminiscências emersas durante a refeição, porém, só serviram para o deixar inquieto. Não fazia a mínima ideia de como proceder. Sem nenhuma pista do paradeiro do Tengu, não tinha como prosseguir com seu treino de qualquer forma. O brutamontes certamente não devia ser flor que se cheirasse, mas qualquer pista dada acerca do selo ajudaria Kin a determinar, pelo menos, por onde começar sua pesquisa. Ainda que tivesse que acabar o levando à prisão no processo, Kin espremeria com prazer as informações que tanto precisava.

Diante da falta de perspectivas, Haku só pode pensar em voltar a trabalhar para esquecer aqueles dilemas. Precisaria de dinheiro nos próximos meses para manter aquela propriedade, cujas dimensões habituava-se a curtos passos. Ademais, ficando em casa é que não conseguiria nenhuma informação para melhorar suas habilidades.

Finalizado o café, deixaria os portões dourados da Cidadela do Deserto para trás e iria em direção ao quadro de missões da vila.

Ao que começou a ler os arquivos sobre as diversas missões disponíveis, os relatos estranhos acerca de um criminoso específico chamaram muito a sua atenção. A máscara de tengu citada em todos os relatos era um sinal claro. Só poderia ser ele.

Palavras: 217

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Hakuryuu Kinsetsu

O ataque no coração de sunagakure era, simplesmente, algo ousado demais.

Sua classificação como um nukenin Rank S dizia o suficiente sobre suas origens e denunciava a habilidade de combate que devia ter. Haku sabia o quão forte o Tengu era e, a chance de ser outro ninja daquele nível utilizando o mesmo estilo de disfarce parecia improvável.

Aliás, o ato de atacar o coração de uma vila oculta parecia algo descuidado demais para o nível de experiência que era requerido para ser um nukenin de alta classificação. Não que criminosos desse tipo não conseguissem atacar uma vila, mas eles com certeza eram muito menos propensos a subestimar a força da quantidade esmagadora de ninjas que poderiam aparecer para encurralá-lo. Sendo assim, criminosos desse nível costumavam ter bons motivos para fazer ataques chamativos desse tipo. Certamente, algo que não havia outra alternativa de resposta senão um ataque frontal à luz do dia como aquele. Contudo, os ataques pareciam tão despropositados e aleatórios que ficava mais do que óbvio que o sujeito estava fazendo por diversão ou algo do gênero. Só que, ninjas que fossem tolos a esse ponto jamais sobreviveriam para alcançar esse nível de poder. Ou seja, os ataques só podiam ser pretexto para algo. E este algo Haku suspeitava ser chamar a sua atenção.

Palavras: 216

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Hakuryuu Kinsetsu

Seguindo os rastros, que aparentavam serem deixados propositalmente, Haku não demorou a atingir uma região um tanto abandonada da vila da areia.

A situação era muito similar à primeira vez em que encontrou aquele homem. Por isso, quando se viu seguindo os rastros na direção de uma casa abandonada, não sentiu incerteza.

No entanto, daquela vez, não foi recepcionado nos fundos da casa quando adentrou. Surpreendido pelas costas, o brutamontes rapidamente acertou-lhe um golpe na nuca. E, quando Haku se deu conta, viu-se novamente na mesma area interior em que havia enfrentado a Kyūbi algum tempo atrás. Ele podia sentir a vida se esvaindo pouco a pouco. Entretanto, ele se viu redondamente enganado ao esperar que a raposa fosse aparecer mais uma vez. Uma versão sua, de pele ainda mais escura, cabelos muito mais longos, esclera escura e olhos dourados lhe encarava. Seus dentes serrilhados esboçaram um sorriso maligno.

Por exclusão, aquilo só podia ser coisa do selo amaldiçoado. Entretanto, Hakuryū não fazia a mínima ideia do que poderia ser. A única coisa que parecia clara é que precisaria se defender das investidas do seu Eu monstruoso.

Os golpes trocados foram ferozes. O seu eu transformado pelo selo era muito insistente, absurdamente forte e rápido. Entretanto, Haku ainda era mais racional, estratégico e experiente. Não demorou até que ele o derrotasse pelo atrito.

Ao que finalmente emergiu, um tanto atordoado do estado de quase-morte, Hakuryū esforçou-se ao máximo para se levantar. Não sabia onde o inimigo poderia estar, afinal.

— Finalmente, depois de tanto tempo, você amadureceu para se mostrar um oponente a altura — a voz do Tengu surgiu subitamente de uma das laterais do Kin atordoado.

Uma imensa sakki se propagou pela casa, paralisando o Haku fragilizado de imediato.

Enquanto o homem lentamente se aproximava ameaçadoramente, Kinsetsu sentiu como se aquele fosse seu fim. Entretanto, logo uma torrente de memórias interrompeu seu pessimismo. Lembrou-se de todas às vezes que havia saído de situações ruins como aquela. Da quantidade de sakkis terríveis que havia se libertado. Por isso, esforçando seu corpo ao máximo, consumindo energia física no processo, obrigou-se a imediatamente recuar para um dos cômodos vazios.

Em resposta, o Tengu saltou numa investida de alta velocidade. Porém, a sakin de Haku era muito mais rápida.

Antes que o oponente pudesse atingi-lo, dois pares de Martelos Gigantes na vertical se chocaram, esmagando-o no meio. Como uma mosca, o Tengu caiu no chão, nocauteado. Pelos gemidos, Haku sabia que ainda estava vivo. Por isso, juntou as forças restantes e começou a arrastá-lo para longe dali.

Não demorou até que shinobis aliados aparecessem para ver o que havia sido o terrível barulho ressonante de metais se chocando que havia vindo daquela região. Haku explicou prontamente a situação e entregou o criminoso, cujas mãos e pernas foram rapidamente algemados e acorrentados.

Com a missão completada, um dos shinobis botou a mão no ombro do jōnin. Percebendo o cansaço no rapaz, ele indicou que cobriria Haku no resto do serviço e avisaria que ele só poderia passar para dar seu relatório no dia seguinte.

Kinsetsu agradeceu com a melhor reverência que conseguiu fazer naquele estado e seguiu em direção à Cidadela do Deserto.

Palavras: 528

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