— Todos os homens já sonharam, ao menos uma vez na vida, em serem os mais poderosos. Seja na infância ou não, é um desejo intrínseco de cada humano almejar o topo. Eu comecei a nutrir destes sentimentos após a minha graduação ao lado de Taka, onde aprendi o significado de "shinobi". Não era só querer ser melhor ou mais forte, também era uma questão de honra e caráter. Portanto, fiz questão de limpar a minha mente e me preparar, tanto mentalmente como fisicamente, para a chegada de Enki no recinto de Iwagakure. Não passei noites em claro como outrora, e estava tão calmo que chegava a ser perturbador. Os sentimentos de angústia e incerteza se foram, sendo substuídos por confiança absoluta, como se um raio de luz estivesse pairando acima de minha cabeça, como uma auréola angelical. Era o início de uma noite estrelada, com nuvens negras espaçadas para dar visão completa do luar prateado, refletindo como um astro radiante sobre todos nós. A vila, silenciosa, não imaginava o que se sucederia dentro de algumas horas. A marcha síncrona da Estrela atravessava o país com fulgor intermitente, trazendo consigo a dúvida entre perdição e salvação.

- "É hoje." - Disse, acima dos telhados de minha residência. - "A mulher não mais retornara, então devo assumir que ela já não possui mais dúvidas sobre mim. É um ótimo sinal... Agora, aguardarei por eles. Que seja uma estrela ou não, apagarei qualquer ameaça que tente contra esta nação." - Ditei.

As bandagens esvoaçaram no ar enquanto os ventos distantes e frígidos vos alcançavam como um presságio celestial. Meu olhar, opaco e reflexivo poderia parecer distante para um observador casual, mas eu não estava focado no horizonte, mas sim em meus próprios pensamentos. Analisei as possibilidades, bem como futuros e linhas de conclusão sobre a chegada de Enki. Até cogitei interceptá-lo no meio do caminho, mas poderia ser arriscado demais. Gostaria de agir na surdina e sem levantar suspeitas caso fosse obrigado a tomar uma postura ofensiva contra os mesmos. No entanto, algo me dizia que talvez eles não fossem quem eu estava pensando. No fundo, eu esperava que fossem de benefício ao meus objetivos. Eles se declaram como uma facção poderosa, e, se eu possuir alguma sorte restante, talvez conseguisse alcançar uma pista sobre o paradeiro de Saito.

Estava mais que obstinado a apagar meu passado.
Era uma obsessão.

Informações:

— Como um agouro distante, senti o cheiro da morte pairando no ar. As brisas gélidas lentamente se transformando em uma atmosfera pesada, carregada de rancor, e não esperança. Enquanto o sol se punha por completo no horizonte inalcançável, observei o surgimento de dezenas de sombras que se aproximavam do extremo norte. A marcha da morte seguia seu caminho, devorando a esperança e sonhos de todos ao seu redor. Estavam vestidos como vagabundos, utilizando trapos antigos e chapéus de palha rasgados para se disfarçarem como um grupo de nômades. Andavam em sincronia sobre seus cavalos, carregando consigo lâminas forjadas em um outro país. De cabeça baixa, iluminados pela lua, eles se aproximavam, sem pressa. Imóvel, permaneci vigilante durante os minutos subsequentes, apenas tomando um movimento quando eles estivessem próximos o suficiente do portão da vila. Logo na chegada, percebi a movimentação de vários shinobis de Iwagakure, que interceptaram os misteriosos nos portões, uma vez que se tratava de uma atividade suspeita.

Após retornar para as ruas, apressei o passo para chegar até a entrada do vilarejo, percebendo que além dos ninjas, alguns cidadãos se amontoavam como uma plateia de curiosos. Tomei cuidado para não chamar atenção demais, cruzando a passagem e saltando entre as paredes das residências próximas, ainda nas sombras, com um olhar vazio. Me pus acima dos muros de Iwagakure, apoiado somente sobre o meu pé direito, a fim de ter uma visão melhor do perímetro. Eles estavam em quinze, enquanto a força de Iwagakure não passava dos cinco. Se eles quisessem atacar, com certeza estariam em vantagem numérico. No entanto, eles haviam engajado em uma discussão civilizado, explicando seus motivos - falsos - para obterem acesso temporário ao vilarejo.

- "Então eles são a Estrela. Pensei que estivessem nas centenas, mas parece que me enganei. Um grupo de apenas quinze homens... Temidos por uma nação inteira? Eles devem ter uma carta na manga. Não são meros soldados dispensáveis, consigo sentir que todos eles são shinobis de elite." - Pensei, analisando os mascarados.

Uma aura de incerteza parecia pesar no ar. Eu não os temia, tampouco tinha o interesse de interceptá-los aqui e agora. Aguardaria pelo momento certo, pois sequer sabia quem era Enki. Quando a hora da verdade fosse chegada, não pestanejaria. Porém, havia uma pulga atrás de minha orelha que já estava incomodando há algum tempo: Enki veio até aqui atrás de mim. Por que diabos o líder de um grupo de renegados viria atrás de um mísero Chuunin? Eu não havia feito nada além de matar alguns criminosos de menor relevância na nação. Isso é realmente o que basta para chamar a atenção de alguém como ele? Havia algo de errado.

Eu precisava descobrir.

Informações:

— Aguardei pacientemente, percebendo que os membros da Estrela estavam relativamente incomodados pela burocracia. Porém, após alguns instantes, um dos guardas resolveu dar a luz verde e permitir a entrada do falso grupo de nômades no vilarejo. No instante em que eles pisaram em Iwagakure, o destino de toda aquela nação já havia sido mudado. Com olhos afiados como os de um felino, os persegui através das sombras, varrendo meus arredores para me certificar de que não haveria nada entre mim e eles. Nenhum perseguidor, curioso ou maltrapilho seria ousado o suficiente para atrapalhar negócios, não é mesmo? De qualquer forma, mantendo a respiração rítimica e controlando o espaçar de meus passos, compreendi a rota que estavam traçando entre as ruas periféricas do vilarejo, imediatamente me jogando de volta ao passado. Eles estavam traçando o mesmo caminho que aqueles criminosos da ralé, seguindo os mesmos atalhos em direção ao mesmo lugar. Talvez eles possuíssem algo em comum com aqueles miseráveis, no final das contas. Mantive a mente fria, logo percebendo que um deles parou e se virou para o restante do grupo. Baixando o capuz, revelara-se a imagem de um homem jovem, com longos cabelos dourados, olhos verdejantes e sardas. Ele era tão andrógino que era difícil acreditar que realmente era um homem. Parecia até mais novo do que eu, com um físico magro e sem músculos definidos. Ele ergueu o dedo indicador direito à altura de suas bochechas, chamando a aenção de todos os seus homens. De imediato, me escondi atrás de uma das pilastras arruinadas do local, para observar o que aconteceria.

- "Ouçam-me. Aquele quem procuro não é um tolo qualquer, então tomem cuidado e mantenham seus olhos abertos. O homem me interessa muito, mas sequer vi o seu rosto até este momento. Soube que ele derrotou dezenas de Cruzadores por conta própria. Ele será um aliado mais do que valioso para a nossa causa. Vamos nos estabelecer por aqui. O dia seguinte será cheio, homens. Descansem enquanto podem." - Ele ditou.

E então, dispensara todos os seus soldados, que imediatamente se viraram para vários edifícios específicos. Naquele instante, percebi que havia cometido um grande erro: Aquele território pertencia a eles, e portanto, cada um daqueles soldados de elite possuía um domínio sobre este lugar. No momento da realização, até pensei em escapar antes que algum deles me percebesse nas proximidades, mas era tarde demais. Não gostaria de parecer um covarde, e tampouco um infilitrado ou charlatão. Por conta disso, antes que eles se afastassem demais e Enki retornasse para o seu covil, saltei de onde estava e caí entre eles, como uma assombração. O salto silencioso fora precedido por um assobio frígido dos ventos de Iwagakure. O único a se virar fora Enki, enquanto todos os demais ainda sequer haviam processado o ocorrido. Não gostava de enrolar os meus assuntos. Eu seria direto, e frio. Enki me observou com olhos surpresos, mas também mantinha uma postura relaxada e calma, como um digno líder. Estava prestes a acontecer. Luz contra escuridão, ou uma nova aliança?

Informações:

— Ousado, ao mesmo tempo que determinado, me apresentei de peito aberto ao líder da Estrela. Nem sequer havia esperado pelo seu descanso, pois eu tinha a intenção de acertar as contas naquele momento. Eu possuía tantas perguntas, e um certo rancor daquele homem. Porém, a sua expressão serena após a breve surpresa detonaram indiferença em relação a minha chegada. Ele apenas esboçou um leve sorriso no canto esquerdo de sua boca, quase como uma forma de debochar de minha intrusão. Talvez eu fosse um mero xereta na sua visão, mas pouco me importava o que ele achava ou deixava de achar sobre mim. Cerrei os punhos, mantendo os olhares afiados e a postura imponente, como um colosso inabalável. Então, após o silêncio perseverante, minha voz ecoara pelas grutas e vielas das periferias abandonadas de Iwagakure.

- "Ainda não nos apresentamos, eu temo. Sou eu quem você procura, Enki. O meu nome é Masamune." - Ditei, com tom firme.

- "Enfim..." - O jovem respondera, abrindo os braços com leveza e dando um passo para trás. - "É uma maneira peculiar de se apresentar. Mas isso é de mínima relevância. Já que fizera o favor de nos poupar trabalho procurando, queira me acompanhar. Descanse, hoje nós fizemos o bastante." - E bocejou, dando as costas.

- "O qu-" - Estendi parcialmente a mão, mas me calei.

Que homem mais excêntrico. Eu pensei que ele fosse um inimigo, ou que me responderia com uma retaliação, fosse verbal ou física, porém, ao contrário de tudo o que eu esperava, ele foi gentil e deu as costas para alguém que ele sequer confiava ou conhecia. Eu pretendia mantê-lo ali e extrair informações, mas era fútil. Apenas olhei para os lados, de forma confusa, quase perdida, e comecei a seguí-lo. Seus passos eram curtos e elegantes, se equiparando aos de uma donzela. Os sapatos leves contrastavam com as vestes ríspidas e batidas, além de sua aura de calmaria. Tudo sobre Enki gritava como "liberdade". Seus trejeitos únicos me chamaram a atenção, e não pude resistir ao seu convite. O segui até o interior de uma das residência inacabadas, onde ele revelou um porão que levava para uma passagem secreta no subsolo. Eles operavam dessa forma nas periferias, ao que tudo indicava. Ele foi o primeiro a entrar, e não pestanejei em ir logo em seguida.

- "Tsc... Vai ser uma longa noite." - Pensei, suspirando.

Informações:

— A primeira seção do complexo subterrâneo era deveras interessante. Havia sido construída a uma distância de oito metros abaixo do solo, sustentada por pilares cruzados de madeira e paredes de gesso para abafar o som. A estrutura também era vaidosa, com adornos caros e mobília que só poderia ser encontrado nas mais ricas nações do mundo shinobi. Olhei ao redor, visivelmente impressionado pelo tipo de arquitetura que aqueles renegados haviam sido capazes de erguer sob o nariz de Iwagakure. Enki entrou em uma das grandes salas, se jogando em uma das poltronos e esticando. Sua postura desleixada, no entanto, ainda era incapaz de esconder suas intenções assassinas. Mesmo naquela situação, os instintos dele pareciam gritar muito mais alto. Por conta disso, decidi manter distância, não me deixando enganar por aquele sorriso gentil. Ele então suspirou, pousando os braços sobre suas coxas e observando-me diretamente nos olhos.

- "Você matou um dos meus homens, o Kenjyo. Ele não era lá dos melhores, mas era um negociante nato. Perdi bastante grana nesse negócio, sabe?" - Ele disse, de forma passiva-agressiva. - "Então, eu pensei comigo mesmo se deveria dar cabo daquele quem fez isso ou se deveria fazer outra coisa. Eu optei pela segunda alternativa. Você vai ter que me compensar por esta perda de alguma forma, Masamune. Eu trabalho nos termos justos, então eu cumprirei a minha palavra. Faça o que quero e não voltaremos a incomodá-lo." - Finalizou.

Isso foi inesperado. Cumprir um serviço em nome da Estrela? Por mais anti-ético que aquilo poderia parecer, era uma oportunidade e tanto. Se eu trabalhasse nas sombras e não fosse descoberto, seria só mais um dia, e só mais uma missão. Eu poderia ter a minha paz, e eles sairiam do meu pé. Era a oportunidade perfeita para pegá-los desprevinidos quando suas guardas estivessem baixas. Mas antes mesmo que eu pudesse esboçar qualquer tipo de reação em relação a proposta, Enki continuou, engrossando o tom de sua voz para soar mais imponente naquele local.

- "Vamos invadir o vilarejo de Shinko, ao nordeste daqui. Soube que algumas cabeças importantes dos Cruzadores estão lá. Vamos matar todos ao amanhecer. Você virá junto." - E então, sorriu.

O que diabos ele havia acabado de dizer?
Invadir um vilarejo, e matar todas as pessoas? Não seria mais fácil apenas assassinar os inimigos em segredo?
Meus olhos se arregalaram, e eu ali permaneci, embasbacado pelo que havia acabado de ouvir. Entrei numa fria e tanta.

Informações:

— Tentei entender a lógica por trás da linha de pensamento daquele homem enigmático. Sentei-me em uma das poltronas e recostei de maneira confortável, ponderando sobre a sua exigência. Então, com a bochecha apoiada sobre o pulso esquerdo, observei-o de relance enquanto mexi nos incensos presentes acima da nobre mesa de madeira ao centro da sala de lazer. Meus olhos, parcialmente escondidos pela iluminação precária ainda varriam o horizonte enquanto Enki permanecia em completo silêncio, aguardando apenas pela minha resposta em relação a sua proposta.

- "Isso é loucura." - Ditei, com seriedade. - "Vai matar os inocentes por causa dessa sua guerrinha? Eu não dou a mínima para você e tampouco para os Cruzadores. Pagar uma dívida é diferente de cometer um massacre em nome da sua organizaçãozinha, Enki. Eu pensei que você fosse mais sábio, mas vejo que não passa de um maníaco." - E então, me levantei, apagando os incensos.

- "Eu sou louco, Masamune-kun? Ha..." - Deu uma breve pausa, sorrindo. - "Então vá. Se você sair por aquela porta, eu não farei nada contra você. Mas saiba que o preço que pagará por isso é a ignorância. Você nunca saberá a verdade por trás de Saito, ou do motivo de seu ataque ao vilarejo que você morava." - Me provocou.

Imediatamente eu dei um passo em direção a Enki, agarrando-o pelo colarinho e o trazendo para próximo de meu rosto. Eu queria gritar com ele, falar todas as coisas que vinham à mente de uma só vez, mas estava paralisado. Mesmo a minha postura notoriamente agressiva e impaciente me impediam de dizer sequer uma única letra. O encarei em silêncio, o soltando após alguns segundos de extrema tensão. Após limpar as suas roupas, Enki voltou a se sentar calmamente e ofereceu o mesmo lugar de antes para que eu fizesse o mesmo. Me sentei, com o coração pulsando e a respiração ofegante, fora de controle. Então ele realmente sabia sobre Saito? Não conseguia acreditar. Porém, com aquela fala, eu não tinha opção se não compadecer com as suas exigências. Era algo grande demais para ser ignorado.

- "Maldito..." - Sussurrei, tapando o rosto com as mãos.

- "Mas, antes disso... Você precisa aprender algo por nós." - Enki fitou-me, com um olhar sugestivo.

Informações:

— Aprender? Eu não fazia ideia do que ele estava falando, e gostava menos ainda do jeito que me olhava. De forma quase instintiva, coloquei a mão direita a minha frente, de forma a tapar o meu rosto e quebrar a linha de visão entre mim e ele. Ele não pareceu entender o significado daquilo a princípio, mas logo caiu na gargalhada. Estava aliviado de ter sido apenas uma frase mal colocada. Antes de ditar qualquer coisa, ele retirou um envelope selado de seu bolso e o colocou sobre a mesa de madeira polida, realizando um selo de mão para quebrar o lacre energético e revelar o conteúdo no papiro: Instruções médicas.

- "O que é isso? São apenas um bando de instruções médicas sem muita direção... Existe algo que você esteja desejando recuperar?" - Eu questionei.

- "Não." - Enki então colocou a mão destra sobre o papiro. - "Quero que você aprenda técnicas medicinais, ou melhor dizendo, Iryoninjutsu. Nós não possuímos nenhum shinobi talentoso o suficiente que seja capaz de transformar o seu chakra em propriedades medicinais, e creio que talvez sejas o homem ideal para assumir esta tarefa. Você tem até amanhã para aprender. Se não quer matar inocentes, então trabalhe curando os nossos." - Ditou.

- "Iryoninjutsu?! Isso só pode ser brincadeira! Você acha que alguém como eu seria remotamente capaz de dominar um estilo de liberação focado na delicadeza e precisão? Veja bem, Enki, eu sou um Shimura. Minhas mão foram feitas para matar, e não cuidar. Se eu pudesse utilizar tais habilidades, ainda mais sabendo que seria possível me curar com elas, já teria o feito há muito tempo atrás!" - Exclamei.

- "Não interessa. Aprenda, e não me decepcione." - Ele respondera, dando as costas.

Então, Enki se retirou do local. Como ele esperava que eu poderia aprender tantas coisas em uma única noite? Eu não era um prodígio, tampouco um homem delicado e altruísta. Segurei o papel em mãos, visivelmente irritado pelo segundo fardo que me fora colocado sobre os ombros. Eu tinha mais ou menos nove horas para colocar tudo em prática até o amanhecer, e nenhuma direção de por onde começar ou o que fazer. Era uma área do conhecimento que me escapou durante o período acadêmico. Talvez eu pudesse apenas me levantar e sair dali sem chamar atenção, mas seria contra o meu código. Mesmo suando frio, uma missão dada era missão cumprida. Foda-se! Vai ter que dar certo, de um jeito ou de outro!

Informações:

— Me levantei brevemente de onde me encontrava após aguardar pelo silêncio dos passos distantes de Enki, que ecoavam nos corredores insalubres daquele complexo subterrâneo improvisado. Observei o ambiente ao meu redor, sentindo uma sensação terrível e melancólica ao tentar enxergar além da nuvem de escuridão e incertezas que habitava no final de cada corredor. Fechei a porta, a trancando com meu chakra antes de acender todas as velas e candelabros da sala, apoiando meus cotovelos sobre a mesa para então ponderar sobre as possibilidades criativas em relação ao material disponível. Eu não possuía nenhuma indicação do que fazer ou por onde começar, e nem meios de praticar os conhecimentos. Observando mais de perto, pude perceber que o papiro havia sido escrito recentemente, pelas mãos de um alguém que deixava garranchos irritantes ao fim de cada palavra. Talvez fosse um homem de confiança de Enki escrevendo as instruções, ou até mesmo o próprio? Quem sabe.

Comecei a divagar em meus pensamentos, tentando encontrar uma forma útil de aplicar as instruções inúteis daquele papel. Eu sabia que o Iryoninjutsu era baseado na calma e controle de chakra em um fluxo reverso, mas soava inaplicável para qualquer um fora deste meio acadêmico. Eu nunca me interessei por este tipo de coisa, e sempre priorizei o meu poder acima de qualquer outra coisa em meu corpo. No entanto, naquela situação, eu não tinha opção se não desafiar os paradigmas do passado e me jogar ao desconhecido, como um peixe nadando contra uma correnteza irresistível. Suspirei profundamente e joguei os olhares para cima, sem ideia do que fazer. Estava prestes a desistir, quando decidi pegar o papiro e o ler detalhadamente. As instruções eram vagas, faltavam indicações digeríveis, explicações para qualquer evento e até mesmo noções básicas controle do chakra.

- "Isso não vale porra nenhuma!" - Dei um soco contra a mesa, rachando-a.

Precisava me acalmar, mas como diabos eu era suposto a salvar minha pele dependendo de algo assim? Mais uma vez, joguei olhares para cima, percebendo algo de diferente desta vez. Uma lagartixa passava acima de minha cabeça, com suas pequenas patas grudadas ao lodo que se acumulava no teto da instalação. Em qualquer outra ocasião, ignoraria. Porém... Eu havia pensado em algo diferente desta vez. Se eu não tinha métodos para praticar, criaria os meus próprios. Eu não era fã de experimentar qualquer coisa em seres vivos inocentes, mas o jogo era muito maior do que mero sentimentalismo. Deveria me agarrar a qualquer oportunidade de sucesso.

Informações:

— Respirei fundo, tentando acalmar minha mente agitada enquanto observava a pequena lagartixa se movendo pelo teto sujo. Ela parecia tão à vontade em seu ambiente hostil, tão adaptada à escuridão e à adversidade. Foi então que uma ideia começou a se formar em minha mente. Levantei-me da cadeira com um novo senso de determinação. Se a lagartixa conseguia sobreviver e prosperar neste ambiente, talvez houvesse algo que eu pudesse aprender com ela. Talvez eu pudesse usar suas habilidades naturais como um modelo para desenvolver minhas próprias técnicas de controle de chakra. Sem hesitar, concentrei meu chakra em minhas mãos, formando uma pequena esfera de energia. Com cuidado, lancei-a em direção ao teto, criando uma superfície de chakra para a lagartixa caminhar. Para minha surpresa, ela prontamente se moveu em direção à minha criação, como se sentisse o convite. À medida que a lagartixa caminhava pela superfície de chakra, observei atentamente seus movimentos. Ela parecia tão natural, tão em sintonia com sua própria energia. Foi então que eu entendi. O controle de chakra não era apenas uma questão de técnica bruta; era sobre se conectar com a própria essência do chakra, encontrar harmonia e equilíbrio dentro de si mesmo. Com essa nova compreensão, comecei a praticar, imitando os movimentos suaves e fluidos da lagartixa. Aos poucos, comecei a sentir uma conexão mais profunda com meu próprio chakra, uma sensação de união e controle que nunca havia experimentado antes.

- "É um filosofema. Ao mesmo tempo que sinto estar entendendo a pequena criatura, também percebo o quão distante estou do meu verdadeiro objetivo. Manipular o meu chakra para imitar substâncias não vale nada. Eu preciso fazer algo que seja capaz de reverter ferimentos. Lagartixas possuem um método natural de regeneração acelerada assim como outros répteis, então talvez..." - Ponderei, lançando uma pequeníssima lâmina de vento que cortou a pata esquerda dianteira da lagartixa.

Então, a aprisionei dentro daquela superfície de chakra, impedindo que pudesse sair dali. Mesmo com um membro decepado, ela não deveria ter problemas em iniciar esse processo regenerativo. Observei-a com cuidado, esperando pelo momento em que o meu chakra pudesse entrar em contato com suas células em multiplicação. Era a minha única chance de compreender o conceito do Iryoninjutsu, e como utilizá-lo. Qualquer coisa além disso me faria retornar a estaca zero por mais uma vez. Não permitiria ser humilhado de tal forma.

Informações:

— O calor abafado do ambiente subterrâneo parecia envolver meu corpo enquanto eu continuava minha prática intensiva do Iryoninjutsu. A luz fraca das velas dançava pelas paredes de pedra, lançando sombras distorcidas ao meu redor. Enquanto me concentrava em cada movimento, pude sentir a energia do chakra fluindo através de mim, pulsando em resposta aos meus comandos.

- "Isso é... estranho." - murmurei para mim mesmo, enquanto observava meu próprio chakra se manifestando em torno de mim.

A sensação era completamente nova para mim. Normalmente, quando eu usava meu chakra, era como uma explosão de poder bruto, sem controle ou sutileza. Mas agora, eu estava começando a entender como direcionar meu chakra de uma forma mais refinada, mais precisa. Percebia que o chakra se comportava de maneira diferente em contato com as células regenerativas da lagartixa, quase como se estivesse tentando replicar aquele mesmo procedimento. Era suave, harmonioso, e, acima de tudo, puro.

- "Parece que a lagartixa está me ensinando mais do que eu esperava." - Comentei em voz alta, um sorriso se formando em meus lábios enquanto eu continuava minha prática.

Cada movimento era calculado, cada respiração era medida. Eu estava começando a sentir uma conexão mais profunda com o mundo ao meu redor, uma sensação de harmonia e equilíbrio que eu nunca havia experimentado antes.Enquanto eu continuava a praticar, senti uma presença se aproximando. Ergui os olhos para encontrar Enki parado na entrada da sala, observando silenciosamente minha prática com uma expressão indecifrável em seu rosto.

- "Você parece surpreso. Não te percebi aí." - ditei, tentando esconder o tédio em minha própria voz. Enki apenas inclinou a cabeça ligeiramente, seus olhos penetrantes estudando-me cuidadosamente.

- "Você avançou mais rápido do que eu esperava." - ele finalmente disse, sua voz calma e controlada como sempre.

- "Bom para mim, então." - respondi, tentando não deixar transparecer o orgulho em minha própria voz. A última coisa que eu queria era dar a Enki o prazer de me ver falhar.

Eu não fazia ideia de quando ele havia retornado, ou se sequer tinha saído daquele sala de verdade. Talvez houvesse ficado invisível e enviado um clone para verificar se eu realmente cumpriria suas ordens, mas eu estava confortável naquele momento. Conseguia sentir, segundo após segundo, que o meu chakra estava lentamente alterando sua própria composição e método de funcionamento para priorizar a regeneração daquele peno animal. Quando todos os pontos estivessem alinhados, como em um desenho, eu poderia dizer que, de fato, eu havia tocado no território dos ninjas médicos. Era tão difícil, ainda que simples na teoria. Um verdadeiro desafio para alguém que sempre fechou as mãos para machucar.

Informações:

— Enquanto eu continuava minha jornada de autodescoberta e aprimoramento, mergulhei cada vez mais fundo no estudo do Iryoninjutsu, explorando os cantos mais sombrios da minha própria mente em busca de entendimento. O ambiente ao meu redor parecia pulsar com energia, uma aura de mistério e intriga que permeava cada pedra e cada sombra daquele complexo subterrâneo. Enquanto praticava, podia sentir os olhos de Enki sobre mim, observando cada movimento com interesse silencioso. Sua presença era como uma sombra constante, sempre presente, sempre observando, como se estivesse sempre um passo à frente, esperando para ver se eu conseguiria superar seus desafios.

- "Você está progredindo, Masamune." - Ele disse. - "Mas lembre-se, o verdadeiro poder não vem apenas da habilidade de manipular o chakra, mas sim da compreensão profunda de si mesmo e do mundo ao seu redor." -

Suas palavras ecoaram em minha mente, provocando uma reflexão mais profunda sobre minha própria jornada. Eu sabia que havia muito mais do que apenas técnicas e habilidades físicas envolvidas neste caminho. Havia uma jornada de autodescoberta e crescimento pessoal, uma jornada para encontrar a verdadeira essência do meu ser. Enquanto eu refletia sobre as palavras de Enki, um pequeno movimento no canto da sala chamou minha atenção. Uma aranha tecia sua teia habilmente entre duas vigas de suporte, movendo-se com graça e precisão. Era como se ela estivesse seguindo seu próprio caminho de autodescoberta, encontrando beleza e propósito em sua própria existência.

- "Até mesmo uma simples aranha entende a importância da paciência e da perseverança." - Enki observou, sua voz carregada de ironia. - "Você poderia aprender muito com ela, Masamune." -

Eu assenti, reconhecendo a verdade em suas palavras. A aranha era um lembrete de que o verdadeiro poder vem da compreensão e aceitação de nossas próprias fraquezas e limitações, e da capacidade de transformá-las em forças. Com essa nova perspectiva em mente, continuei minha prática, cada movimento mais deliberado e consciente do que antes. Eu estava começando a entender que o verdadeiro domínio do Iryoninjutsu não vinha apenas da manipulação do chakra, mas sim da compreensão profunda de si mesmo e do mundo ao meu redor. Enquanto eu avançava em minha jornada, eu sabia que enfrentaria desafios e adversidades no caminho. Mas com a orientação de Enki e a determinação inabalável em meu coração, eu estava pronto para enfrentar qualquer obstáculo que viesse pela frente, pronto para me tornar o mestre do meu próprio destino.

Informações:

— Enquanto eu mergulhava cada vez mais fundo na prática do Iryoninjutsu, focado em encontrar o equilíbrio interior e dominar o controle do chakra, fui subitamente interrompido por sons estranhos ecoando nos corredores sombrios do complexo subterrâneo. Levantei-me, sentindo a tensão se acumulando no ar ao meu redor, enquanto os murmúrios distantes se transformavam em um alvoroço crescente. Um dos homens de Enki irrompeu na sala, seu rosto pálido e preocupado enquanto ele se esforçava para recuperar o fôlego.

- "Algo está acontecendo, senhor Enki!" - ele anunciou, sua voz tremendo com urgência. - "Nossos sentinelas detectaram movimentos suspeitos nos túneis próximos. Parece que estamos sob ataque!" - O choque da revelação reverberou pelo meu corpo, um frio arrepio percorrendo minha espinha enquanto a realidade sombria da situação se instalava. Eu sabia que não poderia ficar parado e ignorar a ameaça iminente.

- "Preparem-se para o combate!" - Enki ordenou rapidamente, sua voz soando firme e determinada, apesar da ansiedade que fervilhava em seu interior. - "Nós não podemos permitir que invadam nosso refúgio!" - Finalizou, em exclamação.

Com um aceno de cabeça, o homem de Enki se apressou para reunir os outros guardas, deixando-me sozinho na sala escura e silenciosa. Eu podia sentir a adrenalina correndo por minhas veias, minha mente se acelerando enquanto eu me preparava para o confronto que se aproximava. Enquanto eu me armava e me preparava para a batalha iminente, pude ouvir o som distante de gritos e conflitos vindos dos corredores além. Cada grito era um lembrete sombrio da ameaça que enfrentávamos, uma lembrança da fragilidade de nossa existência neste mundo violento e implacável. Com o coração batendo forte no peito, eu me lancei para a escuridão dos corredores, pronto para enfrentar qualquer desafio que viesse pela frente. Eu sabia que o caminho à frente seria perigoso e incerto, mas eu estava determinado a proteger aqueles que me eram leais e a lutar até o fim pela nossa sobrevivência. E assim, com uma mistura de medo e coragem, eu avancei para o desconhecido, pronto para enfrentar os perigos que aguardavam nas sombras e para provar minha valentia em meio ao caos da batalha.

- "Tão de repente... O que está acontecendo, Enki? São os Cruzadores? Pensei que este lugar fosse um refúgio seguro!" - O questionei.

- "Não... Eu também não sei. Vamos logo de uma vez, antes que nosso território caia. Não são chakras familiares, talvez sejam uma facção local ou coisa do tipo. Pouco importa. Continuaremos o treinamento mais tarde, este lugar não é mais seguro. Precisamos sair do vilarejo e nos reagrupar em um outro lugar." - Ele respondera, preparado para o combate.

Informações:

— O som dos passos rápidos e abafados dos guardas ecoava pelos corredores enquanto nos movíamos em direção ao epicentro da turbulência. A escuridão ao nosso redor parecia se fechar, como se o próprio ambiente estivesse ciente da ameaça iminente. Enquanto avançávamos, o cheiro acre da batalha invadia minhas narinas, misturando-se com o aroma metálico do sangue derramado. Eu podia sentir a tensão no ar, o palpável peso da incerteza enquanto nos aproximávamos do confronto iminente.

- "Este não é um ataque aleatório." - murmurei para Enki, meu tom pesado com preocupação. - "Eles sabem onde estamos. Alguém nos traiu." -Enki apenas acenou com a cabeça em concordância, sua expressão séria e pensativa enquanto avaliava a situação.

- "Isso é possível." - ele concordou, sua voz suave e controlada, mesmo em meio ao caos da situação. - "Mas agora não é hora para conjecturas. Nossa prioridade é garantir que eles não avancem além disto para podermos escapar deste cerco." - Ditou
.
Eu assenti, reconhecendo a lógica em suas palavras. Não havia tempo para teorias ou acusações. Agora era hora de agir, de proteger aqueles que nos eram leais e de escapar das garras daqueles que nos ameaçavam. À medida que nos aproximávamos do epicentro da batalha, o som dos conflitos se intensificava, uma cacofonia ensurdecedora de gritos, golpes e explosões. O calor da luta era palpável, uma onda de energia que parecia vibrar no ar ao nosso redor.

- "Prepare-se!" - Enki murmurou, seu tom grave e sério enquanto nos aproximávamos do limite da escuridão. - "O que quer que esteja nos aguardando, enfrentaremos juntos." -

Até algum tempo atrás, Enki parecia tão frio e expressava um instinto assassino tão gritante que me enviava calafrios por todo o corpo só de olhar pra ele. Mas desta vez, estávamos a lado como companheiros. Talvez isso não passasse de mais um dos testes do enigmático líder da Estrela, mas pouco importava. Eu estava ali por um único objetivo, e no fim de tudo, não tinha interesse algum em me juntar ao crime organizado. Por mais que respeitasse os métodos e a história de Enki, ele ainda era um inimigo dentro de minha mente. Aquela situação não era nada além de um breve inconveniente. Ao menos, era isso que eu esperava. Já havia passado por altos e baixos só para me preparar para este encontro, e no fim de tudo, ainda somos atacados? Não permitiria que mais ninguém intereferisse nestes assuntos. Que venham, então!

Informações:

— Avançamos através dos corredores enquanto a batalha sangrenta continuava sendo traçada na superfície. Sem a capacidade de intervirmos, apenas nos demos ao luxo de respirar e acalmar os nervos por uma última vez. Após quarenta segundos de caminhada, nos deslocamos através de uma escadaria até uma construção próxima que ainda não havia sido descoberta pelos inimigos desconhecidos. Ao desfazer da ilusão que guardava o porão oculto, saltamos do subsolo como foguetes, imediatamente escaneando os arredores em busca dos adversários. Algumas construções adjacentes haviam sido incediadas pelos inimigos, com o cheiro de enxofre misturando-se ao de sangue e metal. Alguns dos homens de Enki haviam sido derrotados, apesar de alguns caídos ainda estarem com vida, mesmo que à beira da morte, com frimentos gravíssimos. Ao lado destes homens caídos, corpos vestidos com kimonos de roxo e pele branca carregando lâminas carbonizadas se apresentavam. Não utilizavam nenhuma bandana referente a um vilarejo, e todos eram homens jovens com menos e vinte anos, e agiam como um grupo de batedores.

- "Espadas queimadas? Isso não faz sentido..." - Enki ditou, visivelmente confuso.

- "Vamos cuidar deles primeiro. Depois disso, investigaremos. Seus homens estão em desvantagem, foram atacados de surpresa." - Respondi, friamente.

Talvez eu pudesse ficar para trás e cuidar dos feridos com minhas técnicas básicas e conhecimentos de Iryoninjutsu, mas era muito arriscado experimentar algo desse tipo em uma situação deste calibre. Portanto, apenas suspirei e lancei-me em direção ao oceano de chamas, a fim de encontrar os adversários o mais rápido possível. Sabia que hesitação poderia culminar em uma derrota estrondosa, e eu não pestanejaria em ceifar-lhes de suas vidas. Enquanto utilizava o vácuo como uma camada fina ao meu redor para me proteger das chamas, via mais corpos espalhados pelo chão. A maioria pertencia aos homens de roxo, que não pareciam muito habilidosos. Os homens de Enki que foram capazes de responder ao ataque surpresa não foram derrubados, mas estavam sendo encurralados em algum lugar. O que diabos estava acontecendo? Cessei os passos em meio às chamas, tapando o nariz para me proteger da fumaça negra que escurecia os céus dos subúrbios.

- "Espadas queimadas, fogo..." - Pensei, no clímax da invasão. - "Não pode ser!" - Exclamei, aterrorizado.

Informações:

— O cenário caótico diante de meus olhos me deixava perplexo. O cheiro de enxofre e metal, misturado ao odor acre do sangue, penetrava minhas narinas, enchendo-me com uma sensação de urgência e perigo iminente. As chamas dançavam ao meu redor, iluminando a cena com uma luz distorcida e sombria, enquanto eu tentava processar a reviravolta inesperada dos eventos. Os homens de Enki estavam em desvantagem, lutando contra um inimigo que parecia estar um passo à frente. Os corpos dos invasores estavam espalhados pelo chão, alguns ainda se contorcendo em agonia enquanto lutavam para sobreviver. A visão era assustadora e perturbadora, um lembrete sombrio da brutalidade do mundo em que vivíamos.

- "Precisamos agir, e rápido." - disse Enki, sua voz carregada de tensão enquanto ele observava a cena diante de nós. - "Não podemos deixar que mais de nossos homens sejam feridos!" - Eu acenei em concordância, compartilhando a preocupação de Enki.

Não podíamos ficar parados enquanto nossos aliados lutavam pela vida. Com determinação renovada, avancei em direção às chamas, usando o vácuo ao meu redor como uma proteção contra o calor abrasador. Enquanto me movia através do mar de chamas, meus olhos varriam o campo de batalha em busca de qualquer sinal de nossos inimigos. Os corpos carbonizados dos invasores estavam espalhados pelo chão, testemunhas silenciosas da violência que havia ocorrido ali. De repente, uma figura emergiu das sombras das chamas, avançando em minha direção com uma velocidade impressionante. Meus instintos entraram em ação, preparando-me para o confronto iminente.

- "Masamune Shimura!" - uma voz fria e sinistra ecoou pelo ar, enviando arrepios pela minha espinha enquanto eu encarava o homem à minha frente.

Seus olhos eram gélidos e impiedosos, irradiando uma intensidade assassina que me fez tremer por dentro. Eu o reconheci instantaneamente como Sonne, um dos tenentes de Saito, o homem que havia trazido tanto sofrimento à minha vida.

- "Sonne..." - murmurei, meu tom carregado de desdém e ódio. - "Então você veio até aqui para me matar?" - Um sorriso cruel se espalhou pelos lábios de Sonne, seu rosto contorcido em uma expressão de pura malícia.

- "É exatamente isso." - ele respondeu, sua voz uma mistura de desprezo e satisfação. - "Saito quer você morto, e eu estou aqui para cumprir suas ordens!" - Meu coração acelerou em meu peito enquanto eu me preparava para o confronto iminente. Sonne era um adversário formidável, habilidoso e implacável em sua busca pela vitória. Eu sabia que não poderia subestimá-lo.

- "Você não vai me derrotar tão facilmente, Sonne." - eu declarei, minha voz firmel. - "Eu não vou cair diante de você ou de Saito! Eu vou lutar até o fim!" -

Com isso, eu me lancei em direção ao meu inimigo, minha espada saindo da bainha com um movimento fluido e preciso. O metal brilhava à luz das chamas, uma promessa silenciosa de morte e destruição enquanto eu avançava para o combate. Sonne respondeu ao meu desafio com um sorriso sádico, sua própria espada saindo da bainha com um estalo afiado. O metal crepitava com energia ardente, uma ameaça silenciosa de dor e sofrimento enquanto ele se preparava para o confronto.

Informações:

— Com um movimento rápido e preciso, desferi o primeiro golpe contra Sonne, minha espada cortando o ar com um silvo afiado. Mas ele estava preparado para o meu ataque, sua própria lâmina encontrando a minha em um choque de aço e faíscas. O impacto reverberou pelos meus braços, enviando ondas de dor pulsante através do meu corpo enquanto eu lutava para manter minha posição. Sonne sorriu, um sorriso selvagem e sádico que enviou arrepios pela minha espinha. Ele era um adversário formidável, habilidoso e implacável em sua busca pela vitória. Cada movimento era calculado e preciso, cada golpe carregado com uma força letal que ameaçava me derrubar a qualquer momento. Mas eu não cederia facilmente. Eu tinha uma promessa para cumprir, um propósito para defender. Eu lutaria até o fim, custasse o que custasse. Com um rugido de fúria, avancei novamente, minha espada cortando o ar com uma velocidade impressionante. Mas Sonne estava um passo à frente, desviando-se habilmente dos meus ataques e contra-atacando com uma ferocidade implacável. Seus golpes eram rápidos e precisos, cada um projetado para me enfraquecer e me derrubar. Mas eu me recusava a ceder. Concentrando meu chakra, invoquei uma técnica poderosa, criando uma lâmina de vácuo invisível que cortou o ar com uma força devastadora.

A lâmina atravessou o espaço entre nós, cortando o ar com um silvo afiado enquanto se dirigia em direção a Sonne. Mas ele estava preparado para o meu ataque, desviando-se habilmente da lâmina com um movimento rápido e ágil. Eu grunhi de frustração, meu ataque falhando em seu objetivo enquanto Sonne avançava novamente, sua própria lâmina brilhando à luz das chamas. A batalha continuou em um frenesi de movimento e ação, cada um de nós lutando com todas as nossas forças pela vitória. Eu invoquei outra técnica, criando uma esfera de vácuo que distorcia o espaço ao seu redor, tornando-se quase invisível aos olhos de Sonne. Mas ele era um mestre do Katon, manipulando as chamas com uma habilidade incrível que desafiava a lógica e a razão. Com um movimento rápido, ele invocou uma técnica poderosa, criando uma gigantesca barragem de fogo que se abateu sobre mim com uma força devastadora. As chamas engolfaram o campo de batalha, consumindo tudo em seu caminho com uma ferocidade implacável. Eu lutei para me proteger do ataque, usando o vácuo ao meu redor como uma barreira contra as chamas ardentes.

Mas o fogo continuou a avançar, envolvendo-me em um inferno de calor e dor. Eu gritei de agonia, sentindo minha pele queimar e meus músculos se contorcerem com o esforço. Mas ainda assim, eu me recusei a desistir. Concentrando todo o meu chakra, invoquei uma última técnica, criando lâminas tempestuosas de vento através do fio de minha espada. As lâminas cortaram o ar com uma ferocidade selvagem, cortando através das chamas como uma faca através da manteiga. Sonne recuou diante do meu ataque, seus olhos se estreitando com determinação enquanto ele se preparava para contra-atacar. Mas antes que ele pudesse reagir, avancei com um golpe final, minha espada cortando o ar com uma velocidade incrível. O golpe atingiu seu alvo com uma força devastadora, cortando através da defesa de Sonne e enviando-o voando para trás com um grito de agonia.

- "Você está abaixo de mim, Sonne." - Exclamei, balançando a espada enquanto fumaça ainda exalava de meu corpo. - "Este é o destino que todos vocês aguardam." - Finalizei, me aproximando.

Estava na hora de cobrar as dívidas.

Informações:

— Sonne se levantou com dificuldade, sua expressão uma mistura de dor e raiva enquanto ele encarava seu oponente com ódio feroz. Ele sabia que estava derrotado, que sua derrota era inevitável diante da força esmagadora de Masamune. Mas ainda assim, ele se recusava a desistir, sua determinação inabalável apesar das probabilidades estarrem contra ele.

- "Você pode ter me derrotado desta vez, Masamune." - disse Sonne, sua voz carregada de desafio. - "Mas isso não acaba aqui. Eles virão atrás de você... Todos eles!" - Suas palavras eram uma ameaça vazia, um último gesto de desespero de um homem que sabia que estava perdido. Mas eu não tinha tempo para ouvir suas ameaças vazias. Com um movimento rápido, invoquei uma técnica final, concentrando todo o meu chakra em uma esfera de energia ardente que pulsava em minha palma.

"Rasengan!" - gritei, lançando a esfera em direção a Sonne com toda a minha força.

A esfera de energia atingiu seu alvo com uma força devastadora, explodindo em uma explosão de poder que engolfou Sonne em uma tempestade de chamas e fumaça. Quando a fumaça finalmente se dissipou, Sonne jazia no chão, imóvel e derrotado. Sua luta havia terminado, sua ameaça silenciada para sempre. Com um suspiro de alívio, abaixei minha espada, a sensação de vitória lavando sobre mim como uma onda. A batalha havia sido longa e árdua, mas no final, a justiça prevaleceu. Eu havia derrotado meu inimigo e protegido aqueles que eu amava. Mas a guerra ainda não tinha terminado. Havia mais batalhas a serem lutadas, mais desafios a serem enfrentados. Mas, por agora, eu poderia descansar, sabendo que havia feito o que era certo.

- "Impressionante, Masamune." - disse Enki, sua voz soando indiferente enquanto ele se aproximava de mim. - "Mas a guerra não espera por ninguém. Temos que continuar avançando, não importa o custo." - Finalizou, dando as costas.

Suas palavras eram um lembrete sombrio da realidade que enfrentávamos, um lembrete de que a luta nunca terminaria. Mas eu estava pronto. Pronto para enfrentar o que viesse pela frente, pronto para lutar até o fim pela justiça e pela paz. E com isso em mente, eu segui em frente, determinado a enfrentar o próximo desafio que o destino tinha reservado para mim.

Informações:

— O cenário era de desolação e caos. As chamas ainda crepitavam ao redor de nós, lançando sombras distorcidas nas paredes escuras e carbonizadas. O cheiro de fumaça e enxofre impregnava o ar, uma lembrança constante da violência que havia ocorrido ali. Corpos carbonizados jaziam no chão, testemunhas silenciosas da batalha feroz que havia sido travada. O som dos combates ainda ecoava ao longe, uma sinfonia de gritos e choques de aço que ecoava pelos corredores sombrios do complexo subterrâneo. Eu olhei ao redor, minha mente ainda girando com a adrenalina da batalha. Os homens de Enki estavam em desordem, alguns deles feridos e outros ainda lutando contra os invasores que haviam lançado o ataque surpresa. Enki estava no centro da confusão, sua expressão sombria enquanto ele lutava contra vários oponentes ao mesmo tempo. Ele estava claramente em desvantagem, mas sua determinação era inabalável, seu espírito de luta incansável apesar das probabilidades estarrem contra ele.

- "Enki!" - Disse, minha voz carregada de preocupação enquanto eu avançava para o combate.

- "Não se preocupe comigo, Masamune." - Respondeu Enki, sua voz soando calma apesar da tempestade que rugia ao seu redor. - "Eu posso cuidar de mim mesmo. Você tem que se concentrar em ajudar os outros." - Alertou.

Eu assenti, minha determinação renovada enquanto eu me preparava para o combate. Os invasores estavam por toda parte, lançando-se sobre nós com uma ferocidade implacável. Mas eu não recuaria. Eu lutaria até o fim pela justiça e pela paz, protegendo aqueles que me eram leais e enfrentando qualquer desafio que viesse pela frente. Com um grito de fúria, avancei para o combate, minha espada cortando o ar com um silvo afiado. Os invasores vieram ao meu encontro, seus rostos distorcidos pela raiva e pelo ódio enquanto eles se lançavam contra mim com golpes rápidos e precisos. Eu respondi com golpes rápidos e precisos, minha espada cortando através de seus ataques como uma faca através da manteiga. Cada movimento era calculado e preciso, cada golpe carregado com uma força letal que ameaçava derrubar meus oponentes a qualquer momento.

- "Parece que vocês não aprenderam sua lição." - Ditei, meu tom carregado de desdém enquanto eu lutava contra os invasores. - "Vocês acham que podem nos derrotar, mas estão enganados. Vocês, Saito e quem mais aparecer cairão!" - Exclamei.

Meus oponentes não responderam, suas expressões tensas e concentradas enquanto eles se lançavam contra mim com renovado vigor. Mas eu não recuei, minha determinação inabalável enquanto eu enfrentava meus inimigos com toda a minha força e habilidade. Eu sabia que a batalha seria difícil, mas eu estava determinado a vencer. E com isso em mente, eu continuei a lutar, cada golpe levando-me um passo mais perto da vitória final. Enquanto eu lutava, percebi movimentos ao meu redor. Os homens de Enki estavam recuando, sendo empurrados de volta pelos invasores que lançavam ataques ferozes contra eles. Eu gritei de raiva, minha determinação aumentando enquanto eu lutava com ainda mais ferocidade. Não podia permitir que os invasores derrotassem meus companheiros. Tinha que protegê-los a todo custo.

- "Masamune, ajude-os!" - gritou Enki, sua voz carregada de urgência enquanto ele lutava contra os invasores.

Minha mente se acelerando enquanto eu formulava um plano. Concentrando meu chakra, invoquei uma técnica poderosa, criando lâminas tempestuosas de vento através do fio de minha espada. As lâminas cortaram o ar com uma ferocidade selvagem, cortando através dos invasores com uma força devastadora. Os homens de Enki aproveitaram a abertura, lançando-se sobre os invasores com uma ferocidade renovada. A batalha se intensificou, cada lado lutando com toda a sua força e habilidade.

- "Agora é a sua vez, Masamune." - Disse Enki, enquanto ele se virava para enfrentar os invasores que se aproximavam. - "Dê cabo deles!" -

Eu assenti, enquanto me lançava para o combate. Os invasores vieram ao meu encontro, seus rostos contorcidos pela raiva e pelo ódio enquanto eles se lançavam contra mim com golpes rápidos e precisos. Mas eu estava preparado. Concentrando meu chakra, invoquei uma última técnica, criando uma esfera de energia ardente que pulsava em minha palma.

- "Kazanami!" - Gritei, lançando a lâmina translúcida de vácuo em direção aos invasores com toda a minha força.

Informações:

— A lâmina cortou o ar com um silvo afiado, atingindo os invasores com uma força devastadora. Eles foram jogados para trás, seus corpos envoltos em uma tempestade de vento que os deixou tontos e desorientados. Aproveitando a abertura, avancei para o combate, minha espada cortando o ar com uma velocidade incrível. Os invasores lutaram para se recuperar, seus movimentos lentos e desajeitados enquanto eles tentavam se defender dos meus ataques. Mas eu estava determinado a vencer. Com golpes rápidos e precisos, eu os derrubei um por um, minha espada cortando através de suas defesas como uma faca através da manteiga. A batalha foi feroz e implacável, mas no final, eu prevaleci. Os invasores jaziam no chão, mortos. Com um suspiro de alívio, abaixei minha espada, a sensação de vitória lavando sobre mim como uma onda. A batalha havia sido longa e árdua, mas no final, a justiça prevaleceu. Eu havia protegido aqueles que me eram leais e derrotado meus inimigos. Mas a guerra ainda não tinha terminado. Havia mais batalhas a serem lutadas, mais desafios a serem enfrentados. Mas, por agora, eu poderia descansar, sabendo que havia feito o que era certo. E com isso em mente, eu segui em frente, determinado a enfrentar o próximo desafio que o destino tinha reservado para mim.

Enquanto eu olhava ao redor, percebi Enki lutando contra um grupo de invasores, remanescentes do primeiro assalto. Sua expressão sombria enquanto ele enfrentava seus oponentes com determinação implacável. Eu me aproximei dele, minha preocupação aumentando à medida que eu via os invasores pressionando-o com ataques rápidos e precisos.

- "Enki, você precisa recuar!" - Eu gritei.

- "Eu não posso, Masamune." - Respondeu Enki, sua voz carregada de determinação. - "Eu devo proteger aqueles que me são leais, custe o que custar." -

Eu assenti, minha determinação renovada enquanto eu me preparava para ajudá-lo no combate. Os invasores vieram ao nosso encontro, seus rostos contorcidos pela raiva e pelo ódio enquanto eles lançavam ataques ferozes contra nós. Mas nós estávamos preparados. Com habilidade e determinação, enfrentamos nossos oponentes com toda a nossa força e habilidade, nossas espadas cortando o ar com uma velocidade incrível. A batalha é tanto feroz quanto é implacável, mas no final, nós prevaleceríamos!

Informações:

— O cenário ao nosso redor era de destruição e desolação. Os corredores estavam tomados pelo cheiro acre de fumaça e enxofre, uma lembrança constante da violência que havia ocorrido ali. Paredes escuras e carbonizadas testemunhavam o estrago do fogo, enquanto corpos carbonizados jaziam espalhados pelo chão. Era uma visão sombria e perturbadora, um lembrete do preço que pagamos pela paz e pela justiça.

"Enki, precisamos sair daqui." - Eu disse, minha voz carregada de urgência. - "Não podemos ficar neste lugar por muito tempo." -
Enki assentiu, sua expressão sombria enquanto ele olhava ao redor, avaliando os estragos da batalha.

"Você está certo, Masamune." - Respondeu ele, sua voz carregada de preocupação. - "Mas primeiro, precisamos garantir que nossos feridos sejam atendidos." -
Concordamos em uníssono, nossos pensamentos voltados para os homens de Enki que haviam sido feridos na batalha. Com determinação renovada, começamos a ajudar os feridos, carregando-os para longe do campo de batalha e para um local seguro onde pudessem receber tratamento adequado. Era uma tarefa árdua, mas não recuamos diante do desafio. Cada homem que pudéssemos salvar era uma vitória, uma pequena luz de esperança em meio à escuridão que nos cercava.

Enquanto ajudávamos os feridos, discutimos nossos próximos passos. Era evidente que não poderíamos permanecer no vilarejo por muito mais tempo. Os invasores poderiam retornar a qualquer momento, mais numerosos e determinados do que nunca. Precisávamos de um plano, uma estratégia para nos reagruparmos e nos prepararmos para o próximo ataque.

- "Masamune, precisamos sair daqui o mais rápido possível." - Eu disse, minha voz carregada de urgência. - "Os invasores podem retornar a qualquer momento, e não podemos permitir que nos peguem desprevenidos." - Assenti, sua expressão sombria enquanto ele avaliava a situação.

- "Você está certo, Enki." - Concordei. - "Mas para onde devemos ir?" - Eu mordi o lábio, pensando nas opções disponíveis para nós. Sabíamos que não poderíamos permanecer no vilarejo, mas para onde poderíamos ir? Onde poderíamos encontrar segurança e refúgio enquanto planejávamos nosso próximo movimento?

- "Há uma vila não muito longe daqui, além das montanhas." - Sugeriu. - "É um lugar isolado, longe das rotas comerciais e das principais estradas. Poderíamos nos esconder lá enquanto nos reagrupamos e nos preparamos para o próximo ataque." - Enki relembrou do vilarejo anteriormente citado.

- "Então é para lá que iremos." - O respondi. - "Mas precisamos nos apressar. Não podemos nos dar ao luxo de perder tempo." -

Com isso em mente, nós nos preparamos para deixar o vilarejo em chamas para trás, nossos corações pesados com a dor da perda e a incerteza do futuro. Mas estávamos determinados a continuar lutando, a proteger aqueles que nos eram leais e a fazer justiça prevalecer. E com essa determinação em mente, partimos em direção à vila isolada além das montanhas, prontos para enfrentar o que o destino tinha reservado para nós.

Informações:

— Enki e eu lideramos nosso grupo de sobreviventes para fora do vilarejo em chamas, nossas mentes focadas no objetivo de chegar à vila isolada além das montanhas. O caminho à nossa frente era perigoso, com destroços bloqueando o caminho e o som distante de combate ainda ecoando ao nosso redor. Mas não nos deteríamos. Seguimos em frente, determinados a encontrar segurança e refúgio enquanto nos reagrupávamos e nos preparávamos para o próximo ataque dos invasores. À medida que avançávamos, o sol começava a se pôr no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e vermelho. A paisagem ao nosso redor era desolada e sombria, os campos queimados e as árvores retorcidas testemunhando a carnificina que havia ocorrido ali. Mas não havia tempo para lamentações. Tínhamos que continuar avançando, superando todos os obstáculos que encontrássemos no caminho.

À medida que nos aproximávamos da vila isolada, o ar ao nosso redor parecia ficar mais pesado, carregado com uma sensação de antecipação e expectativa. Enki e eu trocamos olhares tensos, nossas mentes girando com os possíveis perigos que poderíamos encontrar pela frente. Mas estávamos determinados a enfrentá-los juntos. Finalmente, chegamos nos arredores da vila isolada, suas casas simples e rústicas se destacando contra o horizonte crepuscular. O lugar parecia tranquilo e deserto, sem sinal de vida à vista. Mas sabíamos que as aparências podiam enganar. Mantivemos nossas espadas prontas enquanto nos aproximávamos, nossos sentidos alertas para qualquer sinal de perigo iminente.

Ao entrarmos na vila, fomos recebidos pelo silêncio sepulcral, o ar ao nosso redor tenso e carregado. Nossos passos ecoavam pelas ruas vazias, cada som parecendo amplificado pela quietude que nos cercava. Uma sensação de inquietude se apoderou de nós, nossos instintos alertando-nos para o perigo iminente.

- "Isto não parece certo..." - Murmurei para Enki, minha voz mal audível diante do silêncio opressor.

Ele assentiu, sua expressão sombria enquanto ele olhava ao redor com cautela.

- "Fiquem alertas." - Ele disse para o grupo. - "Não sabemos o que pode estar à espreita neste lugar."

Seguimos em frente com cautela, nossos olhos escaneando os arredores em busca de qualquer sinal de perigo. Mas nada se movia além de nós, o silêncio da vila envolvendo-nos como um manto sombrio.

- "Parece que estamos sozinhos." - Comentou um dos homens de Enki, sua voz tensa.

- "Não podemos ter certeza." - Respondeu Enki, sua expressão tensa. - "Fiquem alertas. Vamos nos estabelecer aqui por enquanto e descansar. Precisamos estar prontos para o que vier." -

Concordamos em uníssono, nossos corpos exaustos da batalha anterior ansiando por descanso. Estabelecemos um acampamento improvisado na praça central da vila, mantendo uma vigília constante enquanto nos preparávamos para passar a noite.

Informações:

— Enquanto a noite avançava, a sensação de inquietação só aumentava. Cada som parecia mais ameaçador na escuridão da noite, cada sombra mais sinistra. O crepitar do fogo era reconfortante, mas sua luz fraca não conseguia dissipar completamente a escuridão ao nosso redor.

- "O que você acha que está acontecendo, Enki?" - Perguntei, minha voz mal audível no silêncio da noite.

Ele olhou para mim, sua expressão séria.

- "Não tenho certeza, Masamune." - Ele admitiu. - "Mas algo me diz que não estamos sozinhos nesta vila." -

Essas palavras ecoaram em minha mente, alimentando meus próprios medos e incertezas. O que quer que estivesse acontecendo, sabíamos que teríamos que estar preparados para enfrentar qualquer desafio que surgisse. Com essa determinação em mente, continuamos nossa vigília pela noite adentro, nossos sentidos alertas para qualquer sinal de perigo iminente. A escuridão da noite era implacável, envolvendo-nos em seu abraço sombrio enquanto o mundo ao nosso redor dormia. Mas nós, os guerreiros determinados pela justiça e pela paz, permanecíamos vigilantes, prontos para enfrentar o que quer que o destino tivesse reservado para nós. E enquanto a noite avançava, sabíamos que o amanhecer traria consigo novos desafios e perigos desconhecidos. Essas palavras pairaram no ar, deixando todos os presentes com um sentimento de inquietação. O fogo na fogueira parecia perder sua capacidade reconfortante diante da escuridão impenetrável que nos cercava.

Informações:

— A escuridão da noite continuava a envolver a vila isolada, seus limites desaparecendo na sombra densa que parecia se espalhar como uma praga. As chamas da fogueira, embora reconfortantes, lançavam sombras distorcidas nas paredes das casas vazias, acrescentando uma sensação de inquietude ao ambiente já tenso. Meu coração batia com força no peito, os sentidos aguçados diante da atmosfera carregada de mistério e perigo. Enquanto mantínhamos nossa vigília, cada som se tornava uma ameaça em potencial, cada sombra uma possível emboscada. O vento sussurrava pelos becos desertos, arrastando consigo murmúrios indistintos que ecoavam na escuridão como fantasmas sussurrantes. Cada estalo de madeira queimada na fogueira era como um grito na noite, ecoando em minha mente com uma intensidade angustiante. Eu não conseguia evitar a sensação de que algo terrível estava prestes a acontecer, uma presença sinistra pairando sobre nós na escuridão da noite.

- "Enki, isso não está certo." - murmurei, minha voz mal audível no silêncio da noite. - "Há algo de errado nesta vila." -

Ele assentiu, sua expressão séria refletindo a gravidade da situação.

- "Eu sei, Masamune." - respondeu ele, sua voz baixa e tensa. - "Mas o que quer que seja, devemos estar preparados." -

Com um aceno silencioso, continuamos nossa vigília, os minutos se arrastando como horas na escuridão sufocante. Cada segundo parecia uma eternidade, cada som ecoando em meus ouvidos como um sinal de perigo iminente. Eu lutava para manter meus pensamentos sob controle, para não me render ao medo que ameaçava me consumir inteiramente. À medida que a noite avançava, uma sensação de opressão crescente se instalava sobre nós, como se estivéssemos sendo observados por olhos invisíveis nas sombras. Os cabelos na minha nuca se eriçavam, e um arrepio percorria minha espinha enquanto eu tentava ignorar a sensação de que algo terrível estava à espreita. Finalmente, quando as primeiras luzes do amanhecer começaram a iluminar o horizonte distante, decidimos fazer uma investigação mais detalhada da vila. Nosso grupo se espalhou pelas ruas desertas, vasculhando cada canto em busca de sinais de vida ou perigo. Mas o que encontramos foi ainda mais perturbador do que imaginávamos.

À medida que avançávamos pelas ruas silenciosas, nossos passos ecoando no vazio, descobrimos os restos mortais de todos os habitantes da vila. Corpos carbonizados jaziam espalhados pelas ruas, testemunhas silenciosas de uma violência brutal. O horror se apoderou de nós enquanto realizávamos a extensão da tragédia que havia ocorrido ali. Não eram apenas os invasores que haviam sido responsáveis por essa carnificina; os próprios habitantes da vila haviam sido vítimas de um ataque cruel e sem sentido.

- "Meu Deus..." - murmurei, o horror gelando meu sangue nas veias.

Enki permaneceu em silêncio ao meu lado, sua expressão sombria enquanto ele observava os corpos com uma mistura de pesar e surpresa. Estávamos diante de uma reviravolta sombria e sinistra, uma verdade terrível que ameaçava abalar nossas convicções e nos lançar ainda mais fundo na escuridão que nos cercava.

- "Precisamos informar os outros sobre isso." - disse Enki finalmente, sua voz carregada de gravidade. - "Eles precisam saber o que aconteceu aqui." -

Assenti em silêncio, minha mente girando com as consequências de nossa descoberta. O que quer que tivesse acontecido naquela vila, era evidente que estávamos lidando com forças além da nossa compreensão. E enquanto nos afastávamos dos corpos dos mortos, eu sabia que o verdadeiro desafio ainda estava por vir.

Informações:

— Conforme nos afastávamos dos corpos carbonizados e das ruas desertas da vila, uma sensação de inquietação persistente nos acompanhava. Enki e eu trocamos olhares tensos, compartilhando o peso do segredo sombrio que descobrimos. O que quer que tivesse causado a morte dos habitantes da vila, não era algo que pudéssemos enfrentar facilmente. Mas sabíamos que não tínhamos escolha senão informar nossos companheiros sobre o que encontramos. À medida que retornávamos ao acampamento improvisado, o murmúrio de vozes preocupadas ecoava pelos becos vazios. Nossos companheiros estavam reunidos em torno da fogueira, seus rostos marcados pela ansiedade e pelo medo do desconhecido. Assim que nos viram se aproximar, seus olhares se voltaram para nós, cheios de expectativa e temor.

- "O que vocês descobriram?" - perguntou um dos homens, sua voz trêmula.
Respirei fundo, reunindo minhas palavras antes de responder.

- "A vila... todos estão mortos." - minha voz mal conseguiu sair, o choque da descoberta ainda fresco em minha mente. - "Não apenas os invasores, mas os próprios habitantes. Foi um massacre." -

Um murmúrio de horror percorreu o grupo, cada rosto expressando incredulidade diante da terrível revelação. Mas Enki permaneceu em silêncio ao meu lado, sua expressão sombria enquanto ele observava nossos companheiros com uma intensidade silenciosa.

- "Quem poderia ter feito algo assim?" - perguntou alguém, sua voz vacilante.

Enki finalmente quebrou o silêncio, sua voz carregada de gravidade.

- "Não sei." - admitiu ele. - "Mas temo que o que quer que seja, ainda esteja por perto." -

Essas palavras caíram como uma pedra sobre nossos corações, deixando-nos com um sentimento de impotência diante da ameaça invisível que nos cercava. Mas sabíamos que não podíamos nos render ao desespero. Devíamos aos mortos a justiça que lhes fora negada, devíamos aos vivos a proteção que mereciam. Decidimos permanecer na vila isolada por mais um dia, determinados a descobrir a verdade por trás do massacre que testemunhamos. Enquanto o sol se erguia lentamente no céu, começamos a vasculhar cada canto da vila em busca de pistas que pudessem nos levar ao responsável por tamanha atrocidade. Mas, à medida que o dia avançava e nossas investigações continuavam, uma sensação de que algo estava terrivelmente errado começou a se instalar em minha mente. Cada pista que encontrávamos parecia nos levar a becos sem saída, e a verdade parecia estar sempre um passo à frente, escapando de nossos dedos como areia escorregadia.

Foi quando nos deparamos com uma descoberta sinistra que tudo mudou.

Enquanto investigávamos uma das casas abandonadas da vila, Enki e eu nos deparamos com uma sala secreta escondida nos porões escuros. O ar ali dentro estava impregnado com um cheiro acre de sangue e morte, e uma sensação de medo se apoderou de nós enquanto avançávamos pelas sombras. Foi então que encontramos os restos mortais de um ritual macabro, símbolos estranhos e velas apagadas adornando as paredes da sala. No centro da sala, um altar sombrio exibia um corpo mutilado, sua expressão contorcida em agonia silenciosa. Meus olhos se arregalaram em horror diante da cena macabra, meu coração batendo descontroladamente no peito enquanto eu tentava processar o que estava diante de mim. O que quer que estivesse acontecendo ali, era algo muito mais sinistro do que poderíamos imaginar. Enki olhou para mim, sua expressão sombria refletindo o terror que sentíamos em nossos corações.

- "Nós não estamos sozinhos nesta vila." - sussurrou ele, sua voz mal audível no ar pesado. - "Eles estão nos observando." -

Uma sensação de horror se apoderou de mim, cada sombra parecendo abrigar uma ameaça invisível enquanto nos afastávamos da sala macabra. O que quer que fosse responsável pelo massacre na vila isolada, era algo muito mais antigo e poderoso do que jamais poderíamos ter imaginado. E enquanto nos preparávamos para enfrentar o que quer que viesse em nosso caminho, eu sabia que o verdadeiro desafio ainda estava por vir.

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— Enki assumiu a liderança, organizando nossa defesa enquanto nos posicionávamos estrategicamente ao redor do acampamento improvisado. As espadas foram empunhadas, os arcos tensionados e os feitiços preparados, cada um de nós pronto para enfrentar o que quer que viesse em nosso caminho. O sol começava a se pôr no horizonte, tingindo o céu com tons de vermelho e laranja, quando os primeiros sinais do ataque surgiram. Um som estrondoso ecoou pelas ruas desertas da vila, um clarão de luz rasgando o céu enquanto as trevas se agitavam em uma tempestade de magia. Os inimigos haviam chegado, e não havia tempo a perder.

- "Preparem-se!" - gritou Enki, sua voz ecoando pelo ar tenso. - "Eles estão chegando!" -

Sem hesitação, mergulhamos no calor da batalha, nossos corações batendo em uníssono com a promessa da luta. Flechas flamejantes cortavam o ar, encontrando seus alvos com precisão mortal enquanto os inimigos avançavam implacavelmente em nossa direção. O som do aço se chocando ecoava pelas ruas, cada golpe uma dança mortal entre a vida e a morte. Foi então que uma explosão de fogo irrompeu no ar, seus efeitos devastadores varrendo tudo em seu caminho. Eu me vi cercado por chamas dançantes, cada lampejo de luz revelando os rostos selvagens dos nossos adversários. Um pânico momentâneo ameaçou se apoderar de mim, mas eu o empurrei para longe, focando minha mente no desafio à frente.

- "Precisamos nos manter unidos!" - gritei para os outros, minha voz se perdendo no tumulto da batalha. - "Não podemos deixar que nos separem!" -

Avançamos contra os invasores, nossas armas brilhando à luz do luar enquanto lutávamos pela nossa sobrevivência. Mas, apesar de nossos esforços, ficou claro que estávamos em desvantagem. Os inimigos eram numerosos e poderosos, e suas magias lançavam uma sombra de desespero sobre nós. Foi então que lembrei-me do treinamento de Iryoninjutsu, uma antiga forma de técnica de cura que eu havia dominado recentemente. Com um suspiro de determinação, concentrei-me em canalizar meu poder, reunindo a energia vital ao meu redor de minhas mãos como uma fonte de luz esmeralda. Com um gesto de mão, liberei a energia curativa ao toque aos meus companheiros feridos, envolvendo-os em um brilho reconfortante de cura..

- "Agora é a nossa chance!" - gritei para os outros, minha voz carregada de esperança. - "Juntos, podemos vencer!" -

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— Eu me vi no centro da tempestade, minha katana cortando o ar com precisão mortal enquanto eu lutava contra os inimigos que avançavam. Cada adversário era uma sombra ameaçadora, seu rosto obscurecido pelas capas escuras que usavam para se camuflar na escuridão da noite. Mas eu não vacilei, meu corpo se movendo por instinto, cada golpe e esquiva uma dança fluida de destreza e determinação. Ao meu lado, Enki lutava com uma ferocidade igual, seus punhos e pés se movendo com uma habilidade que beirava o divino. Ele era uma força da natureza, sua determinação inabalável apesar das adversidades que enfrentávamos. Juntos, éramos uma equipe formidável, cada um complementando os pontos fortes do outro e compensando suas fraquezas. A batalha continuou por minutos intermináveis, o tempo se tornando uma névoa indistinta de dor e exaustão. Mas, apesar de nossos esforços, parecia que estávamos fadados a sermos sobrecarregados pela superioridade numérica e pela ferocidade dos nossos inimigos. A esperança estava prestes a se extinguir quando, de repente, uma explosão ensurdecedora irrompeu na periferia do campo de batalha. Olhei para cima, meus olhos se estreitando contra a luz brilhante que emanava da explosão. E foi então que vi uma visão que me encheu de espanto e alívio.

Reforços haviam chegado.

De todas as direções, uma nova onda de guerreiros avançava sobre os invasores, suas armas cintilando à luz das chamas. Eles eram liderados por figuras poderosas, cujas silhuetas eram envoltas em um brilho divino que parecia repelir as trevas que nos cercavam. Eles eram os aliados que havíamos esperado, aqueles que se juntaram a nós na batalha pela justiça e pela liberdade. Com um grito de triunfo, nos lançamos de volta à batalha, nossos espíritos renovados pela chegada dos reforços. Agora éramos uma força unida, determinada a lutar até o fim pela nossa causa. A luz da esperança brilhava em nossos corações, banindo a escuridão que tentava nos consumir.

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