[Cena] Desértico

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[Cena] Desértico
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Folklore

Tokubetsu Jonin

Poucas horas haviam se passado desde que Estinien retornou da sua última missão. Seu corpo estava finalmente limpo de toda a poeira da rua depois de um bom banho frio. Ele foi para seu quarto e posicionou-se em frente ao espelho. Com os cabelos platinados ainda molhados, puxou o excesso que caía por seus ombros para cima e os prendeu em um coque, caminhando até a cozinha logo em seguida. Estando sozinho em casa, com os pais no trabalho e o irmão mais novo na academia, Estinien contemplou a ideia de deitar-se no sofá e passar o restante da tarde relaxando, mas o universo tinha outros planos.

Três batidas na madeira sinalizaram que havia alguém na porta de entrada da casa. Vestido apenas com uma calça, Estinien foi até a porta e abriu, deparando-se com um menino um pouco mais novo que ele. — Estinien de Borel, certo? Me pediram para te entregar isto, é do Quartel General. Antes mesmo que o Hyuga pudesse responder, o menino saiu correndo, revelando diversos outros pergaminhos saltando pelos bolsos por detrás de sua calça. de Borel, Estinien. Recebemos um chamado de alerta de um grupo de Genins esta manhã. A mensagem indica que o grupo foi atacado por um animal selvagem capaz de induzir pessoas a ilusões perigosas, dissimulando suas mentes. O problema é que estes ninjas estavam em uma missão para recolher uma informação importante, e esse genjutsu impede que eles passem a informação verídica. Além disso, não conseguiremos saber quem está falando a verdade por não sabermos qual deles está dentro do genjutsu. Com o auxílio do Byakugan, seu objetivo será identificar os Genins presos na ilusão e libertá-los. A localização aproximada do grupo está ao noroeste da vila, próximo a um conglomerado de cavernas subterrâneas.

O objeto se desfez em fumaça assim que Estinien correu seus olhos pela última palavra do comunicado. Era sua primeira designação oficial fora da vila, e não teria nem tempo de conversar com seus pais antes. Diversos pensamentos começaram a invadir sua mente. E se ele falhasse? E se encontrasse algo perigoso demais na jornada e não conseguisse voltar? E se nunca mais fosse ver seus pais novamente? O garoto ainda era muito ingênuo e novo no mundo shinobi, não tinha experiência fora da segurança que as muralhas de Suna proporcionavam, e agora, de repente, foi enviado para auxiliar um grupo de Genins.

Nervoso, Estinien colocou seus trajes de costume, tomou um último copo de água e arrumou seus equipamentos na bolsa ninja, partindo em direção aos portões que dão acesso a entrada do vilarejo.

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...And this stain of corruption pleases me not.
…When all has been put to rest, I must needs forge my armor anew.

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Folklore

Tokubetsu Jonin

Ter 5 Mar - 20:48

Lá estavam eles, os portões da vila. Estruturas maciças de pedra esculpidas pela própria natureza que serviam como uma defesa formidável contra ameaças. Estinien não tinha muito conhecimento sobre como os outros grandes vilarejos defendiam sua capital, mas achava difícil terem algo que se equipara-se às grandes muralhas terrenas que protegem Suna. Ao aproximar-se do limite entre a vila e os portões, um dos guardas que vigiam o local foi de encontro ao garoto, o abordando. — Deixando Suna? Indique sua finalidade. O tom do shinobi era áspero, mas nada menos esperado do que os ninjas que precisam controlar a entrada e saída de milhares de pessoas. — Meu nome é Estinien, fui enviado para ajudar um grupo de Genins ao noroeste daqui, tenh- Sua fala foi interrompida por ele mesmo, que percebeu não possuir o pergaminho sobre sua missão. — Droga, eu… — Não precisa, rapaz. Dessa vez quem o interrompeu foi o guarda. [/i]— Já recebemos a informação do que se trata junto ao seu nome, pode passar.[/i] Sem querer questionar demais, Estinien prosseguiu para a passagem de pedra e em direção ao deserto.

O outono no País do Vento não era muito diferente das outras estações, quente e seca. Mal colocou os pés na areia e as ondas de calor já familiares começaram a tocar em suas roupas, ele nunca agradeceu tanto por estar acostumado a essa temperatura. — Certo… Bom, de acordo com a informação do pergaminho, preciso ir para o noroeste partindo da vila, e se o norte é ali… Deve ser pra lá! E, finalmente, começou a caminhar na direção apontada.

A paisagem do deserto era tudo menos excitante, a não ser que você goste de passar horas observando montes de areia dos mais diversos tamanhos. Algumas aves passavam pelo céu de vez em quando, traçando sua rota para um lugar certamente mais fértil que aquele. — Já devem ter se passado trinta minutos, não vou chegar nunca? Como se tivesse sido respondido pelo universo, um sinal de que havia chegado em seu destino ecoou nos ouvidos de Estinien.

Um rugido estridente e agudo ecoou em seus ouvidos, ressoando por todo o seu corpo e fazendo os pêlos de sua nuca arrepiarem. O que foi isso? Pensou, tirando uma kunai de sua bolsa com o braço direito e mantendo-a firme contra o peito. Estinien deu mais alguns passos para frente e ouviu novamente o rugido, dessa vez mais alto. Droga… parece que está se aproximando. Antes que pudesse dar mais um passo, foi pego por trás com um mão tapando sua boca.

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Tokubetsu Jonin

Qua 6 Mar - 0:57

III

O primeiro pensamento que veio à cabeça de Estinien foi cravar a kunai que segurava na mão que tapou sua boca, mas parece que quem quer que fosse responsável pela emboscada previu o acontecimento, pois a mão da figura estranha performou uma manobra que fez cair a kunai da mão do Hyuga. Instintivamente, ele agora havia tentado levar seu braço livre para trás, no intuito de golpear o rosto de seu agressor, mas foi novamente frustrado. — Pare com isso, droga! Estou tentando te salvar! Era uma voz feminina que, de fato, não soava como se tivesse tentando causar mal ao Genin. — Esse rugido que você está ouvindo é da criatura que paralisou os outros, agora cale a boca e venha comigo, tenho um lugar onde podemos nos esconder. A figura misteriosa soltou Estinien, que virou de costas para encará-la.

Era uma garota que parecia ter sua idade, as vestes quase idênticas às suas próprias fizeram com que ele deduzisse que ela também era uma Genin de Suna. — Quem é você? Indagou Estinien, com a cara emburrada. A garota não respondeu, fazendo apenas um sinal com a mão para que ele a seguisse. O Hyuga estava em dúvida se seguir uma pessoa misteriosa no meio do deserto seria uma escolha sábia, mas um rugido mais forte do que todos os que havia escutado até o momento deram clareza o suficiente para que ele obedecesse a menina.

Os dois caminharam por alguns minutos até um pequeno rochedo não muito longe de onde estavam. A kunoichi parou mais a frente, agachou e passou as mãos no chão, revelando um buraco entre as areias. — Vamos, estamos quase chegando. Estinien tinha concordado em seguir a garota, mas em nenhum momento passou pela sua cabeça pular de cabeça em um buraco escuro. — O que tem aí dentro? Quem é você? Exclamou, aumentando o tom de voz. — Nós não temos tempo! Venha logo e vou explicar tudo com mais calma, já disse que estamos chegando. A Genin lançou um último olhar a Estinien e pulou para o buraco. Com muitas dúvidas e desconfiança, ele lançou-se no escuro.

O Hyuga sentiu o chão de areia fofa ao aterrissar - ao menos a queda não doeu. Poucos metros a frente ele viu uma fagulha de luz se acender. A kunoichi mantinha acesa na palma de sua mão esquerda uma pequena chama, que projetava sombras por toda a escuridão. — Certo, teimosinho, agora que estamos aqui podemos finalmente conversar direito.

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Tokubetsu Jonin

Qua 6 Mar - 12:18

A chama na mão da kunoichi iluminava uma grande caverna. Fileiras e fileiras de estalactites se estendiam pelo teto e, estranhamente, o chão estava molhado. — Por que está aqui está cheio de água? Estinien perguntou. — Essa é sua primeira pergunta? Esse sistema de cavernas abriga alguns lençóis freáticos, então esse vazamento de água para a superfície é comum. A garota chegou mais perto dele. — Mas vamos ao que interessa. Aquele rugido que você ouviu é de um quimera, confesso que não sei muito sobre essa coisa, mas na missão em que fui designada recebemos um resumo do que podíamos esperar e, para a nossa infelicidade, tivemos essa surpresa. Quimera? O nome não fazia qualquer sentido para Estinien.

— Tudo o que sei é como enfrentar esse tipo de específico. Você percebeu que, apesar de eu ter falado no plural, estou sozinha? Pois é, a minha missão é em grupo, fomos enviados para recolher uma inform- Estinien fez uma cara de surpresa e exclamou. — Então são vocês! Essa tarde eu recebi um pergaminho contendo uma missão. Minhas ordens eram ir até o auxílio de um grupo de Genins que já deveria ter retornado e estavam tendo problemas com ilusões, eu deveria… Um pensamento de cautela veio à mente de Estinien de repente. De acordo com o pergaminho, alguns do Genins poderiam estar presos em uma ilusão, o que não só tornaria as interações perigosas mas tornaria impossível distinguir se eles estavam repassando a informação verdadeira.

Byakugan! Ele recitou a palavra mentalmente após uma sequência de selos. Os olhos brancos agora corriam pelo corpo da garota, que permanecia imóvel e com uma cara emburrada. De acordo com sua percepção e experiência, o fluxo de chakra dela não estava muito diferente dos que era acostumado a ver, então ele deduziu que não tinha nada de errado com ela. — Desculpe, precisava me precaver. Suna me enviou justamente porque consigo analisar o sistema de chakra dos ninjas, conseguiria perceber se você estivesse em um genjutsu. A Genin voltou a falar. — Certo… Veja bem… Estinien, é isso? Você não está errado em tomar cuidado, sou a única do meu grupo que resistiu a ilusão, e isso só foi possível porque tem um corte na minha perna que dói sempre que me movo, foi essa dor que me trouxe de volta a realidade.

A garota agora olhava para Estinien com seriedade. — Olha só, já passamos tempo demais conversando, precisamos agir rápido.. O que você me contou sobre identificar ilusões muda tudo. O plano é o seguinte: vamos andar por essas cavernas até o local em que deixei meus amigos, uma vez lá, como sou a única que pode lutar contra a quimera sem cair em seu genjutsu, irei distrair a besta enquanto você liberta os outros, tudo bem? Estinien não fazia a menor ideia do que esperar, nunca tinha feito isso antes, mas não era como se ele tivesse escolha. — Certo, vamos lá.

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Tokubetsu Jonin

Qua 6 Mar - 15:51

Alguns minutos se passaram desde que a dupla de Genins havia começado a caminhar em direção ao restante do grupo. Estinien andava atrás da garota, que guiava o caminho com a chama acesa em sua mão direita. — Acabei de reparar que você não me falou seu nome. Perguntou. — Me chamo Suki, agora silêncio, já estamos chegando. Ambos chegaram em um local onde as paredes da caverna começaram a estreitar, a água agora estava alta o suficiente para cobrir os pés, já não era mais possível andar sem fazer barulho. Mais a frente estava uma grande clareira, com pilares de rocha que iam até o teto rochoso e uma rampa ascendente onde um pouco de luz penetrava de cima. — Chegamos. Está vendo aquela rampa? Ela dá acesso à superfície, eu vou correr até lá e subir o mais rápido possível. Enquanto isso, você vai seguir para o fundo da clareira e libertar meus amigos, tudo bem? E Estinien, cuidado, estamos no território da quimera, a próxima vez que você ouvir o rugido significará que ela pode te ver, se eu fosse você ativaria de novo esse tal de Byakugan. Agora vamos lá. Assim que Suki começou a andar em direção a rampa, Estinien partiu.

A movimentação do Hyuga era cautelosa, mas ágil, ele corria em baixa velocidade na tentativa de impedir com que fosse ouvido. Percorrendo um pouco mais de cinquenta metros, ele avistou os dois Genins. Eram dois garotos que também pareciam ter sua idade. Ao aproximar-se da dupla, percebeu que seus pés estavam presos ao chão com cordas de chakra e uma linha fina, também de chakra, estava rente em seus pescoços. Qualquer movimento brusco que eles fizessem poderia ser fatal, como Estinien conseguiria libertá-los sem causar um acidente?

— Ei, você? O ruivo falou. — Está vendo aquela orbe vermelha flutuando atrás da gente? Jogue uma kunai nela e nós seremos soltos, rápido! Sem querer pensar demais para não perder tempo, Estinien pegou uma kunai de seu bolso, mas, antes que conseguisse arremessá-la na orbe, o Genin de cabelos loiros gritou. — PARE! Ele está mentindo! Aquela coisa colocou o colocou em uma ilusão e quer nos matar! Está vendo a orbe amarela, logo ao lado da vermelha? É ela que você tem que acertar. Estinien olhou para os dois, confuso. — CALE A BOCA MATT! O ruivo gritou de volta. — Não dê ouvidos a ele, é ELE quem está preso na ilusão da criatura, você tem que acertar a orbe vermelha! O loiro retrucou de volta e ambos começaram a discutir.

Estinien havia sido avisado que seria confuso, mas as instruções recebidas foram claras e o alertou sobre a ilusão da quimera, tudo o que lhe restava a fazer era ativar seu dojutsu e acabar com aquela farsa de uma vez por todas. Byakugan! Após uma sequência de selos, as veias em torno dos seus olhos saltaram e sua visão aguçou, focando no corpo dos dois garotos à sua frente. Após uma análise cautelosa do sistema de chakra dos dois, o Hyuga percebeu que o loiro, Matt, estava com um irregularidades em sua circulação, o que era um sinal claro de que estava mentindo. Sem querer alertá-lo de que havia descoberto a farsa, Estinien levou sua mão a frente e arremessou a kunai em direção a orbe vermelha, estilhaçando o objeto em pedaços.

Imediatamente as correntes que prendiam os pés dos Genins e a linha em seus pescoços desapareceram, deixando-os momentaneamente de joelho nos chão. Naquele mesmo instante, Estinien viu seu corpo desaparecer e materializar-se em frente aos portões de Suna. — O QUE FOI QUE ACABOU DE ACONTECER? Gritou, atordoado. Seu estômago parecia que não iria aguentar de enjôo, mas o vômito foi segurado pelo rosto de Suki, que apareceu em sua frente, acompanhada pelos dois Genins que Estinien tinha salvo. — Ora ora, não pensou que eu iria deixar você ali dentro, não é? Esse é apenas um truque que aprendi ao longo da vida, consigo teleportar pessoas com quem tive contato. Apenas um pensamento passou pela cabeça de Estinien, mas parece que Suki tinha lido sua mente, pois ela o respondeu antes mesmo que ele pudesse perguntar. — E não, eu não podia teleportar meus dois ‘amigos’ antes graças aquelas correntes, elas bloqueavam minha habilidade. Mas chega de conversa, você precisa descansar, não é? Uma última coisa, não se preocupe em reportar a missão, fui eu quem te enviei o pergaminho. Tenho a sensação de que ainda vou te ver novamente, Estinien de Borel. Em um instante, Suki e os dois Genins desapareceram novamente.

Parando pra pensar, ele nunca tinha dito seu nome a ela, e que história é essa de que ela teria enviado a missão para ele? Com muitas perguntas e mais ninguém para respondê-las, o Hyuga entrou nos portões da vila e começou a andar rumo a sua casa, só conseguia pensar em dormir.

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HP: 250/250 — CH: 350/450 — ST: 00/05

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Angell

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Qua 6 Mar - 16:32

doneAprovação

Bom jogo!

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