[Cena] – Véu da Noite

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[Cena] – Véu da Noite
[Cena] – Véu da Noite

Luna

Meishu Mizukage

[Cena] – Véu da Noite 3026d08ad16326db2dc9f1fc16d558d6

À medida que os portões de Chori no Sato se abriram, Mei, e provavelmente Hayato, adentraram a vila. Chori, outrora uma pequena colônia, havia florescido sob a influência de Kirigakure. A vila exibia sinais claros de prosperidade: barracas de comércio repletas de mercadorias, pessoas transitando com um ar de contentamento, e as casas na avenida central ostentando uma arquitetura nobre e elegante. A transformação de Chori era um testemunho da influência de Kirigakure, um reflexo da riqueza e do poder que a aldeia da Névoa poderia trazer.

— Tive uma ideia — disse Mei, seu tom de voz sugestivo, o olhar fixo em uma doceria do outro lado da rua. — Que tal se você fosse procurar nossos alvos, enquanto eu resolvo outros assuntos? — Ela então se voltou para Hayato, um sorriso leve nos lábios. — Você consegue, não é? Apenas encontre os contrabandistas e o esconderijo deles. Não se preocupe, não precisa entrar em combate até eu chegar.

Aguardando a resposta do jovem Hyuuga, Mei o olhava quase como se já prevendo sua resposta. De fato, embora recente, as interações entre eles já permitiram à ruiva traçar a personalidade do mais novo. Ao ouvir a resposta de Hayato, caso esta fosse positiva, ela bateria as mãos uma na outra, um gesto de contentamento e aprovação.

— Ótimo! Quatro horas devem ser o bastante. Vamos nos encontrar após isso e você me diz onde eles estão — falou Ogosho, com um tom simultaneamente descontraído e encorajador. Sua fala era desprovida de preocupação, de uma forma que sugeria que ela quase não estaria levando aquilo muito a sério. — Eu vou… hmm… olhar por ali — ela gesticulou de maneira atrapalhada em direção à loja, piscou e então se pôs a caminhar.

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SirSalvatore

Genin

Ter 5 Dez - 7:07

— Claro que consigo. É uma ótima ideia, Mei-sama. Assim nós vamos poder otimizar nosso tempo e retornar para casa o mais rápido possível. — respondeu convicto, comemorando internamente a ideia de que poderia finalmente demonstrar os seus grandes talentos. Observaria o caminho que a Yōnin seguiria, além disso olharia ao redor para gravar bem o local em que estava agora, já visando o reencontro em algumas horas com a líder da missão. Feito isso, seguiria em passos lentos para o maior mercado local que pudesse encontrar, onde iniciaria suas investigações. No caminho, refletiria por um breve período.

— A sensei está me dando uma oportunidade de ouro para mostrar de verdade todo o meu potencial. Se eu a impressionar agora, posso dar adeus à vida de limpar a biblioteca. — Hayato já podia sentir o êxtase de abandonar de vez o espanador e a flanela. — Mas se eu falhar, tenho certeza de que ela vai querer me punir. E vai ser bem humilhante... — não chegou a hesitar, já que confiava muito nas suas habilidades, mas sentiu a espinha gelar ao vislumbrar a vergonha da falha. Mas isso era apenas mais combustível para o seu sucesso. Continuou os seus passos, determinado. Restavam apenas mais alguns minutos para o início do resto da sua vida ninja, e uma missão de campo era muito diferente de qualquer coisa que o genin já tinha feito até agora. Apesar da grande confiança, sabia que a experiência que não tinha podia ser determinante em situações extremas.

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Luna

Meishu Mizukage

Qua 6 Dez - 2:53

Enquanto Hayato seguia com sua parte da missão, Mei se ocupava conversando com diversos moradores de Chori. Ela ouviu atentamente as reclamações da lojista de doces, preocupada com a segurança nas ruas. O padeiro expressou seu descontentamento com os impostos crescentes, enquanto os funcionários do hospital falavam sobre o esgotamento devido ao trabalho extra. Curiosamente, o cervejeiro local parecia ser o único a se beneficiar da situação, comentando alegremente sobre o aumento no número de clientes frequentes devido às diversas reclamações.

Em um ponto da tarde, Mei encontrou-se em uma mansão, tomando chá com uma senhora de nome Artemisia, uma aristocrata importante da região.

— Nos últimos anos, as colheitas foram terríveis — dizia a velha senhora, com um suspiro de desalento. — Muitos de nossos moradores tiveram que recorrer ao mercado negro, apenas para sobreviver.

Mei ouvia em silêncio os relatos da outra, que fora quem a convidou para ir até sua casa ao saber que a Mão de Deus estava ali. Quando esta terminou, a ruiva assentiu de modo complacente. Estava acostumada a lidar com queixas e políticas, dado os anos dedicados ao Gabinete.

— Entendo suas preocupações, Artemisia-san. Kirigakure está comprometida em garantir os suprimentos necessários durante os períodos de escassez. Também asseguraremos empregos emergenciais para todos que enfrentam dificuldades nesses tempos — ela prometeu, reafirmando a posição da Névoa como protetora e patrona de Chori.

A conversa fluía naturalmente, com Mei demonstrando não apenas uma genuína preocupação com o bem-estar dos moradores de Chori, como também autoridade. Comércio, centros de reunião, nobleza local: suas visitas não eram ao acaso. O simples fato de Ogosho estar ali já passava uma mensagem a quem a vê-se, e dar atenção aos moradores fazia parte do planejamento da Ordem Pública de Kirigakure ao enviá-la até ali.
Não apenas erradicar os criminosos com a força, mas assegurar que o povo estaria do lado da Névoa.

— Agora — Sussurrou, bebericando um pouco mais do chá açucarado. — Me fale mais sobre esse mercao negro.

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Genin

Qua 6 Dez - 21:02

No mercado central de Chori as coisas pareciam estar bem. As barracas de comércio estavam bem abastecidas, e numa rápida consulta aos preços na região o genin até identificou diferenças com os praticados na capital, mas não relevantes o suficiente para que levantassem qualquer suspeita. Não tendo encontrado nenhuma pista relevante nas primeiras horas de investigação, Hayato decidiu fazer uma pequena pausa numa padaria bem movimentada que ficava a poucas quadras do centro comercial onde estava. Se sentou a uma mesa e pediu alguns pães doces, os quais degustou enquanto pensava sobre a missão.

— Mas que droga. Tenho apenas mais duas horas antes de encontrar a Mei-sama e ainda não descobri nada. — esbravejou mentalmente entre uma mordida e outra, já se imaginando esfregando a urina dos banheiros de Kirigakure novamente. Entretanto, naquela padaria, um cheiro familiar dava indícios de que a sua sorte estava para mudar. Em uma de suas missões o Hyūga coletou um cogumelo com um odor bem específico, muito semelhante ao que estava sentindo ali, naquele ambiente. Depois desse estalo, reparou também que aquela padaria tinha muito mais movimento do que qualquer outra de Chori. — Aquele cogumelo não era um ingrediente alimentício...

Tendo feito a observação, Hayato se levanta e sai do estabelecimento sem levantar suspeitas, já planejando qual seria o próximo passo a ser tomado. Sabia que precisava entrar para investigar a produção, mas teria que fazê-lo levantando o mínimo de suspeitas. Felizmente ele tinha a técnica certa. Tecendo o selo do tigre num local um pouco afastado, visando se esconder de olhares curiosos, o genin altera a maneira com que a luz interage com o seu corpo, se tornando assim invisível e inodoro (Meisagakure no Jutsu). — Agora só preciso ter cuidado com os meus sons. — ressaltou para si mesmo enquanto disparava novamente na direção da produção de pães.

Com muito cuidado para dar passos leves, o Hyūga caminhou na abertura ao lado do balcão para a parte interna do local. Conforme se aprofundava ali, o cheiro ficava cada vez mais forte, comprovando a sua suspeita. Após poucos minutos da lenta caminhada, se esquivando dos funcionários que encontrava pelo caminho, o menino encontrou um depósito com muitas caixas – onde o cheiro já era quase insuportável de tão forte – e uma delas aberta, abarrotada dos fungos que o genin procurava. Se esgueirou no cômodo enquanto pensava no que fazer, quando ouviu um grande portão de madeira se abrindo ao fundo.

— Anda, caralho. Ainda temos que buscar as ervas. — ouviu uma voz grossa falando, vinda de um homem com quase 2m de altura e músculos destacados. Dois homens menores e gordos vieram carregando mais uma caixa com o mesmo conteúdo de todas ali. Após a descarregarem, os dois seguiram para fechar o portão, momento esse que Hayato aproveitou para sair por ele – sem ser notado, graças à invisibilidade e imperícia dos traficantes. Os três foram andando rumo ao sul do vilarejo, e não notaram que o ninja da Névoa os seguia de perto.

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Meishu Mizukage

Qui 7 Dez - 22:58

No Centro Policial de Chori, Mei foi recebida no gabinete de Tetsuya, delegado responsável pela guarda local, um homem de meia-idade com uma expressão que revelava anos de experiência e cansaço. Enquanto Mei se acomodava, Tetsuya começou a conversa com uma franqueza direta.

— Mei-san, agradeço sua visita. A situação aqui em Chori está se tornando cada vez mais desafiadora — começou, olhando para Ogosho com uma expressão grave e exausta. — O aumento da criminalidade tem sido substancial, e estamos lutando para manter o controle com o pessoal que temos.

A isso, a ruiva assentiu compreensivamente, incentivando-o a continuar.

— Entendo, Tetsuya-san. E em que aspectos específicos vocês estão enfrentando as maiores dificuldades? — Questionou, enquanto se servia de uma fatia de bolo que era oferecida.

— Principalmente, estamos lidando com um aumento significativo em casos de contrabando e atividades de gangues. — explicou Tetsuya, seu tom revelando a tensão acumulada.

— A segurança de Chori é uma preocupação para Kirigakure também — a ruiva garantiu. — Faremos o que for necessário para ajudar. Prepare um relatório com as requisições que julgue necessárias, falarei com a Godaime sobre a alocação de mais recursos ou até mesmo a realização de treinamentos especiais para seus guardas — disse. Seu tom era firma, ainda que transmitisse calma. Seus olhos nunca deixaram a face do velho homem, como se estivessem penetrando por dentro da carne e observando o que havia além. E sob esse olhar, era perceptível o aumento do suor, embora sua fala buscasse transmitir calmaria.

— Isso seria extremamente benéfico, Mei-san. Qualquer apoio de Kirigakure seria decisivo para nos ajudar a restabelecer a ordem e a segurança aqui — disse, em um tom agora quase automático.

Mei assentiu.
— Vou levar suas preocupações para Kirigakure e assegurar que as medidas apropriadas sejam tomadas. Chori já sofreu demais no passado. A paz e a segurança são vitais. — Após essas palavras, a ruiva se levantou, e o homem fez o mesmo. Um brilho de alívio foi notado em seus olhos quando ela fez menção de se virar. — Antes de ir — voltou a falar, levando ambas as mãos às costas. — Gostaria de ver o registro das operações realizadas no exterior dos muros, por gentileza.

— No e-exterior? — Gaguejou. E tão rápido quanto, recuperou a postura. — Claro, claro que sim. Só um momento, Mei-san — ele se voltou para o ficheiro, destrancou algumas gavetas e começou a mexer nas pastas.cOgosho observava atentamente enquanto Tetsuya vasculhava os arquivos, buscando os registros das operações externas. A tensão no ar era quase palpável, e Mei podia perceber a hesitação sutil nas ações do delegado. — Aqui estão, Mei-san — disse Tetsuya, entregando-lhe um conjunto de pastas. Seu tom tentava manter uma naturalidade que claramente não sentia.

Mei começou a folhear os documentos, seu olhar analítico captando detalhes que escapariam a muitos. Mas o mais curioso era como os arquivos pareciam excepcionalmente… normais. Entradas e saídas em horários variados, dadas variadas, registros perfeitos. Foi então que a ruiva piscou, e com a injeção de chakra seus olhos, originalmente amarelo-dourados, assumiram a coloração rubro-negra, com o padrão que lembrava um Sol negro circulando nas orbitas. Os Olhos que Viam Toda a Verdade da Criação puderam enxergar, sem qualquer dificuldade, que os papéis estavam embebidos em chakra. E por trás daquela ilusão simples, as verdadeiras notas de entrada e saída, ocultas dos olhos comuns.

Depois de alguns momentos, ela levantou os olhos, fixando-os no homem À sua frente.

— Adulterar arquivos oficiais do governo é um crime grave, Tetsuya-san. — Ela disse, em tom monocórdico, suave. — Crime de traição contra o Estado.

— Isso é um mal-entendido, Mei-san...

— Fora isso, cruzando informações forneceidas por fontes confiáveis, parece que os nossos guardas mais qualificados, cedidos por Kirigakure, parecem estar sempre fora quando os carregamentos de contrabando chegam. Uma coincidência conveniente, não acha?

Tetsuya tentou manter a calma, mas sua voz vacilou.

— Mei-san, essas missões são essenciais para a segurança...

— Vejo um padrão que sugere o contrário — interrompeu Mei, agora com frieza, soltando os arquivos sobre a mesa. — Parece que alguém está se beneficiando da situação. Desde que saí da Névoa, me perguntava como que criminosos estariam operando à vista de nossas bandeiras sem que nossas forças os detivessem. Acho que isso mata a charada.

Mei percebeu que o sujeito se movia sutilmente em direção à porta, claramente planejando uma fuga. Sem hesitar, ela agiu. Com um movimento simples do olhar, Mei utilizou sua habilidade em Jiton, manipulando a areia para formar uma barreira sólida que bloqueou a saída.

— Não tão rápido, Tetsuya-san — disse Mei, sua voz era agora um misto de autoridade e desaprovação.

O velho, agora preso pela areia, percebeu que não tinha escapatória.

— Mei-san, eu posso explicar... — começou ele, mas Mei o interrompeu.

— Suas explicações virão depois. Por ora, você está sob custódia por suspeita de corrupção, colaboração com contrabandistas e Alta Traição.

Minutos após, reforços chegaram para levá-lo sob custódia. Esses eram os Jounins de Elite que Kirigakure disponibilizou para a defesa da colônia, shinobis leais a Godaime Mizukage.

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Genin

Dom 10 Dez - 5:46

Hayato, ainda oculto pela técnica de invisibilidade, seguiu os traficantes pelo vilarejo. Seu coração batia forte, consciente de que estava prestes a descobrir os segredos por trás de todo aquele contrabando. Aquela técnica que ele tinha aprendido há pouco tempo tornava a sua tarefa mais fácil, mas ele sabia que um passo em falso poderia comprometer toda a operação.

O homem musculosos e seus comparsas gordinhos caminhavam apressadamente, como se o peso de seu trabalho ilícito os pressionasse constantemente. Hayato, astuto, mantinha-se a uma distância segura, ajustando sua velocidade para não revelar sua presença. Enquanto se movia pelas vielas escuras, sua mente ninja trabalhava freneticamente, traçando estratégias para confrontar os criminosos sem desencadear um confronto desastroso.

À medida que avançavam para fora do vilarejo, chegaram a uma área mais isolada, afastada das luzes e do bulício. Os traficantes pararam diante de uma edifício grande, mas simples, e aparentemente abandonado. Hayato observou à distância, curioso, enquanto o mais forte dos inimigos começou a bater em uma porta desgastada, produzindo um padrão específico. A porta se abriu, revelando uma figura sombria, envolta em um manto.

— Vocês demoraram, hein? — a voz da figura encapuzada ecoou na escuridão.

— Esses dois aqui não tem mais fôlego, mas conseguimos. Só faltam algumas caixas. — respondeu o homem musculoso, antes de entrar para o prédio.

O Hyūga, agora mais próximo, percebeu que a figura encapuzada era mais do que uma simples intermediária. Aquele era o líder, o elo-chave para desvendar o mistério por trás dos cogumelos. O genin ponderou sobre o próximo movimento, consciente de que estava sozinho contra uma conspiração que se estendia além das fronteiras do vilarejo. Apesar da hesitação, a vontade de impressionar a sensei e ascender socialmente era grande demais para deixar aquela oportunidade passar. Após sacar uma kunai, o garoto investiu em velocidade máxima na direção dos capangas gordos, golpeando-o com uma perfuração profunda na altura da coluna vertebral e o derrubando imediatamente. Os três restantes ficam atônitos por um instante, intervalo aproveitado pelo shinobi para acertar o outro rechonchudo com uma perfuração na lateral direita dorsal, mas perdendo a sua arma básica presa lá dentro. Hayato salta para trás e desfaz a invisibilidade, muito confiante de que venceria um combate direto.

O homem coberto de músculos saca uma espada, enquanto o encapuzado apenas observa. O primeiro investe contra o menino e tenta golpeá-lo com um corte em diagonal, prontamente defendido por Hayato com uma outra kunai que sacara durante a movimentação do inimigo. O musculoso puxa um pouco a sua lâmina e tenta um segundo golpe, dessa vez uma perfuração frontal. Usando o controle decente que tinha do próprio corpo, o genin esquiva apenas girando o seu tronco para que fugisse da trajetória do golpe, usando a mão direita armada para perfurar ambas as mãos do musculoso e fazendo com que ele largasse a espada.

— Eu sou o melhor genin da Névoa. Já derrotei centenas de patifes como vocês, e lotei as prisões da vila. Parece que a God... — enquanto tripudiava sobre o adversário, todo o corpo de Hayato era paralisado repentinamente, enquanto o misterioso líder que até então não participava da batalha executava um único selo manual e encarava o Hyūga.

— Você fala demais, pivete. — disse a figura encapuzada, logo após decapitar o próprio aliado que tentava tirar a kunai atravessada nas mãos. — Vamos ver se também conta os segredos daquele ninho de fantoches abobalhados para mim. Talvez eu te dê uma forcinha. — encerrou com um sorriso sádico enquanto se aproximava da criança, usando a outra mão para apertar um pano de cheiro forte contra o nariz do shinobi, que aos poucos começou a enxergar tudo cada vez mais preto. Até que, finalmente, tudo apagou.

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Luna

Meishu Mizukage

Seg 11 Dez - 18:43

A descoberta de que Hayato havia sido levado pelos contrabandistas (uma dedução simples baseada no atraso do mesmo e no caminho já imaginado pela ruiva) não perturbou Mei. Com tranquilidade, ela revisava os registros do delegado e, assim, localizou o esconderijo dos criminosos. No caminho, parou em uma padaria, um interlúdio breve, onde escolheu doces com a mesma meticulosidade de um ourives selecionando gemas. Ela os saboreou no caminho, sem pressa, aproveitando a caminhada para sentir os sabores únicos daquele pequeno país.

A construção fora dos muros de Chori, uma velha estrutura em ruínas, erguia-se sombria e silenciosa. Dois guardas ladeavam a entrada, suas posturas relaxadas contrastando com o terceiro, que praguejava enquanto tentava limpar o sangue derramado no chão – a evidência de uma batalha recente. Então, de fato, o garoto esteve ali, pensou, ainda com tranquilidade.

Ao se aproximar, a presença de Mei foi notada pelos guardas. Um deles, o glutão com um sorriso zombeteiro, perguntou:

— Ei, moça, está perdida? — O tom vibrava de malícia, a mente já fantasiando. De certo, não a conseguia enxergar direito por conta das sombras, e assim não reparou nos apetrechos militares que trazia no corpo.

Neste momento, Mei liberou de uma vez toda a sua Intenção Assassina. O Sakki emergiu dela como uma onda de calor em um dia frio, invisível, mas onipresente. Os três guardas caíram ao chão, subjugados em um instante pelo poder esmagador que emanava dela. Uma pressão fantasma que os proibia de ficar em pé. Dentro da construção, o efeito foi igualmente devastador; todos sentiram a presença avassaladora da Mão de Deus.

— O-oque? — Exclamou um dos homens, olhando para a entrada com uma mistura de surpresa e medo. Um estrondo ensurdecedor de metal se partindo, e as portas se abriram ante o golpe da ruiva. Parada no limiar, a luz externa contornava seu corpo, conferindo-lhe um ar etéreo. De seu rosto encoberto pela sombra, apenas os orbes eram visíveis, rubis de fogo e cor de sangue, ostentando o sol negro em seu centro.

Ao seu redor, homens congelavam caíam, incapazes de suportar a pressão e o medo sendo injetado em seus corações.

— O-o que está acontecendo? — Um deles balbuciou, atônico, sem sequer compreender o que estava ocorrendo.

— Infernos, por que não nos disse que ela estava aqui?! — o líder repreendeu alguém atrás dele, talvez Hayato, não conseguia uma visão boa à essa distância. Então, voltando-se para a mukher, ele explicou com voz trêmula: — Essa é Mei dos Olhos do Sol, e aqueles com pouca fibra e que tem medo da morte não conseguem ficar em pé na sua presença.

Mei, avançando com a tranquilidade, aproximou-se do líder, enquanto outros ao redor congelavam e tombavam sob o peso de seu sakki.

— Eu acho que vocês têm algo que é meu — disse ela, parando a cinco metros do líder, sua voz calma e doce quanto o veneno. Seu olhar encontrou Hayato, caso este estivesse mesmo ali. Um sorriso sutil surgiu em seus lábios.

— Parece que te atropelaram — brincou ela, antes de mudar abruptamente de tom para um severo e cortante. — Levante-se. Se quer mesmo ser meu aluno, o mínimo é conseguir ficar em pé.

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Genin

Qua 13 Dez - 9:27

O pequeno Hyūga acordava dentro de um lugar. Confuso, ainda não sabia direito o que estava acontecendo. Em sua frente, o líder do local empunhava um alicate na mão direita e executava o mesmo selo que havia feito outrora para imobilizá-lo. Um sorriso sádico assustava genuinamente o genin, que tentava mover os músculos sem sucesso enquanto a figura se aproximava dele. Um som do lado de fora, entretanto, chamava a atenção de seu raptor, que se dirigia até lá para investigar. Poucos instantes se passavam até Hayato sentir a sensação mais aterradora da sua breve vida.

O menino sentia um calafrio percorrer sua espinha quando Mei liberou sua Intenção Assassina. O ar ao seu redor tornou-se denso e opressivo, como se uma tempestade estivesse se formando, mas era uma tempestade de pura hostilidade. O clima pesado comprimia os seus pulmões, tornando a respiração uma tarefa hercúlea e potencializando ainda mais o desespero. Seus músculos congelaram momentaneamente diante do poder avassalador da sensei.

Instantes após a paralisia, seu coração disparava, e a sensação de medo o envolveu como uma sombra escura. Era a primeira vez que Hayato experimentava o Sakki, e sua inexperiência como ninja tornava a situação ainda mais incontornável. As palavras de Mei ecoaram em sua mente, repreendendo-o pela fraqueza percebida. Ele sabia que precisava sair dali, sabia que não podia retornar às tarefas de limpeza da vila, mas a barreira instransponível que era a própria mente apenas o permitia se manter sentado. No cérebro, a certeza irracional de que seria morto pela própria líder vencia o jovem shinobi, pelo menos no primeiro round.

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Meishu Mizukage

Qui 14 Dez - 0:23

O olhar de Ogosho permaneceu fixo em Hayato. Através de seus olhos semidivinos, ela captava cada detalhe em sua expressão – o suor descendo pelo rosto, as expressões lutando silenciosamente contra o pânico interno. Acima de tudo, ela via medo. Apesar de suas promessas e bravatas, ele era apenas uma criança, criada sob a proteção dos muros da Névoa, alimentando-se de histórias fantásticas e sonhos de grandeza. Uma criança, nada mais.

Mei abaixou o olhar, sua face buscando reassumir a expressão complacente, mas um brilho no fundo de seus olhos traía um sentimento perigosamente próximo à decepção.

— Está tudo bem — ela disse suavemente. — Você ainda não está pronto — declarou, com um tom calmo, porém carregado de significado. Ela então virou-se para o líder dos contrabandistas, que permanecia imóvel ao seu lado. — Sem testemunhas — falou, e no mesmo instante, chamas negras irromperam pelo corpo do homem, cobrindo-o completamente. Os gritos guturais logo se silenciaram sob a força implacável das chamas.

As mesmas chamas se espalharam rapidamente, alcançando os criminosos incapazes de se mover. Eles reagiram à dor, mas nada puderam fazer contra o fogo negro do purgatório que nunca se apagava. Em pouco tempo, toda a construção estava envolta em chamas, exceto por um pequeno círculo ao redor de Mei e Hayato. Assim, não haveria testemunha para afirmar que o aluno da Mão de Deus falhou em seu primeiro embate.

— Vamos — disse Mei, finalmente encerrando a emanação de seu Sakki. Ela esperou, em silêncio, até que Hayato fosse capaz de ficar em pé. Então, começou a caminhar em direção à saída. A cada passo sob a influência de seu Mangekyou Sharingan Eterno, por meio do Enton: Kagutsuchi, as Chamas do Inferno abriam caminho para a passagem da dupla.

Com o reforço das relações de Kirigakure com Chori, a prisão do delegado traidor e a eliminação dos criminosos, a missão estava, oficialmente, concluída.

Informações:

Estilo de Luta:

Manipulação:

Jutsus:

Equipamentos:

Cabaça de Areia
Espécie: Comum
Rank: C
Descrição: Uma cabaça simples, de tamanho médio, que normalmente fica amarrada na lateral do corpo do portador. Possui gravado o kanji para "Escuridão" (冥) e "Nuvem" e (雲) um de cada lado. Consegue comportar até 3000Un de areia.
Armazenamento: 3000/3000

Bolsa de Armas 1:

Bolsa de Armas 02:

Arma Lendária:

Seladas:

Cálculos:

Observações:

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I could show you incredible things

Busquem comer cimento
GF • Ficha • Mod-Ag

Sangue em Einchenwald

Proteja Einchenwald do insano Kenpachi

Herói da Vila

Proteja sua vila de um ataque e/ou conclua três mini-tramas arquitetadas por seu Kage.

Eu Sou Kage!

Torne-se Meishu Kage.

Conquistando o Mundo

Conclua seu primeiro evento mundial.

Reconhecido por Todos

Chegue aos 100 pontos de fama geral.

Hospedeiro

Torne-se um jinchūriki.

Golpe Final

Dê o "último golpe" em um NPC adversário durante um evento

Guardião da Vida

Salve um aliado da morte durante um evento mundial.

Protagonista

Destaque-se em um evento mundial.

Eu Sou Inevitável

Seja uma grande fonte de dano do grupo durante um evento mundial.

Eu Sou Sensei!

Forme uma equipe ou seja designado para ser sensei de uma equipe.

Boletos e Mais Boletos...

Alcance o nível máximo em sua profissão.

Mestre Elemental

Torne-se um mestre elemental.

Melhorias ao Meu Arsenal

Receba um transplante ou realize-o em seu próprio personagem.

Ficha de Personagem :

Gestão de Fichas :

SirSalvatore

Genin

Sáb 16 Dez - 2:28

O jovem genin continuou lutando contra o próprio medo por mais alguns instantes, nos quais se configuraram em horas na sua mente. Experimentava em primeira mão o peso, a opressão, de uma ninja que aprendeu a tratar a morte como sua amiga de infância. No auge dos seus onze anos o rapazinho, de fato, não estava pronto. Ele não estava disposto a aceitar, mas a única forma de provar o contrário era superando aquele sentimento, que nem era de fato direcionado a ele. Infelizmente, falhava.

Mei não falava muitas palavras, mas era o suficiente. A expressão sobre a falta de preparo de Hayato não era fácil de digerir, principalmente para o orgulhoso shinobi. Mas o peso da decepção impregnada nos Olhos do Sol era absolutamente insustentável para a frágil maturidade emocional do menino. Os instantes de julgamento faziam ele, ainda paralisado, usar cada joule de sua energia para conter as lágrimas de cem arrobas. Ele não estava pronto.

Sua sensei incinerava com chamas negras o inimigo, que gritava em agonia por alguns momentos antes do silêncio fúnebre. Pouco depois seu corpo ficava novamente leve, e a sensação de opressão deixava o ambiente; o peso da vergonha, entretanto, seguia firme.

Se levantaria com velocidade compatível ao peso que carregava. Ainda de joelhos, nem conseguia mais pensar sobre como seria o futuro. A missão, apesar de concluída, se desenrolava da pior maneira possível para o Hyūga. Com os olhos opacos e o olhar distante, seguiria o caminho feito por sua líder, analisando com alguma curiosidade aquela manipulação do fogo negro – mas sem ousar dizer uma palavra sequer.

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Considerações: