Abro os olhos para receber a suave luz que invade meu quarto, indicando o início de mais um dia em Kirigakure. A névoa lá fora cria uma atmosfera peculiar, carregada de mistério e potenciais desafios. Levanto-me da cama com a certeza de que o dia reserva algo especial. Os primeiros raios de Sol espreitam pelas frestas, e a vila começa a ganhar vida. Enquanto realizo as tarefas matinais, a rotina se torna meu refúgio, um ponto de estabilidade em meio à imprevisibilidade do mundo ninja. O aroma do café fresco preenche a cozinha alguns minutos adiante. Preparo minha refeição com a destreza de quem conhece cada canto de sua casa. Ao saborear o café, repasso mentalmente os desafios que o dia pode trazer.

Relembro de ter recebido uma missão no dia anterior ao hoje. Lembro-me nitidamente do momento em que recebi a missão para recuperar um artefato sagrado. Foi como se o destino tivesse traçado um novo caminho para mim, desviando-me das sombras que ainda pairam sobre o sonho com Jova Ōtsutsuki. O pergaminho, entregue com o selo oficial de Kirigakure, continha os detalhes cruciais da tarefa que me aguarda. Um artefato sagrado, um objeto de valor inestimável para vila, havia sido roubado. O peso da responsabilidade se instalou em meus ombros enquanto lia sobre a importância histórica e espiritual desse objeto. O pergaminho também continha informações sobre a localização provável do artefato e instruções detalhadas sobre como proceder. — Mexer com a fé de alguém não é algo legal. — Murmuraria enquanto me apronto para sair da minha residência. Finalizado tal, partiria.

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Em meio aos preparativos do dia, enquanto caminho pelas ruas movimentadas de Kirigakure em direção ao local da missão, minha mente é invadida por flashes do sonho recente. O encontro com Jova Ōtsutsuki ainda ecoa, uma presença enigmática que se manifesta em minha memória. As imagens se desdobram diante de mim, como se o sonho se tornasse uma realidade fugaz. Jova, a figura de chifres que emergiu das sombras, carregava consigo segredos e mistérios. Seus olhos, mesmo na escuridão, pareciam captar cada nuance de minha alma. A sensação de estar diante de algo transcendental, algo além da compreensão humana, permanece viva em minha mente.

Ao lembrar das palavras trocadas, questionamentos surgem como borbulhas na superfície de uma água calma. O que significa o aviso sobre a marca em minha mão? Qualé a verdadeira natureza dos poderes ocultos do clã Ōtsutsuki? O sonho, inicialmente luminescente, se transformou em sombras quando o parasita emergiu de Jova, trazendo consigo uma perturbação que transcende o onírico. A confusão persiste, mas uma coisa é certa: o sonho não foi apenas um produto da imaginação noturna. Existe uma conexão mais profunda, uma interseção entre meu destino e as sombras do desconhecido. Estou ciente de que o mundo dos sonhos pode conter mensagens veladas que se entrelaçam com a realidade ninja que enfrento.

Sendo assim, contemplo a lembrança do sonho como quem observa uma peça de quebra-cabeça, tentando encaixar as peças para revelar a imagem completa. Os chifres, símbolos de poder ou maldição? O parasita, uma representação de um perigo iminente ou uma advertência de eventos futuros? Talvez, assim como a água em constante movimento, as respostas se escondam nas profundezas da consciência, aguardando serem descobertas. O sonho persiste como um enigma a ser desvendado, uma questão que desafia meu entendimento. — Talvez eu só precise parar de pensar nisso. — Murmuraria, coçando a marca do Kāma em meu pescoço.

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No meio do caminho para a missão, uma onda súbita de exaustão toma conta do meu corpo. A fadiga se manifesta de maneira inesperada, e minha visão fica turva por um instante. Luto contra a sensação de cansaço, mas é em vão. Um espasmo violento percorre minha espinha, e meus sentidos começam a falhar. — Durma, mestre... — Ouvi sussurros conforme meu corpo se desliga aos poucos. Em um piscar de olhos, a paisagem ao meu redor se desvanece, e me vejo imerso em um lugar de luminosidade intensa. O brilho é avassalador, e não consigo distinguir onde começa ou termina. É como se estivesse imerso em um oceano de luz, onde cada partícula resplandece com uma intensidade própria.

A ausência de limites é desconcertante. Não há horizonte, apenas uma extensão interminável de brancura. Não existe solo sob meus pés, apenas a sensação de flutuar em um vazio iluminado. O branco ao meu redor é absoluto, uma luminosidade tão intensa que não permite distinção de sombras ou nuances. É como estar imerso em uma vastidão de luz, onde não há fronteiras ou limites perceptíveis. Não há características definidas nesse oceano branco, apenas uma extensão infinita que desafia a compreensão. Minha visão parece se perder na imensidão da brancura, e a sensação de flutuar em um espaço sem fim é avassaladora. Cada movimento que faço não parece gerar qualquer alteração na paisagem que me cerca. Não há horizonte, céu ou solo, apenas a continuidade desse branco deslumbrante que envolve tudo ao meu redor. — Eu morri? — Indagaria a mim mesmo, vendo de repente um chocolate surgir em minhas mãos, cujo qual eu ingeriria.

A ausência de referências visuais cria uma sensação de desorientação, como se estivesse suspenso em um limbo atemporal. O branco parece penetrar até mesmo em meus pensamentos, envolvendo minha mente em uma atmosfera etérea. É uma experiência única, desafiando minha compreensão do espaço e da realidade. Enquanto flutuo nesse mar de brancura, uma profunda curiosidade se mistura à minha perplexidade. O que este ambiente representa? Qual é o significado dessa imensidão luminosa? Questões sem resposta pairam no ar, aumentando a intriga e a sensação de estar em um lugar além dos limites do conhecido. — Cara... que loucura. — Murmuraria, assustado, porém admirado com a atmosfera do local, tentando entender onde estou.

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Na vastidão desse branco cegante, algo começa a surgir à distância. Uma silhueta vaga, quase imperceptível no início, como uma sombra difusa na imensidão luminosa ao meu redor. Fixo meu olhar na figura distante, tentando discernir qualquer detalhe em meio à brancura opressiva. Enquanto continuo imerso na vastidão brilhante, a silhueta permanece à distância, como um enigma intocado, caminhando para tentar alcançá-lo. Cada passo que dou parece aumentar a distância entre nós, como se a figura misteriosa se movesse proporcionalmente para longe, mantendo-se sempre no horizonte incerto. O branco puro que me envolve persiste, sem dar sinais de enfraquecimento. Não há contornos definidos, apenas uma extensão sem fim. Minha curiosidade cresce à medida que tento compreender a natureza desse espaço etéreo, onde sombras e luz se misturam em uma dança ilusória.

Nesse estado de perplexidade, a silhueta permanece como um ponto de referência distante, uma presença que desafia a clareza. Estou envolto nesse limbo branco, incapaz de discernir mais detalhes ou aproximar-me do enigma que se mantém fora de alcance. À medida que eu continuo vagando pela brancura sem limites, uma sensação de desorientação se instala. Cada passo que dou parece ecoar silenciosamente, como se o próprio espaço estivesse respondendo à minha presença. O branco imaculado ao meu redor é quase deslumbrante, não permitindo sombras ou marcas que possam fornecer uma orientação visual. A luminosidade intensa não é incômoda, mas sim envolvente, criando uma atmosfera etérea e surreal. A silhueta, ainda distante, permanece como o único ponto de destaque nesse vasto oceano de branco. Sua forma é apenas uma sugestão, uma sombra delicada na periferia da minha percepção. Toda vez que tento focar nela, ela parece recuar, como se deslizasse ainda mais para a borda dessa paisagem etérea.

A ausência de referências visuais sólidas aumenta a sensação de estar em um espaço que transcende as fronteiras da compreensão. O branco, em vez de ser vazio, assume uma presença própria, enchendo meus sentidos com uma pureza quase palpável. Cada respiração parece ser absorvida por essa atmosfera luminosa, criando uma conexão singular entre eu e o ambiente ao meu redor. Enquanto tento avançar, percebo que o branco não é apenas uma cor, mas uma sensação, uma presença que se manifesta de maneiras além da visão. É como se estivesse imerso em uma correnteza de luz, fluindo através de mim e ao meu redor de maneiras indescritíveis. A silhueta continua a ser um enigma, uma presença que evoca curiosidade e fascínio. O que aguarda além desse horizonte branco? Por enquanto, eu sigo adiante, navegando nesse oceano de luminosidade, ansioso por descobrir os segredos que essa visão peculiar pode revelar. — Talvez eu entendi onde estou... só pode ser aquilo de novo. — Balbuciaria, tendo uma hipótese na mente.

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Na vastidão desse branco cegante, algo começa a surgir à distância. Uma silhueta vaga, quase imperceptível no início, como uma sombra difusa na imensidão luminosa ao meu redor. Fixo meu olhar na figura distante, tentando discernir qualquer detalhe em meio à brancura opressiva. À medida que me aproximo, a silhueta começa a ganhar contornos mais definidos. Uma presença misteriosa que parece flutuar na brancura infinita. Não há traços claros de rosto ou características distintas, apenas uma forma etérea que desafia a compreensão. Uma sensação de expectativa se instala, como se essa figura detivesse segredos profundos. Ao mesmo tempo, o branco infinito parece se transformar em uma espécie de caminho luminoso. Cada passo que dou cria um rastro de luz, como se o próprio espaço estivesse reagindo à minha presença. A silhueta, agora um ponto de referência mais sólido, permanece no horizonte, uma presença misteriosa que parece aguardar minha chegada.

Conforme eu avanço, o ambiente começa a se modificar sutilmente. O branco intenso se transforma em padrões etéreos, como se estivesse tecendo um cenário em constante mudança à medida que eu me aproximo da silhueta. Às vezes, formas abstratas se materializam, criando uma paisagem efêmera que desaparece no momento seguinte. Enquanto continuo minha jornada, percebo que o caminho à frente não é tão simples quanto parece. O espaço ao meu redor começa a vibrar com uma energia desconhecida, criando distorções temporais que desafiam minha percepção. Imagens fugazes surgem e desaparecem, testando minha capacidade de discernir o real do ilusório. — Eu tô ficando maluco? — Indagaria, questionando se eu estou são ou não.

Enquanto enfrento esses desafios efêmeros, a silhueta permanece como um farol, um ponto fixo em meio à metamorfose do ambiente ao redor. A sensação de urgência e propósito impulsiona-me adiante, apesar das incertezas que cercam essa jornada surreal. À medida que me aproximo, começo a perceber indícios de uma presença além da visão. Uma melodia suave ressoa no ar, como se o próprio espaço estivesse entoando uma canção em resposta à minha jornada. Essa música etérea adiciona uma dimensão sensorial à minha experiência, criando uma trilha sonora única para a minha busca. Minha jornada se aproxima do seu ápice, e a silhueta começa a se revelar de maneira mais nítida. A luz que a envolve se dissipa, revelando os contornos de sua figura. Ao me aproximar, sou envolvido por uma aura de tranquilidade, como se estivesse entrando em um espaço sagrado.

Finalmente, diante de mim, está Jova Ōtsutsuki. Seus chifres destacam-se como símbolos de sua linhagem distinta, e seus olhos carregam uma sabedoria profunda. Sua presença emana uma sensação de poder cósmico, como se estivesse conectada aos próprios fundamentos do universo. — Olá de novo, Ancião. — Balbuciaria em um tom respeitoso para com a entidade.

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Jova Ōtsutsuki, envolto em uma aura ancestral, após me ver, iniciaria sua narrativa sem tardar com uma seriedade que reflete os séculos que carrega consigo. Envoltos por um ambiente tranquilo, longe dos olhos curiosos, absorverei cada palavra como um ensinamento ancestral. — A história de nosso clã remonta a tempos imemoriais, Hakari. Somos Ōtsutsuki, descendentes de uma espécie única chamada Amatsubito, originária de um mundo além da compreensão humana. Dotados de chifres, éramos frutos de uma devoção peculiar à Ōtsutsuki no Ishi, a Vontade dos Ōtsutsuki. — Jova pausou por um momento, seus olhos refletindo a vastidão de sua experiência. — Nosso clã buscou a imortalidade, consumindo a energia vital e genética de outros mundos. Isso levou à nossa migração entre dimensões, devastando mundos em busca de recursos. Liderando esse esforço estava Shibai, um dos nossos, cujo poder se tornou divino entre nós. — O Ōtsutsuki ancião continuou, revelando como a ganância por poder e recursos levou à destruição de "nosso" planeta natal. Ouvi atentamente, tentando compreender a magnitude da jornada épica que Jova está compartilhando.

— Um tempo depois, acabei caindo na terra. Assustados pelos meus chifres e aparência, fui considerado um monstro pelos humanos. Chamaram-me de 'Ōtsutsuki no Oni', o Oni da Grande Árvore de Bambu. No entanto, ao longo dos anos, usei minhas habilidades para curar e ajudar, conquistando meu lugar nesta sociedade. Este clã, formado por minha descendência, carrega consigo a marca da maldição deixada por Shibai. O Kāma, que você também possui, é parte dessa herança. O Ōtsutsuki no Ishi permanece presente, guiando-nos e moldando nosso destino. — Finalizou Jova. O silêncio persistiu por um momento enquanto absorvo a revelação de minhas verdadeiras raízes. Uma nova compreensão do significado da mninha marca e a responsabilidade que ela traz começaram a se desdobrar diante de mim.

Com as palavras de Jova Ōtsutsuki ecoando em minha mente, sinto-me imerso na revelação de um passado ancestral, uma saga que se desdobrou ao longo de eras. A marca em meu pescoço, uma maldição legada por Shibai Ōtsutsuki, o verdadeiro fundador do clã, assume um peso ainda maior à medida que a história se desenrola diante de mim. Shibai Ōtsutsuki, o líder visionário da família, guiou seu povo através da vastidão do cosmos em busca de vitalidade e poder. A crença na Ōtsutsuki no Ishi, a Vontade dos Ōtsutsuki, impulsionou-os a consumir a energia vital e genética de outros seres, uma busca incessante por evolução. No entanto, essa busca implacável os levou à beira da extinção, com o próprio planeta dos Amatsubito sofrendo as consequências de sua destruição. A intervenção de Jova Ōtsutsuki, porém, trouxe uma virada inesperada. Seu impacto na história dos Ōtsutsuki foi notável, marcando o início de uma linhagem terrestre que, com o tempo, fundaria o Clã Ōtsutsuki da Terra. — Se eu estou aqui hoje, acho que devo isso ao senhor, né? — Indagaria de forma retórica, já sabendo que a resposta é positiva.

Prosseguindo, entendi também que a fundação do Clã Ōtsutsuki da Terra, através do casamento de Jova e seus sete filhos, marcou o início de uma linhagem única, dotada da estranha habilidade chamada Kāma. Essa habilidade, apesar de suas origens misteriosas, tornou-se uma marca distintiva do clã e carrega consigo poderes ocultos e propósitos ainda desconhecidos para mim. À medida que absorvo essa narrativa rica e complexa, a "maldição" em meu pescoço assume um significado mais profundo. Sou parte de uma linhagem que carrega consigo o legado de sacrifícios e escolhas difíceis. A responsabilidade de moldar meu próprio caminho dentro dessa história ancestral recai sobre meus ombros, enquanto enfrento desafios que ecoam além das eras. — Eu já imaginava que faço parte de um clã que a história vai além dos cosmos fazem cinco anos, desde o retorno de Kaguya Ōtsutsuki, a Deusa Coelho. — Pausei, logo prosseguindo. — Inclusive, onde ela entra nessa história? Sei que ela é um ser milenar. E outra, por que está me contando tudo isso? — Fiz uma nova indagação. Apesar de sanar muitas das minhas dúvidas, Jova também criou outras mesmo que sem querer.

Enquanto aguardo sua resposta, faria "spawnar" um chocolate, consumindo-o.

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Jova, após compartilhar fragmentos cruciais da história do clã Ōtsutsuki, optou pelo silêncio em resposta às minhas perguntas. Com um olhar enigmático e um leve aceno, ele se retirou, deixando para trás apenas a promessa de mais enigmas por desvendar. O ambiente luminoso começou a desaparecer, e uma sensação de vertigem precedeu o meu mergulho em um sono profundo. À medida que minhas pálpebras se ergueram, fui saudado pela suavidade da luz que preenchia o espaço. Uma sensação de calma e serenidade persistia ao meu redor, envolvendo-me como um abraço tranquilizador. Em meio ao despertar, as linhas distintas de um rosto desconhecido começaram a se revelar. Não é apenas a aura tranquila que me rodeia, mas também os chifres graciosos que adornam a cabeça da figura à minha frente.

Uma garota, de beleza etérea e traços que ecoavam uma familiaridade inegável, encara-me com olhos profundos e penetrantes. Em sua pele pálida, eu identifico não apenas uma semelhança com a minha própria herança, mas a certeza de que ela compartilha a marca peculiar dos Ōtsutsuki. Os chifres, elegantes em sua forma, são um testemunho silencioso da linhagem que conecta nossos destinos. Perceber uma outra presença Ōtsutsuki despertou um misto de fascinação e questionamentos. O enigma que envolve meu próprio clã agora estende-se para além de Jova, encontrando eco nos olhos da garota diante de mim. Enquanto eu processo esses pensamentos, a sensação de que mais revelações estão por vir tomou conta do ambiente. A garota Ōtsutsuki, com seus chifres como coroas cósmicas, parece aguardar pacientemente. — É... olá? Quem é você? — Indagaria, confuso a respeito da sua identidade, me levantando do seu colo e ficando de pé. — Sou sua serva, Mestre. Devo servi-lo. — Responderia ela, em tom submisso e com um olhar inocente, logo se levantando e fazendo uma reverência formal. — Me use da forma que quiser. — Balbuciaria ela, sem gaguejar nenhuma palavra.

— Ei, isso foi estranho. Não diga essas coisas. — Diria, confuso sobre o tratamento cujo qual a garota está me dando, com ela tendo uma expressão confusa logo após e elevando o indicador esquerdo ao queixo. — Qual o seu nome? — Indaguei, tentando saber a identidade da Ōtsutsuki. — Kirara, Kirara Ōtsutsuki, Mestre. Mas pode me dar o nome que qui... — Antes mesmo que ela terminasse de falar, eu interromperia. — Então... é... Kirara. Já que você é minha serva, pode me obedecer e me esperar aqui? Eu preciso recuperar um artefato sagrado. Prometo que volto pra te buscar e conversamos melhor, ok? — Balbuciaria, fazendo um pedido para com ela, lembrando que tenho uma missão para completar. — Certo, Mestre. Esperarei aqui o quanto o Senhor achar necessário. — Responderia ela, sentando se em W e me encarando.

— Já volto, tá? — Finalizaria, correndo em direção ao local dos criminosos tal qual destacado no pergaminho de mais cedo, só agora notando que não se passou muito tempo entre meu desmaio e "acordagem", ainda pensando no diálogo com Jova.

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Com o conhecimento recentemente adquirido ainda reverberando em meus pensamentos e confiando que Kirara permaneça quieta aonde eu "mandei", embarquei em uma nova jornada. O artefato sagrado roubado é a peça central dessa busca, e eu estou determinado a recuperá-lo. Meus passos ressoam nos corredores da vida cotidiana, enquanto eu adentro o santuário do culto religioso que abriga os supostos ladrões. A atmosfera do local é carregada com um fervor religioso, um misto de devoção e expectativa preenche o ar. À medida que eu me infiltro nas fileiras de fiéis, suas saudações e aclamações ecoam ao meu redor. Parece que, de alguma forma, eu era esperado, como se a figura que representa um "Deus" tivesse sido antecipada por eles

A estranha reverência que me envolve enquanto avanço pelo culto ergue questões em minha mente. Os olhares reverentes, os sussurros devotos, tudo isso cria uma atmosfera de adoração que, de certa forma, me desconcerta. A busca pelo artefato sagrado tornou-se um espetáculo de adulação, uma representação na qual eu me encontro como uma figura divina. Enquanto percorria os corredores e salões do culto, os rastros dos ladrões começaram a se revelar. O fio da verdade serpenteava entre os devotos, oculto por trás dos rituais e das cerimônias. Minha jornada de descoberta convergiu para o momento em que a adoração se transformará em confronto. — Que viagem. — Ciciaria, bastante confuso.

No momento em que os raios de adoração alcançavam seu ápice, uma traição oculta entre os devotos começou a se desdobrar. Alguns dos "fiéis", que na verdade eram os bandidos procurados, emergiram do meio da multidão como sombras traiçoeiras que se moviam entre a reverência do culto. O choque estampado nos rostos dos verdadeiros seguidores da fé é palpável, enquanto a traição se desvela diante deles. Os bandidos, agora revelados em sua verdadeira essência, avançaram em minha direção com uma determinação impiedosa. Seus olhos, anteriormente velados pela falsa devoção, agora mostram uma intenção maliciosa. A surpresa entre os reais fiéis mistura-se com o medo, criando uma tensão crescente no ar. Instintivamente, posicionei-me para enfrentar os traidores, minha postura firme refletindo a resolução queimando em meu interior. O confronto que se desenrolará rompe as barreiras da adulação e mergulhava na verdade crua do embate. Entre o choque dos reais fiéis e a hostilidade dos bandidos, a dança mortal da batalha está prestes a começar.

— Afinal, quem é Deus? — Indagaria para mim mesmo enquanto posicionado para o combate, erguendo a Zambatou.

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O embate começou com a rapidez de uma tempestade, minha Kubikiribōchō cortando o ar com uma fúria determinada. A lâmina afiada desliza pelo ar, buscando neutralizar os bandidos que haviam ousado roubar o artefato sagrado. A discrepância de habilidades é gritante, e minha experiência acumulada ao longo dos anos como um ninja de Kirigakure torna-se evidente a cada movimento. O primeiro bandido, tentando resistir com um ataque furioso, mal conseguiu reagir antes de ser desarmado pela lâmina impiedosa. Os outros seguiam o mesmo destino, tentando em vão resistir à minha investida. A Zambatou simplesmente cortou todos eles com movimentos como uma dança mortal.

A luta fora uma coreografia de movimentos precisos. Cada balanço da minha arma encontra resistência nas armas dos bandidos, mas a Kubikiribōchō, com sua imponência, mostra-se incontestável. Todos os bandidos que avançavam contra mim foram rapidamente dominados, desarmados e derrotados. O embate não se limitava à habilidade física; é uma demonstração de maestria em combate. Minha destreza com a Kubikiribōchō permite-me antecipar os movimentos dos bandidos, enquanto a lâmina cortante desfere golpes violentos. A luta, rápida e eficaz, culminou em uma vitória que não apenas destaca minha habilidade, mas também ressalta a disparidade incontestável entre nós. Ao final da contenda, os bandidos — totalizando nove —, agora desarmados e derrotados, jazem no chão, enquanto eu mantenho minha postura firme, embainhando minha espada mais uma vez.

Enquanto a batalha se desenrolava, os olhares dos supostos fiéis acompanhavam cada movimento meu como se testemunhassem a manifestação de uma divindade em carne viva. A agilidade da Kubikiribōchō, a precisão dos golpes, tudo contribuía para criar uma aura de admiração ao meu redor. Os fiéis, inicialmente convencidos de que testemunhavam um ser divino, observavam com olhos arregalados a dança mortal que se desenrolava diante deles. A lâmina impiedosa cortava o ar como uma extensão de minha vontade, e os bandidos, que antes eram ameaçadores, eram agora meros espectadores derrotados. A cada golpe certeiro, um murmúrio de admiração ecoava entre os fiéis. Eles estavam presos em um misto de espanto e reverência, como se estivessem diante de uma força sobrenatural que transcendia a compreensão humana. Meus movimentos habilidosos eram interpretados como intervenção divina, e eu me tornava inadvertidamente o objeto de devoção naquele momento.

Ao final da luta, quando os bandidos estavam derrotados e a poeira da batalha começa a assentar, os fiéis permanecem de joelhos, olhando para mim com olhos maravilhados. A Kubikiribōchō, manchada com o sangue daqueles que ousaram desafiar a ordem, é agora um símbolo da justiça restaurada. Enquanto seguro o artefato sagrado recuperado, a cena parecia saída de uma narrativa mitológica, com um "Deus" que havia descido à Terra para impor sua vontade. O impacto da minha presença e da minha vitória nessa pequena comunidade é inegável. Eu me vejo diante de uma audiência que, por um breve momento, acreditara testemunhar algo que ultrapassa os limites da compreensão humana. No entanto, com a batalha concluída, a reverência silenciosa paira no ar, deixando a todos refletindo sobre a figura que agora se ergue diante deles.

Sem delongar muito, eu iria começar minha caminhada de volta para onde deixei Kirara, levando comigo o artefato sagrado roubado pelos bandidos enquanto os fiéis se mantêm ajoelhados, como se estivessem me adorando. Quando fiquei prestes a colocar o pé para fora do local, fui abordado por uma mulher com um bebê em mãos. — Por favor, Mestre Shibai, abençoe o meu filho... — Balbuciaria ela com palavras que me deixaram confuso. Por que ela me chamou de Shibai? Esse não é o nome do fundador? Enfim... eu beijaria a testa do recém-nascido. — Essa criança, assim como todos os outros aqui presentes, estão abençoados por mim. Até logo, seres iluminados. — Bradaria em um tom estridente para que todos me ouvissem, encenando como se fosse o tal "Deus" deles, ou então, conforme estou percebendo agora, Shibai Ōtsutsuki.

Sem mais nada pra fazer aqui, partiria em busca de me reencontrar com Kirara, comendo um chocolate no caminho.

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Com o artefato recuperado em minhas mãos, retornei ao local onde deixei Kirara, a misteriosa garota Ōtsutsuki que me observara quando acordei do sonho com Jova. O ambiente parece agora impregnado com uma aura de calma, à medida que os raios do sol filtravam através das folhas das árvores, criando padrões de luz e sombra no solo. Ao me aproximar, percebi que Kirara ainda estava sentada sob a sombra de uma árvore, os chifres delicados destacando-se contra o cenário tranquilo. Ela ergueu o olhar na minha direção, seus olhos profundos revelando uma curiosidade tranquila. Com um gesto, indiquei o artefato recuperado que segurava, exibindo-o como prova do sucesso da missão.

Kirara observou o artefato com uma expressão que sugere entendimento além das palavras. É como se ela pudesse perceber a importância do objeto e os eventos que o envolvem. Eu me pergunto se ela tem alguma ligação com Jova e se sabe mais sobre o motivo pelo qual fui escolhido para conhecer a história dos Ōtsutsuki. Guardando o artefato com cuidado para levar de volta a vila posteriormente, tomei a decisão de compartilhar as informações que obtive com Kirara. Embora ainda não soubesse totalmente o que significam os acontecimentos, sinto que ela pode ter insights valiosos. Pousei ao lado dela, mantendo um silêncio momentâneo antes de começar a compartilhar os eventos recentes, desde o sonho com Jova até a batalha contra os bandidos e a recuperação do artefato.

A luz suave do Sol filtra entre as folhas, criando um ambiente de tranquilidade enquanto eu falo sobre os acontecimentos que me levaram até ali. Kirara ouviu atentamente, seus olhos revelando uma compreensão mais profunda do que suas palavras podem expressar. O mistério que envolve essa garota Ōtsutsuki parece apenas se aprofundar, e eu me pergunto o que mais ela pode revelar sobre os segredos que permeavam minha jornada. À medida que compartilhei os eventos recentes com Kirara, suas expressões parecem oscilar entre compreensão e um conhecimento mais profundo que escapa às minhas palavras. Ao concluir minha narrativa, olhei para ela em busca de qualquer sinal de esclarecimento, esperando encontrar respostas para os enigmas que envolviam meu recente encontro com Jova Ōtsutsuki.

Kirara permaneceu silenciosa por um momento, seus olhos profundos transmitindo uma sabedoria que vai além da aparência jovem. Em um gesto que mistura graciosidade e enigma, ela levantou a mão e tocou suavemente minha testa. Um sorriso sereno curvou seus lábios, como se ela soubesse mais do que está disposta a revelar. O gesto, repleto de ternura, fez-me sorrir. — Mestre, não se preocupe tanto com as palavras. Às vezes, é na dança das experiências que encontramos os passos mais significativos. — Ela pausou, falando calmamente. — O verdadeiro significado muitas vezes está no seu coração. — Novamente fazendo uma pausa, ela colocaria seu indicador sob peito, sentindo meu coração, cujo quais as batidas acelerariam com o gesto. — Cada batida aqui dentro é uma estrela a guiar o caminho. — Finalizou a garota, não me revelando muitas coisas, mas dizendo algo que me dará um norte pro futuro, fazendo-me refletir por instantes. Seus olhos se encontraram com os meus, e por um breve momento, senti uma conexão mais profunda, como se ela pudesse ler as camadas mais íntimas do meu ser

— Ei, Kirara, você disse que quer me servir, não é? — Indaguei para a garota. — Sim, Mestre. Farei o que você me ordenar. — Ela respondeu, com total serenidade e inocência no seu olhar. — Bem que eu preciso de alguém pra me ajudar no meu lab... — Iria elucidando, até que... — Sim, Mestre. Eu te ajudarei no seu laboratório. Entendo bastante sobre os seres humanos. — Ela cortou minha fala, simplesmente adivinhando o que eu iria pedir para ela de alguma forma."

Enfim — apenas pra não ficar enrolando —, após isso, continuaríamos a conversar e, com ela, iria entregar o artefato de volta para Kirigakure no Sato. Finalizada a missão, levaria a Ōtsutsuki comigo para que fique aos meus cuidados. "Sinto que minha marca se fortaleceu.

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