O ateliê de Allannia Grey situa-se em uma antiga fábrica de tecidos reconvertida em um santuário da arte têxtil. Ao entrar, você é saudado por um portal feito de fios de seda suspensos, criando um arco iridescente que convida à exploração. No interior, a sala principal é banhada pela luz natural que flui através de janelas gigantes, destacando uma coleção de teares vintage e contemporâneos, cada um com sua própria personalidade. Os teares são adornados com esculturas de madeira entalhadas à mão, que contam histórias misteriosas e lendas da tecelagem. Ao redor, prateleiras de madeira escura guardam um tesouro de fios exuberantes, dispostos como um arco-íris em desordem criativa. Há prateleiras com novelos de lã merino macia, cestos de linhas de seda cintilantes e montes de algodão orgânico em todas as cores imagináveis. No centro, uma grande mesa de madeira serve como um altar de criatividade, coberta de esboços, projetos em andamento e instrumentos de medição delicados. Uma velha poltrona de couro gasto, o "trono da inspiração", repousa em um canto, onde a tecelã se refugia para contemplar seus projetos em busca de insights. O ambiente é perfumado com o aroma suave de lã recém-lavada, e o som constante do tecer dos teares cria uma sinfonia relaxante que parece transcender o tempo. Este ateliê é mais do que um local de trabalho; é um espaço onde a magia da tecelagem se entrelaça com a história e a criatividade, e onde cada fio conta uma história de paixão e habilidade. Se não fosse assim, Allannia não exibiria sua natureza como uma "Grey"

Armazenamento de Matérias-primas 42/50:

1

Allannia Grey

HP:2725/2725
CH:7400/7400
ST:00/07
XX:000/000
Células:2250/2250

Allannia trouxe consigo suas Matérias-Primas, depositando o excedente de Kinu (Seda) e outros consumíveis secundários diretamente no armazém do Ateliê. Sua mente estava tomada por inúmeros projetos, e dentre os quais, priorizava estritamente a produção da primeira encomenda requisitada como uma Tecelã. Rauros, atenta aos seus próximos passos, limitou-se a permanecer distante enquanto a Grey ligava a máquina têxtil.

Seus equipamentos não eram de ponta, contudo, os conhecimentos teóricos da elfa em relação à tarefa simplista em mente supriam tal necessidade. Teve o cuidado de cortar o tecido de forma uniforme, dispensando a necessidade de um desenho ou moldes, focalizando exclusivamente em mentalizar de maneira precisa o modelo da vestimenta. A peça era necessariamente longa, projetada para um indivíduo do sexo masculino com um porte físico avantajado, embora pudesse ser trajada por uma mulher, caso tal não se importasse em ser tomada por completo pelo traje.

Precisou de pelo menos duas horas para concluir completamente a tarefa, pois diante do anoitecer, a iluminação precária dificultava sua tarefa. Agradeceu mentalmente o seu sucessor por ter instaurado redes elétricas em seu vilarejo, caso contrário, poderia ter demorado o dobro do tempo se fosse dependente de velas. Assim que a peça esteve concluída, sedosa e impregnada pelo odor característico de uma “roupa nova”, Allannia testou em um manequim a viabilidade de uso desta, satisfazendo-se com os resultados após análises superficiais.

— Creio que esteja impecável, ele gostará disso! — Allannia sorriu confiante, ponto ambas mãos na cintura enquanto vislumbrava sua criação.

— Os humanos gostam de nomear as coisas, já pensou em qual nome dará para isso? — Rauros questionou-lhe no momento ideal, servindo de suporte para os seus devaneios criativos.

— Y.O.U! O nome ideal, para a peça ideal. Um primeiro passo até me tornar a melhor Tecelã do mundo, e espalhar minha arte para todos — Allannia depositou um beijo na pelugem da felina, saltitando até um armário próximo, onde buscou uma caderneta. Anotou alguns detalhes estéticos e especificidades, pensando justamente nas sequências de sua requisição — Continuarei depois, por enquanto fiz o suficiente.

— Há um bom tempo desde que pediram que fizesse algo, e está falando isso? Você é realmente uma idiota — a mascote resmungou, percebendo o descaso repentino da Grey por sua própria tarefa.

— Sinceramente, não tenho motivos o bastante para colocar minhas tarefas no topo das minhas prioridades. E de qualquer forma, hoje dormiremos aqui. Eu fico com a mesa! — decidiu a Grey, guardando cuidadosamente os seus utensílios de trabalho, ciente da dificuldade em repôr as peças caso fossem danificadas.








Rauros, a Leoa

HP: 1000/1000
CH: 1000/1000
ST: 00/05

Emme

”Aparência”:

”Trajes”:

”Allannia e Rauros”:

”Clã e Kekkei Genkai”:

”Equipamentos”:

”Qualidades e Defeitos”:

”Jutsus Utilizados/Ativos”:

”Databook”:

”considerações”:

”Links Comprobatórios”:

1

Allannia Grey

HP:2725/2725
CH:7400/7400
ST:00/07
XX:000/000
Células:2250/2250

Allannia saltou da mesa, praticamente deslumbrada por um sonho tão realista que a teve imersa em sua totalidade. Expulsa de seus devaneios, ela suspirou, balançando negativamente a cabeça enquanto as batidas abruptas ecoavam do lado de fora, vindas da porta. Os pés descalços percorreram o piso empoeirado do Ateliê, buscando algumas roupas para ocultar sua nudez, enquanto ouvia uma Rauros irritadiça resmungar alguma coisa inaudível naquele momento. Seus cabelos cobriam-lhe a face quase inteira, e o ímpeto provocado pela circunstância apenas desfavoreciam uma ação ponderada.

— Por que está priorizando as roupas? Deveria estar procurando por armas. Já pensou na possibilidade de ser um invasor? — Rauros olhou de soslaio para a silhueta da prateada, que estava na ponta dos pés tentando colocar a calça, perdendo o equilíbrio com o questionamento da mesma — Algumas vezes, você não parece com uma kunoichi. Deveria jogar essa sua bandana no lixo, ou usar ela para limpar...

— Pode calar o focinho por um segundo? Estou tentando me concentrar — Allannia balançou o corpo de um lado para o outro, encaixando a calça após várias tentativas — Se fosse um ataque, a porta teria sido arrombado e você a primeira a ser morta. Assassinos não batem em portas, e tampouco esperam uma resposta — Allannia impulsionou o corpo para a frente, se pondo de pé num instante — Agora, vamos receber nosso visitante — Allannia deu-lhe um sorriso travesso, caminhando em direção à porta em passos largos.

— Você não está esquecendo de alguma coisa? — A felina gargalhou quando percebeu a face de constrangimento da Grey, afastando a canhota da maçaneta e retornando todo o caminho até onde havia deixado a peça remanescente.

— Há alguma probabilidade de ser aquele lá, o Uchiha? Se fosse o caso, talvez ele não se importasse tanto com isso — Rauros zombou, e a ex-Tsuchikage se limitou a fazer uma careta como resposta.

— Ele é um homem casado, e não posso continuar me comportando como uma adolescente durante minha vida inteira — encaixou a cabeça na vestimenta, e deslizou o tecido pelo corpo, enfim preparada para a recepção — Chega de conversa fiada, agora podemos começar

Quando esteve diante da entrada, mais uma vez, ela não tardou em girar a maçaneta e revelar a silhueta que a aguardava. Os lábios rosados cerraram o sorriso, e as sobrancelhas franzidas recepcionaram o indivíduo diante de si. Olhou o sujeito de si pra baixo, analisando tanto a postura serena e descontraída deste quanto o olhar profundo e introspectivo, como se estivesse mergulhado numa neutralidade absoluta. “A noite trouxe um tipo curioso desta vez”, mentalizou, momento antes da felina quebrar-lhe a linha de raciocínio.

— Não vai ao menos convidá-lo a entrar? — Rauros questionou-lhe, esbarrando na Grey abruptamente, afastando sua silhueta para o lado — Vamos, entre. E espero que seja importante — a leoa mostrou as garras, evidentemente afetada pela interrupção do shinobi.

— Sinceramente, Rauros, você não precisa opinar. Guarde a sua rispidez para você — Allannia concedeu um sorriso azedo para a amiga, afastando o olhar dela vagarosamente, retomando para o desconhecido — Temo não saber quem você seja, embora talvez saiba quem sou. Entre, não tenho muito o que oferecer por aqui no momento, mas estou disposta a escutar o que você tem a dizer.

Allannia recuou alguns passos, permitindo que o visitante se acomodasse no interior da oficina, caso mantivesse seu interesse nas pautas particulares. Encostou as costas na mesa e aguardou o desenrolar da situação, num silêncio enigmático que o tornava o centro das atenções quase que por completo. Era a primeira vez que seu estabelecimento recebia curiosos, e naquele momento, apenas era capaz de especular consigo mesma a iminência da requisição.










Rauros, a Leoa

HP: 1000/1000
CH: 1000/1000
ST: 00/05

Emme

”Aparência”:

”Trajes”:

”Allannia e Rauros”:

”Clã e Kekkei Genkai”:

”Equipamentos”:

”Qualidades e Defeitos”:

”Jutsus Utilizados/Ativos”:

”Databook”:

”considerações”:

”Links Comprobatórios”:

2

Allannia Grey

HP:2725/2725
CH:7370/7400
ST:00/07
XX:000/000
Células:2250/2250

Allannia escutou atentamente às palavras do rapaz, analisando as possibilidades de respondê-lo da forma adequada. Os olhos azulados da Grey percorreram a sala, e ela decidiu se mover, circulando o indivíduo, pensativa. Por fim, no ápice de sua inquietação, parou em frente ao shinobi. Os lábios rosados projetaram um sorriso, e a voz soou novamente, desta vez espontaneamente:

— Quinhentos anos? Bastante tempo, de fato. Você obteve como essa informação?— Allannia sabia desde o princípio que ele não a encontraria tão tarde da noite se não houvesse um motivo plausível, portanto, não teve pudor algum em se introduzir de forma incisiva nas colocações — Devo supôr, então, que queira vender esses materiais para mim em troca de regalias. Pois bem. Seja lá o que esteja planejando, temos um acordo. Traga os materiais e eu pagarei bem por isso, mas no momento, meu estoque satisfaz minhas necessidades atuais. Caso queira retornar novamente num momento posterior, podemos tratar disso com mais... hospitalidade — piscou para o rapaz, demonstrando-se simpática com a ideia de ter um colaborador — Você tem o meu endereço, e retorne novamente quando quiser. Será sempre bem-vindo.

Allannia estendeu a mão num último cumprimento e encerrou momentaneamente as negociações. Rapidamente, a Grey se ofereceu para abrir-lhe a porta e ceder passagem, assistindo as próximas ações do mais jovem com as sobrancelhas arqueadas. Assim que concluído, caso tudo corresse como planejava, ela trancaria a porta e suspiraria, voltando as atenções para a felina.

— Ele até que foi convincente, mas precisarei de tempo para definir se estou disposta mesmo a aceitar sociedades — Allannia sentou-se em sua mesa, mentalizando a situação com certa paciência.

— Bem, você dificilmente conseguirá tocar esses negócios sozinha. Agora, vamos dormir. Estou farta de bobagens por hoje.










Rauros, a Leoa

HP: 1000/1000
CH: 1000/1000
ST: 00/05

Emme

”Aparência”:

”Trajes”:

”Allannia e Rauros”:

”Clã e Kekkei Genkai”:

”Equipamentos”:

”Qualidades e Defeitos”:

”Jutsus Utilizados/Ativos”:

”Databook”:

”considerações”:

”Links Comprobatórios”:

1

Allannia Grey

HP:2725/2725
CH:7400/7400
ST:00/07
XX:000/000
Células:2250/2250

As ruas estavam desertas, mais uma vez. Guiada somente pelo brilho perene do luar daquele céu limpo, Allannia encontrou seu ateliê intocado. Ela pensava em Genji, e no confronto desnecessário entre ambos. Refletia sobre a própria conduta, e em como os seus trejeitos moldaram uma reputação tão insalubre. “A minha vida somente seria diferente se eu pudesse recomeçar ela do zero. Se eu acordasse de manhã e fosse outra pessoa, talvez fosse capaz de consertar todos os meus erros”, ela pensou consigo mesma, antes de girar a maçaneta. Lembrou-se de todos os momentos que a trouxeram até ali. As frustrações invadiram o seu peito, e as lágrimas suprimidas após anos de submissão, forçaram-se a sair todas, inundando a face delicada da Grey.

— Há tempos que não a vejo chorar. Aconteceu algo naquele lugar? — Rauros questionou-lhe, aproximando o corpo do seu.

— Lembrei-me de quem sou. E por isso, devo deixar de ser. Pois se eu não o fizer, jamais serei livre. Nunca serei eu mesma, se não puder escolher meu próprio destino.

— Colocará um ponto final nisso tudo? — a pergunta soou vazia, quase como um devaneio.

— Eu já coloquei.

Allannia organizou os pertences, alocando todas as matérias-primas em sua bolsa. Trouxe a camisa desenhada especialmente para o Yohma consigo, pressionando ela em seu corpo, e carregando-a para fora do espaço que teria servido como sua oficina por mais ou menos uma estação inteira. Era um fim definitivo para suas operações, mas um recomeço no tangente às possibilidades futuras.

— Sandaime. — a ex-Tsuchikage usaria o título pela última vez, num murmúrio quase inaudível. Contudo, as gargalhadas frenéticas, e a forma como ela rolou os olhos ao tentar recordar os seus propósitos, deixariam claro as suas opiniões sobre um passado outrora “ilustre”, afogando os pensamentos enquanto bebericava uma dose forte de seu tinto corriqueiro.

— Pelo menos você tentou amar cada um deles, mais do que realmente um dia foi capaz de consumar — a felina pontuou, e seus passos desapareceram numa viela qualquer, pela última vez.






Rauros, a Leoa

HP: 1000/1000
CH: 1000/1000
ST: 00/05

Emme

”Aparência”:

”Trajes”:

”Allannia e Rauros”:

”Clã e Kekkei Genkai”:

”Equipamentos”:

”Qualidades e Defeitos”:

”Jutsus Utilizados/Ativos”:

”Databook”:

”considerações”:

”Links Comprobatórios”: