Há pouco mais de trinta minutos, o jovem Torū havia culminado seu banquete matutino na luxuosa residência do ilustre Takeda, seu pai adotivo. De praxe, um festim digno de reis e senhores, condizente com a posição social da família. Não obstante, o sol havia alcançado seu zênite e a insinuação dos deveres a serem cumpridos na Aldeia da Nuvem não tardaria. Torū, que até então havia concedido a si mesmo uma manhã mais placidamente preguiçosa, tomou o rumo do lugar onde eram designadas as tarefas para os habitantes do vilarejo. Ao chegar lá, foi recebido pelos membros do conselho que, inicialmente, louvaram suas habilidades intelectuais com obsequiosos elogios. Todavia, aquilo fora apenas uma artimanha astuciosa, um ardil para insuflar a confiança do rapaz.

De fato, o trabalho designado para ele era árduo e exigia extrema cautela. Torū fora encarregado de uma tarefa de espionagem, a qual consistia em investigar com discrição extrema os arquivos dos membros da corporação assassina que protegia a Aldeia da Nuvem. A missão visava descobrir a identidade de um suposto infiltrado que não constava nos registros. Sendo assim, Torū obedeceu as ordens e partiu rumo ao quartel general da aldeia, munido de uma autorização prévia concedida pelo conselho. Ao se apresentar ao chefe do almoxarifado, foi encaminhado rapidamente para a sala de arquivos, onde se deparou com uma montanha de documentos e registros.


Torū; 375/375; 750/750; 0/6;

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Com o olhar firme e a mente focada, Torū não se deixou abater pelo trabalho exaustivo de busca nos arquivos. Em meio a papéis empoeirados e documentos que remontavam anos de história, o jovem encontrou-se em uma jornada de descobertas que exigia concentração e perseverança. O suor escorria pela testa de Torū enquanto ele revirava cada página dos documentos, seus dedos ágeis folheando cada folha em busca de informações cruciais. O silêncio absoluto da sala era quebrado somente pelo som de sua respiração ofegante e os movimentos incessantes de seus dedos. O jovem esforçou-se por horas a fio, sentindo o cansaço tomar conta de seu corpo. No entanto, ele não desistiu.

Seu comprometimento em encontrar a verdade era maior do que qualquer fadiga que pudesse sentir. E finalmente, após uma busca árdua e minuciosa, a resposta surgiu em sua mente, como uma chama que acende no meio da escuridão. Com mãos trêmulas de emoção, ele anotou cuidadosamente todos os nomes dos membros registrados da corporação assassina. Ao sair do quartel, Torū entregou o pergaminho com a lista de nomes aos membros do conselho, cumprindo sua missão com louvor. Agora, ele esperava que a justiça fosse feita e que a identidade do infiltrado fosse finalmente descoberta.


Torū; 375/375; 750/750; 0/6;

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A atmosfera na Aldeia da Nuvem era densa e impregnada de expectativa, como se o destino da própria aldeia estivesse em jogo. O jovem genin, embora se esforçasse para manter a compostura, sentia um desconforto crescente diante dos membros veneráveis do conselho que se perfilavam diante dele. Cada um deles parecia carregar consigo uma aura de sabedoria ancestral e respeitável, que imediatamente comandava o respeito do rapaz. Antes que pudesse sequer balbuciar uma palavra de despedida, foi surpreendido por uma nova convocação, exigindo que se encarregasse de mais uma missão de menor importância. Seus olhos vagueavam pelas fisionomias impassíveis dos presentes, enquanto lutava para esconder a sensação de desânimo que se apoderava dele. Ele era apenas um genin, e parecia estar destinado a lidar com mais um problema secundário.

Não obstante, o rapaz soube dominar sua impaciência e escutou com toda a atenção cada uma das palavras que lhe foram dirigidas. A situação era grave: Suikitsu Gentsu, um dos mais temidos shinobis da aldeia, parecia estar à beira da loucura, utilizando suas habilidades de ilusão e controle mental para impor sua vontade sobre os demais. O último feito do descontrolado Suikitsu havia sido forçar um membro da aldeia a atacar seus próprios irmãos. Os membros do conselho explicaram que já haviam enviado alguém para tentar resolver a situação, mas que, diante da ameaça crescente, Torū havia sido escolhido para enfrentar Suikitsu. O jovem genin sentiu um peso esmagador em seus ombros, mas sabia que não poderia vacilar nesta missão. Afinal, ele era um shinobi, um guerreiro treinado para proteger sua aldeia, e deveria estar sempre pronto para enfrentar qualquer desafio, por mais difícil que fosse.


Torū; 375/375; 750/750; 0/6;

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A localização para a qual Torū havia sido convocado era um lugar que ele já conhecia bem. O jovem genin havia passado por lá algumas vezes antes e, por isso, a paisagem lhe era familiar. Tratava-se de um antigo monastério abandonado, que se erguia majestoso no topo de uma montanha íngreme que circundava a aldeia. Ao se aproximar da ruína, Torū podia sentir a atmosfera carregada que pairava sobre o lugar. O ar quente e o vento forte que soprava faziam com que ele tivesse que se concentrar para manter o equilíbrio. A edificação de pedra parecia ter sido esculpida pela própria montanha, e suas paredes altas e robustas contrastavam com o céu azul e límpido que se estendia ao redor.

Ao adentrar as ruínas do monastério, Torū foi envolvido por uma sensação de abandono e desolação. As paredes estavam cobertas por musgos e líquens, e os antigos símbolos religiosos que um dia haviam adornado o lugar estavam agora apagados e esmaecidos pelo tempo. Apenas o silêncio monótono e o barulho do vento se faziam presentes. Mas, mesmo com todo o abandono, algo não parecia certo. Os sentidos de Torū alertavam-no para algo mais, como se algo perigoso estivesse se aproximando. Ele se preparou para enfrentar qualquer eventualidade, sem saber o que o aguardava naquele lugar sinistro e assustador.

Enquanto Torū concentrava-se em traçar suas estratégias, uma pulsação acelerada pulsava em seu peito, denunciando a ansiedade que tomava conta de seu ser. Afinal, Suikitsu era um personagem enigmático e ardiloso, conhecido por suas habilidades de ilusão que desafiavam até mesmo os mais renomados shinobis. Entretanto, Torū não se curvaria facilmente. Ciente de que a batalha que se avizinhava exigia muito mais do que habilidades físicas e mentais, ele compreendeu que a vitória somente seria alcançada por meio de astúcia, estratégia e, sobretudo, coragem. Desferindo um selo de mão e um movimento rápido, Torū deu vida a uma cópia de si mesmo, utilizando uma técnica poderosa de ninjutsu. O clone, totalmente instruído, movia-se com agilidade e furtividade pelos corredores do monastério.

Enquanto isso, o genuíno Torū deslizava sorrateiramente pelo telhado do recinto, acompanhando cada passo de Suikitsu. Com o coração em uma batida frenética, ele aguardava o momento propício para agir. Por fim, o clone de Torū chegou diante de Suikitsu, que repousava em um trono de pedra que parecia prestes a desabar. Suikitsu, com uma expressão astuta, fitou a cópia, sem se dar conta de que se tratava apenas de uma ilusão. Enquanto isso, Torū perscrutava tudo atentamente, do alto de uma pequena fresta no telhado. Seus olhos reluziam de determinação e sua mente operava em ritmo acelerado, esmiuçando cada detalhe de sua estratégia. O confronto estava iminente. Torū sabia que não seria fácil, mas encontrava-se decidido a triunfar. Ele era um shinobi destemido e talentoso, capaz de enfrentar qualquer desafio com perseverança e sagacidade. Agora, era hora de mostrar ao mundo a sua força e habilidade.


Torū; 375/375; 335/750; 1/6;
Clone; 335/335;

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Apesar da astúcia juvenil e da habilidade avançada do clone, Suikitsu, em sua arrogância, menosprezou a escolha de enviar alguém tão jovem para enfrentá-lo, zombando do poder de um inimigo que ele julgava conhecer tão bem. Mas o verdadeiro Torū permaneceu atento, escondido nas sombras do telhado, observando cada movimento com olhos aguçados. O clone seguiu sua estratégia sem emitir sequer um som, enquanto Suikitsu executou uma série de selos de mão, lançando uma poderosa ilusão que aprisionou o clone e o fez cair de joelhos no chão. Parecia que a batalha havia chegado ao fim. Mas foi então que Torū viu sua oportunidade de atacar. Agachando-se em um ponto estratégico, executou uma série de selos com a maestria de um artista, culminando em um poderoso movimento que chamou a atenção de Suikitsu.

Como um grito estridente e intenso, semelhante ao de mil pássaros em coro, empunhou seu Chidori, uma técnica mortal de raios, moldada e concentrada em sua mão direita. Suikitsu olhou para cima e viu o brilho intenso do relâmpago, mas já era tarde demais. Torū tinha estendido sua mão em direção ao seu adversário, projetando uma lâmina maciça de relâmpagos que o empalou com a precisão cirúrgica de um bisturi nas mãos de um cirurgião experiente. O clone de Torū desapareceu, cumprindo com perfeição a sua missão. Agora, restava a Torū relatar aos seus superiores o sucesso da empreitada, o que ele fez com a eloquência de um poeta que descreve uma cena de batalha épica, honrando a tradição dos mais antigos


Torū; 375/375; 600/750; 2/6;

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