O jovem Torū, cujos cabelos pareciam relâmpagos em sua vivacidade, ansiava por suas primeiras missões como membro oficial da força militar da Aldeia da Nuvem. O dia prometia ser como qualquer outro, mas ele não se deu ao luxo de um café elaborado antes de atravessar a janela de seu quarto. Entre seus dentes, levava uma fatia de pão farto em manteiga, como se a energia que impulsionava seu corpo já não pudesse mais esperar. Ao chegar ao local designado para buscar sua tarefa, o jovem aspirante pôde contemplar uma construção imponente que, assim como ele, parecia aguardar a ação que movimentaria seu dia. Adentrando-a, Torū expôs seu desejo de preencher as horas vagas com ações que pudessem contribuir para a segurança de seu povo. Sendo atendido, o responsável por atribuir as missões entregou-lhe um bilhete dobrado, que representava o primeiro passo na trilha que o levaria a se tornar um verdadeiro herói. Torū partiu em direção ao local indicado, a guarita que protegia a entrada do vilarejo, onde deveria entregar o bilhete ao chunin Kame. Ao fazê-lo, o jovem relâmpago se deparou com uma expressão de felicidade e contentamento do chunin. Não só isso, mas Kame comunicou que passaria o restante do dia acompanhando-o na realização de suas tarefas. Para ambos, essa atitude não era uma punição, mas uma oportunidade de compartilhar conhecimento e vivências.

A primeira tarefa que lhe fora incumbida parecia despretensiosa, mas possuía uma intrincada complexidade que Torū se viu obrigado a desvendar. Acompanhado pelo chunin designado para auxiliá-lo, Torū seguiu rumo a um destino desconhecido, sem sequer questionar aonde estava sendo levado. Quando finalmente chegaram ao local, diante dos olhos do jovem shinobi se estendia um vasto pomar, repleto de legumes de todos os tipos, cores e formatos. Enquanto observava a paisagem, Torū avistou uma figura humana emergindo dos fundos do pomar. Vestindo as roupas simples de um fazendeiro, o homem acenou e bradou uma saudação calorosa, como se já conhecesse o chunin que o acompanhava. Sem mais delongas, o chunin conduziu Torū para a próxima etapa das tarefas que lhes foram designadas. Seu dever era auxiliar na colheita de cenouras, uma tarefa que parecia banal e monótona, mas que não deixava de exigir uma habilidade peculiar dos shinobis: a paciência. Ao ajudar na colheita, Torū se viu diante de um desafio que exigia sua destreza e concentração. Cada cenoura deveria ser retirada com cuidado e atenção, de forma que não sofresse qualquer dano durante o processo. Mesmo com o cansaço já se instalando, o jovem ninja cumpriu sua tarefa com diligência e esmero, seguindo fielmente o lema da família que o acolheu: fazer tudo com excelência, sem atalhos ou improvisos. Por fim, quando a tarefa foi concluída, Torū sentiu um certo alívio. Mas, ao mesmo tempo, um sentimento de satisfação preencheu seu peito, pois sabia que havia cumprido sua missão com sucesso. Com uma última reverência ao fazendeiro, o jovem shinobi deixou o pomar, pronto para encarar novos desafios com a mesma garra e determinação.

O sol mal havia atingido seu ponto mais alto no céu e o dia já se mostrava exaustivo para Torū. O jovem não sabia quantas tarefas mais teria de cumprir, mas a lembrança de ter solicitado especificamente aos seus superiores que lhe atribuíssem missões para preencher as horas vagas de seu dia, agora parecia uma ideia tola e inoportuna. Junto do chunin designado para acompanhá-lo, Torū seguiu em direção a uma loja localizada no centro da aldeia. Logo ao adentrar, deparou-se com um ambiente caótico e desorganizado. Uma profusão de produtos sem qualquer lógica ou sentido se espalhava por toda parte, dificultando a compreensão do que se vendia ali. No entanto, como ordem do chunin, Torū teve que procurar por um anel enquanto o dono do estabelecimento se retirava para os fundos, a fim de organizar o excesso de itens da loja e deixá-la mais apresentável. Surpreendentemente, o jovem não apenas conseguiu encontrar o anel solicitado, mas também acabou auxiliando na reorganização da loja, mostrando sua habilidade e destreza em lidar com situações caóticas e desafiadoras. Embora extenuado, Torū sentiu-se satisfeito consigo mesmo ao perceber que havia feito um trabalho exemplar e contribuído para a melhoria daquele ambiente. Mas ainda havia muitas outras tarefas a serem cumpridas, e ele se perguntava se teria energia suficiente para enfrentá-las.

Os passos firmes da dupla ressoavam pelo chão de terra batida enquanto se dirigiam ao posto designado, um lugar onde o chunin responsável por Torū deveria recolher uma mochila repleta de itens de grande importância para o departamento de pesquisas da Aldeia da Nuvem. Com olhares determinados e expressões sérias, eles seguiam em frente, conscientes da magnitude da missão que lhes fora confiada. A paisagem ao redor era estonteante, com montanhas majestosas que pareciam tocar o céu e uma natureza exuberante que se estendia até onde os olhos podiam alcançar. Mas a dupla estava focada em sua tarefa, e logo chegaram à encosta da montanha, onde encontraram a entrada do departamento de pesquisa. O chunin bateu à porta com firmeza, e depois de alguns instantes, foram recebidos por uma ninja de classe especial. Ela parecia estar esperando por eles, com uma expressão séria e concentrada, pronta para receber a mochila com os preciosos materiais. Com gestos precisos e habilidosos, a ninja recolheu a mochila e a examinou com atenção, verificando se tudo estava em ordem. A dupla observava em silêncio, sabendo que a entrega havia sido realizada com sucesso. Com um aceno de despedida, a ninja dispensou os dois rapazes, que se afastaram do departamento de pesquisa com passos determinados. Já se aproximava do meio do dia, e eles sabiam que ainda tinham muito trabalho pela frente. Mas a sensação de dever cumprido lhes enchia de orgulho e satisfação, sabendo que haviam realizado uma missão importante para a segurança da Aldeia da Nuvem.

Enquanto caminhavam de volta ao centro do vilarejo, o chunin sussurrou no ouvido de Torū, convidando-o a se esconder por trás de uma colossal rocha. Ali, ele apontou com destreza para um felino de pelagem escura, que se coçava preguiçosamente enquanto esfregava seu corpo em um dos postes da rua. O que poderia significar aquele comportamento aparentemente inofensivo? Antes que Torū pudesse sequer pensar em fazer a pergunta, seu líder se adiantou e o informou do que estava acontecendo. O felino em questão era um fugitivo conhecido, pertencente a uma família proeminente que contribuía generosamente para a manutenção da aldeia. Em vista de sua influência, o líder do país mantinha um olhar especial sobre eles e, como tal, incumbiu qualquer um que o encontrasse em uma de suas fugas, da tarefa de resgatar o felino e devolvê-lo a seus donos. Determinados a cumprir a missão, os dois rapazes embarcaram em uma perseguição implacável, cada um demonstrando habilidades e estratégias impressionantes até finalmente conseguirem capturar o animal fujão. Ao entregá-lo de volta à família, Torū e o chunin foram aclamados como heróis, sendo elogiados por sua dedicação e coragem. Mais do que simplesmente completar uma tarefa, eles haviam provado sua habilidade e bravura como guerreiros verdadeiramente empenhados, mesmo que naquela tarefa relativamente simples de capturar um gato.

Assim que adentraram o centro do vilarejo, Torū e seu companheiro e responsável foram surpreendidos pela presença de um imponente jonin, que logo os interpelou, indagando-lhes a razão de sua chegada. Desnorteado e sem saber como responder, Torū se viu em apuros, mas foi salvo pelo chunin que o acompanhava, o qual, com astúcia e segurança, assumiu a liderança da situação. De modo eloquente, o jovem explicou que estavam ali para cumprir uma nobre missão: limpar o braço do rio que corria pelo lado norte da aldeia, uma vez que este encontrava-se poluído por detritos e resíduos diversos. Contudo, a determinação do jonin não foi abalada e este imediatamente lhes entregou dois baldes vazios, com a ordem de que se dirigissem até o braço do rio que corria pelo leste da aldeia, com o objetivo de recolher água e entregá-la à uma família necessitada. A situação exigia habilidade e dedicação, e assim Torū e seu companheiro prontamente se puseram a cumprir a tarefa que lhes fora confiada, dedicando boa parte de seu horário de almoço para a conclusão do trabalho. O empenho da dupla foi admirável, e não tardou para que a tarefa fosse concluída com êxito.

Depois de terem enfrentado a exaustiva tarefa de levar água até a residência daquela humilde família, visto que era essa a sua necessidade, Torū e seu companheiro se encontraram famintos e sedentos. Buscando recarregar as energias e saciar a fome que os consumia, decidiram parar em um modesto restaurante, localizado nas proximidades do rio que estavam prestes a limpar. Ali, pediram modestas porções de ramen, prato tradicional e reconfortante da culinária japonesa. Reabastecidos e revigorados, os dois seguiram em direção ao braço do córrego, determinados a realizar a missão de remover os resíduos que poluíam as cristalinas águas. Com imensos cestos em mãos, eles se dispuseram a realizar o trabalho com afinco, cientes da importância daquele ato em prol da natureza. Enquanto o sol começava a se pôr, Torū percebeu que o trabalho ainda estava longe de ser concluído e, em busca de orientação, questionou seu companheiro chunin se ainda havia muito a ser feito. Em resposta, o chunin deu um sorriso enigmático e explicou que a última atividade do dia era a mais desafiadora e, ao mesmo tempo, a mais gratificante: eles iriam reportar-se diante do conselhos que haviam lhes cedido cada uma daquelas tarefas, mesmo que indiretamente, como era de praxe fazer ao fim das missões.

Com passos lentos e cadenciados, Torū e seu colega caminhavam pela aldeia, maravilhados com o espetáculo do céu alaranjado, onde o sol desenhava sua despedida diária. A beleza da Aldeia da Nuvem era um presente para os olhos de quem a contemplasse, e os dois ninjas sabiam disso muito bem. Enquanto caminhavam, Torū mantinha as mãos nos bolsos, mas era possível perceber a serenidade em seu semblante. Sua respiração um tanto ofegante denunciava o cansaço após um dia cheio de trabalhos, mas sua mente estava tranquila, livre de qualquer perturbação. Ao chegarem ao local de destino, uma imponente fundação, Torū adentrou com o chunin que o acompanhava até certo ponto. Ele sabia que tinha uma missão importante a cumprir: reportar-se aos superiores. Com coragem e determinação, pediu a fala diante dos líderes e, com a devida apresentação, relatou todos os detalhes das missões que havia concluído ao longo do dia. Desde auxiliar na colheita de cenouras em um dos pomares da vila até a minuciosa limpeza que havia efetuado, Torū mostrou que estava pronto para qualquer desafio. A cada palavra, sua voz soava mais forte e confiante, como se o cansaço não tivesse abalado sua determinação. O ambiente solene e respeitoso que cercava a reunião dos superiores foi intensificado pela eloquência de Torū. Sua fala detalhada e precisa mostrou sua capacidade de observação e discernimento, qualidades que o tornavam um ninja exemplar. E mesmo depois de um dia exaustivo de trabalho, sua dedicação era incansável. Ao fim, Torū reclamou sua recompensa e deixou o lugar, ciente de que mais o aguardava no dia seguinte.

Torū; 375/375; 375/375; 0/6;

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