Era uma manhã tranquila e ventosa em Iwagakure. Yagura, um estreado Genin à procura das suas primeiras missões estava ansioso por finalmente - após todo os seus esforços na academia - poder contribuir para o desenvolvimento da sua vila.
Na saída de casa recebera uma calorosa despedida da sua família naquele que iria ser o seu primeiro dia como um ninja da vila da Pedra. Desse momento ficou na sua cabeça a imagem dos olhos da sua mãe... Refletiam um enorme orgulho da sua cria, mas também uma igual preocupação com aquilo que poderia acontecer no complicado mundo Ninja, onde o imprevisto reina. Por causa disso o sentimento não era apenas de ansiedade, mas também de cautela. Talvez não fosse o dia para missões de elevado risco.

Ao chegar perto do mural das missões, foi inevitável não encontrar alguns dos seus antigos colegas, igualmente em êxtase para realizar as suas primeiras missões. A maioria deles optaram por missões simples de cariz social ou de fazendeiro. Yagura queria mais, Yagura queria contribuir de uma maneira que as suas capacidades fossem uma mais valia. Após alguma análise à informação colocada, o jovem saiu do centro com duas missões que se sobrepunham tanto em termos de localização como também de uso das suas capacidades de rastreamento e inteligência: Iria procurar um estudante da academia que desaparecera, e que tinha sido visto próximo da floresta da vila. Nessa mesma floresta encontravam-se alguns ursos cujas amostras de pelo eram necessárias, sendo essa a sua missão secundária.


O caminho até à floresta foi feito com entusiasmo, foco e imaginação dos possíveis cenários do que poderia acontecer naquele dia. Na terceira linha de árvores da entrada da floresta, onde ainda era mais vila do que floresta, Yagura parou… observou ao seu redor… e viu algo estranho. Uma porção de árvore ligeiramente fora do comum, que na verdade era um Kakuremino no Jutsu realizado de forma imperfeita por parte daquele que seria o jovem desaparecido.

Como que por acaso, o jovem loiro sentou-se perto desta estranha árvore e tirou o almoço da sua mochila. Com o cheiro a comida, como que por surpresa, o estudante da academia sai, esfomeado, para tentar as suas chances de um almoço bem cheiroso. Foi assim que o genin conseguiu retirá-lo do seu esconderijo, assim evitando menosprezá-lo pela sua falta de técnica. Após partilharem o almoço o estudante da academia é convencido a voltar para a vila, bastou alguns elogios à sua camuflagem para o fazer feliz novamente. Parece que a causa da sua fuga estava relacionada com isso mesmo, após alguns colegas se rirem do seu dedinho de fora na aula da academia. Mas afinal, a academia é mesmo o tempo para aprender.


O caminho até à floresta já tinha sido feito. Agora, era apenas uma questão de encontrar o rastro dos ditos ursos, que poderiam representar um enorme perigo. Um constante "Eu vou ter cuidado..." pairava nos pensamentos do jovem naquele que ficaria marcado como o seu primeiro dia como um shinobi da vila. Refletia sobre a melhor maneira de conseguir a amostra necessária sem se colocar em perigo ao mesmo tempo que procurava pistas sobre a presença dos animais peludos. Um rastro quase impercetível apontava na direção de uma linha de água.

Ao início da tarde o sol estava com força máxima a acalorar o ambiente. Yagura apercebeu-se disso ao subir à copa de uma árvore. Fez isto não só para atravessar de maneira mais despercebida a floresta, mas também para avaliar se alguma árvore se comportava de maneira diferente. E assim viu, uma árvore que abanava bruscamente. Não haveriam muitas espécies que conseguiriam fazer uma arvore abanar daquela maneira…

Ao aproximar-se do local, jackpot! Era um local onde ursos habitualmente se esfregavam, deixando para trás grandes tufos de pelo. Ao aperceber-se de que nenhum urso estava por perto, o genin desceu cuidadosamente das árvores e recolheu algumas amostras. Após isso, abandonou o local o mais rapidamente possível, antes que fosse perseguido por algum felpudo.

Ao retornar à vila, Yagura entregou no Laboratório as ditas amostras, que talvez fossem ou não mais do que aquelas necessárias. A verdade é que o pessoal do laboratório acabou por louvar o jovem genin, fosse pelo seu bom trabalho ou fosse pela sua postura tímida e que transpirava inexperiência.

Sorridente, seguiu para casa a acreditar de que tinha sido um dia bom, um dia de sucesso.


HP 225/225
CH 225/225
STA 00/03

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