Jack Lee estava mais inquieto e irritado do que o normal; andava com uma expressão sombria e ensimesmado, e muitas vezes era flagrado olhando para o horizonte, numa concentração exemplar, absorto por algum mistério. Isso aconteceu após ele disputar com o tio umas partidas, num jogo de estratégia, desses que possuem pedras, tabuleiros e regras sofisticadíssimas. E ele perdeu. Não uma ou duas, mas todas as trinta e sete vezes. E a cada confronto o revés dava-se mais cedo e mais doído. Era Jack Lee burro? Essa pergunta preenchia todo o seu ser. Foi, de fato, uma crise existencial. Não poderia ficar assim. Era inaceitável. Como ele poderia alcançar os seus objetivos: ser um ninja de elite, honrar o seu clã, enfim, ser um herói; sendo burro desse jeito? Impossível! Alguma coisa deveria ser feita rapidamente.

Eis aí o motivo que o impeliu a querer ser mais inteligente.

No fim do dia ele fechou-se em seu quarto, com os pensamentos a mil. Estava lá ele com lápis na mão, diante de uma folha branca de papel. Que iria suceder? Começou a rabiscar palavras, freneticamente, buscando em sua imaginação metas específicas que pudessem ajudá-lo a desenvolver sua inteligência de forma mensurável: “Estudar temas relevantes”, “Buscar mentores”, “Realizar projetos práticos”, “Buscar avaliações de terceiros”. Mas essa lista era muito ampla e de longo prazo. Ele deveria começar de algum lugar. Portanto, por que não aprender a jogar melhor jogos de estratégia? Afinal de contas, o pensamento estratégico é vital para os ninjas!

No dia seguinte, Jack foi ao tio pedir emprestado o tabuleiro do tal jogo de estratégia. Em seguida, foi ao jardim de sua casa, com o equipamento em mãos, e passou a estudar jogadas e estratégias, analisando múltiplas possibilidades e escolhendo as melhores opções. Com o passar do tempo ele começou a vislumbrar novas oportunidades de ação e resoluções estratégicas melhores. Mas Jack não queria ficar restrito a jogar contra si mesmo. Voltou à casa do tio e pediu algumas lições, o que produziu no homem uma felicidade incrível, que em parte era para provocar o sobrinho, mas que, no fundo, era genuína. Os dois então entregaram-se de coração à arte do pensamento estratégico, e em pouco tempo o jovem se tornou um entusiasta do jogo, e um jogador decente, respeitável.

O próximo passo era colocar em prática aquilo que ele tinha aprendido. Procurou outros jogadores na vila e começou a jogar regularmente com eles. Através dos jogos, Jack estudou o estilo de cada oponente, aprendeu com suas jogadas e descobriu novas estratégias para vencer. Cada jogo era um desafio para ele aprender e crescer em habilidade e inteligência. Essa habilidade seria útil não apenas em jogos, mas também em batalhas, onde a estratégia era muitas vezes a chave para a sobrevivência.

Assim, Jack saiu de sua crise existencial com uma boa história para contar. A inteligência não é apenas inata, mas também pode ser desenvolvida e aprimorada através do trabalho duro.

Considerações:

Equipamentos (20/70):

Técnicas: