O dia amanheceu calmo, parecia mais fresco do que nos outros dias, havia muitas nuvens no céu, e Taiga estava em cima da casa de seu pai admirando as nuvens e pensando no que elas se assemelhavam:

— Aquela parece um sapo dando cambalhotas. — disse rindo e apontando para as nuvens.

—  E aquela parece um caldeirão de sopa de abóbora. — Lambia os lábios ao terminar de falar, provavelmente imaginando uma.

Taiga se levantou e com cuidado desceu do telhado, foi só seu quarto, colocou roupas mais leves e um chapéu com grandes laterais.

— ATÉ MAIS PAPA, TENHO QUE SAIR EM MISSÃO — saiu gritando pela porta — ATÉ MAIS.

— Até mais... — Olhou o senhor procurando a menina pela sala e deu um sorriso.

A jovem foi andando para um pouco longe de sua casa, porém distraída que só ela, parou para observar e anotar sobre tudo o que achava de interessante pelas ruas, agora que está aprendendo mais sobre botânica, não perde mais a oportunidade, e sempre tira uma folha para fazer possíveis amostras.

Se deparou com um enorme pé de manga e não pode perder a oportunidade de pegar uma para saboreá-la, e assim seguiu até encontrar a fazenda que deveria ajudar.

Taiga que não é nenhum pouco silenciosa, se aproximou da porta, dando alguns socos e dizendo bem alto:

— Oi!!! Tem alguém em casa? —  colocou as mãos na frente dos olhos e se aproximo para espiar pela janela — Eu sou a Taiga, me disseram que estavam precisando de alguém para ajudar — e seguia insistindo a menina — O, o, o , o, oi — fazendo pausas querendo chamar atenção.

Enquanto a menina fazia o escândalo do lado de fora, do lado de dentro, um casal de senhores com sua lerdeza pela idade avançada, iam até a porta e ao abrir:

— Olá jovem barulhenta! Espero que trabalhe na medida em que grita! — Disse o Sr. Jin enquanto abria a porta.

— Não seja grosseiro querido, os jovens são enérgicos — Falava a Senhora Chiara sorrindo para Taiga — Então você é a jovem Aisaka que mandaram? Seja bem-vinda!

— Muito obrigada, em que posso ajudar? — Perguntou a menina, olhando em volta, como se estivesse procurando algo.

— Você vai lá fora matar todos eles —  Falou o velho Jin, furioso e com sua voz bem rouca apontando para os fundos da casa.

— E, e, eu vou o quê? — Disse Taiga, já paralisada, pois ao pensar matar ela não reagiu bem e já começou a gaguejar.

A gentil senhora Chiara deu uma leve risada segurou a mão de Taiga, a guiando até os fundos da casa, onde dava acesso ao local que precisava ser protegido devidamente.

— Aqui minha jovem — pegou um punhado de cenouras comidas e mostrou a Taiga — os animais não estão deixando nossas plantações em paz, não sabemos mais o que fazer e como fazer.

Apontou Taiga para o ramo e questionou — Então eu devo mata-los? — a menina já encheu os olhos de lagrimas.

— É isso mesmo, Matar, eliminar, aniquilar, explodir, faz o que tiver de fazer, mas eu não quero esses bichos rodando por aqui — disse o senhor gesticulando com os brações para cima e para baixo ao dizer com muita raiva e sem paciência.

— Se souber como nos ajudar, ficaríamos imensamente gratos. — disse a senhora olhando com muita serenidade para a jovem.

A pequena Taiga, ficou de cócoras analisando todo o terreno e se chateou muito, pois se não pensasse em algo, teria que matar os animais, e os mesmos estavam destruindo não somente o terreno do Senhor Jin e Senhora Chiara, como de todos os outros agricultores da vila.

Taiga deitou no chão e voltou a observar as nuvens enquanto pensava “nossa, como poderei ajuda-los? Não quero matar os animais, mesmo que eles estejam fazendo toda essa bagunça” Forçou os olhos tentando imaginar em que aquela grande nuvem se parecia “Que nuvem estranha, é enorme e quadrada”

— Enorme e quadrada? — dizia a menina colocando a mão na boca — JÁ SEI! — Disse a menina gritando enquanto se levantava e começava a procurar por seus materiais.

Lista de materiais

Pregos
Muitas estacas
Um pedaço bem grande de tela  

A Garota teve a ideia de montar uma grande estufa, um trabalho extremamente braçal, mas acreditava em sua força ninja, começou a medir todo o terreno, e anotava tudo em seu pequeno bloquinho. Taiga imaginou fazer uma cerca com estacas médias para que não entrassem, essa cerca teria as estacas bem juntas e fundas ao chão, de maneira que nem roedores pequenos pudessem entrar e nem de médio porte, Taiga iria fazer uma portinhola para entrada e para que seja possível entrada de luz natural e chuva, Taiga ia cobrir com uma grande tela por toda a plantação, como não tem telas com as dimensões que a jovem ninja precisa, ela pensou em fazer por seções.

E assim, foi correndo contar para os donos da fazenda.

— Mas minha jovem, isso é um trabalho para muitos alguns dias. — Disse a senhora preocupada.

— Mas você é burra heim menina, eu estou lhe orientando a matar que dá menos trabalho. — Esbravejava o velho.

— Mas eu não quero matar nenhum animal e acredito que irei conseguir. — a jovem estava determinada.

— Então faça como queira menina. — terminou com um aceno positivo para a Taiga.

E la foi a jovem atrás dos materiais, passou o restante da manhã conseguindo os materiais, foi um pouco trabalhoso, pois a vila tinha poucos recursos devido a última invasão, Taiga teve que reorganizar sua ideia, mas obteve o suficiente e assim começou.

Iniciou seu trabalho fazendo vários buracos profundos, afim de botar estacas firmes ao redor de toda a plantação, e ao invés de colocar a sonhada tela, ela simplesmente pôs estacas pontiagudas, assim os animais teriam uma maior dificuldade de pular a cerca que fez.

— Mas ainda assim está faltando... — levou a mão ao rosto preocupada e pensativa. Foi então que teve a ideia de colocar estacas em formato de cruz, ao todo foram 5 espalhadas pela plantação, na ponta de cima fez uma bola de capim e colocou um belo chapéu, cada um mais enfeitado do que o outro, pegou umas calças do dono da fazenda que estavam rasgadas em um varal e colocou em seus espantalhos, colocou lençóis como blusas e quando terminou olhou admirada.

— Agora é esperar! — pontuou a jovem orgulhosa do que havia realizado.

— Ficou bem caprichado, jovem moça, espero que nos ajude a não termos mais intrusos. — disse a senhora.

— Mas eu tô reconhecendo aquilo ali — falou o Sr. Jin apontando para as calças.

Taiga arregalou os olhos e começou a se retirar devagar.

— Bom... Eu vou indo — saiu correndo enquanto o velho ia conferir.

— VOLTE AQUI SUA MENINA — Disse o senhor tentando correr endurecido enquanto a doce senhora Chiara dia da situação.

E assim Taiga finalizou mais uma missão, esperando que tudo dê certo, foi reportar aos seus superiores.