Era fim de madrugada quando irrompeu um estalado que fez despertar o jovem Jack Lee. Seu pequeno cachorro mastigava a sola de seu sapato. Entre a fúria e a dó, o garoto tentou persuadir o animal a deixar a peça em paz, mas o cão, teimoso, continuava a mordiscá-lo com entusiasmo.

Desesperado, o jovem tentava contornar a situação, enquanto olhava para o relógio, consciente de que cada minuto perdido seria um prejuízo enorme para o seu desempenho no treinamento.

Finalmente, conseguiu retirar o sapato da boca do cãozinho. Tarde demais. Com a sola destruída, precisou apressar-se para comprar outro sapato e chegar ao Dojo antes do treinamento começar. Ainda abalado pelo incidente, Jack percebeu que, às vezes, os imprevistos podem ser tão inesperados quanto constrangedores.

Prometia ser um dia comum no dojo do clã Lee, mas para o jovem Jack, este dia seria memorável.

Com os primeiros raios de sol, o garoto iniciou seu treino diário, focando em aprimorar seus movimentos e técnicas. Cada golpe, cada defesa, era executado com precisão minuciosa, enquanto seu corpo se movia ágil como um felino.

O dia avançava, e seu suor escorria pelo rosto, enquanto sua respiração se tornava mais pesada. Seus músculos latejavam, mas ele continuava, incansável.

Ao cair da tarde, ele já realizara inúmeros combates simulados, enfrentando os mais habilidosos colegas de sparring. Estava cansado mas consciente de que precisaria percorrer um longo caminho para se tornar o melhor lutador de Taijutsu do seu clã.

Repentinamente, um pretenso mestre de artes marciais de outra região visitou o dojo e desafiou os discípulos a lutar. Seus passos estavam carregados de ímpeto combativo e de um violento impulso de dominação. Jack cravou os seus olhos nele e o duelo começou. Logo percebeu que o estilo de luta do visitante era completamente diferente do que ele estava acostumado.

Ato contínuo, seu oponente desferiu um golpe traiçoeiro, deslocando seu ombro. Apesar da dor, Jack não desistiu. Curvado como estava, seu olhar parecia percorrer agudamente o corpo inteiro do adversário, procurando com força letal uma brecha por onde atacar. Jack Lee analisou o estilo do oponente e adaptou seus movimentos para lidar com a instabilidade da articulação de um dos braços. Rilhou os dentes. Seu pé direito já subira à altura da cabeça. No instante seguinte, num único movimento fluido, sua perna cortou o ar emitindo um silvo silencioso, visando o crânio do oponente. O enorme corpo do desafiante projetou-se então no espaço, pernas dobradas, e foi de encontro ao solo com um estrondo. Estava acabado, Jack Lee era o vencedor.

Então, a noite chegou, e Jack finalmente encerrou seu treinamento. Seu corpo afligia-o, mas sua alma transbordava cheia de orgulho. Ele havia superado seus limites, e aprimorado suas habilidades. Este dia seria memorável para ele, não apenas pela dedicação e esforço que colocou em seu treinamento, mas porque ele aprendeu uma lição valiosa: que a verdadeira excelência em taijutsu só pode ser alcançada com disciplina, determinação e muita, muita prática.

Notas:

Equipamentos (20/45):

Técnicas: