[Cena] Sequestro

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[Cena] Sequestro
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Mandragora

Genin

Naquela manhã Inosuke decidiu treinar seus ninjutsus sozinha, da última vez que resolveu aperfeiçoar suas habilidades em público acabou sendo mau interpretada, e parando para pensar realmente não agia da melhor maneira, talvez fosse melhor realmente manter suas técnicas para si mesma enquanto treinava, mas como, se seus jutsus envolviam sempre um outro alvo vivo? Enfrentando esses dilemas foi até um pátio de pedra no topo de um pequeno morro perto da Academia, esticou seu pergaminho no chão e começou a desenhar a esmo o que via ao seu redor, quanto melhor desenhasse, mais precisas seriam suas técnicas de Choju Giga, pelo menos isso não ofenderia a ninguém.

Subitamente ouviu passos vindos da escada que acessava o pátio, quando olhou para trás com seu olho vermelho coberto por uma mancha negra, viu um ninja mascarado ANBU, concluiu, este se aproximou em silêncio.

- Yamanaka Inosuke? - questionou, sabendo a resposta.

- Sou eu, em que posso ajudar? - respondeu, sempre interessada nos ninjas da ANBU, já sonhou em fazer parte dessa equipe.

- Temos uma missão para você, Kumo tem percebido suas proficiências e você pode ser útil, é necessário que se apresente imediatamente no local indicado. É só isso. - fez um selo e desapareceu em chamas.

Inosuke abriu o pergaminho com a letra “C”, mais uma missão, a garota sorriu, mesmo com sua crescente fama duvidosa a vila ainda confiava nas capacidades de Inosuke, que leu o conteúdo da missão, tratando-se de uma criança perdida, Está mais para uma rank D, pensou a garota, antes de continuar lendo o texto que tratava de algo muito mais perigoso, sequestro e venda de órgãos, aquela era a oportunidade perfeita para a garota experimentar suas técnicas em alvos que mereciam ser manipulados.

Sem demora guardou seu pergaminho e seus artigos de ilustração e partiu em direção do endereço descrito, com seu largo pergaminho horizontal em suas costas, a garota mascava um dobrado de tabaco enquanto ia para a casa na zona residencial, onde um tokujonin anotava detalhes.

- Sou Inosuke – a garota se apresentou, ocultando seu clã mau-visto – Me designaram para ajudar a encontrar o garoto, me contem sobre o que aconteceu.

A mulher, de longos cabelos loiros trançados e olhos verdes cobertos de lágrimas, dificilmente contava a história do jovem Inujin, que saiu para jogar bola e não voltou, antes tendo sentido um mau pressentimento em relação a um civil pouco visto, careca, negro, com uma pereba preta na testa. A casa da mulher era repleta de flores, aquela cena trazia a Inosuke uma estranha sensação familiar, mas estava muito concentrada nas informações, o pai da criança, um homem negro e um pouco acima do peso, nervoso, intercedeu:

- Eu sei quem é esse careca, eu o vejo sempre no bar do Totoho! Não posso dizer que ele é o culpado, não vimos nenhum flagrante, mas com certeza não é boa gente!

300/300 ; 400/400 ; 00|03

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Mandragora

Genin

Qui 12 Jan - 13:25

Yamanaka Inosuke já tinha as informações que precisava para iniciar aquela investigação: haviam-lhe descrito o jovem Inujin, pele negra, olhos verdes e cabelos loiros, uma mistura perfeita de seus pais; haviam também descrito um suspeito, um homem negro, alto e careca com uma pereba na testa, essa última informação ainda era um ponto fraco, tendo sido reportado como suspeito por uma mãe desesperada em agonia, o tal careca poderia ser um simples inocente mau interpretado, e Inosuke sabia o que era ser mau interpretada, mesmo assim não podia descartar o interesse nesse tal homem, agora era preciso encontrá-lo.

- Será que eu poderia começar minhas buscas aqui pelo seu quintal?

- No quintal? Mas ele não está aqui no quintal! - retrucou o homem, irritado.

- Não se preocupe, não vou procurá-lo aqui, só preciso de um lugar para deixar meu corpo enquanto minha mente o procura, se me dão licença.

E então sentou-se em posição de lótus no meio do gramado e mascou seu tabaco, o casal argumentou um com o outro por um tempo mas logo entraram em casa e deixaram a kunoichi sentada. Inosuke permaneceu imóvel durante alguns minutos e logo via pardais bicando areia poucos metros a frente de si, era o que precisava, sem se mover muito fez alguns selos de mão que apontou para a ave, Shintenshin no jutsu, logo via-se no corpo do pequeno animal, e viu seu próprio corpo humano desacordado sentado na grama Espero que não me perturbem… Pensou Inosuke sobre os donos da casa e bateu asas, iria buscar o tal careca da pereba, voava baixo pelas ruas, atento, foi até o bar indicado mas ele estava fechado Ainda é cedo. Continuou voando, era manhã, horário de trabalho, mas não fazia ideia de onde o homem poderia trabalhar, tinha poucas informações sobre ele, sabia que era alto e forte, decidiu então iniciar sua busca por lugares de trabalho braçal, não o viu nos reparos do Portão Sul, nem no calçamento da Via Principal, voou por horas e já pensava que tinha perdido seu tempo com aquela ideia, já era hora do almoço e, passando pelo canteiro de obras de um enorme prédio, viu o homem que batia perfeitamente com a descrição almoçando ao lado de um outro indivíduo sentados sob uma enorme viga de aço, o inocente pardal pouso atrás deles para ciscar areia.

- Não vejo a hora desse expediente acabar logo… - reclamou o suspeito.

- Você diz isso todo dia Ban. - retrucou impaciente seu companheiro.

- Mas hoje é um grande dia, dia de negócios.

- Ah é? Que negócios que você tem feito, cabeção? - o interesse aumentava, e Ban parecia pausar um pouco sua boca para pensar.

- Nada demais, comprei barato umas bandanas de um ambulante e vou revender pra uns shinobis, é só isso, mas já é um dinheirinho a mais!

Bandanas? O pardal pensou, parecia uma desculpa mau pensada.

300/300 ; 400 - 10 (Rank C com redução de Hab. Nin.) = 390/400 ; 00|03 ; 200/200

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Mandragora

Genin

Qui 12 Jan - 14:51

A trama engrossa, novamente informações dúbias, porém informações de qualquer jeito, e era tudo que Inosuke tinha, e sentia que era o caminho certo, desfez seu ninjutsu de controle mental e liberou o pardal para voar livre, sua estratégia agora seria outra, como pardal havia visto a bolsa de couro que Ban carregava, tinha um adesivo de uma mulher sensual em rosa, com a ponta semi-rasgada, iria infiltrar-se ali mesmo, não com seu próprio corpo, nem com o corpo do pobre pardal, deveria mudar de estratégia, desfez então seu Shintenshin regressando ao jardim da família aflita.

- Você encontrou nosso filho? - veio a mãe desesperada indagar Inosuke quando viu a mulher acordar.

- Em um minuto. - respondeu friamente e se retirou.

Aproveitou o final do horário de almoço de seu alvo para caminhar até esse canteiro de obras não muito longe dali, quando chegou lá o trabalho já havia começado novamente, a shinobi então saltou para a sacada de uma casa abandonada vizinha da obra e mascou mais tabaco. Aquela casa estava sendo usada como lixão pelos vizinhos locais, do lado de dentro do muro haviam vários sacos de lixo com um estranho movimento, seria sua presa perfeita, silenciosamente de cima da sacada Inosuke fez os mesmos selos que havia usado contra o pardal, mas dessa vez utilizou em um pequeno camundongo dos diversos que lá haviam, e seu corpo deitou-se na sacada abandonada.

Viu-se então cercada de lixo Que ideia… pensou consigo mesmo, um pouco enojada, mesmo que a mente do camundongo estivesse feliz em estar ali, sem se distrair correu brevemente pelos cantos para dentro do canteiro de obra, onde traçou sua rota pelos escombros de pedras soltas e muros quebrados, seu alvo era a bolsa de Ban, que encontrou no quarto que armazenava os objetos dos trabalhadores, haviam diversas bolsas, mas só uma com o adesivo vulgar, e lá o pequeno camundongo se aninhou, dentro da bolsa haviam diversas coisas, carteira, pequenas bolsas, papéis amassados, lixo plástico, poeira, bitucas de cigarro, e outras miudezas a mais, e no meio dessa zona o camundongo se aninhou e lá esperou.

No fim do expediente Ban foi um dos primeiros a chegar no galpão, pegou suas coisas sem conferir nada e foi embora, mal se despedindo de seus colegas de trabalho, ainda suado foi direto para o tal bar do Totoho não muito longe dali, pediu uma cerveja muito gelada e sentou-se numa mesa para dois, Inosuke já pensou que naquele instante iria deflagrá-lo, ainda dentro do corpo do camundongo exerceu seu sensoriamento, analisou o chakra de todos que estavam no recinto e buscou algum chakra pequeno de criança que pudesse estar em algum lugar inusitado, mas não encontrou nada, não havia nenhuma assinatura de chakra atrás do balcão nem mesmo em um possível porão ou sótão, só haviam ali os fregueses do bar, seu gerente e o rato na bolsa que estava no chão ao lado dos pés de Ban.

300/300 ; 390 - 10= 380/400 ; 00|03 ; 200/200

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Mandragora

Genin

Qui 12 Jan - 16:01

A kunoichi estava insegura, não percebia chakra algum oculto nos fundos do bar, teriam os bandidos de alguma forma ocultado o chakra do garoto sequestrado? Improvável, isso seria uma técnica de alto nível, supôs, ladrões como Ban não pareciam hábeis em ninjutsu, julgou, baseada no que via e no chakra que sentia do homem, já pensava em estratégias alternativas quando mais uma pessoa entrou no bar e sentou-se frente a frente com Ban em sua mesa.

- Daisame! Já pensei que não viria! - animou-se Ban, apresentando a cadeira para o recém-chegado – Ei Russo, traz mais uma aqui pro meu amigo!

Ban era bem barulhento, e o tal Daisame parecia mais silencioso, até inseguro talvez, demorou para se pronunciar.

- Obrigado, mas não quero beber… - disse em voz baixa, que o camundongo mal conseguia escutar – E então Ban, tem o que prometeu?

- Mas é claro! - disse o careca, tomando um largo gole de sua cerveja e enchendo mais seu copo – O grande Ban alguma vez te decepcionou?

- Bom, se você quer saber aquele tratado que fizemos no inverno não foi bem como eu havia planejado, se lembra?

- Águas passadas meu caro amigo! Além do que, como eu ia saber que papéis bomba não podiam entrar na água salgada? De qualquer forma dessa vez a situação é diferente, muito diferente! - assegurou Ban.

- É o que você diz. E só entre nós, você usou o termo certo? Yamanaka, não é?

O camundongo subitamente teve um espasmo, Yamanaka? Havia ouvido certo? Se aproximou da borda da bolsa agitada, querendo ouvir com mais atenção, mas acidentalmente chamou a atenção de Ban, que olhou para a bolsa e gritou.

- Aaaah rato maldito! - começou a pisar em sua bolsa e o camundongo saltou e saiu correndo, imediatamente Inosuke desfez seu jutsu.

- Merda! - exclamou em voz alta assim que voltou ao seu corpo naquela sacada abandonada, se tinha ouvido corretamente aquela missão se tornava agora pessoal, devia resgatar o jovem custe o que custar. Levantou-se sem demora e correu em direção do bar do Totoho, antes de chegar muito perto com um selo de mão transformou-se numa gorda senhora andando lentamente com um andador passando em frente ao bar, e não demorou muito até que Ban e Daisame saíssem de lá e seguissem andando, a velha gorda parou e encostou-se numa parede, aparentando cansaço, e com seu sensoriamento Inosuke disfarçadamente acompanhou o chakra dos homens que andavam apressados, e assim que tomaram uma distância segura a kunoichi desfez seu disfarce e os seguiu pelas sombras.

300/300 ; 380/400 ; 00|03 ; 200/200

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Mandragora

Genin

Qui 12 Jan - 17:17

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Seguiu principalmente através de seu sensoriamento, pois não arriscou estar na mesma linha de visão deles para que não a vissem, mesmo que fosse só uma kunoichi como qualquer outra a genin não queria arriscar ter sua face na memória de seus alvos, então em uma pequena rua nos subúrbios de Kumo os dois entraram em um lugar sem placas de portas fechadas, com um segurança na entrada, ali era seu limite, sem entrar na rua com seu kanchi estudou as assinaturas de chakra no local e seu coração saltou quando sentiu um chakra pequeno como o de uma criança nos fundos, imóvel, só podia ser Inujin, acreditou, mas não queria deixar sua esperança tirar seu foco, ia para o beco dos fundos mas haviam algumas pessoas no chão que traziam insegurança à Inosuke, ali não era o local ideal para usar o Shintenshin e largar seu corpo inconsciente, era hora de experimentar sua nova técnica, então recostou-se na parede de tijolos, sacou de sua bolsa ninja um pequeno pergaminho de ilustrações, molhou a ponta do pincel em sua tinta negra e iniciou um simples e rápido desenho: um camundongo.

O camundongo saltou do papel do pergaminho para o chão e percorreu aquele beco como se pertencesse a ele, outros camundongos o encaravam com estranheza, mas nada faziam, quando chegou nos fundos do local suspeito viu que havia naquele enorme muro de tijolos somente uma pequena janela, como um basculhante, Inosuke seria incapaz de entrar lá com seu corpo humano, mas um animal poderia, e talvez uma criança. O camundongo agilmente escalou pelos tijolos e entrou no basculhante entreaberto, e naquela escuridão estava, em uma poça de lágrimas, o pobre Inujin, chorando amarrado e amordaçado, o camundongo pulou para dentro do apertado cômodo entulhado de coisas e jamais faxinado, usou de seus pequenos dentes para roer as cordas que amarravam as mãos do garoto atrás de seu corpo, após elas roeu as cordas de seus pés, e o garoto tirou sua mordaça, agradeceu bem baixinho ao camundongo que já pulava de volta para o basculhante, indicando o caminho.

No momento que o rato foi até o basculhante Inosuke ainda com o pergaminho aberto escreveu uma mensagem: “Aqui estão o sequestrador e seu financiador” e abaixo o endereço, essa mensagem então tornou-se um pombo-correio, que voou em máxima velocidade até o gabinete da polícia de Kumogakure.

Inujin era pequeno e não alcançava a janela, olhou em volta naquela escuridão e achou uma caixa com algumas coisas em cima, puxou a caixa e derrubou as coisas, apressadamente botou a caixa abaixo do basculhante e o alcançou, mas estava emperrado, o camundongo observou apreensivo enquanto o garotinho punha o máximo de sua pequena força para abrir mais aquela janelinha emperrada, e conseguir saltar para fora, caiu na ruela nojenta entre os prédios e imediatamente correu para fora, chorando.

- Inujin! Vamos para casa – falou Inosuke, de braços abertos, quando o garoto olhou para ela seus olhos verdes lhe tocaram o coração, sentiu-se conectada com ele, Um Yamanaka de fato… sorriu, e o garoto, mesmo sem conhecê-la, correu aos seus braços. - Só mais uma coisa.

A garota virou-se segurando o garoto pela mão e pôs-se em frente a porta com o guarda, antes que esse pudesse-lhe falar qualquer coisa a porta abriu violentamente, e Ban e Daisame saíram de lá, aflitos, Inosuke encarou-os com ódio no olhar, os dois homens paralisaram na posição atônita em que estavam sem acreditar que viam o rapaz solto, o guarda não sabia o que fazer e Inujin agarrava-se às roupas de sua parente distante, e então subitamente três ninjas apareceram na rua, e o guarda entrou.

- Podem entrar na mente deles e verão tudo, agora preciso entregar esse rapaz.

Os shinobis policiais agradeceram o serviço e Inosuke caminhou de mãos dadas com o pequeno primo de volta à sua casa, onde foi recebido com êxtase por seus pais, que insistiram que Inosuke ficasse para jantar.

300/300 ; 380 - 16 (Choju Giga x2) = 364/400 ; 00|03 ; 200 - 20 = 180/200

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Konan

Administradora

Sáb 14 Jan - 10:42

Situação: Aprovado!

Sua personagem conseguiu obter êxito na jornada de resgate ao pequeno rapaz. Parabéns por conseguir realizar tal feito, mesmo sendo um gesto pequeno, está demonstrando potencial para se transformar em uma poderosa kunoichi!

Recompensas: 1x Missão de Rank-C e suas Recompensas máximas + 1 ponto de databook em Ninjutsu

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