Dois dias tinham se passado desde a última missão onde derrotou Smoke, um capitão de um navio pirata que se disfarçava de mulher para poder sequestrar outras mulheres. A missão não tinha sido fácil, afinal os rígidos músculos do homem dificultavam que a menina conseguisse feri-lo, porém depois de muita insistência ela foi capaz de vencê-lo. Era meio-dia e mesmo que o sol brilhasse no céu, o vento frio incomodava a Hyuuga, obrigando-a a andar com o macacão fechado. Ela estava sentada em uma mesa na frente de uma lanchonete, esperando seu Ramen chegar.

O local não estava cheio e isso facilitou a vida da menina, já que seu almoço chegou mais rápido. O garçom colocou a tigela na mesa e logo a Tokubetsu pegou o hashi para que pudesse começar a comer. Ao colocar uma pequena porção na boca viu, de rabo de olho, um shinobi se aproximando, o mesmo que havia comunicado dias atrás sobre a missão dos piratas. “Não acredito que eu não vou ter nem tempo de comer”, pensaria enquanto rolava os olhos e continuava a comer, fingindo não tê-lo visto.

-Parece que você está sendo requisitada no quartel novamente, Hyuuga - o rapaz falaria ao parar ao lado da menina que continuava a comer.

-Parece que eu não tenho paz nem pra comer - responderia debochada ao terminar de engolir a comida que estava na boca, olhando para o shinobi logo em seguida - o que eles querem dessa vez?

-Não sei do que se trata, mas pediram urgência. Melhor você ir logo - após terminar de falar o homem sairia correndo dali.

-Mas que droga, nem comer direito eu posso - depois de terminar de falar, comeu rapidamente o que conseguiu e deixou o restante ali com os Ryous para o pagamento do lado. Em seguida saiu andando em direção ao quartel enquanto retirava um pirulito do bolso e o colocava na boca, a sobremesa depois do almoço era bem importante.

A menina estava irritada por ter sido interrompida na hora que fazia sua refeição sagrada do dia e por isso não se apressava em andar pelas ruas, demorando longos minutos até que finalmente alcançasse a entrada do quartel. Ao entrar, foi até o balcão e explicou a situação, novamente a encaminharam para uma sala de reuniões, mas dessa vez o shinobi já a esperava sentado lá dentro.

-Boa tarde - falaria de mau humor após retirar o palito do pirulito da boca e jogá-lo no lixo. Em seguida sentaria em uma cadeira de frente para o loiro - o que você tem aí pra mim hoje?

-Eu tinha certeza que você seria perfeita para a última missão e parece que eu estava certo - falaria sorrindo - realmente nos ajudou muito.

-Certo, certo - falaria sem expressar nenhuma emoção - vamos direto ao ponto - interromper seu almoço realmente a tinha deixado de mau humor.

-Certo… - rapaz falaria estranhando aquela reação, afinal a menina costumava ser mais debochada - uns boatos chegaram aos nossos ouvidos de que uma seita começava a se espalhar pela costa de Kirigakure. Ainda não temos muitas informações sobre eles, mas o assunto é muito importante e não pode esperar uma investigação muito aprofundada - continuaria falando enquanto Nezuko ficava apenas quieta escutando - pelo que nós sabemos eles estão roubando bebês da população e não sabemos o porquê. Queremos que você investigue pela costa e tente resolver esse problema.

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-Virei parte da investigativa agora? - perguntava sendo bem direta, aquele trabalho era para alguém da área.

-Não, mas nossos investigadores já estão muito ocupados em outras missões e você já tem um histórico muito bom para missões assim - o homem falaria enquanto entregava alguns papéis para ela - se disfarce, caso saibam que é de Kirigakure a investigação subirá o nível. Conto com você - após terminar de falar o rapaz se levantou.

-Certo, na próxima deixa eu terminar meu almoço primeiro - assim que a menina terminou de falar o homem saiu da sala e logo a menina fez o mesmo, deixando o quartel em seguida enquanto olhava os papéis que tinha em mãos. Neles ela obteve as informações de onde os sequestros estavam acontecendo e não pôde deixar de notar que o povoado da sua missão anterior era um desses pontos. “Eles não têm um minuto de paz, não é mesmo?”, pensaria enquanto balançava a cabeça negativamente.

Primeiro a menina passou em casa para deixar a armadura e a bandana. Pegou o cajado e o prendeu na cintura, talvez precisasse dele nessa missão. Após ter tudo arrumado partiu em direção ao portão de Kirigakure e em poucos minutos já se encontrava do lado de fora, caminhando em direção ao mesmo povoado de sua missão anterior. Ela já tinha o caminho em mente, não precisando consultar um mapa.

As horas foram passando enquanto a menina corria em uma velocidade um pouco abaixo de seu máximo, fazendo algumas paradas de 15 minutos para que pudesse descansar, voltando a correr logo em seguida. O sol se pôs e ainda faltavam algumas horas para que a menina chegasse ao povoado, afinal dessa vez a menina tinha começado sua viagem horas mais tarde do que da outra vez.

Pelos seus cálculos já passava de nove horas da noite quando ela finalmente alcançou a entrada do povoado. As ruas estavam vazias, parecia que algo realmente os estava assustando. Sem demorar, Hyuuga foi até a pousada já conhecida por ela e ao abrir a porta viu o bar vazio, apenas com o mesmo atendente atrás do balcão. Se aproximou então dele.

-Boa noite - falaria encarando-o.

-Olha, se não é a famosa matadora de piratas - ele responderia com um sorriso no rosto, mas Nezuko conseguia perceber o semblante de tristeza atrás daquela máscara feliz.

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-Mas parece que eu ainda não consegui livrar esse povoado do sofrimento, não é mesmo? - falava enquanto notava os traços de tristeza do homem.

-Pelo visto você já sabe o que está acontecendo - finalmente o homem demonstraria a tristeza que estava sentindo - minha pequena filhinha, de apenas 8 meses, foi sequestrada. Eu já não sei mais o que fazer, já procurei em tudo quanto é lugar e não consigo acha-la. Minha esposa entrou em depressão e não levanta nem mais da cama.

-Sinto muito em ouvir que você foi um dos afetados - a voz da menina era gentil, na tentativa de consolar o mais velho - mas você conseguiu ver quem foi que fez isso?

-Era de noite, minha esposa e eu estávamos sentados ali na pracinha com a nossa filha, pra ela poder respirar um ar diferente do de dentro de casa né - os olhos do homem começaram a encher de lágrimas - aí eles chegaram. Era um grupo de mais ou menos umas seis pessoas, todos usavam mantos brancos e uma cruz pendurada no pescoço. Não consegui ver seus rostos, pois eles usavam uma máscara branca pontuda que só tinha um buraco onde ficam os olhos e uma cruz entre eles - ele falava com dificuldade, provavelmente o choro estava entalado em sua garganta. Enquanto isso Nezuko guardava aquelas informações, de certa forma já era alguma coisa.


-Tem mais alguma informação que você possa me falar? - perguntaria tentando fazer com que o homem lembrasse de mais alguma informação.

-Um deles tinha uma cruz maior e diferente, azul. Em cima dessa cruz tinha um símbolo meio esquisito que eu não sei descrever. Ele parecia ser o líder, já que os outros obedeciam a tudo que ele falava - o homem concluiria depois de pensar por alguns segundos.

-Certo - a menina falaria enquanto apoiava os braços no balcão e logo depois ficava quieta por alguns segundos enquanto parecia estar pensando - pode me dar um pouco de água? Acabei de chegar de viagem e estou com sede.

-Claro! - ele prontamente entraria na cozinha, voltando depois de poucos minutos com uma caneca cheia de água - é por conta da casa. Vai querer um quarto também ou só isso?

-Por enquanto não vou querer o quarto não. Mas preciso saber se você conhece o Hiraku e se sabe onde encontrá-lo - iria perguntar depois de tomar alguns goles da água, matando a sede.

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-Ele mora a dois quarteirões daqui, em uma casa verde. Não é difícil achar não - o homem responderia apontando na direção onde ela deveria ir

-Certo, muito obrigada - enfim responderia depois de terminar de tomar a água - vou indo - ao se despedir do homem a menina deixou o bar e começou a andar na direção da casa de Hiraku. Em poucos minutos alcançou a rua e ao longe pôde ver uma casa verde. Andou rapidamente até ela e bateu no portão até que o rapaz finalmente veio atender. Ao ve-la ela abriu um sorriso.

-Nezuko! - Hiraku falaria sorrindo e abrindo espaço para que ela pudesse entrar - vamos, entre!

-Iai, tudo bom? - a menina perguntava enquanto entrava na casa - e sua irmã, ta bem?

-Estamos bem na medida do possível, né. Logo quando a gente pensava ter se livrado do mal, começam a roubar os bebês - ele falava em um tom triste - parece que nosso povoado não tem um dia de paz - enquanto falava ele entrava na casa e puxava uma cadeira para que a menina pudesse sentar

-E novamente aqui estou eu para ajudar vocês - Nezuko falava sorrindo enquanto sentava na cadeira - mas eu vim aqui porque preciso da sua ajuda…

-O que você precisa de mim? - perguntaria curioso, sentando em outra cadeira próximo a menina.

-Bom, sou a única que fui designada pra essa missão e eu ainda preciso descobrir onde esse grupo se esconde e qual o objetivo deles. Creio eu que precisaremos de um barco e eu não sei pilotar um - revelaria suas intenções.

-Ótimo, eu fiquei com o navio do Smoke, podemos usar ele. Você já tem alguma informação? - o rapaz parecia muito interessado naquele caso.

-Só que eles usam um manto branco, uma máscara pontua também branca e usando cruzes também. Provavelmente deve ser algum grupo religioso usando as crianças pra fazer algum tipo de ritual e eu não faço a mínima ideia de qual e também não sei se essa suposição ta certa, já que o embasamento dela é feito nos meus achismos - no final da frase ela iria suspirar, realmente aquelas informações não ajudariam em muita coisa.

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-Entendi - Hiraku ficaria alguns segundos quieto, pensativo - e vamos começar quando?

-Agora, na verdade. Preciso de alguém com um bebê para uma armadilha - revelaria parte do plano.

-É sério isso? - se mostraria surpreso com aquela informação.

-Sim… Não vejo outro meio de chegar até um deles sem ter que fazer isso, mas não se preocupe que vai dar tudo certo. Por acaso você conhece alguém que tenha um bebê? - enquanto falava a menina encarava o rapaz que parecia não acreditar no que ela falava.

-Isso é muita loucura, mas eu confio em você - falaria após suspirar - tenho um casal de amigos que tiveram um filho a dois meses atrás, posso tentar convencer eles…

-Perfeito! Vamos até eles agora, não temos mais tempo a perder - falaria empolgada levantando - antes que eu esqueça, não comenta isso com ninguém, nem com a sua irmã. Vamos ter que contar pros seus amigos só porque precisamos da ajuda deles, mas fora os dois, mais ninguém deve saber, ok? - perguntaria séria enquanto olhava para ele, o mesmo apenas assentiu com a cabeça.

-Nezuko-chan! - a irmã de Hiraku entraria em casa nesse momento, parecendo surpresa com a presença da Hyuuga por ali - que surpresa, eu não esperava que você estivesse aqui - concluiria com um sorriso.

-Olá…! - falaria tentando lembrar o nome da menina, mas não se recordava de já terem fornecido essa informação a ela.

-É verdade, eu ainda não tinha te falado meu nome. Me chamo Kiyoko - finalmente a menina se apresentaria.

-Certo, Kiyoko… Fico feliz em ver que você está bem - seus olhos perceberam uma corrente de um cordão para dentro da blusa da menina, coisa que ela não lembrava de ter visto da última vez. Mas não deu muita importância, afinal era apenas um cordão.

-Kiyoko, a gente precisa sair agora, mais tarde estamos aí de volta e vocês conversam mais - Hiraku se intrometeu na conversa e logo os dois saíram da casa, deixando a menina sozinha.

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A dupla andava apressadamente pelas ruas até que finalmente chegaram até uma casa azul. Comparando com a casa de Hiraku, aquela era bem maior e mais bonita. O rapaz então bateu no portão e levou apenas alguns minutos para que alguém viesse atender. Um homem de cabelos vermelhos abriu o portão desconfiado, afinal ele tinha um filho pequeno que tinha risco de ser sequestrado, mas ao ver que era seu amigo quem estava ali, se mostrou mais aliviado.

-Hiraku, meu amigo - falaria sorrindo enquanto abria mais o portão, dando passagem para a dupla.

-Essa é uma amiga, Nezuko - falaria após os dois entrarem e o portão ser fechado - e Nezuko esse é um grande amigo de infância, Tatsuo.

-Prazer, Nezuko - ele falaria sorrindo, a Hyuuga apenas assentiu com a cabeça.

-Precisamos te pedir um grande favor… - Hiraku começaria a falar.

Os três entraram em uma discussão, Tatsuo estava tenso e nervoso com a ideia de colocar a vida de seu filho em risco. Hiraku explicava para ele toda a situação, contava também a história sobre o dia que Nezuko derrotou Smoke, livrando a costa de Kirigakure dos piratas que os faziam mal. Mas o homem ainda se mostrava relutante em ajudá-los com o plano, fazendo com que a menina ficasse com raiva.

-É o seguinte… - ela se pronunciaria enquanto retirava a Chakura To da bolsa de armas. Em seguida empurrou Tatsuo contra a parede, encostando a lâmina da arma no pescoço do mesmo - eu não tenho muita paciência. Então você vai pra merda da praça com o seu filho ou então eu mato você e sua esposa e essa criança vai crescer sem os pais. Eu preciso deter esses filhos da puta e eu vou matar quem eu precisar matar pra atingir meu objetivo, a escolha é sua - a voz da menina era carregada de raiva e ela chegava até a não piscar.

Hiraku engoliu em seco, provavelmente se arrependendo de tê-la levado até ali. De rabo de olho a menina olhava para ele, como se o avisasse para se manter afastado ou então iria sobrar para ele. Tatsuo encarava a menina com os olhos arregalados, chegando a tremer de medo e logo seus olhos se encheram de lágrimas, ele estava ofegante, provavelmente uma grande quantidade de adrenalina corria pelo seu corpo.

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-Eles vão matar meu filho… - enfim voltou a falar, depois de alguns minutos encarando a menina.

-Eu não vou deixar porra nenhuma acontecer com seu filho, como eu falei eu vou matar quem eu precisar para alcançar a paz e pode ter certeza que eles vão morrer se tocarem na sua criança - Nezuko voltava a falar, sua arma ainda se encontrava no pescoço do rapaz.

-Tá certo, eu aceito - concordaria, afinal ele não tinha muito o que fazer, de qualquer forma a menina utilizaria o filho dele.

-Não pense em fazer nenhuma gracinha, se não você morre na hora. Seria uma pena ver seu filho crescer sem pai - falava com um sorriso no rosto enquanto afastava a lâmina do pescoço do mesmo - agora vai lá buscar a criança - ao terminar de falar, ativou o Byakugan para conseguir observá-lo - e não se esqueça; sem gracinhas.

A Hyuuga permaneceu do lado de fora, observando com seu doujutsu tudo que acontecia dentro da casa. A mulher parecia apreensiva em deixar que Tatsuo levasse a criança, eles pareciam discutir, mas logo ele pegou o filho do colo da mulher e voltou a andar para o lado de fora, voltando a se juntar a dupla.

-O plano é simples, você fica lá na praça com seu filho, eu vou estar por perto observando tudo, quando eles aparecerem deixa que eu lido com a situação, se junte ao Hiraku e saiam correndo de lá - falaria pouco antes do rapaz abrir o portão e sair junto de Hikaru.

Antes de sair a Hyuuga teceu os selos necessários e quando estava pronta ativou o jutsu que fez com que chamas cobrissem seu corpo e logo ficando invisível. Esperou que a dupla se distanciasse bastante, mas apenas até um ponto que ainda conseguia observá-los com seu doujutsu e logo começou a segui-los, se atentando em não fazer barulho e observando a sua volta para ver se alguém já se aproximava.

Ao chegarem, de longe, Nezuko observava o local. Por ser um vilarejo pequeno aquela praça era realmente bonita. Tinha uma grande árvore com a copa rosada no centro, grama bem verde, alguns postes de iluminação e bancos espalhados para que os cidadãos pudessem sentar. A menina imaginava que em épocas seguras aquele lugar deveria ser bastante frequentado, mas agora com o perigo que os assolava todos evitavam ficar fora de casa.

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Tatsuo e Hiraku sentaram em um banco próximos a árvore, Nezuko se mantinha a 5 metros de distância dos mesmos, achava aquela uma distância segura, caso acontecesse alguma coisa ela seria capaz de chegar a tempo. Os dois começaram a conversar, mas a menina não conseguia saber o que era, afinal ela não conseguia ouvir daquela distância e nem tinha a capacidade de fazer leitura labial.

Os minutos foram se passando, o vento ia ficando ainda mais frio e provavelmente já incomodava tanto a criança quanto os mais velhos, logo os minutos viraram uma hora e finalmente Nezuko foi capaz de enxergar um grupo de cinco pessoas com vestes brancas se aproximando da praça. “Finalmente, eu já estava quase desistindo”, pensava enquanto se posicionava para defendê-los. A cada segundo eles iam se aproximando mais até chegarem em um ponto onde os dois mais velhos conseguiram nota-los e Nezuko via o esforço que Tatsuo fazia para já não sair correndo.

Eles permaneceram ali parados até que o grupo os cercou, nesse momento a menina saiu do jutsu que a deixava invisível e ativou a primeira forma do Juinjutsu, fazendo com que sua velocidade aumentasse. Sem demorar, ela correu em direção ao grupo e ao chegar próximo o suficiente, utilizando de sua alta habilidade em taijutsu, daria uma voadora no inimigo que estava de costas para ela, fazendo com que ele caísse para frente.

-Corram agora! - falaria em voz alta para Tatsuo e Hiraku que não hesitaram, apenas começaram a correr.

Nesse momento a menina retirou o cajado que estava preso na sua cintura e, infundindo o chakra necessário no objeto, o bateu no chão, fazendo com que fosse criada uma camada de gelo no chão a sua volta, cobrindo uma área de 5m de diâmetro, tendo a menina no centro. Dois deles tentaram correr na direção da dupla que segurava a criança, mas o gelo fazia com que o chão ficasse escorregadio e logo eles caíram. Os outros três foram em direção a menina, tentando acertá-la com ataques corpo a corpo. Sem pensar, a Hyuuga infundiu chakra na arma novamente e a apontou na direção de dois deles, criando uma barreira de gelo que foi capaz de defendê-la.

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O terceiro vinha de suas costas e a menina tinha plena visão do mesmo devido ao seu doujutsu ativo. Segurou o cajado com a ponta para trás e quando ele chegou próximo o suficiente bateu com o objeto com sua força máxima na barriga do mesmo, antes que ele conseguisse atingi-la, fazendo com que ele se dobrasse de dor. Em seguida, voltou a bater o cajado no chão, criando paredes em volta dos dois inimigos à sua frente, fechando uma área de três metros quadrados, fazendo com que eles ficassem presos.

Ao perceber que o das suas costas estava se levantando, rapidamente virou em direção ao mesmo e o chutou na barriga fazendo com que ele caísse para trás. Em seguida bateria o cajado no chão novamente, fazendo com que um espinho de gelo surgisse de baixo de uma das duas pessoas que estavam presas e crescesse até chegar ao tamanho de um metro e meio, penetrando seu corpo e fazendo com que o sangue escorresse pelo chão.

-Você é uma psicopata - a voz da pessoa ao lado pôde ser ouvida e era feminina, de primeira ela achou já tê-la ouvido em algum lugar, mas decidiu ignorar naquele momento, afinal tinha alguns inimigos para derrotar.

Os dois que tinham caído ao escorregar no gelo finalmente conseguiram se levantar e ao perceber que os mesmos vinham em sua direção, sacou a espada que estava presa nas costas, deixando que sua mão esquerda permanecesse segurando o cajado de Hyoton. Virou em direção a eles e perfurou o peito do que estava à direita, acertando seu coração. Quase que simultaneamente chutou o da esquerda com toda sua força, fazendo com que ele fosse jogado para trás. Seus lábios estavam tomados por um sorriso, eles eram tão fracos que chegava a ser prazeroso matá-los.

-Não sei porque ainda tentam - falaria enquanto retirava a espada do peito do homem que caiu sem vida no chão, formando uma poça de sangue em volta do mesmo.

Os dois restantes voltaram a se levantar. Um deles retirou uma faca de dentro das vestes, correndo em direção a menina logo em seguida enquanto o outro utilizava de ataques físicos para tentar acertá-la. A menina desviava de todos os ataques, utilizando de sua habilidade em taijutsu e sua velocidade no máximo, enquanto voltava a guardar a espada na bainha presa nas costas. Em um movimento chutou o rosto do que estava à esquerda, fazendo um movimento em arco com a perna e assim o derrubando no chão.

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Voltando a utilizar o cajado, o movimentou da esquerda para a direita, fazendo com que um espinho de Hyoton de um metro e meio fosse criado na diagonal, tendo inicio no chão e perfurando o tórax do que estava na esquerda, fazendo com que ele gritasse de dor e começasse a perder bastante sangue. Rapidamente pulou em cima do que tinha sido derrubado pelo seu chute, usando a ponta do cajado para perfura-lo na garganta e fazer com que ele começasse a se engasgar com o próprio sangue.

Finalmente quatro deles tinham sido derrotados, sobrando apenas a mulher que estava presa no seu Hyoton. Com apenas um soco, utilizando toda sua força, fez com que uma das paredes criadas fosse destruída e rapidamente avançou na direção da mulher, a segurando pelo pescoço, enquanto voltava a prender o cajado na cintura para em seguida usar a mão esquerda para arrancar a máscara que a mesma usava.

-O que? - comentaria surpresa. Seu cérebro não conseguia acreditar no que estava vendo, não era possível que aquela menina fosse realmente quem ela parecia ser - Kiyoko? - perguntaria incrédula - o que você tá fazendo? Perdeu o juízo? - sua voz começava a ficar carregada de raiva, tinha deixado alguém ruim sair ilesa de uma situação que ela poderia ter morrido facilmente - Hiraku não vai gostar nada disso.

-Hiraku é um bosta e ele não tem que gostar de nada - após terminar de ouvir aquela frase, Nezuko a a socou com a mão esquerda, acertando-a na mandíbula e fazendo com que ela desmaiasse. Rapidamente a menina colocou Kiyoko no ombro e correu em direção a casa de Tatsuo, encontrando Hiraku na porta já à sua espera. Enquanto andava até ele, se concentrava para recuperar o chakra perdido e a vitalidade.

-Você está viva! - ele falaria sorrindo assim que a menina se aproximasse.

-E você duvidava disso? - perguntava intrigada - mas não tenho boas notícias - ao terminar de falar jogaria Kiyoko desacordada no chão, fazendo com que o rapaz arregalasse os olhos ao perceber do que aquilo se tratava. Nesse momento Nezuko desativaria o juinjutsu, fazendo com que as marcas pretas que cobriam seu corpo fossem se retraindo até sumir, sobrando apenas as três vírgulas em seu pescoço.

-Como assim? Eu não estou entendendo o que está acontecendo aqui… - sua voz estava carregada de um tom de surpresa e confusão.

-Primeiro a pegue no colo e vamos para sua casa, tenho muita coisa para descobrir com ela ainda - falava como se não se importasse com o que estava acontecendo ali. Sem hesitar, o rapaz colocou a irmã nos ombros e logo começou a andar em direção a sua casa junto a Nezuko.

Em poucos minutos eles foram capazes de alcançar o portão da casa verde e logo entraram. Hiraku colocou a irmã sentada em uma cadeira e Nezuko usou de seus fios de aço para prender suas mãos e pés, impossibilitando-a de fugir quando acordasse. O rapaz olhava aquilo tudo com tristeza no olhar, afinal o pouco tempo que tinha convivido com a menina foi o suficiente para entender que ela era fria e sanguinária e que aquilo ali não acabaria nada bem para Kiyoko.

-Como você pode ver, ela está junto com o grupo que sequestra os bebês - a Hyuuga começava a falar enquanto encarava o rapaz - eu sinto muito, porque ela é sua irmã, mais infelizmente ela foi a única que saiu viva la da praça e eu preciso de informações - suspirava ao terminar de falar.

Hiraku estava com os olhos cheios de lágrimas e logo começou a contar sobre a vida dos dois. Kiyoko não era sua irmã de sangue, ela tinha sido achada por ele na rua quando tinha apenas quatro anos de idade, com pena decidiu levá-la para casa e cuidar da mesma. Ela estava morrendo de fome, ele se lembrava como se aquilo tivesse acontecido no dia anterior, ela devorava a comida que ele tinha preparado para ela como se não comesse a semanas e ao tomar banho tinha ficado tão feliz que Hiraku não sabia expressar a felicidade que tinha sentido em ver aquela cena.

-Eu não acredito que ela virou esse tipo de pessoa - concluiria ao terminar de contar, as lágrimas começavam a escorrer pelas suas bochechas. Nezuko apenas observava sem expressar nenhum tipo de emoção.

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-Eu sinto muito, mesmo. Se você não quiser presenciar o que vai acontecer aqui, sugiro que vá dar uma volta - falaria se virando para a menina, enquanto também se concentrava em recuperar chakra e vitalidade.

-Eu… Eu vou continuar aqui - responderia após alguns segundos pensativo.

-Certo, mas depois não diga que eu não avisei e nem tente me impedir se não quiser se machucar ou até mesmo morrer - falaria pouco antes de começar a dar alguns tapas fortes no rosto da menina, incansavelmente, até que a mesma acordou ainda um pouco desnorteada.

-Onde… Onde eu tô? - perguntaria semicerrando os olhos enquanto olhava em volta. Sua visão estava bem turva e ela piscava algumas vezes para tentar fazer com que ela voltasse ao normal.

-Você está no seu pior pesadelo… - falaria enquanto retirava a chakura To da bolsa de armas novamente. Com seu doujutsu ativo observava Hiraku para caso ele decidisse impedi-la - você vai me dar algumas informações, Kiyoko.

-Nezuko - falaria com os olhos arregalados se lembrando do que tinha acontecido na praça, logo começou a tentar se soltar mas os fios de aço prendiam seus braços e pernas na cadeira - eu não vou falar nada pra você.

-Ah, mas você vai - a menina tinha um sorriso sádico nos lábios.

-Por favor, Kiyoko, fale tudo que ela quer saber - a voz de Hiraku pôde ser ouvida.

-Cala boca! Você é um inútil, não sei nem o que ta fazendo aqui - a menina gritaria com raiva. Nesse momento a Hyuuga passaria a arma para a mão esquerda e com a direita daria um soco no rosto da menina, fazendo com que o lábio da mesma fosse cortado e começasse a sangrar.

-Você não está em posição de ofender alguém, garota - a Tokubetsu a olharia nos olhos - para onde os bebês estão sendo levados?

-Não te interessa - após terminar de falar, cuspiria no rosto da Hyuuga que fechava os olhos e suspirava.

-Você que pediu - após abrir os olhos novamente cravaria a ponta da lâmina na coxa da menina, fazendo-a gritar de dor - vou perguntar denovo: para onde os bebês estão sendo levados? - lágrimas começavam a escorrer pelas bochechas da menina e a sua respiração começava a ficar ofegante.

-Eu já disse que não te interessa! - a expressão de dor era visível no rosto dela. Nezuko então rotacionou a lâmina ainda fincada na coxa da menina, fazendo-a gritar novamente - não adianta, eu não vou falar! - a Tokubetsu dessa vez tirava a lâmina de dentro da carne da menina e a fincava na outra coxa, provocando mais um grito.

Hiraku olhava tudo aquilo assustado enquanto chorava, ver sua pequena irmãzinha sofrer daquele jeito estava sendo uma cena traumatizante e desesperadora. Ele queria salvá-la, mas sabia que Nezuko não tinha dó e o mataria se fizesse, mas também o que adiantava salvar alguém que nutria tanta raiva por ele sem nenhum motivo? Tudo o que tinha feito foi tentar ajudá-la.

-Vamos Kiyoko, será que eu vou ter que começar a cortar os dedos? - perguntava fria enquanto rotacionava novamente a lâmina dentro da coxa da menina, fazendo com que ela gritasse mais uma vez. Nezuko não podia negar, no fundo estava gostando de ver a garota gritando daquele jeito.

-Pode cortar tudo que eu não vou contar - a menina chegava a suar, todo seu corpo tremia.

-Garota chata hein - a Hyuuga andaria para as costas da menina, se abaixando para poder ficar na altura da mão dela - poderia estar evitando isso, era só me falar o que eu quero saber - falava enquanto segurava o dedo indicador e aproximava a lâmina do mesmo - vou te dar uma última chance, para onde estão levando os bebês?

-Vai se fuder! - falaria com raiva. Nesse momento Nezuko cortaria lentamente o dedo da menina até que ele se separasse da mão, provocando mais gritos de dor. Nesse momento Hiraku decidiu sair, já não aguentava mais ver aquela cena.

A Hyuuga continuou arrancando os dedos da menina, um a um, enquanto ela continuava se negando a contar as informações que a Tokubetsu queria saber. Em alguns minutos cinco dedos já tinham sido cortados e uma poça de sangue tinha sido feita no chão embaixo da menina.

-Cansei dos dedos, acho que agora vou pro nariz - falaria tranquilamente enquanto levantava e andava para frente da menina, a encarando nos olhos - pronta pra perder o nariz também ou vai contar? - A menina não respondeu, apenas ficou calada encarando a Hyuuga por longos segundos até que a mesma começou a cortar seu nariz, provocando mais gritos. Antes que ela pudesse terminar, Kiyoko finalmente cedeu.

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-Ta bom! Eu conto, mas para, por favor - a lágrima escorria pela sua bochecha, se misturando com o sangue e pingando em sua roupa.

Nezuko começou a fazer as perguntas e toda vez que percebia que a menina pensava em não contar, ameaça a terminar de arrancar seu nariz e com isso ela ia passando todas as informações: os bebês estavam sendo levados para uma ilha no meio do mar, a 20km dali, em direção ao norte, eles precisavam deles vivos para fazer um sacrifício para invocar uma criatura que ela não sabia qual era, mas esse sacrifício seria feito no por do sol do dia seguinte, até lá todos os bebês estariam vivos e bem. Depois dessas informações ela jurava não saber mais de nada, pelo menos as coisas mais importantes a Hyuuga já tinha descoberto.

-Tem um presentinho pra você lá - Kiyoko falaria sorrindo - espero que você morra.

-Você não é mais útil pra mim - ao terminar de falar a menina enfiou a ponta da lâmina da Chakura To na garganta da menina, puxando a mesma para o lado, quase separando a cabeça do corpo, fazendo com que em poucos segundos ela estivesse morta.

Ao terminar o trabalho Nezuko saiu da casa, suas mãos e um pouco da roupa estavam sujas de sangue. No caminho ela limpou a lâmina da Chakura To na roupa e a guardou dentro da bolsa de armas. Em poucos segundos ela se encontrava com Hiraku que estava sentado no chão do lado de fora, ele a olhou com um semblante triste enquanto a mesma desativava o Byakugan.

-Kiyoko? - perguntaria com uma ponta de esperança.

-Está morta - responderia fria e logo observava o rapaz começar a chorar - foi melhor assim, uma vez do lado do mal sempre do lado do mal. Pelo menos agora temos a chance de salvar as crianças, eu soube que eles ficarão vivas até o pôr do sol mais tarde.

Ao ouvir a menina falar “mais tarde” o rapaz olhou pro céu e viu que o horizonte já começava a ficar mais claro, a madrugada já tinha passado e o sol começava a nascer, começando um novo dia. Ele permaneceu sentado por mais alguns minutos, deixando que as lágrimas escorressem pelo seu rosto, tentando fazer com que aquela tristeza fosse embora.

-Não temos tempo para lamentos agora, precisamos ir - a menina falaria após deixar que ele chorasse por alguns minutos - aquelas crianças precisam da gente.

-Certo - ele falaria enxugando as lágrimas com as próprias mãos enquanto se levantava - ela contou pra onde estão sendo levadas?

-Sim, para uma ilha ao norte daqui, vamos - falava enquanto começava a andar em direção ao porto do povoado, sendo capaz de alcançá-lo em poucos minutos de caminhada. Logo Hiraku a levou até o navio e juntos começaram a navegar em direção ao local que a menina tinha falado.

Os minutos foram se passando e logo viraram horas. O sol já tinha nascido por completo e aquecia levemente a dupla que procuravam atentos pela ilha no meio daquele grande mar. Após muita procura eles conseguiram ver ao longe uma ilha com algumas construções e para não deixar evidente que alguém se aproximava do local eles ancoraram o barco por ali mesmo e fizeram todo o caminho até a terra nadando. Sem se esforçar muito para que não ficassem cansados para o que teriam que fazer em seguida.

Ao se aproximarem o suficiente veriam um templo todo feito de pedra, sem janelas ou algum lugar que eles poderiam entrar, restando apenas a porta de entrada. Ao redor tinhas algumas construções também de pedra, onde provavelmente os bebês seriam colocados para serem sacrificados. No meio tinha um grande espaço livre com algumas inscrições que iam se ligando até as construções. Nezuko voltou a ativar o Byakugan e logo analisou o local. Aparentemente não tinham muitas pessoas ali, provavelmente estavam a procura dos bebês que faltavam para completar o ritual.

Eles saíram da água e procuraram se esconder em uma das construções enquanto a Hyuuga procurava pelo local onde as crianças estavam sendo mantidas, após alguns minutos foi capaz de achá-las escondidas dentro de uma sala no templo. Continuou a olhar em volta e não pôde acreditar no que estava vendo, teria que ir ver se aquilo era real ou se seus olhos estavam lhe pregando peças.

-Não tem jeito, elas estão dentro do templo, vamos ter que entrar - falaria sussurrando para que apenas o rapaz conseguisse ouvi-la - e tem uma pessoa aqui que eu achei já ter matado… - após terminar de falar a menina começou a andar agachada por entre as construções tentando não fazer barulho, indo em direção a porta do templo. Com seu Byakugan ela observava o lado de dentro, buscando o momento que estariam longe da porta para que ela pudesse entrar. Hiraku a seguia, fazendo exatamente o que a menina fazia.

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Quando teve a oportunidade certa eles entraram, sempre se atentando em não fazer barulho e foram se esgueirando pelos móveis e paredes que tinham do lado de dentro. Ao chegar perto o suficiente do grande homem, confirmou que era realmente Smoke, mas ele estava diferente; uma chapa de metal estava presa em seu pescoço tapando a parte que a menina tinha cortado. Seus olhos estavam totalmente negros e suas veias saltavam do corpo, deixando visíveis os caminhos pretos que elas faziam.

“Tenho que acabar logo com isso”, a menina pensava enquanto permanecia parada escondida atrás de uma parede, observando o grupo que falava uma língua esquisita que ela não conseguia entender - vou começar o meu trabalho, você vai até o quarto das crianças, não tem ninguém lá. Veja se estão bem e dê o seu máximo para protegê-las - falaria sussurrando perto do ouvido do rapaz, tomando cuidado para que sua voz não saísse muito alto.

Após terminar de falar, a menina tirou o cajado preso na sua cintura e saiu de trás da parede, indo em direção ao centro do local. Logo ela bateu o cajado no chão, fazendo o som ecoar pelo templo, e logo o direcionou enquanto para frente enquanto indundia chakra no mesmo, fazendo com que uma trilha de gelo fosse criada e ao chegar próximo o suficiente deles, dois espinhos de um metro e meio surgiriam, perfurando o corpo de dois dos integrantes da seita, errando Smoke por alguns centímetros. Os que sobraram vivos logo se viraram em direção a menina. Smoke abriu um sorriso maldoso, ele agora tinha sete espadas presas em sua cintura.

-Parece que é hoje que eu terei minha revanche - a voz dele estava esquisita, como se duas pessoas falassem ao mesmo tempo.

-E vai perder denovo - a menina responderia ativando a segunda transformação do juinjutsu fazendo com que seu corpo sofresse toda a transformação corporal que vinha junto a habilidade, inclusive as duas asas em forma de garras.

Smoke tirou duas espadas da cintura, segurando uma com cada mão, em seguida as outras começaram a levitar a sua volta, fazendo com que a menina se surpreendesse, afinal ele não tinha mostrado isso na última luta. Logo ele começou a correr em direção a ela, parecia que ele tinha aprendido a não subestimá-la. Rapidamente Nezuko retirou a espada preta que estava presa nas costas e esperou que ele chegasse a dois metros de distância, e quando ele o fez, ela bateu o cajado no chão, fazendo com que gelo fosse criado em volta dos pés do mesmo, deixando-o preso. Nesse momento a Hyuuga avançaria em direção a ele, na tentativa de golpeá-lo com a espada no peito, mas duas de suas espadas foram em direção à mão da menina, defendendo o ataque e fazendo com que sua espada voasse longe.

-Você não é habilidosa com espadas para que possa usá-la contra mim - Smoke falava tentando provocá-la.

-Realmente, isso eu admito, mas você continua sendo mais fraco que eu - ao terminar de falar a menina largou o cajado no chão e visualizando o círculo de oito trigramas no chão, tendo o inimigo dentro, começou a golpeá-lo por todo o corpo, acertando-o com 64 golpes que enviavam uma certa quantidade de chakra até os tenketsus dele, fechando-os. Ao terminar daria um golpe rápido e preciso com a palma da mão no lado esquerdo do peito do mesmo, visando causar danos no coração.

Com os seguidos golpes que havia sofrido, Smoke não conseguia se mexer direito e perdeu o controle de suas espadas e elas caíram no chão, fazendo com que o barulho do metal chocando com o chão de pedra ecoasse por todo o local. Se aproveitando daquele momento, Nezuko pegou a chakura to dentro da bolsa de armas e, concentrando chakra fuuton na mesma, golpearia o pescoço de Smoke, arrancando a cabeça do mesmo e fazendo com que seu corpo caísse novamente sem vida no chão.

Nesse momento os outros quatro integrantes da seita que sobraram começaram a correr em direção a menina que logo correu até o cajado e ao pegá-lo logo infundiu chakra no objeto, criando algumas shurikens de gelo e rapidamente as enviou em direção a eles. Um deles, o que parecia ser o mais fraco, foi pego de surpresa e uma shuriken o acertou no pescoço, fazendo com que ele começasse a se engasgar com o próprio sangue e caísse no chão tentando respirar.

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Os outros três começaram a tecer selos e logo três dragões de água foram expelidos pela boca deles, indo em alta velocidade na direção da menina. Rapidamente ela manipulou o ar à sua volta e criou duas redomas de fuuton, uma dentro da outra, à sua volta para poder se defender dos dragões. Tento conseguido, ela emitiria chakra fuuton na ponta dos dedos e materializaria uma lâmina quase invisível, em seguida lançaria a lâmina na direção do inimigo do meio, tentando fazer com que ela atravessasse o seu pescoço.

Assim que a lâmina de fuuton atravessasse o pescoço do inimigo, os dois restantes teciam alguns selos e logo duas orbes de água seriam criadas, delas sairiam vários chicotes de água que foram em direção a menina, cercando-a por todos os lados. Sem pensar duas vezes, Nezuko começou a expelir chakra de todos os tenketsus enquanto começava a girar, criando uma barreira giratória que a defendia dos ataques, continuando a girar até que tivesse sido completamente defendida.

Ao terminar de se defender manipularia o ar a sua volta para criar quatro espinhos de um metro cada, em seguida os lançou em direção ao inimigos que não conseguiram se defender, tendo seus corpos perfurados e caindo no chão. Logo a menina pôde perceber um homem se aproximando da porta. “Mais um?”, pensaria suspirando desapontada, achava que já teria acabado por ali, mas ainda tinha mais um inimigo com quem lidar.

O homem chutou a porta, derrubando-a e logo entrou encarando a menina. Ele tinha os cabelos bem curtos e loiros, suas roupas eram cinzas e ele também carregava um cordão com uma cruz no pescoço. Tinha sorriso maldoso no rosto e segurava duas espadas, uma em cada mão. Ele passava uma sensação de loucura e logo começou a rir descontrolado, seu corpo começou a crescer como se fosse explodir.

-Em nome de Kurāken, eu sacrifico minha vida para que você perca a sua! - após terminar de falar ele começou a correr em direção a menina enquanto seu corpo inchava cada vez mais. Com seu Byakugan a menina conseguia ver o montante de chakra crescendo cada vez mais em todas as partes do corpo do homem.

Rapidamente Nezuko manipulou o ar em volta para criar duas barreiras de fuuton à sua volta, tendo o tamanho de quinze metros, com a menina a 5 metros da parte da frente. A menina via o corpo do homem começar a criar buracos e o chakra começar a sair e logo ele explodiu, causando uma grande explosão de chakra que começou a abalar as estruturas do templo. Ao perceber que apenas suas barreiras de fuuton não iam dar conta, começou a expelir chakra dos tenketsus de seu corpo novamente enquanto girava, criando uma barreira rotativa e continuaria girando até a explosão ter acabado.

Por sorte a menina estava em frente ao local que os bebês estavam e sua barreira foi capaz de fazer com que a explosão não chegasse tão forte lá, tendo força apenas para quebrar a parede que separava o quarto do cômodo principal. Assim que o ataque parou, o teto começou a cair a menina rapidamente correu até o quarto, pronta para defender as crianças e seu novo amigo de qualquer coisa que pudesse cair em cima deles, mas parecia que o local estava firme, diferente do restante.

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Quando os destroços terminaram de cair, as únicas coisas que restavam era uma grande nuvem de poeira e alguns pedaços de parede ainda de pé, além do cômodo que eles se encontravam. Ao ter certeza que nada mais iria desmoronar, a menina virou para Hiraku que olhava assustado para aquilo tudo.

-Acabou - abriria um sorriso para tentar tranquilizá-lo - pelo menos hoje, talvez tenham mais alguns deles espalhados por aí, mas isso é trabalho para outro dia - enquanto falava olhava para os bebês que começavam a chorar.

-O que faremos com eles? - Hiraku perguntaria após alguns segundos de reflexão.

-São muitas crianças né? Vamos ter que levar todas para o povoado, mandar uma carta para Kiri e esperar por ajuda, eles vão saber devolver todos para suas respectivas famílias - falaria se abaixando perto de uma bebê e o pegando no colo, tentando fazer com que ele parasse de chorar - vai lá buscar o barco, por favor. Eu cuido deles.

Hiraku saiu correndo na direção do mar e logo começou a nadar em direção ao barco. Nezuko começou a andar pelo local com a criança no colo até que ela parou e enfim a menina a colocou no bercinho, pegando outra em seguida que também chorava. No total eram 14 crianças e metade delas chorava enquanto a outra metade dormia. A hyuuga pega uma por uma até que finalmente conseguisse fazer com que todas parassem de chorar. Enquanto andava por cima dos destroços com o último bebê no colo, viu um livro com a capa preta e alguma frase entalhada em ouro, mas ela não conseguia saber o que estava escrito, era algum idioma desconhecido. Sem nem pensar ela pegou o objeto e ficou segurando-o, depois tentaria obter informações sobre aquilo.

Poucos minutos depois Hiraku ancorava o barco na beira da ilha e descia uma rampa para que pudessem subir com os bebês. Rapidamente os dois foram subindo com os berços e as crianças pro navio e quando todos estavam dentro, subiram a âncora e começaram a viajar de volta para o povoado. Nezuko abriu o livro e, assim como na capa, ele era totalmente escrito em um idiota desconhecido.

Enquanto ia passando as páginas viu o desenho de um enorme monstro, suas mãos pareciam com as de um caranguejo e ele tinha várias pernas, lembrando um polvo. Ao comparar com a figura de um barco desenhada próximo a ele, a Hyuuga teve noção do quão grande ele era. “Eles queriam invocar esse bicho? Mas com qual finalidade?”, se perguntava enquanto andava em direção a Hiraku.


-Você sabe que bicho é esse? - perguntava mostrando o livro para o rapaz.

-É um kraken - ele falaria surpreso com aquilo - prometo te contar essa história outro dia.

A Hyuuga estava cansada, não pensava em discutir sobre aquilo naquele momento, então apenas aceitou a resposta do rapaz e foi para dentro ver como os bebês estavam. Uma hora depois eles chegaram no povoado e os cidadãos ao verem que eles tinham conseguido encontrar as crianças, começaram a festejar. Nezuko rapidamente mandou uma carta para Kirigakure, explicando a situação e pedindo reforços para que as crianças pudessem ser devolvidas aos seus pais.

O atendente do bar rapidamente abriu caminho entre a multidão, desesperado para saber se o seu filho estava bem. Rapidamente ele olhou de criança em criança até que se deparou com seu pequeno e o pegou no colo, começando a chorar enquanto andança na direção da Hyuuga.

-Você achou o meu filho! - ele tinha um sorriso no rosto - muito obrigado mesmo.. eu… nem sei o que fazer em troca.

-Não precisa fazer nada, apenas vá para casa dar essa notícia a sua esposa. Isso já me deixa feliz - assim que a menina terminou de falar, inesperadamente, o rapaz a abraçou bem forte, naquele abraço ela podia sentir toda a gratidão que ele tinha.

Demorou algumas horas até que os shinobis de Kiri chegassem para poder devolver as crianças aos pais. Nezuko achou que iria junto, mais logo foi dispensada por um superior e voltou para a vila, passando no quartel para deixar seu relatório e indo para pousada onde estava hospedada.

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