Poucas horas após a batalha contra Aokiji, teria sido redirecionado por Nezuko até um quarto próximo ao dela, aonde eu ficaria até que me ajustasse devidamente. Minutos a frente me veria deitado na cama, olhando para o teto, bastante pensativo. — Preciso achar uma forma de trazer Saori até aqui. Mas primeiro me adaptar a esse novo ambiente e nova vida. — Falaria sozinho. Com essas dúvidas em mente eu trataria de tomar banho para relaxar do cansaço pós-luta pois ainda não havia tido a oportunidade para tal. Não tinha outra roupa para colocar então vestiria a mesma de antes. Certamente eu procuraria. Enfim, pegaria no sono.

Dias e dias se passaram, e fui me adaptando e me encontrando aos poucos à Kirigakure no Sato. Ecossistema, cultura, bioma e etc seriam coisas que estaria me acostumando com o tempo. Ainda tinha o problema de aguardar o Mizukage chegar para me firmar como um ninja da vila de fato. Num fatídico dia, enquanto tomava café, escutaria uma conversa rotineira entre civis falando sobre crianças sequestradas da vila por Nukennin's. Apesar de eu não ser fofoqueiro, o tom de voz deles não ajudou muito para que eu não percebesse a conversa. De qualquer forma, teria me interessado no assunto, escutando os locais aonde tinha maior incidência dos desaparecimentos com atenção e afins, levemente surpreso por Kirigakure ainda não ter mobilizado ninjas para cumprir esta tarefa. Ou talvez tenha... enfim.

No cair da noite e arredores de Kiri, me posicionaria acima de uma casa, olhando atentamente para baixo a espera de algo acontecer. Era um dos locais dos boatos onde disseram ser os últimos paradeiros das crianças. Não tardaria até perceber uma movimentação estranha. Uma criança chegaria, o que me fez fitá-la com mais atenção. Ela parecia preocupada, olhando ao seu redor aparentando ver se não tinha ninguém olhando. De repente, uma pessoa estranha chegaria com ambas as mãos no bolso, e começaria a falar com ela. Podia perceber nele um colete característico dos shinobis, além da bandana de Kiri. Pela distância não conseguiria ouvir do que se tratava, mas pude notar o homem entregando alguma coisa para a criança, que parecia consumir o "negócio" e reagir de uma forma incomum, como se estivesse mais bestial ou coisa parecida. Depois, ela apagaria, e o homem rapidamente fazia um movimento de que iria carregá-la e levá-la para algum lugar. Eu interromperia sua ação, saltando até lá em baixo.

— Vendendo drogas para crianças. Você não tem vergonha de si mesmo, verme? — Bradaria a ele com um tom raivoso, ativando meu Sharingan instintivamente enquanto via ele suando e tremendo de medo pois não parecia esperar minha aparição. Andaria à passos largos em direção a ele, que avançaria contra mim, apenas para ser previsto com facilidade e imobilizado, tendo ambos seus braços quebrados por mim, sem pena alguma e o derrubando no chão. Pegaria sua cabeça com raiva, e forçaria contato visual, roubando informações sobre para quem ele trabalha e afins, aplicando um Genjutsu após bastante doloroso que duraria até que alguém o encontrasse. Daria um jeito de atrair atenção até essa vala para que encontrassem o corpo da criança que eu teria checado se está viva — felizmente sim — e o do criminoso, em transe pelos efeitos do Genjutsu: Sharingan. Após, partiria, em busca das crianças.

Um pouco distante dos portões da vila mas ainda nos arredores de Kirigakure, chegaria numa grande casa cercado por um ambiente deserto. — Ótimo lugar para um esconderijo, acredito. — Balbuciaria, ainda com o Sharingan ativo, procurando por possíveis armadilhas na entrada. Felizmente, não havia alguma visível; no entanto, podia notar dois guardas com grandes lanças na porta da frente. Eu simplesmente andaria em direção a eles com as mãos nos bolsos. Não queria uma abordagem furtiva, mas sim resolver da forma mais rápida possível. Eles tentariam me repelir, mas por eu continuar a andar iriam tentar me atacar, apenas para eu controlar ambos fitando-os com meu Dojutsu, fazendo se atacarem violentamente, e passando sem maiores empecilhos.

Entrando, veria uma grande quantidade de pessoas juntas no que parecia ser o salão principal, aparentando ser a organização criminosa responsável pelos sequestros; não podia notar, porém, alguém que aparentasse ser uma figura de liderança dentro do grupo. — Procuro o líder de vocês. Poderiam me dizer na educação? Ou terei que fazê-los dizer na base da ação? — Indagaria num tom que ecoaria por todas as paredes daquele ambiente específico, só para ser encarado e zoado pelos criminosos, que possuíam a maioria bandanas de Kirigakure e estavam com cheiro de droga, muita droga. — Kakakakaka. Você é muito corajoso de vir até aqui e dizer isso para nós, branquelo. Não gostamos de abordagens muito barulhentas como matar alguém, mas por ter descoberto nosso esquema, não poderemos permitir que viva. — Bradaria um dos vilões com um sorriso bastante cínico no rosto enquanto fumava um charuto. De repente, todos se levantavam, empunhando armas, estralando suas articulações, enfim. Um combate certamente seria travado ali.

Eu não estava afim de perder tempo, então simplesmente ativaria o Kokuangyo no Jutsu para cegar todos no local. Em poucos instantes veria eles atacando um ao outro e se matando. Como eu não queria perder tempo vendo o massacre, partiria para uma das portas na parte de trás do hall que eu conseguira ver de longe. Adentrando lá, vi um homem careca contando dinheiro com as pernas em cima da mesa, protegido por dois homens robustos. Aplicaria um Genjutsu através do contato visual e os desmaiaria, enquanto andaria até o "Chefão" para ter uma conversa com ele.

— Você é forte para chegar até aqui. Acredito que veio aqui em busca de trabalho. Quanto quer pra trabalhar pra mim? Preciso que sequestre crianças. O chefe nos forneceu uma droga especial e pediu para vendermos para elas antes que nós a entregássemos para ele. A gente ganha uma bolada por algo simples ass... — Antes que ele terminasse de falar, daria um soco na sua cara, efetivamente o derrubando de sua cadeira. Seguidamente, o pegaria pelo pescoço e levantaria, forçando um contato visual em busca de roubar informações, sem sucesso. Por algum motivo, há um bloqueio na mente dele que me impede de acessar suas memórias. Por não esperar esse empecilho, apenas aplicaria o Magen: Kasegui no Jutsu enquanto diria: — Nunca mais venda drogas para crianças. Se eu descobrir que voltou, vou atrás de você e matar todas as pessoas que ama. — Finalizaria, fitando-o com um olhar sanguinário e sério. Em seguida, o largaria no chão enquanto sofria os efeitos da tortura.

Seguidamente, procuraria pelas crianças, as encontrando com sucesso e libertando-as uma-a-uma e pedindo para que fugissem de olhos fechados e nariz tapado para não verem os criminosos mortos e nem sentirem seus cheiros. Em outro ambiente encontraria o que parecia ser um carregamento de drogas. Com um Katon básico, queimaria algumas no alcance do jutsu de chamas. O espalhamento do fogo trataria de queimar as drogas restantes, criando uma fumaça absurda que seria perfeitamente visível além do teto aberto do local, chamando bastante atenção. Quando percebesse que ninjas estavam chegando, sairia do local à toda velocidade. No entanto, as crianças teriam testemunhado sobre um "Garoto de cabelos pretos, terno e uma faixa na testa" que as salvou, além de um dos ninjas que chegaram ter me visto saindo mesmo que eu não quisesse ser notado.

No dia seguinte, já de volta a pousada e descansando, algo ou alguém teria batido na minha porta. Quando abri, não vi ninguém, mas uma carta endereçada. Lendo-a, dizia sobre agradecer por desmantelar a organização criminosa que estavam a procura e pela ajuda em salvar as crianças. Além disso, a carta alega que receberei alguns ganhos para que consiga manter minha vida em Kirigakure. Obviamente, dinheiro, que realmente seriam de grande utilidade para eu comprar uma moradia e não viver às custas de Nezuko. — Parece que não consegui não chamar atenção. — Finalizaria, sorrindo. Em seguida, iria me deslocar até um restaurante próximo. Estava com fome, e com o dinheiro recebido trataria de ter uma boa refeição.


— Está me dizendo que uma única pessoa acabou com todos vocês, inúteis? — Indagara uma figura imponente a um homem bastante ferido que parecia ter acabado de sair de um combate. — Ch-che-chefe, e-eu p-po-posso e-ex-explicar... ele era muito forte, tinha olhos vermelhos com pigmentação estranha e acabou com a ge... — Seu pescoço seria cortado antes mesmo de falar. — Limpem esse lixo daqui. Procurem pelo Uchiha e matem-no. — Ordenaria a figura limpando suas mãos, enquanto seus súditos pareciam se mobilizar para cumprir a tarefa. — Não posso deixar que ele acabe com meus negócios. — Finalizaria, olhando para diversos frascos que pareciam ser... experimentos?

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