Ainda que fosse de madrugada, alguns jovens se encontravam em alguns grupos na praça de Konoha, curtindo a vida como se não houvesse amanhã. Entre aqueles grupos de jovens, Nathaniel Grey conhecia alguns, mas não tinha mais contato com nenhum deles. Aquela vida de farra e de buscar a validação de outras pessoas tinha ficado para trás. Agora o jovem Tokujo tinha outros objetivos, que passava bem longe daquele estilo de vida. Era por isso que quando Nate passava, tudo o que o rapaz fazia era dar uma breve olhada para a praça, seguindo o seu caminho em direção aos Portões de Konoha, onde algumas pessoas lhe esperavam.

Porém, ao virar o rosto, ele não percebeu que o seu rosto era notado por uma daquelas pessoas. A pessoa em questão viu Nathaniel caminhando sozinho, distante de tudo e de todos, com o rosto reto, focado em seu objetivo, quando uma leve brisa bateu sobre o seu corpo, balançando o seu cabelo. Ao ver o Grey tão determinado daquele jeito, a moça acabou sentindo as mãos tremerem, e as memórias de culpa e arrependimento vinham a sua mente. Ela comparava Nathaniel com as pessoas ao seu redor, enxergando-o como alguém de fora daquela bola. Parecia que o rapaz estava muito além daquilo tudo... Até que ele sumiu da vista.

Nathaniel chegou nos portões de Konoha e logo deu de cara com Ryuuzaki, que estava com uma bagagem nas costas, sua tia Masako, que parecia uma irmã ou prima do ruivo, e também Soichiro, que mais parecia um mendigo com aquelas roupas maltrapilhas, carregando uma mochila grande. Logo que se aproximou do trio, todos prestaram atenção nele, afinal o mesmo tinha uma coisa muito importante para dizer. Imediatamente, o jovem Grey tirou uma carta da sua jaqueta preta, abrindo-a e mostrando-a para Ryuuzaki, que estava mais próximo e poderia reconhecer a letra.

── Kimiko enviou essa carta para mim, mas ela chegou direto na minha casa, sem passar na Agência. Ela disse que ela e o River encontraram evidências dos caras que estão fabricando a V-49. ─ comentou Nathaniel. ─ O problema é que eles não dizem onde estão, ou como poderemos fazer contato com eles, o que torna a nossa operação muito mais complicada. ─ Nate viu Ryuuzaki entregar a carta para Soichiro, que lia de má vontade.  ─ Bom trabalho, Elfo! Eu sei onde aqueles dois podem estar escondidos. Deixei instruções para que eles se escondessem em lugares não muito distantes, dando a ilusão de que estariam bem longe daqui, quando na verdade, eles estariam bem próximos. Vamos! ─ chamou Ryuuzaki, conseguindo convencer os chuunins dos portões a liberá-los.

[...] O grupo seguiu para a direção Norte durante trinta minutos de corrida. Eles montaram acampamento na floresta rapidamente, e acenderam uma fogueira. Serviram-se de alguns pedaços de doces, enquanto Ryuuzaki se prontificava a fazer a ronda a noite toda, já que tinha passado os últimoas dias dormindo e não queria passar nem mais um minuto de olhos fechados. Nathaniel, Soichiro e Masako então dormiram, com Nate ficando do lado de fora mesmo, observando as estrelas. Não estava fazendo tanta questão de dormir numa barraca como Soichiro e Masako.


No dia seguinte, os quatro sairam para procurar o esconderijo de River e Kimiko na floresta. Eles permaneciam juntos, para o caso de acabarem sendo pegos em algum tipo de armadilha ou fossem atacados por algum animal silvestre. Aquela floresta era bem densa e muito fácil de se perder, por isso todo cuidado era pouco. Nathaniel permanecia tenso, mas não tinha tanto medo quanto Soichiro, que se assustava até mesmo com o barulho dos pássaros passando pelas folhas, dando gritos de pavor. Seu medo repentino fazia Masako revirar os olhos.

── Grite mais alto, seu idiota, pois não te escutaram de Amegakure! ─ falou Ryuuzaki com ironia, olhando atrás das árvores. ─ Eu prometo uma coisa a você, Ryuuzaki: EU NUNCA MAIS VOU COM VOCÊ PARA LUGAR NENHUM! Você sempre coloca a gente em furada, SEMPRE! ── gritou Soichiro, sentindo as pernas tremerem, começando uma discussão com o ruivo, enquanto Masako tentava colocar linha nos dois. De repente, Nathaniel sentiu um forte arrepio, como se tivesse sentido algo do nada. Não era algo comum, e sim uma força assombrosa, as 2 horas em seu "relógio". Seu olhar se virou para o local rapidamente.


── ACHEI ALGO! ─ gritou Nathaniel, pegando duas kunais e lançando-as em direção ao alvo. Por sorte, tudo o que acertava era o tronco de uma árvore onde havia sentido aquela energia estranha. Ryuuzaki, Masako e Soichiro se viraram na direção do local na hora, se preparando para lutarem. Foi quando Kimiko e River sairam de trás das árvores, com as duas mãos para cima, trazendo alívio para todos. ─ Ei, serr nós! Não atacarr a gente! ─ pediu River. ─ Petit Nate, sabia que eu enviarr a carta para pessoa certa! ─ o loiro, outrora arrogante e distante, agora abraçava Nathaniel. Todos olharam para aquele gesto confuso, até que Kimiko usou o seu caderno para escrever algo, mostrando para eles.

O grupo acabou seguindo Kimiko e River pela floresta, chegando até uma casa de madeira que parecia estar abandonada a vários anos, ainda que estivesse minimamente conservada. As folhas das árvores cobriam o céu, fazendo com que o local ficasse um pouco mais escuro. Eles andavam em uma fila indiana, até que River abriu a porta e deu passagem para todos entrarem. A casa, do lado de dentro, estava mais arrumada: tinha sofás, um rádio e uma cozinha, além de alguns outros móveis.

── Que lugar é esse? ─ questionou Nathaniel, sentando-se em uma cadeira que tinha ali, observando todo o ambiente com atenção. ─ Aqui serr a casa de pais de Kimiko. Eles viver aqui porr muito tempo, até... ─ ele iria completar a frase, até que olhou para Kimiko, que virou o rosto para o lado. ─ Ah, Petit Nate, se me permite perguntarr... Como foi que conseguirr nos acharr? Nós estarr muito bem escondidos atrás de árvores. ─ questionou River, o que gerou a curiosidade de alguns ali. ─ Eu... Sei lá, eu senti algo vindo de onde vocês estavam. Sei lá, uma energia, uma vibração, um... ─ Nathaniel tentou explicar, até que Masako e Ryuuzaki trocaram olhares. ─ Você conseguiu sentir o chakra de um deles. Provavelmente o da azulada. Ela tem uma energia muito poderosa. É, Elfo, então você pode ser um ninja sensorial. ─ comentou Ryuuzaki, ficando alegre com isso.

Nathaniel não compreendia muito bem como tinha conseguido realizar algo daquele tipo, parecia algo de momento. Sequer sabia controlar aquilo, então se pedissem para que ele fizesse novamente, certamente falharia em seu desafio. ─ Então é isso? Eu sou um sensor? O que seria exatamente isso? ─ questionou-se mentalmente.


─ Dá para ver que o Nate não sabe o que é isso, Ryuuzaki. Bom, rapaz, um ninja sensorial é capaz de sentir o chakra de outras pessoas ao seu redor. Você pode estar em uma sala escura, e ainda assim poderia sentir o chakra dessas pessoas, seja elas se aproximando de você ou simplesmente fugindo. Ninjas rastreadores possuem essa habilidade e as utilizam para encontrar pessoas desaparecidas, e até mesmo Nukenins. Você possui um grande trunfo em suas mãos, só precisará aprender como utilizar isso. ─ explicou Masako, sentada no sofá ao lado de Ryuuzaki, vendo Soichiro babar com os olhos vidrados enquanto explicava, virando o rosto enojada. ─ Tá, e como eu faço isso exatamente? ─ o Grey ficou curioso.

─ Eu talvez poderr ajudarr Petit Nate. Meu tio serr do clã Yamanaka e sabia muitas coisas sobre isso. Pena eu não terr aprendido nada, mas poderr ajudar o Elfo. ─ River avisou, o que gerava uma certa tranquilidade no grupo. ─ Tudo bem, River, mas agora fala, o que descobriram sobre os Vipers? ─ questionou Ryuuzaki, cruzando os braços, deixando todos curiosos. ─ Eles estarr em todas as partes. Nós terr visto um grupo de caras perto da ponte próxima, onde eles trocarr grande carga por grandes maletas de dinheiro. Um deles terr uma máscara no rosto. Talvez ser o líder deles. ─ explicou o jovem loiro. - E vocês não tentaram paular os caras? Porra, vocês são gatos moles demais. ─ Soichiro falou com desdém.

── Eles estavam sozinhos, contra um grupo desconhecido, Soichiro. Atacá-los do nada não era a melhor opção. Imagina se eles são pegos ou descobertos? O melhor forem ter espionado eles de longe, pelo menos agora temos uma referência sobre eles. Não é? ─ ele olhou para Ryuuzaki, que concordou. ─ O garoto é bem inteligente. ─ elogiou Masako, fazendo Ryuuzaki revirar os olhos. Nathaniel, por outro lado, olhou para ela rapidamente, depois virou-se para River. ─ Preciso que me ensine tudo o que sabe sobre sentir o chakra das pessoas. ─ pediu.

Já era noite, quando Nathianiel e River ficaram na sala de estar, sentados no chão com as pernas flexionadas, enquanto Kimiko ficava sentada no sofá observando os dois com a cabeça encostada no braço, um pouco entediada. Para o Grey, aquilo não poderia ser pior: fazia alguns dias que tinha passado por um treinamento parecido com aquele, e tinha odiado cada segundo. Mas River garantia que aquele treino seria bem diferente do que ele estava pensando, o que não garantia em nada de que seria algo benéfico.

── Você precisarr sentirr a energia de pessoas aqui dentro, Petit Nate. Precisa fecharr os olhos e tentarr sentirr isso. Por isso eu irei vendarr você. ─ avisou o loiro, deixando Nathaniel ainda mais impaciente. River pegou um pedaço de pano preto e vendou os olhos de Nate, que acabou não enxergando mais nada a partir dali. Então foi instruído a tentar sentir os chakras das pessoas que estavam dentro daquela casa, mas mesmo que fechasse os olhos e tentasse visualizar aquilo, era algo que lhe parecia praticamente impossível. Aliás, como ele poderia reproduzir novamente algo que ele fez sem ao menos querer? Depois de uns trinta minutos tentando sentir o chakra das pessoas ali, Nathaniel acabou se cansando.

── Olha, dá pra tirar essa porra de venda dos meus olhos? Eu não estou conseguindo fazer essa merda não! ─ reclamou, tirando ele mesmo a venda de seus olhos, jogando-a no chão e se levantando irritado. ─ Talvez tenha sido um acidente, e eu não sou sensor merda nenhuma. E agora eu estou com fome. ─ disse indo para a cozinha, onde Masako colocava alguns pratos em cima da mesa. River apenas deu de ombros, acreditando nas palavras de Nathaniel.

Depois de jantarem, River e Kimiko contavam mais detalhes sobre o encontro do grupo conhecido como "Vipers" com alguns comerciantes. Eles revelavam que alguns dos compradores carregavam bandanas de Konoha, tendo memorizado alguns dos rostos, pois eles eram policiais da vila. ─ Isso vai ser bem útil, afinal de contas. ─ revelou Ryuuzaki, olhando para Nathaniel. ─ Talvez algum deles dedure o seu irmão em troca de algum conforto ou liberdade. ─ sugeriu, o que fez Nate pensar no assunto, até mesmo cruzando os braços. ─ O que vai acontecer quando pegarem esses caras, hein? ─ questionou Masako, curiosa sobre os assuntos do sobrinho.

── Chegamos até o Kiyoshi, matamos o filho da puta, depois prendemos o irmão do Elfo, e aí todos nós teremos um momento de felicidade em nossas vinganças pessoais. ─ sussurrou. ─ E recuperamos a honra de vocês. Até a do Soichiro. ─ Nathaniel se apressou em adicionar mais uma vantagem para o fim daquela operação, o que deixou Soichiro animado, mas Ryuuzaki reagiu com um certo desdém. ─ Sabe, Elfo... Acho que isso, no final das contas, não vai ser possível. ─ disse depois do quarto copo de sakê. ─ NÃO!? Como assim!? Você me prometeu, moleque! ─ Soichiro olhou para Nate, que não sabia como reagir.

─ Não leve para o lado pessoal, Soichiro, mas só existe uma única chance de causarmos uma boa impressão. Acha mesmo que vão nos perdoar por isso? As pessoas que estamos enfrentando tem muito poder e influência. Eles nunca vão reconhecer os nossos feitos. ─ disse Ryuuzaki, o que deixou Soichiro irritado a ponto de começar a xingar todo mundo, acusando-os de usá-lo. Nathaniel ficou nervoso com toda aquela situação, afinal tinha se prontificado em recuperar a honra de Soichiro em troca de sua ajuda no passado, ainda que os conhecimentos obtidos por ele não lhe fossem mais úteis. De repente, um arrepio tomou conta do seu corpo, fazendo com que o Grey se levantasse da cadeira e batesse na mesa. ─ Calem-se! ─ olhou para trás. ─ Acho que tem alguém lá fora. ─ e ele, de certa forma, estava certo, pois Kimiko se levantou também, levando o dedo indicador ao ouvido, indicando que estava escutando algo.

O grupo inteiro foi para o lado de fora procurar por vestígios do possível inimigo que poderia estar na espreita esperando para atacá-los. Quando chegaram no local, porém, acabaram não vendo ou ouvindo nada. Kimiko, que tinha a audição apurada de uma Hattori, nada podia ouvir. Todos ficavam apreensivos, tanto que acabavam puxando kunais imediatamente, prontos para se defenderem. Foi quando Kimiko ouviu o barulho de galhos de árvore sendo pisados, lançando a kunai na direção de onde tinha ouvido, fazendo com que um borrão negro se movesse no céu, não sendo atingido.

Enquanto isso, Nathaniel tentou se concentrar, pois claramente havia sentido o chakra de alguém. Se era realmente capaz de fazer isso, era difícil saber, mas precisava tentar. Ryuuzaki realizou selos manuais rapidamente, lançando uma bola de fogo na direção do vulto no céu, mas acabou não conseguindo acertá-lo. ― Será que tem mais alguém na espreita? Será que estamos sendo atacados? ― quis saber, fechando os olhos e tentando sentir a energia das pessoas ali. Antes, quando tudo parecia calmo, as coisas eram aparentemente mais fáceis, mas aquilo era uma questão de vida ou morte.

Todo mundo, de alguma forma, tentava atacar o fugitivo, mas ele ficava andando em círculos, na intenção de confundir os ninjas, deixando todos eles putos. ― FILHO DA PUTA DESGRAÇADO! ― gritou Ryuuzaki, enquanto Soichiro pulou na direção do vulto que andava entre as folhas, levando uma rajada de vento contra o seu corpo que o fazia cair de bunda no chão. Os olhos de Nathaniel permaneciam fechados, pois sabia (ou imaginava) que estava sendo protegido pelos seus companheiros. Foi quando ele sentiu um forte arrepio, o que o fez arregalar os olhos. Estava certo daquilo? Havia sentido o chakra de outras pessoas? Não tinha como saber realmente.

── Precisamos dar o fora daqui imediatamente! ― disse o Grey, concentrando energia em seus olhos, seguindo o cara brincalhão com as suas orbes e disparando um feixe de plasma dos olhos, cortando uma árvore ao meio, justamente aquela para o qual ele pretendia pular, o fazendo cair em queda livre, permitindo que Masako criasse selos manuais e rapidamente materializasse cinco shurikens que voaram contra o corpo do inimigo, o fazendo cair morto. ― Agora não precisamos mais. Acabamos matando o cara. ― Soichiro respondeu. ― Sim, mas tem outros aqui. Eu senti... Quer dizer, eu acho que senti. ― avisou, apreensivo. ― Não poder ser! Se houvesse outras pessoas, Kimiko teria ouvido. ― River comentou.

Até que Ryuuzaki caminhou lentamente até o corpo morto, vendo que era um homem que usava uma blusa sem mangá, deixando exposta uma tatuagem em seu braço direito, um símbolo conhecido com um um traço demonstrando desvinculação a uma organização antiga. ― Não se eles forem ex-membros da ANBU. ― disse o ruivo, olhando para os lados, assim como os outros. ― O Elfo está certo. Nós temos que dar o fora imediatamente! ― avisou.

Todo mundo se olhava de olho arregalado e com o corpo estático, sem saber muito bem o que fazer. Aqueles ninjas deveriam ser muito bons em se esconderem, afinal não conseguiam ser vistos ou encurralados. De repente, Ryuuzaki deu dois passos para frente, olhando para todos os lados. ─ Escutem bem, seus filhos da puta! Vocês podem ser mercenários fodões que acham que vão passar a vida toda sem pagar pelos seus crimes, mas acreditem em mim quando eu digo: As coisas vão ficar muito ruim para vocês se não deixarem a gente ir embora. Eu vou contar até cinco! ─ ameaçou, cruzando os braços. Nathaniel e River trocaram olhares, sem saber o que estava acontecendo. E então o ruivo contou, e logo perguntou se Nathaniel estava sentindo a presença deles. Sem saber explicar como, Nate acabou acenando com a cabeça.

De repente, diversos ninjas encapuzados vieram em múltiplas direções para atacar a gangue, mas Ryuuzaki logo lançou uma nuvem de cinzas negras da sua boca, fazendo com que uma grande parte da floresta fosse atingida. Em questão de segundos, todo o local pegou fogo, causando um incêndio de grandes proporções. Não se sabia o que tinha acontecido com os seus inimigos, mas era certo de que o grupo conseguiu fugir para bem longe dali. A vários quilometros de distância, Nathaniel e os outros andavam em uma fila única, com o corpo exalando cinzas, totalmente desesperados e perdidos no meio da floresta. ― Ótimo plano, Ryuuzaki! Realmente, ÓTIMO PLANO! Você criou um incêndio na vila! Para onde vamos agora!? ― questionou o Grey, até que o ruivo virou o rosto para trás e sorriu. ― Vamos atrás do nosso amigo B.A, Elfo! ― avisou.

Era uma madrugada sombria nos arredores de Konohagakure no Sato. Nathaniel e os outros caminhavam com as suas roupas cheirando a fumaça, tudo graças ao golpe de Ryuuzaki contra os mercenários, além dos seus rostos queimados. Eles queriam mais do que tudo se limparem, mas tinham um objetivo maior do que isso: encontrar B.A e solicitar a sua ajuda. Porém, Ryuuzaki tinha um plano em mente, algo que poderia ajudá-los em um futuro breve. ― Ei, tia! Quando chegarmos na casa do B.A, pode ajudar o Elfo a chegar no último estágio do Selo Amaldiçoado? Você tinha dito que faltava mais um nível a ser completado. ― pediu o ruivo, deixando Nathaniel um pouco confuso. ― O que vamos ter que fazer para alcançar isso? ― questionou o Grey, olhando para o homem. ― Você saberá em breve. ― avisou com um sorriso sombrio, e então seguiu sua caminhada.

O grupo chegou em frente a uma casa com um símbolo de Konoha na porta. Não demorou muito para que Ryuuzaki tocasse o sino do local, o que gerou uma certa tensão dentro da casa. Nathaniel podia ver as luzes se acendendo e B.A mandando a sua família se esconder em algum canto. ― Ele deve estar achando que são os nossos inimigos. ― comentou Nathaniel. De repente, o homem negro abriu a porta da casa lentamente, colocando a cabeça para fora e olhando para o grupo. ― Que porra é essa, Ryuuzaki? Como você achou a gente aqui, hein!? E por que estão cheirando a fumaça? ― questionou, afinal aquela não ea realmente a casa de B.A, e sim um local que ele estava usando como esconderijo. ― Coloquei um rastreador na sua bunda gorda! ― falou com ironia, deixando B.A irritado. ― É uma longa história, B.A. Nos perdoe por incomodar você e a sua família a essa hora da noite, mas fomos atacados e não tínhamos para onde ir. De qualquer forma, temos informações dos caras que estão fabricando o V-49. ― falou com sinceridade, olhando nos olhos do homem negro, que o desarmou. Ryuuzaki reparou naquilo e achou uma cena bonita.

― Vamos, entrem logo. Mas tirem os seus sapatos antes de entrarem na casa. Eu limpei tudo não tem nem duas horas. ― avisou com uma certa irritação, deixando todos passarem para dentro da sua casa. ― Amor, pode sair! ― avisou, fazendo com que Ryuuzaki cruzasse os braços. ― Isso não vai ser nada bom... ― sussurrou.

Assim que Jenna, esposa de B.A, saiu de uma porta secreta na casa com os seus dois filhos pequenos abraçando as suas pernas, ela rapidamente olhou para o marido incrédula, pois logo viu que era Ryuuzaki quem havia metido a sua família naquela situação. A mulher logo caminhou para perto de Ryuuzaki, esticando a mão e dando um tapa em seu rosto, deixando todos chocados. O ruivo nem ao menos fez qualquer menção em revidar o tapa. ― Boa noite para você também, Jenna. Me perdoe por colocar vocês nessa situação, mas as coisas fugiram do meu controle. ― ele tentou se desculpar, mas logo a mulher respondeu que as coisas sempre fugiam do controle dele, culpando B.A por isso. ― Quando o dia amanhecer, Baracus, eu vou pegar as crianças e vou para Kumogakure ficar com minha família. Vamos, crianças. ― disse a mulher de cabelo cacheado, buscando seus filhos, um casal, e levando eles para o segundo andar. ― Eu sinto muito, B.A. ― disse para o homem, que apenas acenou com a cabeça. ― Não temos muito tempo. Precisamos preparar o Elfo para o ritual. ― disse Ryuuzaki, ignorando completamente a situação do amigo, alegando que ela não se separaria do marido, e que com o tempo ela aceitaria a situação.

Dez minutos depois, Ryuuzaki, B.A, River, Soichiro e Kimiko estavam tirando os móveis da sala, enquanto Masako preparava um chá com os materiais que tinham na casa de B.A, que acabou descobrindo tudo o que tinha acontecido com o grupo. Enquanto isso, Nathaniel ficou deitado no chão, pois fora dito que ele deveria eliminar todos os pensamentos depressivos da sua mente, fazendo respirações pausadas. Assim que terminaram, B.A e River trouxeram uma mesa grande para a sala. ― Como isso vai funcionar? De verdade? ― perguntou, olhando para todos ali. Masako chegou com duas pilulas e uma xícara de chá, dando para ele tomar. Assim que ele o fez, logo foi colocado em cima da mesa. ― Essas piluas, mais esse chá, vão matar você lentamente, querido. Assim que elas fizerem efeito, você vai morrer. E aí terá poucos minutos para retornar a vida, com ajuda do Selo Amaldiçoado. ― Masako respondeu sem rodeios. ― Espera, EU VOU MORRER? COMO ASSIM? ISSO TUDO FOI PARA VOCÊS ME MATAREM!? PERA, E- ― Nathaniel sentiu a sua consciência ir embora em poucos segundos, deitando a cabeça em cima da almofada da mesa. ― Relaxa, Elfo... Tudo o que fazemos é para o seu bem e, de certa forma, para o nosso também. ― sussurrou Ryuuzaki.

Nathaniel abriu os olhos e ele estava em um lugar sombrio e frio como a noite mais escura. Ele se levantou lentamente, sentindo-se melancólico, perto do buraco da morte. Mais alguns passos para frente, e de repente, ele percebeu que o barro no chão se transformava em um corpo de lama, cujas faces demoníacas tinham olhos amarelados e presas em seus dentes, com garras em seus dedos. Dezenas daquelas criaturas apareceram de repente, deixando o Grey assustado. ― Olá, Nathaniel Grey! Nós somos os habitantes desta terra, aqueles que, assim como você, se tornaram possuidores dessa marca sombria. ― sussurrou a criatura com uma voz rouca e metálica. ― Nós enxergamos a verdade que nos assola... Não há nada de bom para nós do outro lado. Somente dor e trevas. ― sua tristeza era bastante sincera. Nathaniel podia senti-la, assim como sentia sua vida se esvaindo.


Foi quando uma forte luz brilhou no topo da montanha, fazendo Nathaniel olhar para o local. Parecia ser o portal que lhe levaria de volta para a vida... Mas para qual vida? ― Ei, garoto... Por que você quer tanto voltar? Você esperou por isso por vários meses... Esperou pelo momento em que o seu sofrimento teria um fim. Ela pode ter um fim agora. Mas se você for para aquela luz, o sofrimento voltará. ― disse uma das criaturas, apontando para o portal de luz. ― Eu já sofri bastante. Não quero mais sofrer novamente. Me sinto fraco toda vez que o mal se abate sobre mim, e me sinto inadequado na maioria das vezes. Eu não sou forte como o Ryuuzaki, o B.A, Kimiko ou River. Quando sou confrontado, na maioria das vezes eu tremo de medo, e ajo ou fugindo ou atacando impulsivamente. Talvez eu deva ficar... Talvez essa marca seja minha passagem para o outro mundo. ― disse Nate, tocando o selo amaldiçoado em seu pescoço.


Mal sabia ele que, no mundo dos vivos, a casa de B.A estava cercada pelos membros da Vipers, que conseguiram localizá-lo, e agora os mantinha reféns. O líder do bando havia se revelado finalmente, e queria a cabeça de todos eles. Soichiro, num momento de imprudência, acabou partindo para cima de um dos ninjas, tendo uma espada fincada em sua barriga, caindo no chão direto. O líder do Vipers, um homem misterioso, logo caminhou até Nathaniel que estava deitado, apertando o pescoço do Grey, retirando o seu ar aos poucos. ― Hey, seu merda! Deixa o garoto em paz ou eu quebro sua cabeça ― gritou Ryuuzaki, recebendo um chute no rosto que o fez cair semiacordado no chão. ― Nesse momento, vocês não estão em posição de fazer qualquer pedido ou ameaça. Agora é a hora de todos se acalmarem, e seguirem cuidadosamente minhas ordens. Se vocês cooperarem, pouparemos a vida das crianças. Mas só se cooperarem. ― disse o líder do grupo.

No seu universo mental, Nathaniel sentiu o seu corpo espiritual enfraquecer, o fazendo cair no chão, levando as duas mãos ao pescoço, tossindo bastante. ― O que está acontecendo...? Por que eu estou sentindo uma mão apertar o meu pescoço? ― questionou, olhando para as criaturas. ― Não resista, Nathaniel... Isso faz parte do processo. Vai ser doloroso no começo, mas no final, você finalmente sentirá a paz que tanto procurou a vida toda. ― um dos seres de lama se aproximou, se ajoelhando e colocando a mão em seu ombro. ― Tudo bem... ― o garoto apenas concordou. ― Espero que seja rápido. ― sussurrou.

Nathaniel podia sentir a sua energia indo embora aos poucos, mas não lutava contra o fim. Pelo contrário, ele apenas fechou os olhos e deixou que tudo acabasse aos poucos. Não havia mais o desejo de se vingar do seu irmão e de todos aqueles que lhe fizeram mal, muito pelo contrário. De repente, ele ouviu um bater de asas, e abriu os olhos bruscamente, olhando para o céu negro. Uma fênix negra gigant voava no céu, batendo suas asas de fogo, olhando para Nathaniel, afastando todas as criaturas de lama, que acabavam dando passos para trás quando ela pousou na frente do Grey. A fênix abriu as suas asas e se inflamou por inteira, deixando Nate de olhos arregalados. Mesmo que tudo aquilo fosse só algo da sua mente, ele podia sentir uma energia poderosa vindo dela, o tipo de energia que inflamava o seu espírito... Uma forma de energia conhecida.

── Quem é você? ─ perguntou o garoto, de joelhos para a criatura. ── Eu sou apenas uma parte de você, uma pequena parte que ainda quer viver, mas poderosa o suficiente para se manifestar nesse momento, a parte que você alimentou nos seus piores dias. Quando tudo parecia estar perdido, eu lhe dei esperança de dias melhores, e os dias melhores vieram. Quando você se sentiu sozinho, eu lhe fiz enxergar um mundo onde você faria amigos, e você os fez. Aquelas pessoas que estão esperando para que acorde fizeram de tudo por você. Chegou a hora de voltar para elas. ── a fênix disse para Nathaniel. ── Eu não sei se sou forte o bastante para isso. ── sussurrou, abaixando a cabeça se sentindo envergonhado. ── O poder que corre dentro das suas veias pode ser visto como a sua força. Só quem pode decidir se este poder é uma maldição ou uma benção é você, Nathaniel. ── alertou a Fênix em resposta. ── Levante-se, garoto. Você precisa se reerguer novamente. ── avisou, fazendo com que Nathaniel se levantasse lentamente olhando para a luz.

Uma grande energia de plasma tomou conta do seu corpo, explodindo e destruindo todos aqueles corpos de lama. ── Neste lugar sombrio, onde a esperança vem para morrer, eu, Nathaniel Grey, faço um juramento: eu buscarei incessantemente pela vida, e nunca mais retrocederei ao estado de sofrimento que me inflingiu a muito tempo. E todos aqueles que contribuiram para o meu sofrimento irão se arrepender amargamente por tudo o que me fizeram. ── disse Nathaniel, fechando os olhos e sentindo uma grande luz tomar conta daquele cenário, enquanto gritos de pavor enchiam os seus ouvidos. Era o fim da sua jornada pelo caminho da morte, e o começo de uma nova vida.

Quando Nathaniel abriu os seus olhos, pode ver um homem de máscara branca e manto bege tentar cravar uma adaga em seu peito. Ele acabou se assustando com toda aquela situação, não tendo tempo nem para fazer perguntas. Sua reação, porém, foi extremamente rápida e feroz: com a sua mão esquerda, ele agarrou o pulso destro do homem que segurava a adaga. Seu olhar se virou exatamente para o homem mascarado, que ficou assustado com o fato dele ter despertado no meio da tentativa de assassinato. ── Então você é do tipo de covarde que ataca quando a outra pessoa não é capaz de se defender? Típico de um homem que usa máscara para esconder o seu próprio rosto. ── disse com uma voz sombria, que vinha do interior da sua alma, que naquele momento estava envenenada com o poder do Juuinjutsu.

Nathaniel então teve a pele transformada aos poucos: primeiro, começou com as listras negras atingindo a sua pele por inteiro, até que cada centímetro do seu corpo ficou acinzentado,  e os olhos do mancebo ficaram amarelados. Todos ali, exceto Masako e Kimiko, ficaram asssustados com a sua transformação. O líder da Vipers ficou com as pernas trêmulas diante do poder sombrio de Nathaniel, principalmente quando ele se levantou da mesa, pronto para quebrar o braço do homem. Um dos capangas do líder rapidamente se moveu para tentar impedi-lo, mas uma cauda cresceu nas costas de Nathaniel, uma que ele usou para perfurar o coração do inimigo que se aproximava. ── PUTA DIABÓLICO! ── gritou Ryuuzaki com um sorriso no rosto, enquanto a cauda saia do corpo do homem. ── Então gosta de enviar drogas por aí, destruindo a vida das pessoas? Que tal eu destruir a sua? ── Nathaniel segurou o homem e o levou para fora da casa, destruindo a porta e um pedaço da parede, o esmagando contra a parede da casa do vídeo.

Esse foi o pretexto necessário para que Ryuuzaki os outros se desarmassem e assassinassem todo o grupo de Vipers, usando suas técnicas mais furtivas e as suas habiidades em combate mais avançadas. Em poucos segundos, eles tinham eliminado todo o pelotão, enquanto Nathaniel continuava dando socos poderosos contra o rosto do homem que liderava aquele grupo. Mesmo apanhando, o mascarado dava risadas da cara do Grey. ── Agora sei porque o seu irmão odiava você. Você é um cara bem chatinho. Sabe o que mais? Eu não vou segurar esse segredo comigo. O seu irmão odeia tanto você que fez de tudo para arruinar a sua vida, desde a Academia Ninja, até a sua vida adulta. Ele fez você ser perseguido na Academia, ele até mesmo conseguiu fazer com que uma garota aí se afastasse de você. Não sei o que fez pro cara, mas ele tem um ódio mortal de você. ── ele comentou rindo, até que Nathaniel soltou ele, que caiu de joelhos no chão. Mesmo naquele estágio, Nate sentiu-se incrédulo com a revelação. ── O que você disse? ── quis saber.

── Abraham disse que você parecia feliz com uma garota aí, que pretendia sossegar e começar uma vida nova. Mas quando a gente se encontrava para tomar uns sakês, ele vivia dizendo para mim que você não tinha o direito de ser feliz, e que deveria passar o resto da vida em sofrimento. Abraham disse que faria de tudo para que nunca chegasse a ficar com a garota que gostava, nem que precisasse inventar mentiras sobre você, e até mesmo colocar outro cara na vida dessa garota. E pelo que ouvi falar, ele fez isso. Ele parecia beeeeem feliz quando disse que você estava no fundo do poço. ── ao ouvir aquelas palavras, tudo se encaixou na mente de Nathaniel: a distância de Naomi, as piadas de Abraham, a sua própria solidão... Tudo planejado pela mente sombria do seu irmão mais velho, que deveria ser o seu protetor. Nate arregalou os olhos e algumas lágrimas sairam dos seus olhos. ── Parece que eu também consegui fazer você chor- ── suas palavras foram interrompidas pela mão de Nathaniel em seu pescoço.

O Grey estava tão forte naquele instante que levantou o líder da Vipers sem nenhuma dificuldade, pronto paraquebrar o seu pescoço. O homem sufocava aos poucos, enquanto assistia o rosto de Nathaniel, embebedado pelo poder do Selo Amaldiçoado. Foi quando Ryuuzaki tocou o seu ombro, segurando em seu braço. ── Larga ele, Elfo. Precisamos dele vivo! ── pediu o ruivo, mas nem mesmo ele conseguia controlar Nate naquele instante. ── Esse verme é igual ao Abraham, talvez pior! Não, não existe ninguém pior do que o Abraham. AQUELE FILHO DA PUTA SÓ QUER ME DESTRUIR! Mas esse cara aqui... ELE VAI MORRER AGORA! ── gritou, apertando mais forte o pescoço dele. Ryuuzaki podia ver a fúria dentro do homem, assim como a gangue, que ficou atrás dele. ── Vamos lá, garoto, não deixe essa marca dominar a sua mente. Você irá vencer o Abraham, mas na hora certa. Você não é um monstro como o seu irmão disse que você é, mas é o Nathaniel Grey, o garoto mais foda que eu já conheci! Solta ele, garoto. Solte-o... ── pediu mais uma vez, e convencido das suas palavras, Nathaniel soltou o líder da Vipers aos poucos, que caiu desmaiado no chão, enquanto a marca desaparecia do corpo de Nathaniel.


── Meu irmão armou pra me ver na merda. ── sussurrou Nathaniel. ── Eu ouvi uma parte. Sinto muito por isso. Talvez devesse contar para a guria sobre o que o Abraham... ── sugeriu Ryuuzaki, mas Nathaniel nem ao menos se virou para respondê-lo. ── Não. Ela fez a escolha dela, e eu fiz a minha. É o que é. ── sussurrou o rapaz, olhando para o corpo do criminoso. Naquele momento, o passado não importava mais para ele, e sim um futuro onde pudesse fazer com que todos aqueles que lhe fizeram mal se arrependesse amargamente. Ryuuzaki apenas bateu com a mão no ombro do garoto. ── Você quem sabe, Elfo... De qualquer forma, estou orgulhoso de você. ── disse sem sorrir. Aquela não tinha sido uma noite vitoriosa.

[...] Soichiro não tinha morrido qualificado como um ninja, e nunca teve tempo de reparar a sua desonra em vida. Ninguém sabia sobre a sua cooperação na tentativa de desmacarar uma organização criminosa, e nenhum dos seus chegados poderia contar. Para completar, a família de B.A foi embora para Kumogakure no Sato, e a esposa do Akimichi avisara que os papéis do divórcio chegariam em breve. Porém, no meio do caos, eles tinham um trunfo: o líder da organização Vipers nas mãos. Durante o enterro de Soichiro, que foi enterrado longe do cemitério dos ninjas mortos em combate, Nathaniel, Ryuuzaki, B.A, River, Kimiko e Masako se reuniam em trajes pretos para se despedir do homem. ── Você não era o melhor de nós, mas foi o mais injustiçado por essa vila de merda. ── sussurrou Ryuuzaki. ── Nós não esquecerr o que fazerr por nós. ── prometeu River. ── B.A, eu sinto muito pelo que houve com você. ── disse Nathaniel, mas o homem negro nada falou, apenas acenando. ── Há algum tempo atrás, eu fiz uma promessa a Soichiro, que iria restaurar a sua honra. Talvez não fosse do jeito que ele imaginava, mas nós aqui sabemos o que ele fez, e que nada disso será em vão. Finalmente temos um trunfo que podemos usar para desmascaras os filhos da puta que estão vendendo a V-49 aqui em Konoha. ── avisou Nathaniel. ── E nós vamos usar isso a nosso favor, certo Ryuuzaki? ── perguntou Masako, mas Ryuuzaki nada disse.

O que fariam dali para frente era um completo mistério.