Nezuko tinha feito sua última missão Rank C com sucesso, havia derrotado um grupo de bandidos que perturbava um pequeno povoado, deixando-os em uma situação precária. Ela teria viajado também para o continente perdido junto a sua sensei se não tivesse que ter voltado às pressas para casa para poder sair em busca de ervas para preparar um antídoto para sua tutora que tinha sido envenenada em sua última missão. Pelo menos tudo tinha dado certo e Shinobu agora estava saudável e já tinha voltado às suas atividades normais.

Havia se passado uma semana desde a correria para achar as ervas, Nezuko já estava voltando às atividades normais. Faziam poucas horas que o sol tinha nascido, a Hyuuga se encontrava na sala, ainda em suas roupas de dormir, com uma xícara de chá em sua mão esquerda e um livro na mão direita. Tinha decidido que tiraria pelo menos a manhã de folga, passou um longo tempo cuidando de sua tutora, precisava de um tempo para não fazer nada dentro de casa.

Já estava na metade do livro, sua xícara de chá se encontrava vazia na mesa de centro, tinha passado pelo menos duas horas ali sentada, mergulhando sua imaginação nas palavras ali escritas no livro, quando batidas em sua porta a despertaram. Quem poderia ser? Faltava apenas meia hora para o almoço, quem estaria batendo na casa dos outros uma hora dessa?

A gennin largou o livro em cima do sofá, levantou e foi andando preguiçosamente para ver quem era. Ao abrir a porta se deparou uma um shinobi que lhe entregou um pergaminho.

-Você parte hoje a noite - o rapaz falou antes de sair correndo, provavelmente faria alguma outra entrega.

Só pelas palavras do shinobi sabia que aquele pergaminho se tratava de mais uma missão. A menina então abriu o pergaminho para ler do que se tratava; estava sendo convocada para uma missão de infiltração. Teria que se infiltrar em um complexo habitacional que já tinha feito parte das forças militares de Kumo e atualmente é ocupada por membros da Yakusa para poder buscar um documento que confirme o envolvimento da Yakusa em crimes.

Nezuko sorriu ao terminar de ler o pergaminho, aquela era uma missão Rank C com um nível elevado, ali saberia se suas habilidades como kunoichi estariam valendo a pena. Ultimamente tinha começado a cogitar seguir a profissão de investigadora, aquela seria uma prova se deveria ou não seguir aquele caminho.

A Hyuuga fechou a porta e logo correu para seu quarto, teria que arrumar suas coisas para passar alguns dias fora da vila, antes de entrar no local teria que estudar como iria fazê-lo, ainda mais que não poderia ser descoberta, tudo teria que ser bem planejado para que ela conseguisse entrar, pegar o documento necessário e sair, isso tudo sem ninguém perceber que esteve lá.

Arrumou sua mochila com alguns alimentos não perecíveis e leves e duas garrafas de água de 500ml cada, colocou também um mapa, nada que deixasse a mochila cheia. Depois de estar tudo arrumado, foi almoçar. O restante do dia a menina tinha usado para descansar já que teria que partir a noite, usou o tempo da tarde para dormir, provavelmente teria poucas horas de sono, isso se tivesse, nos próximos dias.

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As dez horas da noite já estava pronta para partir, usava sua roupa de costume; seu macacão laranja com as mangas cumpridas com o zíper na parte da frente aberto, deixando sua regata preta à mostra. Sua bandana com o símbolo de Kumogakure estava amarrada em sua testa, sua bolsa de armas estava presa em sua perna direita e sua mochila estava em suas costas. Se despediu de seus tutores e partiu em direção aos portões de Kumo, pronta para começar sua viagem até o complexo.

Ao chegar nos portões, retirou o mapa de sua mochila, procurando o local para poder saber onde ir. Depois de alguns segundos de procura, achou o local envolto em vários picos e montanhas, pelo que mostrava o mapa também tinha uma floresta à sua volta, mas já do lado de dentro do círculo de elevações. Levaria dois dias e duas noites andando, provavelmente chegaria depois de dois dias, na parte da noite.

A menina começou o percurso correndo, mas não em uma velocidade que fosse cansa-lá, passou uma hora assim e nas três horas seguintes passou a caminhar rápido, parando logo depois por vinte minutos para descansar. Passou a noite inteira usando essa forma para se locomover e quando o sol já tinha nascido parou para descansar novamente e se alimentar.

Ao voltar a andar, continuou usando o mesmo método. Já era tarde, faltava pouco para o sol se pôr totalmente, quando a menina avistou uma pequena caverna. Suas pálpebras pesavam um pouco e podia sentir seus olhos um pouco secos, iria aproveitar aquele local para descansar um pouco, precisava pelo menos de algumas horinhas de sono. Entrou no local com cautela, tentando se certificar que não tinha nenhum bicho ali e caso não tivesse, iria pro fundo do local, atrás de uma pedra média, e sentaria, colocando a mochila ao seu lado e apoiando as costas na parede.

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A pedra impediria que qualquer um que entrasse naquela caverna a visse de primeira, a pessoa teria que andar um pouco para a direita para então poder vê-la. A Hyuuga fechou os olhos e logo adormeceu. Mesmo estando dormindo, estava atenta a sua volta, qualquer barulho diferente seria capaz de acordá-la.

Passaram-se quatro horas tranquilas, a lua cheia brilhava no céu fazendo com que os fracos raios de luz iluminasse um pouco os caminhos naquela noite. A gennin levantou, se alimentou e saiu do local, voltando a utilizar o mesmo método do inicio; correr durante uma hora, caminhar rápido durante as próximas três horas e logo fazer uma parada de vinte minutos para descansar.

Enquanto viajava sempre prestava atenção ao seu redor, atenta a qualquer coisa que pudesse vir a acontecer, porém sua viagem tinha sido calma. Viajou pelo restante da noite e do dia seguinte. A lua brilhava no céu novamente quando a menina avistou uma cadeia de picos e montanhas a aproximadamente dez metros de onde ela se encontrava. “Ali deve ser o meu destino”, pensava enquanto continuava a andar em direção ao local.

Andou por mais alguns minutos e logo alcançou o pé de uma montanha, onde começava uma trilha. A menina logo ativou seu Byakugan, precisava se certificar que não teriam guardas pelas montanhas. Seus olhos agora conseguiam enxergar quatro quilômetros e cem metros à sua volta, tendo ela como ponto central. Seus olhos não conseguiram achar ninguém pela montanha em sua frente e ninguém na montanha que vinha logo em seguida. A partir daí não conseguia mais ver nada, sua visão tinha chegado no limite.

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Começou a andar, sempre atenta ao redor vendo se ninguém apareceria nas montanhas. Caminhou por duas horas, seguindo as trilhas das montanhas até chegar a uma floresta. Seus olhos varreram o local, avistando alguns guardar na muralha que separava o complexo da floresta, a uns duzentos metros a sua frente.

A floresta era repleta de árvores com troncos e galhos grossos, com copas robustas, cheias de folhas que cobriam seus longos e grossos galhos, a gennin poderia facilmente ficar escondida nelas. Sem nem pensar duas vezes a Hyuuga subiu na árvore em sua frente, agora passaria a se movimentar pelas árvores, evitando deixar pegadas no chão que poderiam entregá-la. Andou por mais cem metros por cima das árvores, sempre se atentando a pisar nos galhos mais resistentes, se camuflando entre as folhas das mesmas, e logo parou, sentando-se no galho. Os portões principais do complexo estavam abertos à sua frente, protegido por dois guardas, um de cada lado.

Ficou sentada ali por uma hora, observando tudo que acontecia no local e nesse tempo ela pôde ver seis guardas do lado de fora da muralha até onde seus olhos conseguiam ver. Estavam separados mais ou menos uns seiscentos metros um do outro e patrulhavam a mais ou menos até uns dez metros de distância da muralha. Percebeu que não conseguia ver o outro lado do complexo, já que não conseguia avistar nenhum pico ou montanha do outro lado e seu mapa estava desenhado que aquele local era envolto em cadeias de picos e montanhas.

O plano da menina era passar um tempo apenas observando o complexo, queria saber em qual momento a quantidade de guardas da Yakusa diminuía, qual era a rota de de patrulha deles, onde o responsável dali tinha seu escritório já que provavelmente seria o local onde os documentos estavam guardados, os horários que o escritório ficava vazio, as rotas que levavam até ele e as brechas que ela poderia ter para entrar lá sem ser vista.

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Como não conseguia ter uma visão completa do local, levou sua mão até a frente dos seus peitos e realizou o selo do tigre, criando um clone das sombras de pé em sua frente. O clone já estava com o Byakugan ativado e ela usaria o mesmo para obter informações do outro lado onde não conseguia ver.

-Você vai até o outro lado, olhe tudo; a rota dos guardas, dentro dos edifícios, o objetivo é achar o local que eles guardam documentos, para isso temos que descobrir quem é o responsável por aqui - falava sussurrando, mas a uma altura que o clone conseguisse ouvir - pode ir pela direita sem preocupação até uns três quilômetros daqui, a partir daí comece a procurar informações. Tá vendo aquele prédio ali? O maior… - perguntava ao clone.

O prédio era o maior e o mais diferente de todos. Era quadrado, tinha quatro andares e no topo tinha uma placa de madeira com o símbolo da Yakusa no meio. A visão da menina não conseguia enxergar o prédio por completo, apenas a metade dela, a partir daí ultrapassava os quatro quilômetros e cem metros que conseguia ver. Mas até ali conseguia ver guardas a postos na entrada e alguns patrulhando do lado de dentro.

-Sim - o clone respondia após localizar a estrutura da qual a menina se referia.

-Tenho um palpite que ali é o prédio onde vamos encontrar nosso objetivo, se posicione em um local que você consiga ver o outro lado, onde não enxergamos daqui. Obtenha o máximo de informações que conseguir - explicava o plano para o clone.

-Certo - e logo o clone começou a correr, na velocidade máxima que conseguia, pela direita, sempre por cima das árvores, se mantendo sempre a cem metros de distância da muralha, cuidando para que não fizesse barulho e prestando atenção se não veria nenhum guarda em algum lugar que pudesse entregar sua posição.

Enquanto andava por cima das árvores, pôde observar que os guardas estavam sempre a postos do lado de fora da muralha, seguindo sempre os seiscentos metros de distância um do outro e patrulhando até uns dez metros de distância da muralha. Depois de quase meia hora o clone conseguiu chegar ao outro lado de onde a menina estava e ali permaneceu, observando tudo que a menina tinha pedido.

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Fazia mais ou menos uma hora desde que tinha mandado seu clone pro outro lado do complexo, Nezuko continuava atenta as atividades do lado de dentro da muralha e além dos guardas espalhados pelo local e dentro do prédio principal, conseguia ver um homem, bem mais arrumado que os demais, dentro de uma sala localizada no quarto andar, as demais se encontravam vazias, ele parecia mexer com alguns papéis. Logo suas suspeitas se levantaram contra ele.

“Certo, acho que te achei.” Pensava sorrindo de canto, agora só teria que observar o homem e logo conseguiria alcançar seu objetivo.

Passou uma hora observando o que o homem fazia, mas sempre prestando atenção também ao seu redor já que não queria ser pega de surpresa por alguém que por ventura se aproximasse dela, descobriu o horário que o mesmo saía e confirmou as suspeitas que ele era o responsável, já que por onde ele passava os guardas agiam sempre com respeito e mantinham uma postura mais impecável do que quando o mesmo estava longe. Descobriu também duas gavetas onde os documentos eram guardados, teria só que chegar até ela e procurar o que precisava.

Meia hora depois que o responsável saiu a Hyuuga pôde observar a chegada de outro homem o qual os guardas tratavam da mesma maneira, será que teriam dois responsáveis? O mesmo tinha chegado pelo lado oposto da gennin e da entrada onde o primeiro tinha saído. Continuou estudando o homem que se dirigia à mesma sala do homem anterior e ali passava a noite trabalhando.

Era de manhã quando Nezuko decidiu desfazer seu clone, obtendo todas as informações que o mesmo tinha adquirido; ficou sabendo que o segundo responsável chegava pelo segundo portão, o que ficava do lado oposto onde ela se encontrava, onde seu clone estava pegando informações, fora isso ficou ciente apenas das rotas de vigia dos guardas e nada mais que fosse relevante para sua infiltração. Passou o restante do dia ali, continuando a observar a rotina dos guardas enquanto esperava a noite cair para que ela pudesse finalmente entrar no complexo e pegar os documentos.

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Horas se passaram e finalmente a lua brilhava no céu. Seus olhos, com o Byakugan ativados, observavam todos os movimentos dos integrantes da Yakusa, de acordo com seus cálculos faltavam quase dez minutos para que o primeiro responsável saísse de sua sala e agora seria a hora da menina agir.

A gennin ficou de pé no galho que antes estava sentada e suas mãos se juntaram em frente ao seus peitos, formando os selos necessários para ativar o jutsu Hiding in Fire Technique. Quando ativou a técnica, o fogo cobriu seu corpo e logo a menina desapareceu, tinha ficado invisível. Seu Byakugan continuava ativo e com isso conseguia ver os guardas e assim poderia passar por eles com uma distância segura para não ser descoberta.

Pelo que ela tinha observado, as portas eram automáticas e dependiam de um cartão, que só os membros da Yakusa tinham, para serem abertas e cada cartão tinha um nível de liberação. Ou seja, ou ela teria que roubar o cartão do responsável que seria bem arriscado, ou então teria que entrar na sala no exato momento que o primeiro responsável estivesse saindo e sair quando o segundo estivesse entrando. Por ser mais segura, ela usaria a segunda opção.

Enquanto ainda estava invisível, andava silenciosamente por entre os guardas, sempre se atentando em não fazer nada que pudesse revelar sua localização. Deslocava-se rápido em direção ao prédio principal, não poderia demorar muito, ou então deixaria a hora certa passar e teria que se arriscar mais para poder conseguir o que queria.

Em poucos minutos alcançou o prédio e se deparou com dois guardas na porta principal que ainda se encontrava aberta, um de cada lado. Os dois eram grandes e fortes, seus rostos eram sérios e seus corpos apresentavam muitas cicatrizes de batalhas. Nezuko passou a tomar mais cuidado ainda, tinha certeza que se aqueles dois a pegassem, ela estaria ferrada. Foi se aproximando devagar, e passou pelos dois silenciosamente.

-Ei! Sinto um cheiro diferente por aqui… - a gennin já tinha dado quatro passos para dentro do prédio quando o guarda da direita falou em voz alta enquanto fechava ainda mais a expressão em seu rosto, deixando transparecer maldade.

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A menina virou de costas, passando a olhar em direção ao guarda e congelou passando a prender a respiração em um ato automático devido a sua preocupação com aquilo; o membro da Yakusa aparentemente tinha um olfato apurado. A Hyuuga logo tratou de se recompor, tinha que conseguir sair daquilo ali. Ela estava parada a um metro de distância do guarda.

O homem começou a andar em direção a ela enquanto cheirava o ar. Ao mesmo tempo, a menina começou a dar passos para trás, ela era silenciosa e estava sempre atenta a não fazer barulho e mantendo sempre a distância de um metro de distância entre os dois. Ao darem três passou o homem esticou a mão pra frente em um gesto rápido como se tentasse agarrar algo, errado a menina por poucos centímetros.

Nezuko sentiu o coração gelar, por pouco ela não tinha sido pega pelo homem. Seus olhos um tanto arregalados olhavam em direção ao homem que olhava em direção a ela enquanto franzia as sobrancelhas.

-O que houve, tem alguém aí? - o outro guarda parou em frente a porta com os punhos fechados, como se estivesse pronto para lutar.

-Não, não tem nada - o homem se virou de costas para a gennin e voltou em direção ao seu posto.

A Hyuuga soltou a respiração aliviada e voltou a andar, estava com pressa. Em menos de cinco minutos a menina se encontrava bem ao lado da porta do escritório do responsável. Com seu Byakugan ativo conseguia ver que o mesmo ainda estava lá dentro, embora já estivesse se arrumando para sair.

Em poucos segundos a porta se abriu devagar, como se a parede do outro lado da porta a engolisse lentamente. O responsável saiu e logo a menina entrou enquanto a porta voltava a se fechar devagar, levando três segundos para se fechar totalmente atrás dela.

Rapidamente seus olhos reviraram tudo ao redor a procura de alguém ou algo que pudesse revelar que a mesma estava ali, mas não achou nada. A menina achava engraçado um prédio onde tinha tecnologia para ter portas automáticas, mas não tinha uma câmera sequer, mesmo que tenha olhado o complexo inteiro com seu Byakugan, não foi visto nenhuma sala onde alguém ficava monitorando câmeras e nem nenhuma câmera em local algum.

Nezuko deixou a ocultação fazendo com que as chamas que a escondiam antes, queimassem e seu corpo ficasse visível. Rapidamente puxou um pirulito do bolso e o colocou na boca, aquele doce maravilhoso sempre a ajudava em situações difíceis. Logo começou a mexer nas gavetas de arquivos que tinham ao lado direito da mesa principal, sempre silenciosa, os guardas estavam acostumados a não ter ninguém ali naquela hora e com certeza achariam estranho ouvir barulhos vindos do local.

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Seu olhar percorria rápido as palavras escritas nos documentos. Os documentos eram separados em ordem alfabética com relação aos assuntos aos quais se referiam. Enquanto procurava não esquecia de também prestar atenção ao seu redor, sempre se atentando se alguém não iria entrar na sala. Depois de alguns minutos ela já tinha olhado todos os documentos de todas as gavetas, mas nenhum deles era compatível com os que ela precisava.

“Droga, eu não posso demorar muito, o outro cara já deve estar pra chegar”, pensava enquanto seu olhar percorria a sala inteira em busca de mais alguma coisa e não tinha mais nenhuma local, restando só as duas gavetas acopladas a mesa principal, onde os responsáveis ficavam sentados enquanto trabalhavam.

A gennin se sentou na cadeira e logo abriu a primeira gaveta. A mesma estava lotada de documentos. Se perguntava porque eles estavam ali, quase sem espaço nenhum, se tinha espaço de sobra nas outras gavetas. Enquanto olhava os papéis podia perceber que eles eram diferentes dos outros, eram assuntos mais sérios.

“Finalmente”, pensou enquanto sorria e lia os documentos. Logo começou a separar os que eram de seu interesse em cima da mesa, os outros voltava a guardar na gaveta, sempre se atentando em deixar da mesma forma que tinha encontrado. Repetiu a mesma coisa na segunda gaveta. Sua atenção estava sempre ao seu redor também.

Quando terminou de olhar todos os papéis pôde perceber que tinha separado um total de seis pastas lotadas dos documentos necessários para que ela cumprisse sua missão. Nesse momento seus olhos encontraram o segundo responsável já terminando de subir as escadas, pronto para se dirigir até a sala.

-Droga!! - sussurrou e logo terminou de colocar as coisas do mesmo jeito que estava, inclusive a cadeira. Colocou as seis pastas dentro do macacão e o fechou, deixando-as seguras lá dentro. Suas mãos logo se juntaram em frente ao seus peitos e formaram novamente os selos do jutsu Hiding in Fire Technique fazendo com que seu corpo fosse coberto por chamas e logo ela ficasse invisível. Rapidamente se dirigiu para o lado da porta, esperando que ele a abrisse.

Poucos segundos depois a porta se abriu lentamente novamente e a menina pôde observar o homem entrando e quando teve espaço suficiente, antes da porta fechar, passou por ele e saiu da sala.

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A saída do prédio e do complexo foram tranquilas, os guardas na frente do prédio já não eram os mesmos, então a menina não correu o perigo de ter seu cheiro reconhecido. Em poucos minutos estava em cima da árvore em que tinha deixado sua mochila. Colocou as pastas dentro e logo estava saindo do local.

A Hyuuga correu por cima das árvores silenciosamente até chegar na mesma trilha pela qual ela tinha vindo. Seus olhos, com o Byakugan ainda ativado, observavam em volta para ter certeza de que não havia nenhum guarda por ali. Caso se certificasse de que o local estava limpo, desceria da árvore e seguiria toda a trilha até sair no pé da última montanha.

Levou duas horas até chegar ao final da trilha, logo pegou um pirulito no bolso do macacão e o colocou na boca, fazia bastante tempo que não saciava seu vício naquele doce maravilhoso. Voltou a andar, seus olhos procuravam um bom lugar para descansar, tinha bastante tempo que estava acordada que seus olhos começavam a arder.

Depois de quase mais uma hora andando, achou um bom local rodeado de árvores que a deixariam bem escondida. Ela sentou no chão e encostou as costas em um largo tronco de uma grande árvore. A mochila agora se encontrava em seus braços, que a abraçavam como se estivesse protegendo-a. Logo desativou o Byakugan e fechou os olhos, adormecendo. Por mais que estivesse cansada, seu sono era leve e ela prestava atenção em sua volta. Esperava que conseguisse perceber qualquer coisa que acontecesse ao seu redor.

O céu começava a clarear quando a menina finalmente acordou, tinha se passado quatro horas desde quando fechou os olhos. Nezuko se alimentou depois de passar alguns minutos sentindo seu estômago reclamar de fome e logo ativou novamente o Byakugan, voltando a andar.

Viajou do mesmo jeito que tinha vindo; correndo durante a primeira hora, andando rápido por mais três horas e parando pra descansar por alguns minutos. Levou dois dias e duas noite para terminar a viagem quando finalmente alcançou os portões de Kumo finalizando sua missão.

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