Embriagado de angústia e desespero, o promissor Tokubetsu Jōnin de Iwagakure estava debruçado entre inúmeros folhetos, livros e enciclopédias, desperdiçando o dia todo em um planejamento que não se movia do lugar...
Com a aquisição de sua habilidade de roubar corações, pensou que poderia evoluir a mesma com o intuito de roubar elementos diferentes, porém a vida provou ao mesmo que era impossível. Com o aprofundamento de seus estudos nas artes elementais que até o momento eram a sua paixão, percebeu que só conseguiria se tornar mestre de um elemento por vez em sua vida toda e não todos os elementos que se dedicasse. Essa tensão de ter que escolher um único caminho quando amava tão imensamente todos os elementos trazia ao menino uma angústia e arrependimento por trilhar esse caminho. Faria qualquer coisa para conseguir ultrapassar esse obstáculo ou quem sabe encontrar um novo caminho com tantas possibilidades.

Imediatamente ouve o chão de seu cômodo ranger, como se os passos de alguém estivessem sendo traídos pelo ranger de uma madeira velha e podre. Ade se virava sabendo quem estava ali, seu sensei que tanto odiava por o ter feito passar por tantas coisas com a desculpa de o estar preparando para algo melhor. Dessa vez não o atacaria, más também não deixaria ser capturado para mais uma experiência. A única coisa surgia em sua mente eram as palavras dos dois cientistas que experimentaram com a sua mente.

[???]: - Mestre, seu sensei e nós dois estudiosos aqui, somos somente ferramentas para ascender vossa figura ao próximo patamar. Quando percebermos que está pronto para nos guiar, com toda humildade seguiremos todas as suas ordens. Espero também que nunca mais precise fazer alguma coisa do tipo com o senhor.

Aquele momento tinha chego. Após tanto sofrimento e ficar sem saída, as rédeas desses novos caminhos seriam escolhidos e traçados pelo garoto e não impostos a força.

- Preciso de um novo caminho. Alcancei uma barreira impossível de se ultrapassar referente a maestria de diversos elementos. Apresente-me opções.

[Sensei]: - Finalmente tomou o controle de tudo....

O homem se ajoelhava como um pupilo se ajoelha ao seu mestre a que serve, após isso se levanta e continua.

[Sensei]: - Os ensinamentos que colocamos em sua mente com aquela invenção eram a base de um novo caminho. Um caminho promissor e que acreditamos ter semelhança com o que busca agora. O caminho das invenções e maquinários fantásticos... Porém o que impede o senhor de trilhar esse novo caminho é seu próprio corpo. Como sabe, mestre Ade sempre teve um corpo mais fraco que os demais, talvez devido a sua linhagem misturada ou o próprio destino... Quem sabe é hora de trocar de posição no campo de combate e invés de estar trilhando o caminho do combate a distância, trilhar o caminho do combate corpo-a-corpo, impulsionado por armamentos e invenções criadas por suas próprias mãos. Pois algo que temos certeza, são as capacidades mentais do senhor para criar e trilhar caminhos alternativos na resolução de problemas.


- Mostre-me esse novo caminho.

Seu sensei realizava um sinal com a cabeça como se acatasse o comando de seu mestre e fazia um gesto com a mão direita apontando para fora esperando que Ade o seguisse. La fora, dois ninjas vestindo roupas iguais negras, tampando todas as suas feições, traziam rapidamente um grande jarro negro de mais ou menos 1 metro de altura. O jarro fazia um som estranho como um chiado escapasse de seu interior e as vezes podia-se notar que o mesmo tremia mesmo sem ninguém encostasse nele.

[Sensei]: - Abra a tampa e inicie seu novo caminho. Esse jarro é uma peça valiosa e rara. Eu estou colocando criaturas ai dentro faz um tempo, quando você abrir, será transportado a um lugar novo. Talvez suas habilidades estejam disponíveis, talvez não. Eu não crio as regras. Más a única certeza é que a ultima criatura viva se transformará e absorverá características da segunda criatura que aguentou tudo aquilo.


- Como eu disse, aceito qualquer novo caminho. Só espero sobreviver a essa provação.

Se aproximava do grande jarro e por alguns segundos toda a sua trajetória caótica passava diante dos seus olhos até aquele exato momento, alguns diriam que seria aquele famoso vídeo de nossa vida que vemos nos ínfimos segundos antes de morrer ou quem sabe era um filme de tudo aquilo que o garoto deixaria para traz após emergir vitorioso.

Respirava fundo e abria a pesada tampa do jarro, que imediatamente envolve o ninja em uma fumaça verde musgo e o faz desaparecer como se fosse engolido pela névoa...

Sem tempo de se situar e acostumar os olhos pois a única luz que possuía se originava de uma fresta no que parecia ser o teto, uma grande força o jogava para o lado, como se uma parede de pedra enorme tivesse colidido com o mesmo e o arremessado 10 metros para longe.

- Isso que é recepção.

Ao focar no que estava acontecendo, podia ver uma grande formiga de mais ou menos uns 7 metros utilizando uma espécie de linhas azuis para movimentar formigas menores mortas como bonecos descartáveis. Seu adversário por sua vez, aquele que parecia ser feito de pedra, era um sapo dourado de 4 metros de altura que em sua pele oscilante dourada, podia-se observar uma espécie de pó que se misturava e se desvinculava do corpo anfíbio.

Tentando não chamar a atenção e talvez até não chamasse entre um duelo gigantesco daquele, Ade olhava em volta e podia verificar inúmeras criaturas furtivamente aguardando pelo vencedor para que pudessem tomar alguma atitude.
A formiga controladora lançava inúmeros corpos menores de suas companheiras formigas cortadeiras, que escalavam o corpo dourado do sapo sem sucesso pois o mesmo as destruía com espetos feitos de pó dourado que eram moldados em sua pele única.

Abrindo sua boca, uma língua gigantesca dourada se lançava contra a grande formiga e a puxava como se tentasse engolir aquele ser maior que a si mesmo. Apesar de parecer impossível, a força do puxão fortificado por um redemoinho de pó dourado que se formava na boca da criatura ia triturando o inseto pouco a pouco que fazia um som estridente ao ser dizimado.

Vendo a morde uma das criaturas e a posição quase que indefesa ao finalizar um adversário, diversos outros monstros míticos avançam em uma espécie de embate final valendo tudo. Um corvo de uma asa só, gigante o bastante para voar com uma batida de asa, com penas azuis que soltavam uma energia negra e caótica. Quatro Oniscideas com 2 metros de altura, vulto tatus-bolinha, rolavam com suas carapaças espinhosas entre todos e quando iam se bater, passavam misteriosamente um por dentro dos outros como se não estivessem ali e continuavam rolando infinitamente.

Desviando de todos e tentando golpear com seu bico extremamente fino, um beija flor nego, com penugens que possuíam uma coloração que indicava claramente veneno. Suas asas e bico batiam para voar e golpeavam os inimigos tão rápidos que quase não podiam ser vistos. E por último, próximo a fresta de luz la em cima, uma grande aranha disforme que aguardava para dar o bote em todos la embaixo.


- Katon: Onidōrō.

O cenário se iluminava e as criaturas entendiam que mais um competidor adentrava a arena. Centenas de cabeças flamejantes fantasmagóricas iluminavam o ambiente acuando um pouco os adversários e queimando os desavisados. No momento que o beija flor desviava facilmente do jutsu katon, um feixe de teia vinha do teto e o fisgava para o topo onde era comido pela aranha monstro. O corvo com sua imensa asa fantasmagórica varria todos os Oniscideas e cada um que encostasse em sua pena caia morto quase que imediatamente. O sapo então por sua vez da um grande salto e abocanha a boca do pássaro porém parece que a energia fantasmagórica do mesmo vai definhando o anfíbio lentamente que em uma ultima cartada, invoca uma onda de pó dourado para encher o corvo e o estufar até a morte.



Com cada criatura morta ali, Ade se sentia um pouco mais forte e seu chakra se regenerava ao máximo quase que instantaneamente...
Vendo todos os adversários mortos, a aranha arremessa uma teia imediatamente no torso de ade e o puxa o mais rápido possível para o teto. Talvez por ser um humano pequeno, pensou que em um golpe conseguiria finalizar a criança.
Armando seu grande braço com garras afiadas, o mesmo golpeava no momento que Ade passaria em seu alcance com o puxão de teia que tomou.
Ade por sua vez utilizou seu elemento vento para se propulsionar no momento certo e fazer a criatura perder a pequena janela de tempo para acertar seu golpe em cheio. As garras passam rasgando um pouco de sua perna, más em contra partida o garoto alcança a face da criatura e a estocava com sua espada envenenada. A criatura se debatendo meio cega e desesperada e Ade lutando por sua vida, caiam do teto enquanto se golpeavam para ver quem sobreviveria...

Tudo ficava escuro e o garoto não sabia se tinha sido obliterado ou tinha conseguido destruir aquilo tudo ou se morrera pela queda. Quando sua audição conseguiu entender o que estava acontecendo só ouviu as palavras de seu meste:

[Sensei]: - Me de uma de suas mãos e vamos iniciar sua vida nova, tenho muito o lhe ensinar...

Seus olhos focaram no mesmo e quando levantou sua mão direita, outras duas mãos se levantavam juntamente...

Ali iniciava-se a caminhada da primeira aranha humanóide de iwagakure e quem sabe do mundo todo.

Considerações: