Era final de tarde na vila da pedra. Mais um encontro em uma lanchonete procurando alguma garota para sair e mais um fora recebido. A garota loira que Darkon trocava algumas ideias naquela lanchonete terminou uma conversa de meia hora que eles estavam tendo falando que precisava acordar cedo no dia seguinte e deixou ele sozinho na mesa. O chuunin da pedra se despediu da garota com um beijo no rosto e em seguida pediu um hambúrguer de carne para o atendente, ao qual recebeu como resposta "Sua conta já está no limite, Darkon, não posso trazer mais nada para você antes que você pague o que deve. Ordens do patrão!", ao qual Darkon respondeu "Acho que ouvi errado. Por um momento pensei que você tivesse negado uma refeição para mim, que estou vindo de uma missão secreta, sabe... missão essa mais secreta do que o fato de uma certa pessoa gostar de usar a calcinha da esposa enquanto trabalha em uma certa lanchonete...", frase essa que fez o atendente ir rapidamente até a cozinha do local e um minuto depois já trazer o hamburguer pedido por Darkon.

Enquanto lanchava seu hambúrguer, Darkon observou pela sombra em uma parede próxima dele alguém se aproximar. A sombra de uma pessoa com cabelos longos o deu esperanças de que a mulher com a qual ele conversava antes retornava para ele, porém, ao olhar para trás, percebeu que se tratava de um homem.


O homem de cabelos longos sentou perto de Darkon, e pediu uma refeição sem carne e um suco de laranja. Darkon, que havia terminado seu hambúrguer e agora tomava uma bebida em uma garrafa, se virou para o homem e iniciou uma conversa.

"Não está podendo comer carne? Acho que entendo você. O meu antigo cachorro, o finado feijãozinho, que hoje está no céu dos cachorros, ele também teve um problema nos dentes e não podia mastigar carne quando estava mais velho. Era um problema de cálcio, algo que deixa os dentes e os ossos bem frágeis. Você tem o mesmo problema? Se quiser conselhos, eu posso falar como cuidamos dele. Aliás... quer tomar uma? Isso aqui é melhor que suco de laranja." 

O chuunin da pedra agora oferecia uma garrafa de alguma bebida que estava tomando para aquela pessoa ali perto.

Considerações:

Aquele homem sentado ao lado de Darkon era sem dúvidas uma pessoa diferenciada. Em um momento, o homem, que falava sério sobre algum problema de saúde, de repente deu uma risada ao falar sobre ossos. "Cada um com seu senso de humor, quem sou eu para julgar...", pensou o chuunin da pedra. Porém, quando Darkon ofereceu uma bebida para ele, o homem aceitou e tomou um pouco da bebida que ele estava tomando. Em seguida, sugeriu que bebessem juntos ali, porém alguma outra bebida dessa vez, perguntando se o homem continuaria bebendo com ele.

"ㅤㅤAceito. Qual bebida você me sugere?"

"Ah, deixa comigo! Ô meu ninja renegado - Darkon chamava o atendente agora -, traz aquela bebida proibida pra mim e pro meu amigo aqui." - ordenou ao atendente.

"A propósito, sou novo no vilarejo, cheguei não faz uma semana. Eru, é meu nome. Você já é antigo aqui na vila? Se for, poderia me ajudar me mostrando um pouco da cidade. Eu trouxe até um caderno de anotações, para anotar tudo e não esquecer nada." - e então Eru mostrava um bloco com algumas coisas escritas.

 "Seja bem vindo na vila da pedra, Eru. Eu moro aqui desde sempre. Posso sim lhe mostrar um pouco do local e ajudar nessas anotações aí. Mas antes de sairmos, olha só!"

Darkon apontava para o atendente do local, que trazia para eles algumas garrafas exóticas, parecendo possuir cobras dentro delas. Em seguida, serviu da garrrafa que parecia ter uma cobra esverdeada dentro duas doses da bebida, uma para Darkon e outra para Eru.


"Essa é a bebida que eu pedi, Eru! Se chama A Desgraçada. É uma bebida exótica feita com a saliva de uma cobra verde que só é encontrada lá na vila da folha. A saliva dela não é venenosa, mas eu já vi duas pessoas desmaiarem ao tomarem uma dose dessa daqui. Vamos ver se a gente vai cair ou ficar de pé com essa desgraçada!"

Darkon agora pegava o copo com sua dose e tomava de uma vez só, esvaziando o copo e dando três socos na mesa em seguida, gritando "QUE DESGRAÇADA QUENTE, EITA LASQUERA, CACETAAAAADA QUE NEGÓCIO QUENTE", em seguida balançou um pouco a cabeça e os ombros, como se tivesse tido um arrepio, e olhou para Eru em seguida, falando:

"É bem tranquila até, confia, pode experimentar."

Considerações:

Darkon ficou surpreso quando viu Eru tomar a bebida e continuar de pé. A maioria dos ninjas que ele conhecia passavam pelo menos um pouco mal após tomar aquela dose.

"ㅤㅤForte, não? – Disse Eru após tomar a dose da Desgraçada – Você não me disse seu nome, a propósito."

"Meu nome é Darkon. Caso precise de algo aqui na vila, procure pelo Darkon. Exceto questões financeiras. Essas não posso ajudar nem a mim, imagine aos outros..."

"Eu já terminei de comer, inclusive. Estou de saída. Vai mesmo me ajudar? Se for, vamos logo, já está escurecendo."

"Vamos já, só um segundo, estou vendo uma bela moça ali na outra mesa que tá olhando pra mim vez ou outra..."

Eru nem ouviu direito o que ele disse, pois o ninja de cabelos longos já estava saindo pela porta do local naquele momento. Darkon foi atrás do ninja que não comia carne e o encontrou do lado de fora do local. Então, disse para ele o seguir que iria mostrar mais da vila para ele. Darkon já começou falando para Eru notar que a vila era única pelas paredes que cercavam ela, tornando o local muito seguro de modo geral, e assim começou a andar pela vila, até chegar na frente de um prédio que ficava no centro da vila.


"Ah, aquele prédio grande ali é onde fica a administração da vila. Mas não temos um kage no momento. Vez ou outra eu vou lá comer umas coisas de graça. Desde que não vejam você comendo, é de graça, entende?" - falava Darkon enquanto dava leves gargalhadas.

Eles também passaram pelo campo de treinamento principal da vila, onde Darkon falou para Eru que "é um local bem silencioso, pouca gente treina aqui. Quando quiser relaxar, esse é o local". Passaram também por algumas lanchonetes no percurso que fizeram.

"Bom, eu poderia falar para você sobre as comidas que vendem nessas lanchonetes, mas você não come carne, então seria o mesmo que eu descrever o corpo de mulheres bonitas para um eunuco."

Após mostrar onde ficava o prédio dos administradores da vila, locais de treinamento, local onde ficava a academia da vila e evitado falar sobre lanchonetes, Darkon terminou a volta em círculo pela vila que havia feito com seu seguidor e perguntou para Eru:

"Acho que isso é o básico. Mas então, eu sou um chuunin aqui da vila. Você veio de qual vilarejo? Posso lhe auxiliar com treinos nesses próximos dias, caso queira."

Considerações:

ㅤ"Eu sou de um vilarejo no extremo norte do País da Pedra... Chama-se Ikebukuro. É pequeno, você não deve conhecer."

"De fato, nunca ouvi falar nesse vilarejo..." - Darkon estava lembrando o nome de todos os vilarejos ao norte do país, e não lembrou de ter nenhum com esse nome.

"Há saídas laterais no domo? Digo, se houvesse um acidente ou um ataque, teria que ter alguma saída de emergência, não é? Onde ela seria?"

"Entendo... hahaha... você é um medroso, e quer saber por onde poderia sair rapidamente da vila caso ocorresse um ataque nela. Me siga, vou lhe mostrar uma saída de emergência que eu e outro ninja usamos quando necessário. Impossível alguém saber quem entra ou sai da vila por ela. Vamos."

Darkon foi andando até um dos portões de saída da vila, enquanto falava para Eru que eles tinham que sair da vila para ele mostrar o caminho correto a ser feito, até chegarem num atalho para entrar na vila sem ser percebido. Durante o percurso, ele novamente falava sobre a vila e contava histórias sobre os locais onde passavam, como uma casa onde morava a mulher mais bela da vila da pedra e outra casa onde morava um homem muito estranho que tinha ensinado para ele conhecimentos secretos sobre ninjutsu. E após algum bom tempo andando, eles chegavam a um local nos arredores da vila, um campo com bastante grama e poucas pedras, um local ideal para olhar a lua que estava muito bela naquele dia.


"A lua está tão brilhante, não é mesmo? Ela parece brilhante, mas apenas reflete a luz do sol. A lua é uma mentira. Além de ter apenas três letras no nome, existe mais essa coincidência entre você e a lua, Eru."

Darkon, enquanto falava sobre a lua, se afastava de Eru aos poucos, até parar um pouco distante e então ficar encarando Eru naquele local nos Arredores da Vila da Pedra, vendo como ele iria reagir.

Considerações: