[ Cena ] ▸ Nebaneba Shita Kitsune.

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Revouv

Tokubetsu Jonin

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Sáb 8 Jan 2022 - 8:32

あいまいなアート._{Vivam enquanto vocês amarem viver.}

Um Jinchūriki, pessoa que hospeda uma das criaturas mais temidas do mundo ninja, o receptáculo corpóreo para um dos seres vivos mais poderosos conhecidos, uma Bijū. A sensação de hospedá-la é como se houvesse algo que esconde-se em sua sombra, que prende-se naquilo que você mais teme no desconhecido. Eu não consigo percebê-la, mas sinto-a como um sexto sentido. De todas as sensações, essa é a que mais se destoa. Parece que até respirar torna-se diferente de alguma forma. Tornou-se quase um hábito levantar de manhã e sentir o selo em meu corpo, aquilo que vedava a besta, que me amaldiçoava, e nessa manhã, não seria diferente. Eu não tinha experiência em portar uma Bijuu, mas com certeza sabia como lidar com uma, já havia visto incontáveis vezes o quão poderoso uma pessoa que a domina pode se tornar, e vou fazer como sempre fiz, vou usar do conhecimento e habilidade dos outros para fortalecer-me, tal como uma verdadeira quimera. Preparar-se para se encontrar com uma forma de vida como essa é como preparar-se para saltar de um precipício. Esticando o tapete da sala, movendo os móveis e deixando o ambiente confortável para uma meditação, afinal, não tinha ideia de quanto tempo isso poderia demorar. Cruzando as pernas, respirando fundo e fechando os olhos, deixo-me ser guiado pela presença da Rokubi: — Vamos nessa.

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Yukikitsune Kaonashi

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Tokubetsu Jonin

Sáb 8 Jan 2022 - 13:40

あいまいなアート._{Vivam enquanto vocês amarem viver.}

Mergulhando nesse abismo, eu me vi inerte dos meus sentidos, como se tivesse sido teletransportado para algum lugar, mas não obstante, mantinha-me sentado em minha sala. Eu me levanto, o lugar era escuro, como se a própria luz estivesse apavorada pela presença avassaladora da criatura que espreitava naquele negrume: — Eu sei que você está aqui, garotão. Que tal a gente se apresentar de forma decente para variar. — Entoou, deixando minha voz ecoar pela escuridão infinda. Subitamente, um zéfiro voraz faz meus cabelos voarem, como um rugido de uma besta faminta por sangue. Sua silhueta vermelha destoa-se, imergindo como se lutasse contra a própria força, se contendo, selada pelo fūinjutsu em meu abdômen: — Humano tolo. Não ouse ordenar minha aparição. Você não sabe o que fez consigo. Eu não estou preso em seu corpo, você que está preso comigo. — Entoa a besta. Sua estatura colossal quase preenche o ambiente que antes parecia perpetuar-se eternamente: — Bom, eu não sabia que tinha que agendar hora para falar com voc-. — Respondo, acostumando minha vista a escuridão: — CALE-SE! — Brada a mesma, usando de sua dominância e imponência para me amedrontar. Por um instante, eu quase fraquejo com sua intenção assassina, mas mantenho a postura. Aquilo parece irritá-la: — Humano ingênuo... Se compreendesse a vastidão da sua insignificância perante mim, estaria pondo-se em seu lugar. Você não me teme?
— Eu até sentiria medo, sabe, se fosse a primeira vez, mas sinceramente, acho que já recebi bronca pior do Kagaya. Vocês se dariam bem juntos, ou se dariam bem mal.
— Eu posso ver que você não é tão fraco quanto a grande maioria de sua raça. Humanos, desde os primórdios de sua curta existência, cobiçam meu poder. Hoje, desenvolveram técnicas fúteis para nos prenderem aos corpos de candidatos hábeis ou facilmente manipuláveis. Resta-me saber que tipo de receptáculo você é, Kaonashi.
— Normalmente eu me apresento primeiro, e depois você diz meu nome, mas um musicista como eu está acostumado. Eu não faço ideia de que tipo de arquétipo ou estereótipo você tinha em mente, mas eu costumo impressionar mesmo. — Prossigo, ajeitando meu cabelo bagunçado:
— Você ainda não entende. Eu posso não ter sido a primeira Bijū que você conhece em sua vida, mas você não é meu primeiro Jinchūriki também. Eles apodrecem, morrem, suas vidas ínfimas não comparam-se a minha longevidade. E agora, eu darei um fim a sua ousadia, para que finalmente entenda a diferença entre nós dois, humano. — A besta termina, e então, o negrume parece tomar vida, ciência de minha existência, e como se mãos surgissem, ele me agarra e me mergulha em uma fissura dentro de minha própria mente. Minha visão escurece, e então, enquanto me debatia para me livrar das sombras, escuto duas vozes, masculina e feminina ao longe.

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Yukikitsune Kaonashi

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Tokubetsu Jonin

Sáb 8 Jan 2022 - 19:24

あいまいなアート._{Vivam enquanto vocês amarem viver.}

Eu me aproximo, cobrindo meu rosto com a direita enquanto tento dissipar as sombras. A temperatura cai, um ar gélido surge, tornando minha própria respiração nítida. A neve começa a cair sobre minha cabeça, e momentaneamente, é como se eu pudesse sentir onde eu estava. Duas pessoas, homem e mulher, levavam uma criança em seu colo, e a entregavam a um homem que desconheciam. A criança então é levada para dentro de um grande cercado, hectares de terra, e perde aquele casal de vista, com eles desaparecendo na bruma. É colocada na mão da criança uma enxada, e lhe é dito que deveria tratar a terra para o plantio, mesmo que debaixo da nevasca, mesmo que com horas intermináveis de serviço, pois naquele momento, ninguém ouviria suas vontades: — Tão jovem, e tão imprestável. Sua infância inteira tomada pelas mãos de pessoas que nunca se quer pensaram em sua própria mortalidade, em sua fraqueza. Você sempre foi desprezado pela humanidade, rejeitado por seus semelhantes, e agora, você deseja protegê-los. Você quer defender aqueles que não fariam o mesmo por você? — A voz da besta ecoava, estremecendo os arredores como se pudesse dominar meu subconsciente. As memórias avançam, eu me via agora cercado de um grupo de crianças. Elas eram amáveis, as primeiras que demonstraram o significado de empatia. No momento seguinte, a criança partiu em direção ao armazém durante a noite, e escondeu todos os equipamentos de trabalho. Durante a manhã, nenhuma das crianças teve como trabalhar. Os adultos culparam-nas como incompetentes, e as puniram pela falta de cuidado com a posse do senhor da terra. Todas sofreram pelas mãos da atitude impensada da criança, que apenas não queria mais vê-las trabalhando naquele inferno congelante: — Você sempre agiu baseando-se nas suas emoções inexpressivas, e machucou aqueles a seu redor por não saber expressar-se. Você deseja se tornar um musicista com essas mãos podres? Tudo que você toca morre, e por tocá-las, elas também sofreram. — Continua a criatura. A última memória, a criança desperta, ferida com a punição que sofrera. Todo o lugar queimava, as crianças haviam ateado fogo em toda a colheita. Temendo por sua própria vida, a criança fugiu, e antes de pular o cercado, pode ver ao olhar para trás uma das crianças ser executada por um dos adultos, morta por destruir o lugar: — Quando as pessoas precisam de você, você foge sem olhar para trás. Sua fraqueza custou a vida de quantos na guerra? Sua existência é uma sátira, um mortal fútil, que apenas causou sofrimento a todos aqueles que se encontraram com você. Sua música, sua arte, seus sonhos, todos serão consumidos pelas chamas, e serão esquecidos assim como seu nome. Sua vida, Kaonashi, é um desperdício do meu tempo. Você não deveria ter nascido. — Termina a criatura. Eu apenas abaixo minha cabeça. As memórias se vão, e um chakra maligno começa a subir por minhas pernas, cobiçando adentrar por meus olhos e tomar minha mente: — VOCÊ É UMA FALHA VIVA.

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Yukikitsune Kaonashi

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Tokubetsu Jonin

Dom 9 Jan 2022 - 7:14

あいまいなアート._{Vivam enquanto vocês amarem viver.}

— Pfft... Haha, HAHAHAHAHAHAHAHA! — Rio, escarneado-o com minha risada. O chakra que consumia-me recua instantes antes de chegar a meus olhos, eu rejeitei a frenesia: — Você... Seu verme petulant-
— Haha! Minha vez de te interromper. Já deu disso carinha, eu entendi seu ponto. — Interrompo-o, continuando. Eu me sento, respirando profundamente para manter a calmaria, em rejeição a fúria que a besta impunha sobre mim: — A girassol, enquanto me explicava sobre o processo de tornar-me um Jinchūriki, me disse que você poderia tornar-se minha maior maldição, ou uma benção, a depender de minhas intenções. Se as lendas sobre vocês estiverem certas, então você tentou me seduzir com meu passado trágico para me dominar. Eu confesso que sua tentação foi... Efetiva, a certo ponto. — Prossigo: — Eu quero compartilhar uma visão contigo. Quando eu era criança, eu odiava a humanidade. Eu usei como desculpa toda as tragédias da minha infância para justificar meus atos. Eu era alguém detestável, obviamente, que despreza tudo e todos porque tinha medo que as pessoas o machucassem, como tanto fizeram. Mas, viver dessa forma é ir contra tudo que eu sonhei durante minha vida inteira. Quando eu decidi que me tornaria um musicista, eu afirmei que entenderia as emoções das pessoas, e usaria isso para fazê-las bem. É com essa finalidade que a arte existe, encantar. A música é uma forma de expressar palavras e sentimentos que chegam ao coração pelos ouvidos, e mesmo com a ausência de qualquer significado real, aqueles que ouvem a música criam seus próprios significados. Essa é a magia da ambiguidade, é poder tocar todos os corações em um único verso, sem de fato querer dizer nada. — Continuo divagando, pleno de espírito. Ironicamente, aquela era a primeira vez que eu discutia sobre mim mesmo com alguém, que expressava meus sentimentos: — Pode não parecer, mas eu sou bom entendendo as pessoas, e você, de todas os seres pensantes que eu já conheci, é o mais quebrado de todos. Saber falar não te torna inteligente, e com certeza você é burro emocionalmente.
— Se você realmente acredita que sabe alguma coisa sobre mim, você é a criatura mais ingênua a hospedar uma Bijū. Sua ousadia é lancinante.
— Gosto do seu vocabulário rebuscado, mas de novo, o dom da palavra não te torna um gênio. Eu admito, e estou disposto a dizer isso apenas a você. Quando eu disse que suas tentações foram efetivas, é porque realmente me tentaram. Por um segundo, eu realmente fui tomado pelo mais puro ódio a humanidade. Eu queria fazê-los sentirem, fazê-los entenderem através da dor, mas... Se eu me permitir cruzar essa linha, eu sei que terei dado tantos passos para frente para no fim, não sair do lugar. Eu quero ser melhor que um instinto vingativo, quero fazer mais por aqueles que não podem se defender, e sei que com sua ajuda, eu terei a força para isso.
— Seu altruísmo não lhe faz alguém merecedor de minha misericórdia.
— Acho fofo você me achar altruísta.
— Então o que é? Você apenas quer atirar-se na frente da morte para defender aqueles que jamais fariam o mesmo por você?
— Bom, eu acho que foi por isso que me tornei um ninja, no final das contas. O meu jeito ninja de ser é esse, dar cor a vida. Eu gosto de pensar que ajudando aqueles ao meu redor, eu estarei fazendo jus a minha força, eu não me perdoaria se simplesmente deixasse as pessoas de lado quando eu poderia ter feito algo, afinal, foi esse tipo de ajuda que eu implorava quando era criança. Como poderia compor sobre o amor se não propago-o de alguma forma?
— ...Você... É realmente insuportável, humano.
— Sou bem mais que isso, sou um espetáculo falante~. E aliás, eu disse sobre meus problemas, não vai falar dos seus? Vamos começar pelo princípio, que tal me falar sobre como é a sensação de ser desprezado por todos os seres pensantes no mundo ninja? — Termino, abrindo espaço para a besta responder-me. Eu apenas buscava sua honestidade, e usava de meu domínio psicológico para tentar deixá-lo confortável para continuar.

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Yukikitsune Kaonashi

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Tokubetsu Jonin

Dom 9 Jan 2022 - 19:31

あいまいなアート._{Vivam enquanto vocês amarem viver.}

— Eu não sei o que você quer dizer, humano.
— Nem consigo imaginar como deve ser viver como você. Todos te temem, te desprezam, te tratam como uma arma viva. Se você realmente se considera um ser vivo, e não uma máquina bélica, como se sente?
— ...Eu não tenho nada a dizer. Me impressiona que você realmente esteja me perguntando isso.
— Pra te mostrar que eu não estou blefando em momento nenhum. Se vamos realmente nos ajudar, que tal começar com uma apresentação decente? Não vai me mostrar quem você realmente é? — Questiono-a enfim. Aquele negrume sombrio parece avançar em direção a um espaço, preenchendo-o como um vórtice, e no olho dessa tempestade, uma figura torna-se visível. Ele tem dois tentáculos ópticos destacados na superfície de sua cabeça e aberturas semelhantes a buracos como uma boca. Seu corpo assemelhava-se a estrutura de uma gastrópode, com uma constituição que liquefazia-se em uma substância corrosiva. Quando sua forma finalmente é revelada, ele por fim dissipa sua intenção assassina: — Poucos existem como você, Kaonashi. O nome é Saiken, a Besta de Seis Caudas como vocês reconhecem.
— ...
— ...Humano?
— PFFT HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
— ...Você finalmente enlouqueceu?
— TÁ DE BRINCADEIRA, VOCÊ É UMA LESMINHA GIGANTE?!
— Quando eu finalmente achava que sua petulância havia chegado no ápice, você demonstra que estou enganado.
— To te zoando Lesminha~. Beleza, que tal você me mostrar como podemos colaborar de forma mais eficaz. — Termino. Após o diálogo, o chakra da Bijū manifesta-se novamente, recobrindo meu corpo, mas desta vez, não havia intenções hostis, é como se o chakra estivesse me envolvendo e mesclando-se a mim: — Você pode tomar meu chakra e usufruir dele de forma benéfica. Agora, desapareça de minha vista, antes que eu me decida exterminá-lo, humano. — Saiken profere, e então, eu desperto da meditação. Minha aparência havia sido transformada em uma forma bestial, com uma aura flamejante e um chakra avermelhado que propagava-se pelo meu corpo. Eu decido retomar a forma, retornando a minha forma original. A Forma Jinchūriki me concedia poder em troca do uso do chakra da besta. Talvez aquele seria a benção que Jinjer havia informado: — Bom, eu imagino que isso seja um progresso. De qualquer forma, é melhor não abusar. — Finalizo, levantando-me.

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HP: (725 • 725) | CH: (2.850 • 2.850) | ST: (00 • 12)

Rokubi: (3800 • 4000)

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