Já era noite, e um dia já havia se passado desde o meu firmamento com o pacto de corvos.  Desde aquele momento, sinto-me bastante insegurança, além de ter começado a ficar fissurada com a ideia de me tornar eterna. Eu sempre possuí este desejo de me tornar imortal, mas nestes tempo isso deixou de ser um desejo - Tornou-se uma verdade obsessão. Por conta disso, na tentativa de relaxar o corpo e encontrar algum espaço de paz em minha mente, saí de casa e direcionei os passos até o campo de treinamento local, a fim de me manter solitária em meio a natureza, para eu eu pudesse reorganizar meus pensamentos e me livrar destes encostos malditos. Porém, como se fora uma artimanha do destino, acabei por me cruzar com uma estranha senhora, que trajava vestes negras. Ela devia estar com seus setenta anos, com cerca de 1,80 de altura e pele enrugada, apesar de conseguir se movimentar como uma pessoa jovem. Quando joguei meu rosto para trás, notei que a mesma havia desaparecido de vista. Não dei muita importância para o fato no momento, e apenas segui até o campo, onde sentei-me embaixo da copa de uma árvore, sem saber que logo ao meu lado, a mesma figura idosa se encontrava, oculta pelas sombras.

— "Eu estive lhe observando, pequena kunoichi. Estes pensamentos...Eles não saem da sua mente, não é? Você é uma das exímias ninjas desta vila, uma prodígio exemplar. Como uma Yamanaka, tive a oportunidade de saber exatamente o que estava lhe atormentando. Inicialmente, eu queria apenas algumas informações, mas agora...Eu vejo que posso lhe conceder mais do que uma simples ajuda." — Ela ditou.

— "Heh?! E quem diabos é você?" — Respondi, ficando de pé imediatamente e me virando para ela.

— "Meu nome é Kheile. Sou apenas uma apreciadora da ciência, ex-kunoichi dessa vila. Eu acabei sendo banida por ter sob minha posse um kinjutsu proibido. Porém, eu acabei usando demais de meu poder, e perdendo aquilo que me fazia permanecer viva, creio que posso acabar chegando ao meu limite e morrendo de vez. Por conta deste temor e de minha idade avançada por tê-lo conquistado já na velhice, eu anseio passar o meu legado adiante...Um legado imortal, se pode me compreender." —

Ela parecia não estar blefando. Ao perceber que as intenções da senhora eram verdadeiras e que de fato estava desesperada para ter uma sucessora, até me interessei. Baixei a guarda e cruzei os braços, aguardando que ela prosseguisse. Este era meu único sinal de interesse, pois se fosse um blefe, eu com certeza a mataria naquele mesmo instante. Mas...Qualquer oportunidade para obter a vida eterna, mesmo que improvável, era o suficiente para atrair-me.

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A Idosa soltou algumas risadas, antes de se  levantar do chão. Fixando seus olhares em mim, moveu sua mão de maneira a entender que estava a me chamar, antes de dar as costas, adentrando na vasta imensidão da mata do campo de treino. O fiz, ainda mantendo uma distância razoável de 10 metros da mulher, que levantava sua voz por mais uma vez.

— "Eu desenvolvi algo chamado 'Jiongu'. É um kinjutsu que garante a imortalidade a seu usuário, a custa de transformar seu próprio corpo por completo. Você parcialmente deixa de ser humano, mas ganha muitos benefícios por isso, como, por exemplo, ser capaz de se recuperar de ferimentos sem qualquer dificuldade. A única maneira de matar um usuário desta habilidade é destruindo seus corações ou o selando por completo." — Ela explicou.

— "Corações? - O que você quer dizer com isso?" —

— "Ah, é mesmo...Você pode possuir até cinco corações de diferentes elementos em seu corpo. O corpo do usuário se transforme em fios negros que simulam músculos, órgãos e ossos. Com estes corações, você não só aumenta seu poder, mas também lhe concede "uma vida extra". Não é tentador...? Se você quiser, pode dar costas e desistir dessa ideia. Você não tem obrigação de confiar em mim, afinal de contas." — A velha respondeu.

O Caminho estava mais claro, ao menos para mim. Obter a vida eterna, não importando os meios para isso, era certamente um de meus objetivos. Abrindo um leve sorriso após ouvir o que a velha tinha a dizer sobre esta técnica proibida, simplesmente acenei com a cabeça e continuei a segui-la. Estava disposta a pagar qualquer preço, pois pela imortalidade - Nenhum preço era alto demais.

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Cerca de vinte e três minutos se passaram, e o silêncio era mais do que perturbador. Acendendo um cigarro, caminhava atrás da idosa enquanto tragava o elemento em minha boca. Foi quando, enfim, havíamos chegado em uma espécie de monte, onde a velha aparentemente havia colocado um genjutsu, revelando sua verdadeira entrada para o subsolo.  Mesmo hesitante, continuei a jornada escadaria abaixo, até que alcancei uma espécie de salão prateado, com incontáveis aparatos - Tanto tecnológicos como comuns, voltados par aa medicina. Com uma grande maca ao centro e luzes radiantes, ela me mostrava o caminho.

— "Infelizmente, o Jiongu não é uma técnica do tipo que pode ser aprendida por métodos comuns. Eu vou precisar modificar todo o seu corpo por meio de cirurgias para que você possa ter acesso a isso. Depois, irei a selar a técnica e reconstruir você para que torne uma com este Kinjutsu. Não se preocupe, você não sentirá dor alguma. Bem, esta é sua última oportunidade de desistir. Caso não, deite-se na maca, e então eu irei iniciar o processo de modificação." — Kheile disse.

— "Vamos logo com isso. Eu não sou do tipo que gosta de enrolação." — A respondi, imediatamente me jogando na maca.

A idosa suspirou, com um leve sorriso, e então levantou a manga de meu braço direito, aplicando uma injeção anestésica. Aos poucos, a consciência escapava de meu corpo, e dentro de um minuto, me encontrava inconsciente. Sem sentir dor - Era o momento decisivo. Eu não tinha certeza se aquilo seria meu fim ou o início de uma nova  Ventress, mas eu não tinha opção se não arriscar.

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Será que eu tinha mesmo tomado a escolha certa? Não tinha certeza, e perdida no mundo de meu próprio subconsciente - Nem mesmo sabia o que estava a ocorrer. Anestesiada, a noção de tempo e espaço havia se perdido. Eu me via sozinha, em uma dimensão escura e vazia. Olhava para os lados, e tentava falar. Minha voz era muda, mas ao mesmo tempo ecoava por todo o local. Porém, quanto mais seguia em linha reta - Mais sombrio ficava aquele maldito lugar. Foi até que, então, eu alcancei uma porta. Ao abrir, havia adentrado em minha casa - Ainda quando era criança. Me recordei das memórias, que lentamente se reformavam logo a frente de meus olhos. Revivia as tragédias e risos, bons e maus momentos. A cada passo, uma nova lembrança ressurgia. Porém, sentia falta de alguma coisa: Uma única figura não fazia presença em nenhuma das memórias. Foi então que eu senti o leve toque de uma mão suave sobre meu ombro direito, sussurrando em meu ouvido.

— "Finalmente eu te encontrei, minha irmã..." — Ditou.

Ao ouvir a voz de meu irmão mais velho, era como se eu estivesse colapsando. A dimensão em minha mente veio a cair, e meus olhos reais se abriram, com direito a um grito ensurdecedor que acabei soltando após acordar. Ofegante e olhando para trás, percebia que ainda estava no laboratório. O problema é que estava coberto de sangue. O corpo da idosa se encontrava esquartejado no chão, e tudo ao redor parecia destruído. Meu corpo não estava agindo como antes...Eu sentia minha própria carne se distorcer, enquanto leves risadas eram ouvidas de fundo. Ainda confusa...Não tinha certeza do que era alucinação ou realidade. O que, de fato, eu havia acabado de presenciar?

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Sem explicação, meu corpo moveu-se por vontade própria, se jogando contra uma das mesas próximas, como uma tentativa desesperada de se proteger. Lentamente recobrava a consciência. Cortes eram visíveis em minha pele, mas não era possível visualizar sangue - E muito menos carne. Por dentro, tudo era negro, e coisas semelhantes a finos fios negros deixavam o ferimento, balançando de maneira descontrolada.  Esse era um padrão presente em todos os cortes e suturas de meu corpo.

— "Foi difícil te localizar após todos estes anos. Para falar a verdade, eu nem acreditei que era você, Ventress. Não vá me dizer que se esqueceu de mim, sua idiota. Será que esse tempo mexeu mesmo com sua cabeça? Eu não estaria impressionado se sua mente já estiver degradada." — Uma voz masculina ditou.

— "I-Impossível...Naoya?!" — Exclamei, me virando em sua direção. — "O que você está fazendo aqui, maldito? Veio pra me matar?" — O questionei, dando passos para trás enquanto alcançava meus Makimonos.

— "Te matar? Não seja estúpida, sua cabeça-oca!!! Eu vim te ajudar. Eu traí a família, aqueles imundos merecem todo o desprezo possível. O pai enlouqueceu, nossa mãe está doente e nossa irmã se afundou em um mar de escuridão tão fundo que nem mesmo eu pude trazê-la de volta. Eu me mantive na linha, e fugi de lá. Eles agora devem estar querendo a minha cabeça, mas eu to pouco me fudendo. Estou feliz que esteja viva." — Ele respondia, com seu icônico tom de deboche.


Em seguida, apenas permaneci respirando, enquanto baixava a cabeça. Me ajudando a me manter de pé, Naoya conduziu-me até uma cadeira próxima, onde me deixou com cuidado. Em seguida, puxou uma outra para si próprio, onde colocou-se de frente a mim. Com um sorriso contínuo, ele mais uma vez levantava a voz.

— "É um milagre que esteja viva. Seu corpo quase colapsou durante o processo de selamento do Kinjutsu. Os fios foram liberados e você acabou destroçando aquela velha em instantes, mesmo inconsciente. Eu pude contê-la e finalizei o processo. E sim, eu estou por trás disso. Eu lhe concedi um corpo imortal, pelo simples fato de que eu não quero perder mais uma pessoa a qual eu sou apegado. Nunca nos demos muito bem de verdade durante a infância. Até nos odiávamos, mas no fundo, somos irmãos de sangue, não é? É impossível conter este amor de família. Por mais que você seja podre de espírito, ainda sim é minha irmã. Não posso deixar que sofra do mesmo destino que Emma." — Ele explicou a situação.

Eu até gostaria de respondê-lo, mas estava me sentindo fraca demais. Mal tinha forças para manter os olhos abertos. Mesmo assim, ele sabia que eu tinha compreendido o que ele tinha a dizer, por conta de minha expressão facial. Imediatamente colocou meu braço direito ao redor de seu ombro, deixando o local. Após sair pela porta da frente comigo, ele realizou um único selo, detonando todo o laboratório, para que as evidências fossem apagadas do mapa de uma vez por todas. Então, de novo...Eu apaguei.

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Se havia algo que eu jamais esperaria vindo de um de meus irmãos, era que um deles fosse se aliar a mim e abandonar os princípios do clã. Eu sempre odiei Naoya com todas as minhas forças, e com bons motivos para tal. Talvez fosse só uma armação e fingimento por parte dele, pois ele sempre foi conhecido por ser um ótimo manipulador. De qualquer forma, ao menos por enquanto, eu não tinha opção se não me manter ao seu lado. Ele sabia como me matar nesta forma, então seria fácil para que ele o fizesse quando bem entendesse. Ao acordar por mais uma vez, ouvi meu irmão exclamando em voz alta. Abrindo os olhos de maneira repentina e me levantando em um instante, joguei olhares ao meu redor - Percebendo que estava em meio a uma grande floresta, no caminho para Konoha. Os enjoos e efeitos negativos de antes haviam sido curados. Meus órgãos, esqueleto e carne haviam sido completamente substituídos por uma quantidade incontável de fios negros. Eu já não era mais humana por dentro, e havia me tornado completamente imune a doenças ou qualquer coisa que pudesse ferir a frágil composição humana. A única coisa orgânica que me restava era o coração. Apesar disso, os meus vícios ainda permaneciam. Sacando um cigarro de meu maço, o acendi, levando-o até a boca.

— "Pensei que não fosse acordar tão cedo. Parece que finalmente seu corpo se ligou por completo. Estamos com problemas aqui, Ventress. Tem alguém se aproximando, e rápido. Parece que nossa família já tomou a primeira medida para tentar me eliminar. De qualquer forma, será uma boa oportunidade para você testar suas habilidades. Você pode manipular o seu corpo da maneira que bem entender, então utilize isso a seu favor. Eu poderia cuidar disso sozinho, mas quero vê-la em ação. Será uma boa oportunidade de você ir se acostumando com suas novas habilidades. Não use técnicas ou marionetes, vai tirar a graça do momento." — Ele disse, com um sorriso confiante no rosto.

— "É maravilhoso...Sinto como se eu pudesse fazer qualquer coisa agora." — Dizia, fazendo com que meus dedos se desfizessem e logo depois se remontassem em um único instante. — "Bem, com o tempo irei descobrir mais coisas sobre este kinjutsu. No momento, creio que eu deva me focar somente em meus adversários." — Ditei, me preparando para o combate iminente.

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E então, do meio das árvores, um único sujeito surgia - Ele possuía traços fortes, de pele escura e bastante musculoso. Apesar disso ocultava sua face com uma máscara em formato de águia, indicando que era um ex-membro da ANBU ou algo similar, sob as ordens de minha família. Sem ditar uma palavra, sacou uma longa Tõken e transferiu seu chakra para a mesma, avançando contra Naoya. Sem dificuldades, meu irmão defendeu-se da investida do sujeito apenas ao balançar de seu braço destro. Arremessando pequenas esferas de argila imbuídas com seu chakra, ele realizou um selo referente a tigre, o que ocasionou na completa detonação da argila, efetivamente atingindo o assassino contratado.

— "Ele não está atrás de você, Ventress. Mas vou fazer que esteja, haha!" — Naoya exclamou.

— "Aquela vadia é a sua irmã, não é? Ah, muito bom! Vou receber pagamento em dobro por eliminar vocês dois de uma vez só!" — O assassino ditou.

Então, direcionou seus passos a minha pessoa. Com um avanço rápido, ele cravou sua lâmina longa em meu abdomen, girando-a para que pudesse rasgar-me para causar o máximo de dano possível. Porém, quando percebeu, nada havia acontecido. Eu não sentia dor, e com a manipulação dos fios, fiz com que emaranhado deles se enrolasse ao redor da espada, restringindo-a dentro de meu corpo e impedindo que o assassino a puxasse. Com um grunhido de raiva, ele pulou para trás, a fim de afastar. Porém, eu segui sua esquiva ao esticar meu braço esquerdo para quinze metros, de maneira inumana. Ele era dividido em diversos segmentos de pele e fios negros, que se dobravam de maneira a não apresentar juntas ou qualquer propriedade limitadora. Com o braço esticado, realizei um movimento em horizontal com o punho cerrado, atingindo-o em cheio na máscara. O impacto foi forte o suficiente para quebrá-la, enviando-o direto para um tronco de árvore próximo. Em seguida, retraí o braço em um instante, abrindo um largo sorriso sádico no rosto.

— "Não é a toa que o pai tinha tanto medo de você. É realmente um monstro, e consegue se adaptar a qualquer situação com facilidade. É a maior prodígio de nossa família, talvez seja por isso que eles querem tanto se livrar de você. Heh, dei sore de não seguir a mesma ideologia que eles, seria péssimo se tivéssemos que nos matar por um motivo tão ridículo, não é? Tenho um pouco de inveja, mas isso não significa nada. Em breve, você vai me superar, de qualquer jeito..." — Naoya dizia, visivelmente contente com minha performance inicial ao utilizar o Jiongu.

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De fato, o ninja assassino que fora contratado para vos eliminar era de um nível excessivamente baixo. Mal tinha capacidade de aplicar um único em Naoya. Meu irmão permanecia parado, apenas movendo seus braços para defender-se da investida de ataques incessante do outro, que parecia estar dando tudo de si naquele combate. Muito possivelmente ele era só uma peça para coletar informações à distância. Com certeza Naoya já sabia disso, mas parecia não se importar - Muito pelo contrário, até parecia gostar da ideia de nossa família estar enviando homens à morte só para terem uma chance maior de conseguir nos superar.

— "Esse cara é fraco demais." — Ditei, para provocá-lo.

Com um visível olhar de fúria, o assassino ferido virou-se para mim e lançou diversas armas, que perfuraram pontos variados de meu corpo: Cabeça, braços e uma perna. Mesmo assim, não me movi um único centímetro, permanecendo com a mesma expressão irônica. Ele parecia não acreditar no que esta vendo. Dos pontos atingidos, manipulei os fios, fazendo com que uma quantidade incontável deles saísse dos buracos dos falsos ferimentos - Que rapidamente seguiram na direção do agressor, envolvendo-o em uma camada de fios negros. Em seguida, afiei os mesmos e realizei um movimento descendente, realizando centenas de cortes no corpo do homem, que gritou em agonia durante vários segundos, enquanto seu corpo lentamente colapsava, caindo ao chão e se transformando em fumaça, deixando um único tronco no local. Em seguida, reapareceu em minha retaguarda, perfurando meu pescoço com uma faca.

— "Mesmo utilizando o Kawarimi, você não conseguiu evitar todos os danos? Que patético você é." — Disse, girando a cabeça em 180º.

Ele estava completamente aterrorizado, e não sabia o que fazer naquela situação. Eu sabia que havia um único ponto fraco em meu corpo: O Coração. Por conta disso, tomei cuidado em não deixá-lo descobrir. O assassino retirou a faca de meu pescoço e afastou-se, lançando bombas em minha direção. Sem dificuldade, esquivei-me das explosões, sempre buscando permanecer a uma distância razoavelmente curta de meu adversário. Aquilo já estava a entendiar-me, e em breve, finalizaria-o sem um único pingo de piedade.

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Como último esforço, o homem utilizou-se de uma técnica de Kenjutsu. Aumentando sua velocidade de maneira repentina enquanto o chakra imbuído em sua espada tornava-a uma longa lâmina de energia, decidi acender um cigarro. Levando-o até minha boca, pacientemente aguardei pelo ataque finl do sujeito, que ocorreu poucos instantes após a primeira leva de fumaça deixar meu corpo. Em um movimento horizontal único, moveu-se de maneira semelhante ao Shunshin no Jutsu. O corte foi limpo e certeiro, arrancando minha cabeça no mesmo instante. Ao jogar o rosto para trás, ele presenciou minha cabeça deixar o corpo, caindo em direção o corpo. Mas nem mesmo daquela maneira ele poderia fazer algo a respeito da minha imortalidade.

— "Não vou morrer, independentemente do que ocorra a meu corpo. Já deveria ter percebido isso há muito tempo, seu merda." — Ditei, sorrindo.

Então, diversos fios surgiram da base de meu crânio, rapidamente se ligando ao meu corpo por mais uma vez. Em seguida, estiquei o braço em sua distância máxima, restringindo todo o corpo do homem enquanto, forçadamente, retirava a espada de suas mãos. Trazendo-a para mim, apliquei o golpe final, partindo a cabeça do mesmo em dois segmentos irregulares com um único corte, colocando um fim definitivo àquele assassino. Em seguida, retraí o braço que havia sido manipulado com os fios negros, dando as costas e me aproximando de Naoya.

— "Você realmente gosta de se levar ao limite, não é, Ventress? Deixou sua cabeça ser arrancada de propósito para confirmar a extensão de sua imortalidade. Mas já deveria saber: Só morrerá se seu coração for destruído. Mas há algo além disso: Você pode roubar corações de outros shinobi, mas eles precisam estar vivos. Pode se acumular até 5 em seu corpo, cada um lhe garantindo uma chance extra de continuar viva... Eu recomendo que nós dois fujamos da vila. Vai ser mais fácil desta forma." — Naoya ditou.

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Talvez o que havia dito realmente tivesse razão. Me passar por boa moça nesta vila fétida nada estava me trazendo além de um atraso nas minhas capacidades. Além disso, as minhas atitudes atuais poderiam levantar suspeitas por parte das forças militares do fogo, que certamente não iriam demorar muito até descobrirem quem eu sou de verdade. De qualquer forma, apenas suspirei e concordei com a cabeça - Eu não tinha motivos para deixar a vila neste momento, pois estava a aprender muitas coisas e dominar habilidades únicas. Após a morte do assassino, seu corpo desfez-se em selos negros, indicando que uma técnica de destruição do corpo havia sido ativada a distância. Com isso, prontamente nos afastamos, para retornar até minha residência na vila oculta da folha.

— "É só questão de tempo. Eles certamente não vão poupar esforços para conseguir nos eliminar, então esteja preparada. O inferno está apenas começando, e para falar a verdade, sozinho, nem mesmo eu seria capaz de vencê-los. Preciso que alcance todo o seu potencial o mais rápido que puder, Ventress." — Naoya disse.

— "Não precisa me falar o óbvio. Eu não pretendo ficar muito tempo a mais na vila, é um lugar bem perigoso para nós dois. Em breve estarei deixando estas terras, mas preciso de mais conhecimento e poder para me garantir, caso algo venha a acontecer. De qualquer forma...Vamos deixar isso para depois." — O Respondi.

Então, retornando para minha casa, abri sua porta e adentrei. Eu nunca pensei que estaria fornecendo estadia para um de meus irmãos. E era irônico - O homem que eu mais odiava nesta existência acabara por se tornar o meu melhor aliado. De fato, este mundo era uma verdadeira e misteriosa caixinha de surpresas.

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