Azshara foi até a pessoa que arquitetava tudo naquele lugar, ela tinha um plano maravilhoso e precisava levar para ele urgente.
- Senhor, acabei de achar a solução para nossos problemas. –
- Espera que seja algo bom, ou vou banhar as paredes dessa sala com seu sangue. -
Confiante ele começou a falar. – Seu problema na balança é a presença deles no tempo que não é deles, e se a gente eliminar todos eles. –
- Forças divinas não podem matar humanos, se era só isso, adeus. – O celestial ia estalar os dedos quando a mulher com uma confiança argumentou.
- Humanos podem se matar, e que tal o humano que fez tudo isso fazer pessoalmente. –
- Ele não fará, ele ama demais aquelas pessoas. –
- Eu e ele temos uma história particular, nos dois já fomos muitos íntimos, eu conheço aquela cabecinha, deixe-me levá-lo para terra, lá eu garanto para você, ele vai ser meu bichinho de estimação e fará tudo que eu quiser. –
- O que nós quisermos, você quis dizer não é. –
- Claro, claro, isso. – disse a mulher. – Imagine alguém com as habilidades dele do nosso lado, mexemos um pouquinho ali, mexemos um pouco aqui, e no fim despertamos ele para ver o que ele fez, acho que essa seria nossa maior vigarice. –

[...]

Em Hoshigakure uma organização nasceu, eram comandados por uma mulher que se apresentava como Lady Hydra, ele usou aquele pequeno país para algo grande, em uma noite de eclipse no subsolo uma grande urna enorme era trazida, dentro dela um corpo morto, e preso por correntes um escravo Otsutsuki.

A mulher se aproximou do Otsutsuki e agarrou ele pelos cabelos. – Eu não tenho dia todo, então faça logo o que você tem que fazer. – O Otsutsuki ativou seu Rinengan, fez os selos necessários e liberou. – Gedou – Rinnei Tensei no jutsu. – Mas ao fazer a vida do Otsutsuki foi drenada e sua essência transferida para dentro daquela urna, ao terminar a transferência a urna começou a se mexer e abrir, uma mão saiu completamente suja de sangue, e por fim um homem saiu gritando desesperado e assustado, ele saiu de dentro dela, mas não tinha equilíbrio para se manter de pé e caiu no chão, tentava se levantar, mas escorregava no próprio sangue. A mulher caminhou para perto daquele homem, que dizer, garoto, sua aparência era de um jovem de dezoito anos. – Eu sei que está com medo, mas isso vai passar, assim como a dor. – O garoto assustado olhava para a mulher tentando entender o que era isso. – Relaxa, está tudo bem. – A mulher se aproximava estendendo seu braço para ele. – Tá tudo bem. – O garoto tentou atacar a mulher, mas ela recuou e os guardas se puseram em ataque, mas a mulher pediu para que eles se acalmassem, o garoto continuava assustado engatinhando tentando entender o que era tudo isso.

- Onde... onde... – O garoto tentava falar, era uma voz jovem e inocente, curiosa, mas um pouco assustada, a mulher deu os dois braços para ele. – Onde você está? Está salvo, vem. – Ajudando-o a ficar de pé, de pé ele continuava olhando tudo ao redor, tudo aquilo era novo para ele. – Isso, devagar. – Ajeitando-o enfim de pé contra uma parede, o garoto mantinha o olhar para os lados, não conseguir olhar diretamente.

Ao lado um cientista fazia algumas anotações em uma prancheta, aquilo chamou a atenção do garoto, a mulher pegou a prancheta e a caneta e mostrou para ele. – Sabe o que é isso? – Com as mãos tremulas tentando agarrar por curiosidade, o garoto olhava com atenção para aquela caneta, a mulher continuava. – É uma caneta, viu? Tenta. – Entregando o objeto nas mãos do garoto, que a agarrou completamente sem jeito com a mão segurando-a por inteiro e completamente sem qualquer tato para aquilo começou a rabiscar qualquer coisa no papel, a mulher o elogiou pelo feito. – Muito bem. – Ele olhou para ela e tentou falar. – Ca... Caneta... Cane-ta. – E ficava repetindo sem parar, a mulher o segurou pelo rosto olhando nos olhos azuis dele. – Olha pra mim, lembra de alguma coisa? Sabe qual é seu nome? – Confuso, ele ficava pensativo. – Meu nome... meu nome... meu nome... –

Era claro que aquele garoto não tinha qualquer conhecimento básico, qualquer sabedoria e até mesmo inteligência, era uma casca vazia e confusa, a mulher aproveitou e continuou. – Nos somos a sua família, nos esperamos tanto pelo seu retorno. – O garoto tentou atacar a mulher que o parou e o girou no ar o rendendo no chão, o garoto se levantou e foi pra cima da mulher com violência e brutalidade, mas ela o rendeu novamente, e o agarrou de costas para ela, ele se mexia, gritava, parecia descontrolado, ela o abraçou e o manteve entre seus braços. – Calma... calma criança, se acalma. –

Mais tarde
Os dois estavam sentados um de frente para o outro com uma mesa os dividindo, a mulher serviu para ele comida. – Come, vai precisar de sua força. – Como se não comesse há anos, ele começou a comer aquela comida sem nenhuma etiqueta. – Você vai recuperar a fala, assim como seus instintos, mas todo o resto creio que não valia a pena manter de qualquer maneira. – O garoto enfim parou de comer e olhou para mulher tentando se comunicar. – Você...? você? – A mulher se aproximou dele. – Meu nome é Azshara Grey, você nasceu, viveu e morreu, e o que você viu do outro lado é a escuridão a ausência de tudo é aterrorizante, não é? Eu também vi, mais de uma vez e tudo que eu quero nessa vida é nunca mais voltar a ver, mas agora que estamos juntos não precisamos nos preocupar com isso. – Com a mão tremula apontando para si próprio o garoto repetia assustado. – Q-quem? Quem? Quem? – Com uma voz tremida, a mulher para tentar reconfortá-lo estendeu a mão para ele. – Meu menino você é tudo, você é tudo. –

Dias depois
Caminhando juntos por uma sala lotada de prateleiras cheias de armas, o garoto acompanhado da mulher observava cada uma daquelas armas, a mulher ia orientando. – Não importa o que você escolha, você é o salvador, no fim você é a arma. – O garoto pegou algumas kunais e a mulher o explicou. – Kunais? Boa escolha, uma arma pequena e letal, ótima para surpresas. -

Um dos melhores soldados de elite veio treinar e desafiar o garoto, ele foi pra cima, mas o soldado esquivou e acertou um soco no garoto, o garoto tentou novamente dessa vez utilizando as kunais, mas seu braço foi parado e recebeu um chute reto no peito jogado no chão, ele se levantou e foi novamente pra cima do soldado, mas foi acertado uma vez mais, dessa vez o ataque fez um ferimento em seus lábios, ao sentir ele sorriu para o homem, dessa vez o homem fez o primeiro movimento, o garoto parou o braço dele, bateu abaixo do cotovelo pressionando para cima expondo uma fratura e derrubando o guerreiro.

Dessa vez foram enviados quatro dos melhores para cima do garoto, a cada instante que a luta durava ele ia se adaptando a cada ataque e ficando mais ágil, mais forte, mais esperto e um por um ele foi derrubando, porem diferente dos soldados, o garoto era violento, agressivo, seus ataques deixavam ferimentos graves em cada um, seu olhar ficava cada vez mais frio, a Rainha adorava o que ela via, era isso que ela queria, mas qualquer shinobi bem treinado derrotaria com facilidade quatro bons ninjas, ela queria ver mais, dessa vez oito bons soldados foram pra cima do garoto, que mais uma vez se mostrou muito bom em evoluir a cada combate, ele parecia mais rápido, e sua ferocidade só aumentava. – Ele está pronto. –

O garoto foi cercado por cinquenta shinobis, dessa vez com katanas e muito bem equipados, o garoto só tinha em sua mão uma kunai que arremessou contra a luz acima da sua cabeça deixando o lugar completamente escuro, durou alguns segundos, os sons de golpes e gritos, com a luz se ascendeu com as tochas todos os cinquenta soldados mortos no chão, o garoto com uma katana em sua mão e a cabeça  de um dos homens na outra, a mulher ficou encantada, enfim ele mostrou que estava preparado, uma caixa foi trazido por um assistente contendo uma armadura.
- Você tinha me feito uma pergunta, isso é quem você é. –

O garoto tocou na máscara. – Qual o meu nome? – E foi respondido. – Seu nome em vidas passadas foi Hattori Shion, você era um guerreiro, um guerreiro que acreditava que a liberdade era a coisa mais importante que a humidade tem, você lutou e deu tudo de si para conquistar esse privilégio, mas essa liberdade custou sua vida. - - Como eu morri? - - Você foi tirado desse mundo após ser deixado para trás por aqueles que você lutou. –

Uma tela foi ligada com os rostos de todos os Kyuuseishu. – Essas pessoas foram seus aliados no passado, eles o abandaram para morrer, hoje são eles que estão tirando a liberdade do mundo. - - E qual é minha missão? -  - Sua missão? Sua missão é fazer o trabalho do senhor, sua Alcunha será Widowmaker, pois a cada momento em que você lutar uma viúva irá nascer, você será aquele que trará o mundo o eixo que ele precisa estar. - - E o que você é minha? - - Eu sou sua mãe. - - Minha... mãe? –

Mais tarde e vestindo a armadura o garoto se perguntava. – Você tinha dito que essa armadura me ajudaria, mas sinto meus poderes sendo controlados. - - Seus poderes não estão sendo controlados, estão sendo concentrados. - - Qual a minha primeira missão? - - Esse jovem, Uchiha Senko, execute-o, não deixe provas ou formas de ser rastreado, quero a confirmação de sua morte em doze horas. - - Mas ele não é um Kyuuseishu. -  - Todos aqueles com ligação com os Kyuuseishu, tem apenas dois destinos, ou se junta a nós, ou será exterminado. - - Nos quem? - - A Hydra. -

Saindo do esconderijo, o garoto se preparava para sua primeira missão.