Primeiro dia
Um homem foi amarrado com os braços preso a uma corrente, seu corpo é erguido alguns centímetros do chão, um outro homem forte chega carregando um compartimento com alguns baldes de água, ele pega um pela alça, segura por baixo e joga toda a água gelada no corpo do homem, que reagiu com o frio. – Gosto como se debate. – Uma voz feminina apareceu por aquela sala provocando. – Sem seus dons, seus poderes, seu chakra, você agora é só um homem comum. – Utilizando uma bateria e dois fios que ligavam nela, a mulher encostou no corpo do homem que gritou de dor ao receber a descarga elétrica.

O corpo do homem recebeu tanta carga elétrica que aos poucos começou a sair fumaça de seu corpo, sua boca tremia com seus dentes se batendo. Não satisfeita, a mulher pegou uma lâmina cirúrgica, levantou a sobrancelha dele e acima do globo ocular começou a introduzir, para ele só restou apenas gritar.

Com o passar do tempo ele acabou desmaiando, e foi acordado com mais um balde de água gelada e o ritual de eletricidade recomeçou com a mulher brincando. – Como será que ele reage com um choque no saco? – Conectando os fios aos testículos do homem.

Novamente ele desmaiou de dor e foi acordado mais uma vez com o balde água fria. – É tão chato quando você apaga, fica tão silencioso aqui, eu adoro seus gritos. – Pegando o dedo indicador do homem, ela começou introduzir entre as unhas dele um pequeno graveto, que à medida que foi entrando o homem começou a se debater de dor e gritar, seu corpo balançou tanto que ele acabou vomitando.

Assim iniciou seus dias ali.


Depois
Uma música ambiente calma e melosa dava ritmo a um grande escritório completamente branco, cercado por funcionários e funcionárias todos vestindo cores brancas, todos sempre sorridentes e simpáticos com tudo ao redor, mas de repente alguns gritos, gemidos de dor, mas nada disso retirou o semblante de todos aqueles.
- Hummm, são oito horas, está na hora da tortura diária dele. –
Várias horas depois, um homem completamente mutilado passava pelo chão sem nenhuma reação, não estava morto pois respirava, mas derramava tanto sangue que sujava completamente o local, os homens que o arrastava passavam pelos funcionários e os cumprimentavam.
- E aí John, bela tarde não acha? – Disse um dos que arrastava o homem.
- Bastante, sabe, minha esposa vai fazer um pernil delicioso hoje, não quer ir com sua esposa e crianças jantar lá hoje? –
- Claro, por que não? –
E assim partiram levando aquele homem.

Em seguida um homem vestido como faxineiro veio passando um pano junto a um balde limpando o piso, após concluir ele guardou os equipamentos de limpeza e partiu.

Na manhã seguinte
Tudo parecia exatamente igual, a mesma música, funcionários trabalhando, gritos e gemidos, o homem mutilado arrastado, convites e conversas paralelas.

Dez anos depois
Os próximos cem anos no tempo daquele lugar foram exatamente iguais, mas um dia um ser poderoso e imponente capaz até de calar todo o corredor acompanhado por uma mulher completamente suja de sangue passou por eles, eles conversavam sobre algo, parecia ser sobre o pobre coitado que estava sendo torturado todos os dias.
- Senhor, eu já falei, ele não vai desfazer, nos últimos cem anos eu cortei cada pedaço do corpo dele, detalhe por detalhe, introduzir objetos por todos seus orifícios, e até locais que não é possível introduzir algo, eu violei o corpo dele de tantas formas, fiz ele assistir tudo aquilo que ele mais amava morrer, ele ingeriu tanta coisa, qualquer outro teria desistido, mas ele continua aí, firme... que dizer nem tão firme. –
O Homem se irritou com a mulher.
- Senhora Azshara, eu te incumbir porque você disse que sabia como usá-lo, mas depois de cem anos você não conseguiu nada, talvez eu tenha escolhido a Grey errada. –


Os dois chegaram à prisão onde o homem estava, era um quarto sujo, completamente infestado de ratos e baratas, fedia a urina e merda, e o homem completamente sem nenhum arranhão, nu e sentado de cócoras com seu olhar vazio para o nada, todos os dias após sua sessão de tortura eles o curavam para estar pronto para o outro dia.
- Ele não foi curado hoje? – Perguntou o ser.
- Sim foi, mas após três anos de tortura intensa seu corpo se desligou completamente, ele agora é só uma casca vazia, ele não está morto, mas também não parece estar vivo, ele demonstra sentir dor e tudo mais, porém ele não fala, só come quando alguém o alimenta diretamente, e sempre fica aí nessa posição. –
- Quase tenho pena. – Disse o Ser.
O Ser abriu a cela e entrou se aproximando do homem.
- Olha só pra você, achou que morreria como um herói e veja o que se tornou, um nada, um vegetal, um brinquedo para satisfazer as necessidades de todos os sádicos desse lugar, é assim que pretendo terminar o resto da sua vida, é assim que você que ser lembrado Hattori Shion? –
Ao dizer esse nome o homem chegou a franzir os olhos, mas ainda não esboçou nada.
- Daqui alguns anos, aqueles que você lutou tanto para proteger vão morrer e vão chegar aqui, e aí talvez eu possa substituir meus brinquedos. –
A pupila dele dilatou, mas ainda não se mexeu, porém o ser chegou bem próximo do ouvido dele.
- Imagine as coisas que farei com a pequena Angell. –
O homem rangeu os dentes agarrando aquele ser pela garganta o prensando contra as grades, de seus dentes as presas do lobo apareceram e rasgou a garganta daquele Ser, mas não parou por aí, ele continuava mordendo e mordendo sem parar, enquanto se sujava com o sangue da jugular rasgada.

O Hattori continuou ali devorando a carne daquele Ser tão desprezível, e a mulher apenas observou contente.
- Vejam só, você ainda está aí, talvez eu tenha algo para levar ao chefe, Shion, meu garoto, nos dois vamos nos divertir muito lá fora. –

Por fim, Shion se cansou e voltar a se sentar na mesma posição de antes, mas dessa vez com um sorriso de satisfação no rosto, aquele homem que conheciam no passado não existia mais, só sobrou o animal.