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[Capítulo] Nevermore
[Capítulo] Nevermore

Karon

Chūnin

[Capítulo] Nevermore A2c36e557d23b536fa8d630a0dc933c9

Qui 16 Set 2021, 01:51

Narrador: Mio

Nevermore

@Tomo

As trevas já tomavam conta dos céus sobre Iwagakure no Sato. Embora não fria - fazia 24°C - ela trazia consigo a brisa do inverno. Em meio a escuridão, a lua ganhava destaque. Brilhante e bela. Todavia, de tempo em tempos, era ofuscada por nuvens negras.

Se estivesse dormindo, o Chinoike acordaria com estranhos ruídos de pássaros (acordado, ouvi-los-ia da mesma forma). Os ruídos formavam uma sinfonia melancólica e intrigante. Indo até a janela, do local onde estava hospedado, veria, sobre uma das poucas árvores da vila, um considerável bando de pássaros negros. Os mesmo poderiam ser vistos pelos céus, sob a lua, fazendo um movimento circular e convidativo.

Indubitavelmente era um comportamento peculiar que Tomo jamais havia visto.

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Post 1/10

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Genin

Qui 16 Set 2021, 09:37

Nevermore

post 01 de 10

Eu estava em meus aposentos, deitado no chão em deleite pela calma e silencio da noite, o momento onde me sinto mais a vontade com meus pensamentos, podendo reorganizá-los e planejar melhor o futuro. Era um costume perder noites de sono mergulhado em pensamentos, o que me deixava com olheiras, o que eu particularmente considerava meu charme. O som do silêncio que pairava naquela noite fora interrompido por um ruído do que pareciam ser pássaros a fora, o que para mim, parecia estranho pois costumeiramente os pássaros só fazem barulho pela manhã com o nascer do sol.

Levantando-me do chão, eu seguiria para a janela para abri-la, onde eu iria me deparar com um bando de pássaros negros voando pelos céus de Iwa sob a luz do luar que destacava-os além de nossa vila naquela noite escura. As aves sobrevoavam os céus em movimentos circulares, emitindo ruídos altos o que faziam com que meus olhos brilhassem ainda mais pois era um comportamento que nunca havia visto em aves comuns e os deuses, seja lá qual forem, bem sabem o quão me agrada aquilo que foge do meu senso do comum.

*Será que eu sou o único que tá ouvindo essa barulheira?*

Sem pensar muito mais, juntaria minhas coisas que estavam espalhadas pelo chão e saltaria pela janela, mantendo o olhar fixo nos pássaros. Eu sentia que eles estavam me chamando, e não importando para onde fossem eu os seguiria.

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Qui 16 Set 2021, 12:39

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@Tomo

O Chinoike decidiu se aproximar do bando de pássaros negros que, ao notarem a presença do garoto, se espalharam pelos seus e desapareceram de sua vista. Porém, se o chunin estivesse atentou, seria capaz de ouvir os mesmo ruídos vindos da direção opostas.

Caso decidisse seguir os ruídos, chegaria aos portões da vila que, curiosamente, estavam sem guardas àquela madrugada. Sobre os muros, encontraria novamente os pássaros negros que, mais uma vez, iria se dispersar e desaparecer do seu campo de visão.

Como se fosse um ciclo, voltaria a ouvir os ruídos para além dos limites de Iwa. Se ainda tivesse intrigado com aquilo, teria que cruzar os portões mesmo sem a autorização e isso poderia trazer alguns problemas ao jovem. Todavia, a escolha era dele.

Enquanto tomava sua decisão, a lua foi cortada por uma nuvem negra. Assim, o caminho à sua frente estava totalmente sem iluminação.

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Post 2/10

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Genin

Qui 16 Set 2021, 13:31

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post 02 de 10

Eu não ouvia nada além dos ruídos dos pássaros fazendo com que minha mente ficasse presa a ideia de entender de onde vinham e o que estavam fazendo. Eu tentei me aproximar o máximo que pude das aves, mas essas se espalharam pelos céus e sumiram rapidamente da minha vista quase da mesma forma que chegaram a ela.

*Será que os pássaros estão fugindo de mim?* Pensei por um instante antes de ouvir novamente os ruídos feitos pelas aves.

Eu correria na direção dos ruídos para que pudesse encontra-las novamente mantendo meu olhar no céu iluminado. Seguindo o ruído que ficava mais alto conforme eu o seguia, chegaria aos portões do vilarejo. O local estava sem ninguém supervisionando, o que era incomum de se acontecer. No topo dos muros as aves flutuavam novamente a minha vista despertando uma pequena esperança de que elas significavam algo para mim, mas quando menos percebi, essas já estavam sumindo da minha vista novamente.

—"Ei, não fujam de mim!" Eu gritei, sem me importar mais com nada ao redor além das aves, mas que ave poderia entender o que eu tentava dizer?

Novamente eu ouvi os ruídos dos pássaros ao longe, porém dessa vez pareciam vir de fora do vilarejo, muito além do que era permitido para um jovem como eu sair sem permissão. Olhando para trás por um momento observando o vilarejo, eu refletia se deveria ou não fazer aquilo, por mais que cada fibra do meu corpo dissesse que sim, poderia me gerar uma dor de cabeça ou algo pior.

*Isso vai dar ruim pra mim... Nah, nem vai!*

E eu atravessaria os portões do vilarejo como se nada tivesse acontecido, seguindo os ruídos que agora, eram minha única forma de orientação em meio a noite que se tornava mais escura.

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Qui 16 Set 2021, 14:25

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@Tomo

Independente dos riscos, o Chunin da Pedra decidiu deixar os limites da vila e seguir a sinfonia das aves. Cerca de vinte minutos depois, já bem afastado da vila, ele se deparou com três desses pássaros repousando sobre uma placa de madeira, sem nenhuma escrita, que ficava entre uma bifurcação. Apesar da péssima iluminação, pelo menos o começo de cada uma das estradas eram visíveis. Elas pareciam exatamente iguais, uma mistura de rochas e árvores sobre as quais outras aves negras poderiam serem vistas.

Diferente das outras vezes, elas não fugiram. Permaneceram paradas, como se o vigiassem.

Tomo poderia sentir dois aromas distintos: um aroma de carniça ou podridão, vindo da estrada da esquerda; e, um aroma de plantas queimadas, da estrada da direita.

Qual era o desejo do jovem? Para onde suas emoções o levariam?

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Post 3/10

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Qui 16 Set 2021, 17:22

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▸post 3 de 10

Não importava o quanto eu tivesse que caminhar, iria até o fim para entender o que aqueles pássaros significavam. Caminhando por cerca de vinte minutos eu finalmente pude encontrá-los novamente. Cheguei a um lugar pouco iluminado com uma placa indicativa e sobre ela três corvos repousavam. Tentei me aproximar dos pássaros dando passos vagarosos e acenando brandamente com as mãos para que não se assustassem, mas curiosamente eles não pareciam querer fugir de mim. Analisando aquela placa esquisita, vi que ela indicava lugar nenhum apesar de ali haverem dois caminhos diferentes. Ambos os caminhos eram muito mal iluminados e por ambos eu conseguia ver alguns pássaros negros na entrada, eram caminhos muito parecidos, mas com o diferencial de que cada um trazia um cheiro diferente. A direita, o cheiro de que algo havia sido queimado me passava a sensação de que algo aconteceu a poucos minutos por ali, já o caminho da direita trazia um aroma podre, talvez de carniça. Não sei como explicar isso, mas na minha cabeça, carniça queria dizer que haveriam mais pássaros por aquele caminho. Ambos os caminhos pareciam perigosos e se eu precisasse de ajuda, o vilarejo estaria um tanto quanto longe para isso. De qualquer forma eu iria seguir em frente. Peguei do meu bolso uma moeda e a joguei para cima, deixaria na mão do destino a escolha de por onde seguir. Cara eu iria para a esquerda e coroa eu seguiria pela direita. Com a moeda caindo no chão próximo a placa, eu pude ver que o resultado me levaria para o caminho com o cheiro podre. Peguei a moeda, guardei no meu bolso e segui a diante pelo caminho da esquerda. Eu estava realmente animado com o que aquilo me levaria.

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Qui 16 Set 2021, 20:26

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@Tomo

O motivo para o péssimo odor logo seria revelado, cerca de 20 metros depois. Corpo de animais em estado de decomposição seguiam a trilha, juntamente com os pássaros negros sobre as árvores e rochas.

Alguns outros metros adiante, o Chinoike veria dois corpos que pareciam ser de humanos - um homem e uma mulher. As aves se aglomeravam sobre esses corpos e pareciam se deliciar com o banquete. Inclusive, com um olhar atento para eles, veria seus bicos sujos com sangue. Logo atrás desses corpos, conseguiria notar a presença de um sujeito vestido com roupas totalmente negras e um chapéu grande que cobria totalmente o rosto. Sobre os ombros desse sujeito outras duas aves negras. Ele apenas observava a cena, parado.

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Post 4/10

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Qui 16 Set 2021, 22:38

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▸post 4 de 10

Caminhei pela trilha por alguns minutos até que encontrei pelo meio do caminho uma carcaça de animal, já era esperado que tivesse algo do tipo devido ao cheiro ruim, porém, ao continuar caminhando as carcaças de animais continuavam aparecendo e, entre as árvores e rochas do local, os pássaros negros se amontoavam. Aquelas corpos de animais pelo caminho denunciavam que havia um predador ou algo do tipo, talvez algo mais perigoso. Tapando o meu nariz devido ao odor ruim, segui caminhando para ver onde aquilo iria dar. Alguns metros a frente, me deparei com uma cena macabra do tipo que só tinha ouvido em contos de terror. Dois corpos que pareciam ser de humanos estavam ao chão e sobre eles, uma quantidade considerável de pássaros os cercando, grunhindo enquanto pareciam se deleitar sujando os bicos de sangue com o que agora me pareciam como carcaças sem vida.

Além desses corpos havia também uma figura, um ser trajado de preto cujo fui incapaz de distinguir qualquer característica de seu rosto devido ao seu enorme chapéu. Entrei em alerta quando vi aquela figura, afinal de contas haviam duas supostas vítimas humanas além das diversas carcaças e animais e esse sujeito era a única alma viva ali além dos pássaros negros. Eu tentaria pegar uma kunai de minha bolsa apenas para o caso de precisar me defender e então anunciaria minha chegada.

—Ei! O que significa isso? Por que tem dois corpos sendo comidos pelos pássaros e você fica parado só olhando?

Eu diria em voz alta enquanto me aproximava em passos formando uma meia lua, mantendo o olhar e a ponta da kunai na direção daquela figura esquisita. Eu sabia que provavelmente aquele sujeito estaria envolvido no que aconteceu com esse monte de carcaças ali, porém, decidi fazer uma aproximação um tanto quanto suave de certo ponto de vista, sem acusá-lo. Quanto aos corpos humanos, eu me preocuparia com isso depois se tivesse chance.

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Qui 16 Set 2021, 23:43

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@Tomo

O Chinoike tentou se aproximar com cuidado e questionou o sujeito quanto ao que estava acontecendo ali. Contudo, não obteve nenhuma resposta. Tampouco o estranho se mexeu. Apenas as duas aves em seus ombros moviam a cabeça.

A única coisa que havia mudado era a concentração de pássaros negros no local. A cada segundo que passava, mais aves chegavam para o banquete. Caso Tomo olhasse para o céu, a lua estaria visível novamente. Assim como os pássaros que a rodeavam.

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Post 5/10

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Sex 17 Set 2021, 11:47

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▸post 5 de 10

Conforme eu me aproximava daquela figura, mais e mais pássaros negros passavam a rodear os corpos. Apesar de ter dirigido a palavra diretamente para o cara de preto, não obtive qualquer tipo de resposta, a única reação possível eram a de dois corvos que ficavam nos ombros daquela figura movendo a cabeça. Estávamos agora sob a luz do luar, que destacava ainda mais aquela cena bizarra. Eu poderia simplesmente tentar ir embora e buscar ajuda, mas eu estava preso a ideia de descobrir o que era tudo aquilo, será que estava realmente acontecendo ou era coisa da minha cabeça?

— Será que eu tô ficando doido? Eu diria, para mim mesmo, enquanto pegava minha garrafa de saquê para dar um gole, achando que talvez isso me faria cair na realidade caso fosse uma alucinação. Fazia sentido na minha cabeça.

Sem obter qualquer resposta daquele cara de preto, a primeira opção que veio a minha cabeça foi de atacá-lo, não com a intenção de feri-lo, mas para obter qualquer reação possível. Faria isso de longe por enquanto, os corvos poderiam se irritar e querer me fazer de banquete como aqueles dois corpos no chão se eu avançasse bruscamente. Após devolver a garrafa a minha bolsa, eu pegaria uma shuriken e tentaria lançá-la simultaneamente com a kunai que já estava em minha mão na direção do tronco da figura de preto apenas para saber se aquilo era realmente um ser ou se era uma coisa da minha cabeça, na pior das hipóteses ele apenas iria revidar e possivelmente me matar. Eu ficaria no mesmo lugar apenas esperando qualquer reação da figura de preto.

*Vamos, se defende aí bicho papão*

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Sex 17 Set 2021, 14:19

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A figura negra continuou sem reação. Porém, ao ser alvejada pela shuriken e pela kunai do chunin se desfez em centenas de pequenas aves negras que berravam e infestavam o local. Isso atraiu os demais pássaros da região e todos se aglomeraram em volta dos corpos e do jovem Chinoike. O campo de visão e a audição do jovem foram brutalmente afetados e, talvez por esse motivo ou por desespero, ele desmaiou.

Ao acordar, veria que estava no mesmo local. Todavia, não havia mais corpos, nem sangue e nem odor de carniça. Cerca de dez metros à sua frente, notaria o mesmo sujeito de vestes negras sentado sobre uma rocha, mas sem o chapéu que estava apoiado em sua perna. Era um homem de idade avançada e cabelos em tons de cinza e branco penteado para trás, deixando alguns fios caírem sobre a testa. Em seus ombros, as duas aves repousavam.

— O que você acha deles, os corvos? — Questionou.

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Post 6/10

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Tomo

Genin

Sex 17 Set 2021, 15:24

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▸post 6 de 10

A única reação da própria figura de roupas negras que recebi fora que, após ser atingida pelas kunai e shuriken que lancei, ela se desfaria em um novo bando de pássaros negros grunhindo alto sobre mim atraindo mais e mais pássaros que se juntavam rodeando todo o local. O barulho era ensurdecedor e a minha vista apenas as aves que aos poucos se tornavam em um borrão negro me deixando muito confuso.

De repente eu acordei no chão, meio desorientado e com a vista um pouco embaçada que voltava aos poucos ao normal. Eu não sabia o que tinha acontecido para eu ter caído no chão, mas felizmente eu parecia estar no mesmo lugar. Levantei-me enquanto cutucava os ouvidos antes de notar a presença daquele homem com roupas negras um pouco mais a minha frente, mas dessa vez era possível ver algumas características de seu rosto. O homem, que anteriormente não havia reagindo a minha presença, agora me perguntava o que eu achava dos corvos.

— Os corvos, bem... Geralmente as pessoas associam os corvos apenas a morte, mau agouro ou azar, mas para mim eles são mais que isso. Eles parecem ser divertidos, astutos, tem uma beleza única, são inteligentes e olhando pra esses que estão com você eu diria que eles são muito confiáveis. São animais mal-entendidos e eu acho que por isso somos parecidos...

Eu diria, em resposta aquele homem esquisito, antes que me lembrasse de toda aquela cena de morte de antes. Notei que o local estava completamente limpo, considerando a bagunça de corpos e sangue que havia ali antes.

— Ei! Espera aí, quem é você? E o que fez com aqueles corpos?

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Sex 17 Set 2021, 19:12

Narrador: Mio

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@Tomo

— É uma resposta bem genérica, garoto. Aprendeu isso na escola? — Ele fitou-o com os olhos. — Corpos? Nunca teve corpo nenhum aqui. Tudo o que você viu é o que está dentro da sua mente. São seus pensamentos e suas vontades. Você diz que os corvos possuem uma beleza única e eu não posso negar, mas você realmente pensa isso ou só está dizendo da boca para fora? Talvez, por esses corvos estarem ao meu lado e por você estar com medo de mim, tenha dito isso para tentar se salvar. Porém o que você viu te refuta. Estou enganado?

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Post 7/10

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Genin

Sex 17 Set 2021, 20:29

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▸post 7 de 10

Eu ainda estava confuso pelo fato de que não haviam corpos ali, agora muito mais depois que o velho disse que tudo não passava de coisa da minha cabeça.

*Meus pensamentos e minhas vontades? O que ele quis dizer com isso?* Pensei, por um momento antes de retomar o assunto relacionado aos corvos, tentando manter uma postura de convicção por mais confuso que estivesse sobre tudo.

— Tá de sacanagem com a minha cara? Eu tô no meio do nada conversando com você porque eu segui os pássaros, porque eu me interessei por eles, porque eles me chamaram...

O velho bizarro questionava a veracidade das minha fala, de fato, eu não sou lá tão bom com palavras e frases de efeito mas o que descrevi era genuíno. Durante minha criação sempre fui motivo de represálias, sempre fui visto como o causador de confusões, e por onde passava ouvia pragas contra mim. Eu enxergava isso nesses pássaros, o estigma de serem os anunciadores de desgraças, de causarem aversão ou até medo em certas pessoas, eu enxergava aqueles pássaros como eu enxergo a mim, quase como se eu me encaixasse no bando.

— São poucas as coisas que me despertam esse sentimento, e não é um emo da terceira idade que vai me dizer que eu estou enganado. Quer me matar? Vem pra cima, então!

Eu diria, mesmo sabendo que o risco de morrer era bem mais alto do que a possibilidade de eu sobreviver a um ataque desse cara, eu sou louco mas não sou burro. Eu pegaria uma kunai da minha bolsa para me proteger, eu sabia que não era o suficiente, mas eu não tinha muitas alternativas já que o cara simplesmente poderia se desmanchar em corvos novamente caso eu tentasse o acertar. Eu queria provar minha veracidade colocando minha vida em jogo, talvez assim eu poderia sair vivo dali, era isso ou mais nada.

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Chūnin

Sáb 18 Set 2021, 02:33

Narrador: Mio

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@Tomo

Furioso, o velho avançou contra o chunin. Curiosamente, seu corpo se desfez em corvos e atravessou o jovem. O bando de corvos envolveram Tomo, deixando apenas sua cabeça exposta, enquanto o velho recompôs metade do corpo em suas costas.

— Você sabe que eu posso, não é? — Sussurrou em seu ouvido. — Mas não é isso que eu quero. Eu tenho te observado por muito tempo, Tomo e seu último teste foi o Shiken. Você teve um ótimo desempenho e é por isso que eu te escolhi para confiar esses pássaros. — Aos poucos, as aves foram liberando-o e o restante do corpo do velho voltando ao normal. — Por que você se interessou por esses pássaros? O que vocês têm em comum? Por que eu deveria te entregar um poder como esse?

Sobre os ombros do senhor, os mesmos dois corvos pousaram.

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Post 8/10

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Tomo

Genin

Sáb 18 Set 2021, 10:01

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▸post 8 de 10

Num piscar de olhos o tal homem avançou em minha direção, desmanchando-se novamente em um bando de corvos que me envolveram por um deixando apenas a minha cabeça exposta enquanto a minhas costas surgia a cabeça do velho que seguiu me ameaçando.

O velho dizia que já me observava a certo tempo e que por isso queria confiar a mim o cuidado dos pássaros negros. Aos poucos os corvos liberavam meu corpo e o velho se apresentava completo novamente, com os mesmos dois corvos repousando sobre seus ombros. O homem me questionava novamente sobre meus interesses com os pássaros, perguntando também de um motivo para deixar seus corvos aos meus cuidados.

Finalmente veio a realização em minha mente, o motivo de tudo isso, as ideias finalmente se organizavam na minha mente e eu estava convicto do porque de estar ali. Eu ainda estava com a kunai em minhas mãos, mas eu não queria mais lutar contra aquele cara, além do mais não ia me levar a lugar nenhum além da morte, então eu guardaria a kunai no bolso novamente cessando qualquer tipo de intenção agressiva.

— Vê-los voando nos céus a noite juntos como se fossem um só me atraiu, eu realmente acredito que eles estavam me chamando, que havia algo além de somente pássaros voando nos céus. Sabe, eu não tenho medo dos corvos, eu os invejo porque em bando os corvos parecem se completar. Eu senti que compreendê-los me faria completo também. É como se eu precisasse disso a minha vida toda.

Eu ergueria minhas duas mãos como sinal de rendição. O tal homem já havia expressado a sua intenção de não me matar, mas de qualquer forma eu não iria me esforçar para lutar com alguém claramente com o poder superior ao meu.

— Eu não tenho mais nada além de mim mesmo, se você me observou bem você sabe disso. Eu não segui os corvos porque eu achei que precisava, eu os segui porque eu tinha certeza disso. Eu não ligo se você acredita ou não, essa é a minha verdade. Sejam qual forem as consequências das minhas escolhas, elas me trouxeram até aqui por um motivo e eu acredito que o esse motivo é que esses corvos me completam e eu pertenço a eles também. Eu posso ser forte com eles e por eles.

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Sáb 18 Set 2021, 12:56

Narrador: Mio

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@Tomo

O velho riu.

— Muito bem, estou convencido. — Ele colocou as mãos por baixo do sobretudo preto e retirou um pergaminho enorme. Tão grande que Tomo se perguntaria como ele era capaz de guardar aquilo em meio a suas vestes. Então, ele abriu o pergaminho. O Chinoike veria uma série de nomes escritos em cada linha seguido de marcas de dedo. — Os corvos são uma invocação que conseguimos trazer ao nosso mundo através de uma técnica de espaço-tempo chamada Kuchiyose no Jutsu. Para você conseguir invocá-los, deve assinar um contrato de sangue com essas criaturas colocando o seu nome e sua digital neste pergaminho. Os nomes que você vê aqui são de outros shinobis que possuem ou já possuíram contrato com essas aves.

Então, o velho jogou o pergaminho no chão, que rolou até as pontas dos pés do chunin.

— A escolha é sua. Se você quer se tornar um invocador de corvos, assine seu nome completo e coloque sua digital neste pergaminho, usando seu próprio sangue. — Ele iria esperar pela decisão do garoto. Enquanto um dos corvos sobre seus ombros, levantou voo em direção à Pedra, sumindo da vista dos demais.

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Post 9/10

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Sáb 18 Set 2021, 14:26

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▸post 9 de 10

Depois da minha longa fala que na realidade não era comum de acontecer, o velho apenas riu.

*Será que o que eu falei é tão idiota assim?* Pensei por um momento.

Para ser bem sincero eu sou péssimo em colocar meus sentimentos e pensamentos para fora por mais genuíno que sejam, tudo sai esquisito, ou muito cafona ou sem paixão. De qualquer forma após a risada o velho se disse convencido pelas minhas palavras tirando de baixo de suas vestes um pergaminho enorme, tão grande que me fez questionar o que mais esse cara poderia carregar ali. Observando bem o pergaminho, haviam diversos nomes escritos ali.

O velho me explicava que aqueles corvos eram trazidos ao nosso mundo através de uma técnica chamada kuchyose no jutsu e que, para invocá-los, eu deveria assinar um contrato, esse que deveria ser feito escrevendo meu nome e colocando minha digital com sangue naquele enorme pergaminho. O velho jogou o pergaminho no chão fazendo com que se estendesse até próximo dos meus pés.

— Eu vim até aqui por um motivo, tem que ser esse. Eu diria, enquanto com uma kunai eu faria um corte no meu polegar direito e me agacharia para escrever meu nome no pergaminho com o sangue.

— Como exatamente acontece essa invocação? Eu o perguntaria após escrever meu nome. Eu me questionava o preço que eu teria que pagar por aquilo, afinal eu estava assinando um contrato entregue por um cara esquisito no meio do nada que ainda por cima andava me observando no shiken, isso é no mínimo esquisito.

— Aliás, quem é você?

HP: 475/475 • CH: 500/500 • CANSAÇO: 00/05

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Sáb 18 Set 2021, 14:48

Narrador: Mio

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@Tomo

Após o Chinoike assinar o contrato, o velho pegou o pergaminho e enfiou novamente em suas vestes.

— O próximo passo é simples. Você vai banhar a mão cuja digital está no contrato com seu próprio sangue e irá fazer os selos Javali; Cão; Pássaro; Macaco e Carneiro, infundindo o chakra. Depois bata com a mão no chão é "puf", as criaturas serão invocadas. Cada criatura tem uma quantidade de chakra exigido, então seu gasto é de acordo com o que quer invocar. Pois tente você mesmo agora.

Enquanto falava, o corvo que havia levantado voo anteriormente retornou aos ombros do sujeito.

— Eu sou o tudo e o nada. Não se preocupe, não sou inimigo da Pedra, muito pelo contrário. — Então ele vira as costas e começa a se afastar do garoto. — O que você será capaz de fazer com esses corvos só depende de você e da sua criatividade. Boa sorte com sua jornada daqui para frente, quem sabe nos encontraremos uma outra vez. Aliás, é melhor achar uma boa desculpa para passar pelos guardas no portão da vila. — Terminou, desfazendo-se em dezenas de corvos e desaparecendo no céu.

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Post 10/10

awful

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Tomo

Genin

Sáb 18 Set 2021, 17:19

▸Nevermore
▸post 10 de 10

O homem recolhia o pergaminho após eu ter escrito meu nome, enquanto isso ele me dava instruções de como a invocação funcionava, me indicando que tentasse realizá-la. Quanto a minha pergunta sobre sua identidade, o velho seguiu falando para que eu não me preocupasse com isso pois ele não era uma ameaça para a vila. Particularmente eu estava mais preocupado comigo mesmo do que com o vilarejo. Após me dizer que deveria me preocupar com minha volta a vila, o velho se desfez novamente em um bando de corvos, dessa vez sumindo completamente da minha vista.

A lua mantinha-se iluminando a mim, agora o único no local muito mais vazio do que quando cheguei. Eu apenas tinha as instruções que o velho me deu, então, era hora de tentar fazer a invocação.

*Javali, cão, Pássaro, Macaco e Carneiro...*

Eu repetia mentalmente os selos que foram indicados para memorizá-los enquanto dava um gole na minha garrafa de saquê, guardando-a em seguida. Após isso eu morderia o dedo que já havia sido cortado apenas para que o fluxo de sangue voltasse a fluir, escorrendo pelo dedo até a palma da minha mão direita, só então, concentrando meu chakra nas mãos eu iria realizar a sequência de selos indicados na tentativa de realizar a invocação, transferido o chakra concentrado para a palma da mão direita onde havia o sangue e a colocando no chão.

*Venham, corvos, juntem-se a mim e me completem.*

— Kuchiyose no jutsu!

De repente, uma grande quantidade de corvos emergiria tão rápido aos céus que os meus cabelos e minhas roupas balançaram por conta do vento que suas asas faziam. Os corvos pareciam dançar ao meu redor em círculos. O sorriso em meu rosto poderia ser visto talvez a quilômetros, eu estava muito realizado. Eu me perguntava se conseguiria me desfazer em corvos como aquele velho fazia, gostaria de tentar, mas antes eu me lembraria que deveria voltar ao vilarejo antes que os guardas voltassem ao portão, particularmente eu já havia perdido a noção do tempo.

Os corvos se desfizeram atrás de mim enquanto eu corria voltando pelo mesmo caminho que me fizera chegar até ali passando pela placa e desviando na direção dos portões do vilarejo. Para o meu azar, os guardas do portão já estavam ali e logo que me viram vieram em minha direção questionando se eu tinha permissão para estar vindo de fora do vilarejo.

*E agora, o que eu faço...*

— Meu gato! meu gato saiu correndo pelo portão do vilarejo eu saí pra procurá-lo. Eu não o encontrei então acredito que ele já deve ter voltado pra casa.

Eu nem tenho gato, mas não tinha desculpa melhor no momento. Espero que isso seja suficiente pra eu entrar no vilarejo sem arranjar encrenca, eu só queria voltar aos meus aposentos depois dessa longa noite.

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Ficha de Personagem :

Gestão de Fichas :

Karon

Chūnin

Sáb 18 Set 2021, 17:21

Situação: Aprovado
Considerações: -
Recompensas: Kuchiyose no Jutsu + Kuchiyose: Corvos

Ficha de Personagem :

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