Angell abriria seus olhos dentro daquele local, ela podia notar que era um super laboratório com vários monitores com imagens de toda Nazjatar, a sala era bem semelhante à da cientista Takura. Nos monitores ela já poderia notar algumas particularidades, a principal duas criaturas gigantes, uma delas era bem familiar para ela o Sanbi criatura que seu próprio pai foi hospedeiro, em outra o poderoso Rokubi, e a frente dele todas as autoridades do mundo ninja e inclusive seus irmãos, o mais novo Ayako e o mais velho Shaka.

Angell iria sentir que seu Tenseigan ou Byakugan não funcionaria naquela sala, aquelas paredes a bloqueava. Uma porta se abriu e uma menininha esquisita vestido um jaleco médico se aproximou. – HAHAHAHA! Te encontramos princesinha! Meu nome é Lamy, eu ganharei a glória por capturar Angell Hattori. – Dito tais palavras Angell pode sentir que sua transformação terminou, ela não estava mais em sua forma de Kagami. A Menina continuava infortunando-a, começava a mexer no corpo de Angell, medindo, sentindo a temperatura, apertando as mãos. – Como uma coisa tão pequena como você é tão poderosa? Talvez se eu abrir sua cabeça eu descubra. – A menina pegou uma cerra na mesa e se aproximou de Angell para abrir a cabeça da azulada, Angell até poderia tentar se defender ou se proteger, mas seus braços e pernas estavam presos por uma corda especial, ela estava sentada em uma cadeira com seus membros preso a cadeira. A menina se aproximou de Angell e segurou a cabeça dela para começar a abrir, mas foi interrompida por um jovem um pouco mais velho, ele era cercado por uma serpente. – Lamy, para de infortunar a filha da Rainha. – O homem se aproximou ainda mais e fez um gesto se cumprimento a Angell, se curvando. – Muito prazer princesa, eu sou Cobra e minha companheira serpente é Cubellios. – A cobra se aproximou do ombro dele e fez um gesto com a cabeça em respeito e colocou a língua para fora. Mais duas pessoas entraram na sala essas Angell conhecia bem, Kyoka e Seilah. – Então era você... a garotinha que beijou na sala, Hattori Shion é um homem sem escrúpulos mesmo. – Dizia Kyoka enquanto se aproximada mais de todos, Seilah permanecia em silencio com um olhar desviado. Kyoka se aproximou e segurou no queixo de Angell. – Não sei por que temos que mantê-la viva. – Ela soltou o queixo de Angell com um pouco de violência e foi interrompida por Cobra. – Jackal encontrou Hattori Shion, ele usou uma distração para atrair o Hattori, a rainha achou que seria bom para Angell assistir a morte de Shion-san. – Todos eles olharam desconfiados para Cobra. – Shion-san? Como chama aquele traidor com respeito? – Lamy voltou a saltitar e se sentou no colo de Angell. – Então você em breve vai ser um de nós? – Abraçando Angell.

Angell teria esse tempo para observar cada um deles, Cobra parecia ser mais calmo, Kyoka era bastante sádica, Seilah era um pouco confusa e Lamy bem... é louca, ela teria esse tempo para observar mais seus inimigos, olhar para o local e pensar em uma estratégia, existem muitos olhos para ela naquele momento, ela precisa tomar bastante cuidado.

Cobra retirou Lamy de cima de Angell e mandou todas elas saírem da sala. – Parem de assustar a princesa, saiam daqui agora, eu a vigio. – As mulheres ficaram um pouco irritada e saíram da sala, Cobra se sentou próximo a Angell e ficou fazendo carinho na serpente, ele deu uma leve estalada em seu pescoço para relaxar. – A proposito meu nome é Uchiha Cobra, ou melhor Hikari Uchiha Cobra, sou filho de Hikari Opus, acho que somos primos, embora eu seja adotado. – Cobra parecia ser o mais compreensível ali, embora ele guardasse algo. – Eu tenho um grande respeito pelo seu pai, no entanto eu entendo a raiva e causa de minha rainha sua mãe, Hattori Shion traiu os Greys e envenenou a sua cabeça com mentiras. – Cobra dava um sorriso para Angell. – Eu posso te tirar daqui se você pedir, mas tem que me prometer que vai se comportar, eu fico feliz em conhecer alguém da família. -

Ouvir a voz da sua prima arrancou um pequeno sorriso dele, mas Angell tinha perguntas. – Calma, eu vou respondê-las... Irei começar pelo princípio Hattori Shion, ele é o início de tudo, toda as histórias começam por ele e deve terminar por ele. – Nessas últimas palavras foi possível ver um olhar determinado no garoto. – A rainha Azshara no passado quis equilibrar o mundo, para isso ela precisaria limpar ele das impurezas e abençoar o mundo com os puros, a rainha não podia sujar suas mãos isso é um sacrilégio por algo tão divina como ela manchar seus dedos com suor e lama. Seu pai e meu tio, Hattori Shion, ele jurou lealdade a rainha, a marca em seu olho direito é a prova disso, a marca de servidão dos Greys, aquela marca é única, eu a invejo... – Cobra colocou sua mão em seu olho direito pensando um pouco, mas durou pouco tempo, ele voltou a contar. – A rainha precisava limpar e precisava de alguém com coragem pra fazer, seu pai foi o escolhido, ele foi treinado pelos melhores, aprendeu tudo que poderia sobre combate, ele se tornou o melhor, e isso com apenas 13 anos, sobre ordens da rainha aquele garoto cumpriu sua primeira missão, eliminar os Uchihas da face da terra e salvar apenas um, um garoto pequeno, seu nome era Uchiha Erick, Erick foi o primeiro a ser escolhido para ser um dos puros do novo mundo da rainha. O tempo passou e mais clãs foram selecionados, Shion cumpriu a missão com sucesso, e toda missão ele levou um garoto para um local chamado santuário, mas algo deu errado. – Cobra parou um momento olhando para sua companheira. – A Rainha não nos quis mais, nunca soubemos o porquê, apenas soubemos que nós não seriamos mais uteis, nosso proposito não seria mais útil, então ele veio, seu pai Hattori Shion, ele era a 13⁰ criança, ele nos lideraria. Muitos o via como o irmão mais velho, mas então Shion desapareceu, ele nos abandonou, nos largou no santuário a sorte. Anos depois descobrimos que ele matou a Rainha, ficamos confusos e desesperados, não sabíamos o que aconteceu, mas então ela apareceu. – Ele olhou para Angell um momento. – Sabe de quem eu falo, não é? Sua mãe, Katsura Grey, ela disse que estávamos livres, nos deu um proposito, perguntamos onde estava nosso irmão mais velho, ela disse que ele não estava bem, ela apenas comentou, um dia Shion saiu para guerra e quando ele voltou ela percebeu algo, o garotinho que ela trouxe pra casa nunca voltou daquela guerra, algo aconteceu naquela guerra e mudou Shion para sempre, ele se tornou alguém frio, alguém que se trancava ao mundo, e pediu para darmos tempo a ele. Tempos depois um outro homem apareceu e nos ofereceu abrigo e ajuda, esse homem gostou tanto de mim que chegou a me adotar como filho, pelo que soube minha futura mãe ela tinha um problema de saúde e não podia ter filhos, Hikari Opus me adotou, naquela época eu ainda me chamava Hikari Erick. – Cobra parou novamente olhando para Angell. – Eu não consigo ver alguém da realeza em sua situação, espero não me arrepender. – Ele fez um selo e as amarras que prendiam Angell a soltaram. – Te contei parte da história, se quiser ouvir o restante terá que ficar. – Ele se sentou e sorriu.

O jeito que ela murmurava, a forma de falar. – Você fala como ela, Katsura Grey, a Katsura do meu mundo. – Mas Erik se pós na frente de Angell. – Sinto muito alteza, não posso deixar você sair daqui, Shion precisa enfrentar o desafio dele sem interrupções. – Tais palavras ditas com um olhar para a direita em um monitor Angell viu a figura de seu pai correndo pela floresta, provavelmente indo ao encontro do Sanbi, ele já não estava em sua forma de Akatsuki, ele parecia determinado, mas Shion foi interrompido por Jackal apareceu, eles pareciam conversar algo. – Gostaria de ouvir? – Cobra apertou um controle que estava sobre a mesa e ativou o áudio daquela tela.

- É muito atrevimento seu tocar seus pés em Nazjatar, irmão. – Shion parava de frente Jackal. – Jackal? Então foram vocês? – Jackal dava uma risada provocativa. – Quando Angell utilizou sua cura nós a encontramos, a rainha sempre nos disse “Ele jamais a mataria.” E ela estava certa, quando ela demonstrou sua técnica nós a encontramos. – Shion fechava os olhos um pouco para manter a calma. – Onde ela está? – Novamente sorrindo ele provocava. – Ela agora é nossa prisioneira, iremos entregá-la para Rainha. – Shion abria os olhos com um sorriso de lado. – Vocês têm coragem eu admito, mas... – Que golpe rápido foi aquele, um vulto rápido e Shion acertou um corte arrancando o braço direito de Jackal. – Não somos seus prisioneiros, vocês que estão presos aqui com a gente dentro. – Shion olhou para a câmera e deu um sorriso e dizendo algumas palavras, ele sabia que ela a observava, sua filha Angell Hattori. – Acabe com todos eles e venha me encontrar. – Ele não precisava se preocupar com ela, aquele olhar determinado para a câmera dizia tudo, ele sabia que ela saberia se proteger e sair daquele buraco, ela só precisava cuidar do homem a sua frente.

De volta a sala Cobra voltou seu olhar para Angell. – Ele disse isso pra você, mas eu não recomendo você sair dessa sala, não é seguro. Eu não levantarei minha mão para você, mas eu não posso dizer o mesmo sobre as outras Orações. – Ficaria agora na decisão de Angell tentar sair ou continuar naquela sala. – Embora eu recomende que você fique, Shion precisa ser capturado, ele precisa saber de algo e isso a própria Lilith gostaria de dizer a ele, Katsura Grey pode ser ressuscitada, e o segredo para isso está no Rinengan dele. Se você decidir sair daqui, transmita essa mensagem para ele, mas algo que preciso dizer a você, se ele escolher trazer Katsura Grey de volta, ele perde você. – Uma grande reviravolta foi dada a Angell, de alguma forma Katsura Grey poderia ser ressuscitada, ela já esteve em Helheim com Katsura uma vez, viu o que Shion viu, parecia ser impossível, mas se Katsura voltar para Shion, ele perde Angell, o que isso significa? Só o tempo dirá.

Como prometido Cobra deu passagem para Angell sair, e como avisado a azulada se deparou do lado de fora com as mulheres que ele alertou, sua barreira reerguida e seus olhos divinos de volta, Angell estava completamente preparada para aquilo, mas o destino é algo surpreendente, os tremores do que rolava acima derrubou a estrutura caindo sobre elas, com seus corpos presos elas soltavam  palavras ofensivas, mas para Angell uma luz de esperança do desmoronamento se abriu no teto para que ela pudesse ir atrás dele.

Assim que Angell partisse Cobra se aproximou ajudando as meninas a se levantar, Kyoka já se levantou irritada. – Não vai atrás dela? – Cobra olhou para o buraco e voltou a olhar para os demônios. – Ele já começou, temos nossas ordens, o garoto está sozinho e pretendo lutar com ele, sozinho. – Eles partiram em busca de Ayako.

Para Angell ela só precisaria encontrar seu pai com sua visão perfeita, mas ela poderia ver perfeitamente o grande Sanbi causando na floresta, ela teria dois caminhos um deles era Shion o outro era o Sanbi ameaçando os Gennins.